OBSCOM/CEPOS convida a debater “Crise, poder e mídia” na UFS

obscom

O Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM/CEPOS) convida comunidade acadêmica e militantes de movimentos sociais a participar do debate “Crise, poder e mídia”, que ocorrerá na próxima terça-feira (05/04), a partir das 18h no auditório da ADUFS, no campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe.

A mesa contará com os pesquisadores do grupo e militantes de outros coletivos políticos: Paulo Victor Melo, Bruna Távora, Vinicius Oliveira e Alisson Castro, com mediação de César Bolaño.

O debate tem como objetivo problematizar a relação entre os três temas bastante presentes na conjuntura atual brasileira, mas cuja análise é realizada por pesquisadores do grupo em suas investigações, produções acadêmicas e em eventos, tendo em vista o histórico dos estudos ser a partir da Crítica à Economia Política numa perspectiva de análise das relações de poder na produção de bens simbólicos e sua importância na atual fase do capitalismo e a proposição de políticas públicas que tomam como base uma perspectiva socialmente referenciada.

Chamada de trabalhos para o Lusocom 2016

lusocom

O XII Congresso da Lusocom está com chamada de trabalho aberta até o dia 15 de maio. O encontro vai realizar-se em Cabo Verde, de 19 a 21 de outubro de 2016. Associando-se ao III Congresso da Mediacom, este encontro visa reunir os investigadores de comunicação do espaço lusófono para debater as oportunidades e os constrangimentos que a cultura mediática contemporânea oferece à expansão da lusofonia.

EMENTA

Falar de identidades lusófonas e redes de comunicação neste espaço é hoje tarefa inviável se arredada de duas circunstâncias particulares: por um lado, as oportunidades que a cibercultura representa para a fixação de relações de cooperação; por outro, os desafios que os novos média constituem para a definição de novos modelos de negócio e
regulação. Por isso, no XII Congresso da Lusocom, que coincide com o III Congresso da Mediacom, estes três eixos temáticos – cibercultura, regulação mediática e cooperação – interrelacionam-se para alargar a esfera do debate ao contexto das tecnologias e da economia dos média.

Com este horizonte, a Lusocom e a Mediacom convidam os investigadores a apresentar propostas de trabalho que possam contribuir para alargar o debate à realidade dos países lusófonos. Serão bem acolhidas propostas de trabalho que, em cada grupo temático, tenham presente estes temas e os discutam na perspetiva da Lusofonia.

GRUPOS DE TRABALHO

Rádio e Televisão
Coordenadores: Ana Isabel Rodríguez (Galiza); Iluska Coutinho (Brasil) e Luís Bonixe (Portugal)

Jornalismo
Coordenadores: Helena Lima (Portugal); Letícia Cantarela Matheus (Brasil) e Miguel Túñez (Galiza)

Publicidade
Coordenadores: Carmen Costa (Galiza); Clotilde Perez Rodrigues Bairon Sá (Brasil) e  Helena Pires (Portugal)

Comunicação Organizacional
Coordenadores: Álvaro Elgueta Ruiz (Cabo Verde); Ivone de Lourdes Oliveira (Brasil) e Teresa Ruão (Portugal);

Sociologia da Comunicação
Coordenadores: Filipa Subtil (Portugal); Márcio Souza Gonçalves (Brasil) e Sílvia Roca (Galiza)

Comunicação Visual
Coordenadores: Jorge Carlos Felz Ferreira (Brasil); Maria da Luz Correia (Portugal) e Salif Silva (Cabo Verde)

Redes Sociais e Cultura
Coordenadores: Carlos Toural (Galiza); Lídia Oliveira (Portugal) e Sandra Portella Montardo (Brasil)

História dos Média
Coordenadores: Antônio Hohlfeldt (Brasil); Jorge Pedro Sousa (Portugal) e Manuel Brito Semedo (Cabo Verde)

Comunicação Política e Cultura
Coordenadores: Daniel Medina (Cabo Verde); Juliano Mendonça Domingues da Silva (Brasil) e Paula Espírito Santo (Portugal)

Comunicação e Educação
Coordenadores: Euclides Furtado (Cabo Verde); Rosa Maria Dalla Costa (Brasil) e Sara Pereira (Portugal);

Epistemologia da Comunicação
Coordenadores:  Giovandro Ferreira (Brasil); Marta Pérez Pereiro (Galiza) e Paulo Serra (Portugal);

Semiótica
Coordenadores: Alexandre Rocha da Silva (Brasil); José Esteves Rei (Cabo Verde) e Catarina Moura (Portugal)

Comunicação, Arte e Design
Coordenadores: Aristides Silva (Cabo Verde); José Gomes Pinto (Portugal) e Maria José Baldessar (Brasil)

Sociedade da Informação e Políticas da Comunicação
Coordenadores: Anita Simis (Brasil); Elsa Costa e Silva (Portugal) e Silvino Évora (Cabo Verde)

Comunicação e Representações Identitárias
Coordenadores: Armando Lopes (Moçambique); Karina Janz Woitowicz (Brasil) e Rosa Cabecinhas (Portugal)

Estudos Culturais
Coordenadores: Josimey Costa da Silva (Brasil); Moisés de Lemos Martins (Portugal) e Tomás Jane (Moçambique)

ENVIO

A submissão de propostas é feita em formulário próprio no site do evento, até ao dia 15 DE MAIO DE 2016, mediante a apresentação de um resumo de um máximo de 500 palavras. 

Não há limite ao número de resumos permitidos por autor. No entanto, cada participante só poderá ser primeiro autor de, no máximo, duas propostas. Se mais do que duas propostas em primeira autoria forem aceites, o participante deverá escolher quais as apresentações que deverão ser mantidas no programa.

Os trabalhos devem ser sempre apresentados  pelo primeiro autor. Nenhum participante poderá, por isso, apresentar mais do que dois trabalhos.

Voz do Autor – Entrevista com a Profª. Anita Simis, autora da Editora Unesp

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Fonte: Associação Brasileira das Editoras Universitárias

A mais recente entrevista para a coluna A Voz do Autor fala sobre cinema. Conversamos com a professora Anita Simis, autora, dentre outras obras, de “Estado e cinema no Brasil”, publicado pela Editora Unesp. Ela é bacharel em Ciências Sociais pela USP e possui doutorado em Ciência Política pela mesma universidade, além de Livre-Docência em Ciências Sociais pela Unesp. Na entrevista a autora comenta sobre grandes conflitos no fomento à arte no Brasil, não se restringindo somente ao cinema, comentando ainda sobre a disparidade de público dos filmes blockbuster e aqueles considerados “de arte”.

1. No Brasil, o fomento à arte esteve atrelado ao incentivo do Estado. Em seu mais recente trabalho, “Estado e Cinema no Brasil”, esta relação fica evidenciada ao longo da história do país. Assim, você acredita que, após a redemocratização, o sistema de financiamento que temos hoje é o mais adequado para a produção cinematográfica brasileira?

Eu considero o sistema imperfeito, ao menos no caso do cinema. Creio que há muitas formas de tornar o financiamento um incentivo para que o cinema seja auto-sustentável e atualmente parece que ocorre o inverso. Claro que há um cinema experimental que não irá alcançar nunca um público massivo que reponha o que foi investido. Mas há um cinema que pode e deve ser pago com o público que ele alcançar. E também é possível criar condições para que as produtoras possam de um lado produzir para o grande público e assumir riscos e de outro ter uma produção voltada para atender a educação e ter subsídios para isso, mantendo a atividade. 

2. O brasileiro parece ter como crença que o cinema nacional não tem qualidade. No entanto, filmes comerciais produzidos pela Globo geralmente têm altas bilheterias, enquanto películas consideradas “de arte” só encontram mais espaço em festivais. Acredita que há uma má vontade do público ou esse raciocínio segue uma tendência mundial, em que os blockbusters são realizados para apaziguar multidões?

Esse é um ponto que venho discutindo, pois é preciso investir na formação do público. O montante de recursos que a Ancine dispõe não é investido, ao meu ver, numa política para tornar o cinema auto-sustentável, mas sim dependente dos seus recursos. E a formação de um público necessita não apenas de uma política de longo prazo e com grandes investimentos, como deveria ser em conjunto com outros ministérios. Os festivais são apenas uma válvula de escape: para o público que aprecia filmes menos massivos e para o cineasta que tem uma formação cinéfila.

3. Por fim, qual você acredita que tenha sido o marco que deu novo impulso à produção cinematográfica nacional a partir do início da década de 90?

O impulso foi dado pela injeção de recursos públicos cada vez maiores. Com a Condecine, que agora está sendo contestada pelas teles, a soma dos recursos de tudo que foi disponibilizado para o cinema chegou em 2012 a R$ 899.479.832,79!

Chamada da Revista Chasqui sobre “Cinema, política audiovisual e comunicação”

chasqui

Revista Latinoamericana de Comunicación Chasqui convida a todos os investigadores comprometidos com a Comunicação e as Ciências Sociais a apresentar o resultado de seus trabalhos para o dossiê “Cinema, política audiovisual e comunicação”. A data-limite de recepção é o dia 03 de junho.

Esta edição da Chasqui (Qualis A2 CSA1) terá a coordenação de Susana SEL (Universidad de Buenos Aires, Argentina/FLACSO, Ecuador). Para submeter, deverá carregar os artigos através do site da Chasqui:http://www.revistachasqui.org/index.php/chasqui/about/submissions#onlineSubmissions.

Ementa

O novo regime de percepção digital, enquanto projeto geopolítico, atribui determinações à tecnologia que na realidade correspondem ao funcionamento concentrado desta etapa do capital. O cinema, como parte das indústrias culturais, produz bens que se implicam na identidade coletiva e, além disso, tendem à reprodução da nova divisão internacional do trabalho

Nesse sentido, o cinema se encontra num processo de integração dependente do paradigma de mercado que apresenta múltiplas convergências. A migração entre suportes, a diversificação de um produto em numerosas plataformas e a participação de novos atores na produção de conteúdos simbólicos, promovidos por grandes empresas oligopólicas de telecomunicações e meios de comunicação, fundiram serviços de telefonia, redes de internet e distribuidores de televisão a cabo oferecendo rentabilidades extraordinárias. Transformações que operam também na organização laboral, e na reestruturação de numerosos setores da indústria, em função da Nova Divisão Internacional do Trabalho Cultural.

Algumas experiências de Estado na região na última década têm promovido outros espaços, porém, sem reverter este paradigma estruturalmente, em particular nos campos da exibição e distribuição operadas por escassos grupos monopólicos. Situação agrava tanto pela dependência da Organização Mundial do Comércio, quanto pelos últimos tratados como o Acordo Estratégico Trans-Pacífico de Associação Econômica, conhecido como TPP, que muda as leis em matéria de direitos de autor, outorgando mais poderes aos grandes estúdios de cinema.

As indústrias culturais têm como particularidade seu forte conteúdo simbólico, seu papel central na conformação de identidades e na possibilidade de contribuir à formação de valores associados à cidadania e à participação democrática. Ao mesmo tempo que relevam as relações sociais e de poder que condicionam a produção, distribuição e consumo dos recursos, daí a importância de considerar as dinâmicas produtivas e as relações econômicas que estão por trás da criação de conteúdos culturais.

Convoca-se acadêmicos e investigadores a debater e tratar da dimensão mercantil dos bens culturais referidos ao cinema, as dinâmicas que atravessam os mercados globais e as formas desiguais de acesso às tecnologias, enquanto possibilidade de emergência de novos modelos comunicacionais com possibilidades emancipatórias, opostas ao estado de situação que a hegemonia do capital propicia na região.

Eixos temáticos

O cinema nas indústrias culturais;

Sistema global de copyright, de distribuição e exibição;

Desenvolvimentos tecnológicos na produção e pós-produção;

Organização laboral e Nova Divisão Internacional do Trabalho Cultural;

Sistemas de informação e estatísticas do cinema na região;

Políticas Nacionais na última década no cinema regional;

Sustentabilidade econômica das produções independentes;

Circuitos de circulação regional das produções nacionais;

Estratégias de integração regional.

(En Español)

El nuevo régimen de percepción digital, en tanto proyecto geopolítico, asigna determinaciones a la tecnología que en realidad corresponden al funcionamiento concentrado de esta etapa del capital. El cine, como parte de las industrias culturales, produce bienes que se implican en la identidad colectiva y además tienden a la reproducción de la nueva división internacional del trabajo cultural, sostenido a través de un sistema global de copyright, promoción y distribución para maximizar beneficios.

En ese sentido, el cine se encuentra en un proceso de integración dependiente del paradigma de mercado que presenta múltiples convergencias. La migración entre soportes, la diversificación de un producto en numerosas plataformas y la participación de nuevos actores en la producción de contenidos simbólicos, promovidos por grandes empresas oligopólicas de telecomunicaciones y medios de comunicación, fusionan servicios de telefonía, redes de internet y proveedores de televisión por cable ofreciendo rentabilidades extraordinarias. Transformaciones que operan asimismo en la organización laboral, y en la reestructuración de numerosos sectores de la industria, en función de la Nueva División Internacional del Trabajo Cultural.

Algunas experiencias de Estado en la región en la última década, han promocionado otros espacios, pero sin revertir este paradigma estructuralmente, en particular en los campos de la exhibición y distribución operadas por escasos grupos monopólicos. Situación agravada tanto por la dependencia de la Organización Mundial del Comercio, así como por los últimos tratados como el Acuerdo Estratégico Trans-Pacífico de Asociación Económica, conocido como TPP que cambia las leyes en materia de derechos de autor, otorgando mayores poderes a los grandes estudios de cine.

Las industrias culturales tienen como particularidad su fuerte contenido simbólico, su rol central en la conformación de identidades y la posibilidad de contribuir a la formación de valores asociados a la ciudadanía y a la participación democrática. Al mismo tiempo que relevan las relaciones sociales y de poder que condicionan la producción, distribución y consumo de los recursos, de allí la importancia de considerar las dinámicas productivas y las relaciones económicas que subyacen a la creación de contenidos culturales.

Se convoca a académicos e investigadores a debatir y aportar sobre la dimensión mercantil de los bienes culturales referidos al cine, las dinámicas que atraviesan los mercados globales y las formas desiguales de acceso a las tecnologías, en tanto posibilidad de emergencia de nuevos modelos comunicacionales con posibilidades emancipatorias, opuestas al estado de situación que la hegemonía del capital propicia en la región.

Ejes temáticos:

  • El cine en las industrias culturales.
  • Sistema global de copyright, de distribución y exhibición.
  • Desarrollos tecnológicos en la producción y postproducción.
  • Organización laboral y Nueva División Internacional del Trabajo Cultural.
  • Sistemas de información y estadísticas de cine en la región.
  • Políticas Nacionales en la última década en el cine regional.
  • Sostenibilidad económica de las producciones independientes.
  • Circuitos de circulación regional de las producciones nacionales.
  • Estrategias de integración regional.

Chamada da Revista Âncora sobre “Jornalismo de Esportes”

âncora

A Revista ÂNCORA (Vol. 4 – Nº 2 | 2017) recebe artigos, relatos acadêmicos, resenhas e entrevistas sobre o tema JORNALISMO DE ESPORTES: o campo, o corpo e a comunicação. Os artigos recebidos até o final de março de 2017 serão encaminhados para esta edição, que contará como editor convidado Edônio Alves do Nascimento (UFPB).

Os artigos devem ser enviados para revistaancoraufpb@gmail.com , com CÓPIA para edonioalves@gmail.com (Editor Convidado) ou através do próprio sistema da Revista ÂNCORA em regime de fluxo contínuo.
http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ancora/announcement

EMENTA

O dossiê tem como eixo norteador os seguintes tópicos:

– História, constituição e transformações do campo do jornalismo de esportes em suas várias plataformas de operação: veículos impressos, cinema, televisão, rádio e redes digitais.

– Dinâmicas e linguagens do Jornalismo de Esportes em diferentes Mídias, Hipermídias canais abertos e fechados.

– Ética, publicidade e mershandising nas coberturas jornalísticas de esportes.

– Atuação profissional do Jornalista de Esportes.

– Construção de narrativas midiáticas que tomam o campo do esporte como protagonista.

– Coberturas jornalísticas de Copas do Mundo no Brasil (1950 e 2014).

– Coberturas jornalísticas dos Jogos Olímpicos e sua relação com o evento no Brasil em 2016.

– Convergência e Mobilidades no Jornalismo de Esportes.

– Jornalismo de Esportes na televisão pública e sua relação com a disseminação de práticas esportivas fomentadas pelo Estado.

– Coberturas jornalísticas: Manifestações das torcidas e suas disseminações pelas redes sociais.

– Práticas corporais institucionalizadas ou não e sua presença na mídia esportiva.

REVISTA

ÂNCORA – Revista Latino-americana de Jornalismo é uma publicação acadêmica semestral, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Jornalismo – PPJ (UFPB). Objetiva o fomento da produção acadêmico-científica na área do jornalismo e suas interfaces no campo comunicacional e em áreas afins. Seu foco de abordagem temática está direcionado para publicações de artigos, relatos profissionais, artigos-resenha e entrevistas que retratem, de forma transdisciplinar, os ambientes, processos, linguagens, tecnologias, produtos e processos do jornalismo. Podem submeter sua produção à Revista doutores e doutorandos. Autores fora desse espectro (mestres, mestrandos, graduados e graduandos) podem inscrever textos em regime de co-autoria com autores-doutores.

Chamada de trabalhos sobre “Serviço Público de Mídia e Participação”

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A Revista Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho, está com chamada aberta até hoje (15/3) para o dossiê “Serviço Público de Mídia e Participação”. Prevê-se que este número seja publicado em setembro de 2016. A edição conta como editores: Luís António Santos (lsantos@ics.uminho.pt) – Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), Universidade do Minho, Portugal; e Nelia del Bianco (neliadelbianco@gmail.com) – Faculdade de Comunicação, Universidade de Brasília, Brasil.

EMENTA

Com uma tradição de várias décadas, decorrente do próprio paradigma de desenvolvimento dos meios audiovisuais na Europa, o Serviço Público de Mídia está longe de ser coisa do passado ou deste continente exclusivamente. 

No contexto de experiências muito diversas, o sistema de comunicação pública tem sido objeto de intensos debates, centrados tanto na sua missão e pertinência como nos modelos de financiamento que lhe estão subjacentes. Historicamente conotado com a ideia de um “bem público”, com obrigações ao nível da acessibilidade dos cidadãos, da diversidade de conteúdos e da promoção de valores culturais, o serviço público de rádio e de televisão ultrapassa hoje claramente o espectro da radiodifusão. Extensível ao espaço das plataformas digitais, o conceito arrasta-se para a Internet, abrindo-se cada vez mais a novos formatos e novos canais de interação. O novo quadro tecnológico, assente na diversificação de suportes de recepção, reclama o desenvolvimento de políticas de comunicação mais orientadas para o envolvimento das audiências. Neste cenário, a missão de Serviço Público de Média parece ser indissociável dos mecanismos de fomento à participação do público, tanto na própria dinâmica dos meios como também, através deles, na gestão da vida coletiva. 

Participação e cidadania são, assim, duas chaves inevitáveis para reequacionar o papel dos meios de comunicação de Serviço Público, num tempo que não se define mais pela necessidade de garantir o mínimo, mas sobretudo de constituir a alternativa de referência. Organizado no âmbito do projeto “Políticas de comunicação, radiodifusão pública e cidadania: subsídios para o desenvolvimento sociocultural em Portugal e no Brasil”, financiado pela FCT (Portugal) e pela CAPES (Brasil), este número especial da revista Comunicação & Sociedade é dedicado à problematização do conceito de Serviço Público de Mídia e aos novos desafios criados pela constante inovação tecnológica, especialmente no que concerne à comunicação participativa. Compreendida como uma obrigação inerente à função dos órgãos de Serviço Público, a promoção da participação é hoje encarada como um pressuposto do desenvolvimento social e cultural e, concomitantemente, da emancipação das comunidades. 

Editado em parceria pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho e pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, as entidades promotoras deste projeto, este número especial convida à submissão de propostas de textos originais que se enquadrem nos seguintes domínios: redefinição do Serviço Público de Média em contexto digital; novos formatos de participação dos públicos; regulação e financiamento da missão de Serviço Público; tecnologia e inovação; perceções e representações do Serviço Público de Média e das suas ofertas digitais; Serviço Público e desenvolvimento das comunidades; Serviço Público e identidade; Serviço Público e literacia mediática. 

REGRAS EDITORIAIS

Os originais deverão ser enviados em formato Word para cecs@ics.uminho.pt com conhecimento (cc) para os coordenadores do número: Luís António Santos (lsantos@ics.uminho.pt) e Nelia del Bianco (neliadelbianco@gmail.com). No ASSUNTO da mensagem, os autores deverão escrever: Comunicação e Sociedade – número especial.

As normas de citação deverão ser consultadas no Manual de Publicações do CECS, disponível em http://www.comunicacao.uminho.pt/upload/docs/cecs/manual_de_publicacao_v1.pdf. Línguas: Português e Inglês. A tradução para a segunda língua é da responsabilidade dos autores, podendo a sua entrega ser feita apenas após a confirmação de aceitação para publicação.

REVISTA

Revista Comunicação e Sociedade (Qualis B1-CSA1) é uma revista temática da área das Ciências da Comunicação, editada pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Publicada desde 1999, esta revista tem um rigoroso sistema de arbitragem científica e é publicada duas vezes por ano. Aderiu ao sistema OJS em 2012 e publica textos em português e em inglês desde 2013. O conselho editorial da Comunicação e Sociedade integra reputados especialistas das Ciências da Comunicação de diversos pontos do mundo.

Para mais informações: http://revistacomsoc.pt/index.php/comsoc/about

 

Chamada de trabalhos para Comunicon 2016

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O Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM São Paulo está com chamada aberta até 30 de abril para o COMUNICON – Congresso Internacional em Comunicação e Consumo -, que ocorre de 13 a 15 de outubro, contando com Simpósio Internacional, com o tema “Comunicação, consumo e modos de envelhecimento”, e Encontro de Grupos de Trabalho em Comunicação e Consumo (Pós-Graduação e Graduação).

CHAMADA DE TRABALHOS

O 6º Encontro de Grupos de Trabalho de Pós-Graduação aceita submissões de mestrandos, mestres, doutorandos e doutores em Comunicação e áreas afins. Os trabalhos podem ter, no máximo, três autores: um principal e dois co-autores. Cada pesquisador pode assinar como autor principal um único trabalho e participar como co-autor de apenas um segundo trabalho.

Serão aceitos ARTIGOS COMPLETOS redigidos em português, inglês ou espanhol. Os trabalhos devem ser inéditos (não submetidos a publicações acadêmicas e nem apresentados em outros eventos), contemplar a articulação entre comunicação e consumo e atender, em especial, aos objetivos e à ementa de cada Grupo de Trabalho abaixo relacionado. Devem ter no mínimo 12 e no máximo 15 páginas de extensão, seguindo as instruções do template do evento, disponível no site: www.espm.br/comunicon.

Cada GT contará com pareceristas externos, além de seu coordenador. Os artigos aprovados serão publicados nos Anais digitais do evento (com ISBN).

O 2º Encontro de Grupos de Trabalho de Graduação aceita submissões de graduandos e graduados em Comunicação e áreas afins. Serão aceitos trabalhos individuais (um único autor) que contenham resultados de pesquisas concluídas ou em andamento, referentes a iniciações científicas, monografias de conclusão de curso ou participação em projetos de pesquisa coletivos. É necessário selecionar um dos GTs do Congresso para submissão do trabalho, não sendo possível o mesmo autor enviar artigos para mais de um dos Grupos.

A sessão dos GTs dedicada à graduação (1º sessão do dia 14 de outubro) prevê a seleção de, no máximo, cinco (5) apresentações. Para tanto, contaremos com pareceristas externos, além do coordenador. Os artigos aprovados serão publicados nos Anais digitais do evento (com ISBN). Segue regra parecida com a do encontro de Pós-Graduação, só que com mínimo 10 e no máximo 12 páginas de extensão, seguindo as instruções do template do evento, disponível no site: www.espm.br/comunicon.

EMENTAS dos GTs:

– GT 01 – COMUNICAÇÃO E CONSUMO: cultura empreendedora e espaço biográfico
Coordenação: Prof. Dr. Vander Casaqui
Este GT parte das questões relativas ao campo da comunicação e consumo para tratar de suas articulações com a cultura empreendedora, ou seja, o espírito do capitalismo apoiado na figura do empreendedor como modelo de cultura – promovido através de contratos comunicativos e regimes de convocação biopolítica. Dessa forma, privilegiamos o estudo de: a) narrativas, discursos, representações relacionadas com o empreendedorismo, o empreendedorismo social, o “intrapreendedorismo”, entre outras denominações, sempre em abordagem crítica e perspectiva sociocultural; b) estudos do espaço biográfico (biografias e autobiografias), ou o estudo de narrativas de vida articuladas com as práticas de consumo, com o mundo do trabalho, com o espírito empreendedor, com discursos de “superação”, de “sucesso”, com fins “motivacionais” e “inspiracionais”, publicizados para consumo simbólico em dispositivos midiáticos.

– GT 02 – COMUNICAÇÃO, CONSUMO e IDENTIDADE: materialidades, atribuição de sentidos e representações midiáticas
Coordenação: Profa. Dra. Marcia Tondato
A proposta deste GT é refletir sobre os processos de significação e ressignificação inerentes ao complexo contexto da contemporaneidade, às possibilidades de abertura para leituras diferentes e divergentes, em discursos mediados pelo cotidiano e pela cultura. Um cenário caraterizado pelo uso dos bens de consumo na especificação das relações sociais, exigindo que o mesmo seja trabalhado além dos limites das práticas comerciais, ampliado para aspectos da cultura do consumo que dialoguem com a sociedade complexa a partir dos processos de pertencimento. Para esta reflexão, as temáticas prioritárias incluem: a) representações midiáticas e práticas de consumo; b) processos de produção, circulação e apropriação de bens, advindos das práticas de comunicação midiática e interfaces com o consumo material e simbólico; c) relações sociais, de classes e de gêneros; d) atribuições de sentido e constituição e identidades coletivas nos ambientes comunicacionais característicos de uma sociedade midiatizada.

– GT 3 – COMUNICAÇÃO E CONSUMO: PERIODIZAÇÕES E PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Coordenação: Profa. Dra. Eliza Casadei
EMENTA: A proposta do GT é reunir trabalhos que discutam as relações entre comunicação e consumo a partir de uma perspectiva histórica. Nesse sentido, serão abarcadas pesquisas que abordem análises voltadas aos modos a partir dos quais a história dos meios de comunicação de massa e seus processos específicos mediam uma história sobre as visualidades de consumo, ao engendrar visibilidades próprias de cada época, bem como suas rupturas e recorrências. Assim, serão consideradas temáticas prioritárias: a) investigação dos processos históricos das mediações do consumo pela comunicação; b) história das visualidades do consumo a partir do mapeamento da história dos meios de comunicação de massa e suas produções específicas; c) proposição de metodologias para o estudo histórico das relações entre comunicação e consumo; d) estudo das diferentes estratégias retóricas, estilísticas e narrativas ligadas ao consumo nos produtos midiáticos ao longo do tempo; e) delimitação das diferentes estratégias estilísticas de composição ligadas aos imaginários de consumo; f) análise discursiva dos imaginários de consumo em diferentes produtos midiáticos de diferentes períodos; g) análise das continuidades e rupturas discursivas do consumo ao longo do tempo.

– GT 4 – COMUNICAÇÃO, CONSUMO E INSTITUCIONALIDADES
Coordenação: Prof. Dr. Luiz Peres-Neto
Partindo do debate sobre comunicação e consumo, este GT propõe discutir os processos de mediação e os contextos sociais, políticos e culturais nos quais se constituem, legitimam ou interagem instituições e organizações com o conjunto da sociedade. São objetos de interesse trabalhos que proponham este debate a partir das seguintes temáticas: a) agenciamentos institucionais nos processos comunicacionais; b) a construção de tramas de civilidade, inclusão e exclusão social; c) as fronteiras do público e do privado; d) a comunicação em contextos organizacionais e institucionais e suas relações com as práticas de consumo; e) ética, comunicação e consumo; f) liberdade de expressão e políticas de comunicação; g) discursos sobre o reconhecimento de direitos e reconstruções do social; h) comunicação, consumo e religiosidade.

– GT 5 – COMUNICAÇÃO, CONSUMO E NOVOS FLUXOS POLÍTICOS: ativismos, cosmopolitismos, práticas contra-hegemônicas
Coordenação: Profa. Dra. Rose de Melo Rocha
Considerando a centralidade dos processos de comunicação e das práticas de consumo na cena contemporânea; compreendendo a política em sentido amplo, em suas expressões não institucionais e cotidianas;  o GT investiga novos fluxos políticos associados a: a) ativismos, políticas de visibilidade e de subjetivação em mobilizações, movimentos e coletivos, com sua produção imagética e imaginária; b) ações de trânsito (urbano/digital; midiático/massivo; ético/estético) atinentes à midiatização do social, à espetacularização e à iconicização do capital; c) cosmopolitismos, diásporas, glocalidades e processos pós-periféricos articulados ao consumo (material e simbólico); c) dinâmicas bottom-up e práticas contra-hegemônicas nas sociedades midiáticas e do consumo, com suas narrativas, politicidades e expressividades.

– GT 6 – COMUNICAÇÃO, CONSUMO E SUBJETIVIDADE
Coordenação: Profa. Dra. Gisela G. S. Castro
Este Grupo de Trabalho tem a intenção de congregar reflexões e fomentar discussões acerca do papel da comunicação e do consumo na promoção de modulações pelas lógicas de consumo nos modos de ser e de estar junto. Interessa-nos analisar as práticas de comunicação e consumo em sua articulação com: a) transformações perceptivas, cognitivas e/ou afetivas em ambientes supersaturados de mensagens comerciais; b) as dinâmicas do entretenimento, as estratégias midiáticas e mercadológicas no fomento a modos de ser e de viver; c) a mercadorização do cotidiano, o consumo da experiência e a experiência do consumo; d) afetividade, sociabilidade e subjetividade nas redes sociais digitais; e) estereótipos, preconceitos e modelos sociais alternativos na cena midiática; f) as imagens do envelhecimento e seus discursos; dentre outras questões relevantes.

– GT 7 – COMUNICAÇÃO, CONSUMO, MEMÓRIA: cenas culturais e midiáticas
Coordenação: Profa. Dra. Mônica Rebecca Ferrari Nunes
As conexões entre comunicação, consumo e memória permitem considerar o consumo como código cultural que armazena e gera constantemente novas informações, de tal sorte que o consumo de formas materiais, midiáticas, simbólicas, afetivas ressignificam o tempo passado, o tempo presente e a própria memória. Como invenção e reconstrução, a memória também se materializa, além das histórias individuais e coletivas de seus sujeitos, por meio da biografia de objetos e mercadorias. Este grupo de trabalho acolhe pesquisas e reflexões acadêmicas dedicadas a pensar as intersecções: a) consumo, memória, cultura; b) consumo, memória, mídia; c) consumo, memória nas subculturas juvenis; d) consumo, memória, entretenimento; e) consumo, memória e artes da performance.

– GT 8 – COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E CONSUMO
Coordenação: Profa. Dra. Maria Aparecida Baccega
Este grupo de trabalho objetiva tratar da construção teórico-prática das inter-relações comunicação/ educação/ consumo (e não consumismo). Sobreleva, também, a teleficção como objeto de pesquisa, dado o seu diálogo permanente com a realidade brasileira lócus dessas relações. Consideram-se como atinentes a essa discussão: a) a rede de intercâmbio de significados entre consumo e comunicação na contemporaneidade: b) o alargamento das fronteiras do campo da comunicação, incorporando comunicação/educação/consumo; c) o campo comunicação/ educação, com suas reflexões e pesquisas, sobretudo no que se refere à atuação das agências de socialização e suas relações no processo de educação dos sujeitos; d) a teleficção como objeto privilegiado, dada sua condição de diálogo com as condições sócio-históricas.

– GT 9- COMUNICAÇÃO, DISCURSOS DA DIFERENÇA E BIOPOLÍTICAS DO CONSUMO
Coordenação: Profa. Dra. Tânia Hoff
Este grupo de trabalho tem por objetivo investigar as práticas discursivas, regimes de visibilidade e as representações da diferença na cena midiática contemporânea, considerando-se o fenômeno do consumo, suas biopolíticas e biossociabilidades. A partir dos processos comunicacionais e dos modos como os produtos midiáticos se apropriam dos discursos da diferença e de suas representações nas dimensões política, econômica e sociocultural, este GT problematiza: a) identidades étnicas, raciais e de orientações sexuais; b) estetização da diferença; c) multiculturalismo e diferença; d) formas de simbolização do corpo em diversos contextos culturais (híbridos, mestiços e sincréticos); e) apropriações da diferença pelo mercado; f) regimes de visibilidade; g) discursos da diferença; e h) discursos de resistência.

– GT 10- CONSUMO, LITERATURA E ESTÉTICAS MIDIÁTICAS
Coordenação: Prof. Dr. João Anzanello Carrascoza
Este grupo objetiva discutir a comunicação publicitária e sua produção de sentido voltada para as práticas de consumo, a partir de sua relação visceral com as matrizes da narrativa literária. Assim, acolhe as pesquisas e os debates em torno das seguintes temáticas: a) estudos focados nas lógicas de produção do discurso publicitário; b) elementos da poética publicitária; c) publicidade e os processos de contaminação da linguagem; d) interfaces entre teoria literária e publicidade; e) práticas de consumo no universo literário; f) estética e retórica do consumo; e) formas publicitárias e estetizações literárias; f) historiografia da publicidade; g) produção e consumo de narrativa publicitária.

– GT 11 – COMUNICAÇÃO, CONSUMO E CIDADANIA: POLÍTICAS DE RECONHECIMENTO, REDES E MOVIMENTOS SOCIAIS
Coordenação: Profa. Dra. Denise Cogo
O GT tem como objetivo o debate de pesquisas em torno das interfaces entre comunicação, consumo e cidadania que se orientam pela reflexão sobre políticas de reconhecimento das chamadas minorias no contexto das redes sociocomunicativas e dos movimentos sociais. Busca-se reunir estudos que reflitam sobre as experiências e práticas das minorias (mulheres, transgêneros, afrodescendentes, indígenas, migrantes, etc.) em que estejam implicados processos de apropriações e usos comunicacionais e ou midiáticos articulados às demandas e mobilizações por cidadania em suas múltiplas dimensões: econômica, social, política, jurídica, cultural, universal e comunicativa. Em um cenário de convergência tecnológica, busca-se enfatizar as experimentações e agenciamentos comunicacionais que são produzidos pelas minorias em espaços locais, nacionais, transnacionais a partir de dinâmicas que constituem e são constitutivas das redes e movimentos sociais.

PRÊMIO COMUNICON

Todos os trabalhos aprovados e inscritos no 6º Encontro de Grupos de Trabalho de Pós-Graduação em Comunicação e Consumo serão considerados elegíveis para o Prêmio COMUNICON. Este propõe reconhecer a excelência de trabalhos acadêmicos elaborados na área de comunicação e consumo. Os melhores trabalhos apresentados em cada GT serão indicados ao Prêmio COMUNICON. A Comissão Julgadora é composta por pesquisadores internos e externos ao PPGCOM ESPM e tem como Presidente de Honra a decana do Programa, Profa. Dra. Maria Aparecida Baccega. 

Para mais informações: www.espm.br/comunicon

Chamada de Artigos para Revista GEMInIS sobre “Fãs, ativismo e redes: mídia livre do que?”

geminis

A Revista GEMInIS está com chamada aberta até o dia 23 de maio para a sua décima segunda edição, cujo dossiê será dedicado ao tema “Fãs, ativismo e redes: mídia livre do quê?”.

EMENTA

O dossiê se dedica a discutir as relações entre mídia e o ativismo contemporâneo inseridos no paradigma da convergência midiática, no qual fãs, empresas, ativistas e usuários formam redes complexas e interligadas por uma quantidade massiva de conteúdo. O processo de convergência midiática ocorrido nas últimas décadas foi impulsionado pelo estímulo à cultura da participação, tornando o consumidor capaz de produzir e circular conteúdos em qualquer plataforma. Essas mudanças passariam a abarcar também uma relação direta com o ativismo, uma vez que esses usuários utilizam de conteúdos de mídia para demandar uma participação política a respeito dos mais diversos propósitos. As práticas de fã-ativismo são um dos grandes sintomas disso, pois representa como o consumo midiático pervasivo adentra temas e questões cotidianas. Simultaneamente, o contemporâneo é também marcado pela popularização do termo midialivrismo, cuja atividade nasce em torno da crença em uma distinção considerável entre as mídias de uma maneira bem objetiva.

O termo “livre” quando aplicado aos mais diversos meios de comunicação, sempre esteve historicamente atrelado a um sentido de militância, pressupondo que essa liberação se efetiva quando a sociedade civil ou um grupo que representa seus interesses passa a dominar uma série de saberes necessários para produzir conteúdos nas mais diversas mídias. Ao contrapor essas duas perspectivas, do fã-ativista e do midialivrismo, uma série de questionamentos se tornam possíveis. Diante desse cenário, pode-se falar em mídia livre se sabemos que os ativistas fazem uso das redes sociais, plataformas de vídeo e outros dispositivos que são controlados e monitorados por grandes empresas de tecnologia? Se as práticas midialivristas, em sua maioria, se declaram contra a cooptação comercial relacionada às grandes mídias, estariam também ilesos da cooptação política? Sobretudo é necessário amplificar o debate ao pensar o que se entende hoje por mídia livre, principalmente, no que diz respeito à participação. Em um universo no qual a nova grande mídia é composta por muitos que falam para nichos cada vez mais segmentados, não seria ela uma mídia feita por militantes e para militantes?

NORMAS

A chamada de artigos está aberta até o dia 23 de maio de 2016, e os trabalhos devem ser enviados ao e-mail: revista.geminisufscar@gmail.com. O texto tem que estar nos idiomas Português, Espanhol ou Inglês, em formato “DOC”, e conter, no mínimo, 07 páginas ou próximo de 2.500 palavras, e no máximo 25 páginas, aproximadamente 11.300 palavras. A estrutura do artigo, o resumo, as citações diretas e indiretas, as referências, imagens, quadros e tabelas devem obedecer às normas da ABNT, em vigor. Além de aceitar trabalhos relacionados à temática do dossiê, o periódico também recebe artigos acadêmicos que abordem outros assuntos ligados a área da comunicação e do audiovisual, assim como ensaios, entrevista e resenhas de livros publicados recentemente no Brasil, e no exterior. É dada prioridade de publicação a trabalhos submetidos por autores doutores ou em coautoria com pesquisadores doutores.

Os trabalhos também devem estar acompanhados de um “Termo de Autorização para Publicação”, assinado pelo autor nos seguintes termos: “Eu____ (nome completo do principal responsável pelo artigo) autorizo, caso meu artigo ____ (nome do trabalho apresentado), de autoria de ____ (nome de todos os autores) , seja aprovado pela Comissão Editorial da Revista de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som, a publicação no referido periódico”. O termo deve ser enviado em formato de imagem JPG ou PDF.

Sobre a Revista GEMInIS

A Revista GEMInIS foi criada em 2010, quando o Grupo de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som – PPGIS/UFSCar, completava seu terceiro ano de criação. A revista online e semestral, tem como objetivo reunir trabalhos científicos e artísticos que tratem de fenômenos próprios da convergência midiática. A publicação tem classificação Qualis B2 pela Capes, na área de Ciências Sociais Aplicadas.

Chamada de trabalhos Vozes e Diálogo sobre “Cultura de fãs”

vozes

A Revista Vozes e Diálogo está com chamada aberta para o dossiê “Cultura de fãs” para a edição nº 1 de 2016. Os artigos devem ser submetidos até 15 de maio no portal da revista.

Serão aceitos artigos de reflexão teórica e/ou resultado de pesquisas que abordem as diversas temáticas relacionadas à cultura de fãs, aos processos que envolvem a prática do Fandom, tanto na perspectiva da análise do conteúdo, das representações entre outros quanto análises da recepção e/ou do consumo midiático que evidenciem os engajamentos do público diante dos mais diversos produtos/conteúdos midiáticos e sua circulação. Entre os aspectos que podem ser problematizados estão:         

–        Produção, distribuição e circulação de conteúdos produzidos pelo público sobre conteúdos midiáticos (pode-se discutir autoria e direitos sobre os conteúdos, níveis de engajamento, formas de participação e/ou impacto dessas práticas no âmbito da produção, etc.);

–        Práticas, produtos, comportamentos de fãs /antifãs

–        Shipping

–        ciberativismos; 

–        Relações entre cultura participativa e cultura de fãs.

–        Cultura de fãs e sua relação com a afetividade pelas marcas

–        Estudos comparativos de fandom nacional e internacional

–        Comportamentos de hatters e trolls

–        Relação entre cultura de fãs e culturas juvenis

–        Cosplay

Entre várias outras possibilidades.

REVISTA

A Vozes e Diálogo é a Revista Acadêmica dos Cursos de Comunicação Social da Univali – SC, avaliada como B3 em Ciências Sociais Aplicadas I pelo Qualis-Capes. Além do dossiê, a revista também aceita artigos de outras temáticas em regime de fluxo contínuo bem como resenhas de obras publicadas nos últimos três anos.

Mais informações: http://www6.univali.br/seer/index.php/vd/index

Revista Cambiassu recebe artigos para edição de junho

cambiassu

A Cambiassu – publicação on-line semestral de estudos em Comunicação do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) – está recebendo ensaios, artigos, entrevistas e resenhas para seu próximo número, a ser lançado em junho de 2016, até o dia 18 de abril.

A revista Cambiassu (Qualis B4 – CSA1) visa a divulgação de pesquisas e estudos na sua área de interesse – Comunicação Social – e aceita trabalhos inéditos para publicação. Foca-se em questões relacionadas ao campo da comunicação e seus mecanismos de produção, distribuição e consumo.

Serão aceitos textos inéditos – permitindo-se até 4 (quatro) autores por trabalho – em português que serão avaliados, sem identificação, por dois membros do Conselho Editorial. Cada autor poderá enviar o máximo de dois trabalhos, sendo um individual e um em coautoria.

O trabalho original deverá ser submetido exclusivamente via e-mail no período de 01 de março a 18 de abril de 2016. Após a recepção do material, e análise dos pareceristas da revista, os editores responsáveis entrarão em contato com os(as) autores(as), no prazo de 06 a 13 de maio de 2016, via e-mail, para a divulgação dos aceites.

Mais informações: http://www.cambiassu.ufma.br/2016_1.pdf