Revista abre Call for Papers para Comemorar 40 anos do Movimento LGBT no Brasil

Comemorando os 40 anos de existência do Movimento LGBT no Brasil, a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis) está recebendo trabalhos para o Dossiê “40 Anos de Movimento LGBT no Brasil: Comunicação, Saúde e Direitos Humanos” até o dia 31 de janeiro de 2019.

Os artigos devem seguir a normalização indicada pela revista, disponível aqui. As submissões devem ser realizadas pelo sistema eletrônico da revista que pode ser acessado aqui. Os trabalhos aceitos serão publicados em junho de 2019. A Reciis é editada, desde 2007, pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

 

Chamada

O movimento LGBT organizado comemora, em 2018, 40 anos de atuação no Brasil. A historiografia consolidou como marco fundador da militância homossexual no país a criação do grupo Somos – Grupo de Afirmação Homossexual, em 1978. O movimento em defesa dos direitos LGBT surgiu como um ato de resistência em plena ditadura militar, marcada pela repressão e por ideais conservadores.

Desde o seu surgimento, o movimento social de luta pelo reconhecimento da diversidade sexual e de gênero passou por transformações profundas. A articulação de coletivos inicialmente identificada como o Movimento Homossexual Brasileiro (MHB) passou a se denominar de Movimento LGBT, reflexo da multiplicação das bandeiras de luta e dos personagens envolvidos nas reivindicações.

Os esforços empreendidos para que a população LGBT goze de direitos plenos conquistou, nas últimas décadas, resultados positivos como a retirada da homossexualidade da lista de doenças do então Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), a possibilidade da realização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais homossexuais.

Contudo, as conquistas recentes vêm acompanhadas com o aumento da intolerância e dos crimes de ódio. Lideres neopentecostais midiáticos e políticos da direita conservadora vêm sistematicamente promovendo o discurso de detração a todos os corpos que não se enquadram na heteronorma. Projetos para criminalizar a homofobia, como a PLC 122, são barrados pela bancada evangélica enquanto a cada 19 horas um LGBT é assassinado ou se suicida vítima da LGBTfobia, segundo dados do Grupo Gay da Bahia.

O dossiê, ao comemorar os 40 anos do movimento LGBT brasileiro, pretende reunir trabalhos que rememorem criticamente os marcos temporais desta história. Buscamos promover o debate acerca dos acontecimentos do passado para ajudar a refletir sobre os desafios do presente. Convidamos, assim, os autores interessados, a enviarem artigos que articulem a história do movimento com aspectos do campo da comunicação, da saúde e dos direitos humanos. Como sugestão, propõe-se, para esta chamada, os seguintes eixos articuladores:

– A formação e a transformação do movimento LGBT no Brasil
– O impacto da HIV/AIDS e os novos desafios pós-coquetel
– Imprensa Homossexual
– Grupos Militantes, Associações e ONGs de ação LGBT
– Cultura midiática e personalidades LGBT
– Estratégias e produtos comunicacionais para o engajamento político em torno de causas LGBT
– Invisibilidades e apagamentos
– Violência e crimes de ódio contra a população LGBT
– Comunicação e narrativas públicas de empoderamento
– Despatologização e descriminalização das identidades de gênero e orientação sexual
– Atendimento no SUS a população LGBT
– Travestis e Transsexuais: o acesso ao ensino e o ingresso no mercado de trabalho
– Interseccionalidade

Entrevista com Anderson Santos, presidente da ULEPICC-Brasil

Entre os dias 28 e 30 de novembro, Maceió foi sede do VII Encontro da União Latina de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura – Seção Brasil (ULEPICC-Brasil). Centenas de pesquisadores, desde jovens estudantes de iniciação científica a autores consolidados dos estudos em EPC, participaram das mesas de discussão, grupos de trabalho com apresentação de pesquisas e lançamento de livros.

Durante o Encontro, que teve como tema “os 30 anos da Economia Política da Comunicação e o Brasil pós-golpe”, aconteceu também a Assembleia da ULEPICC-Brasil, que elegeu a diretoria da entidade para o próximo biênio.

Com pesquisadores de instituições de quatro regiões do país, a nova diretoria tem Anderson Santos, professor da UFAL, como presidente. Compõem também a diretoria: William Dias Braga (vice-presidente/professor da UFRJ) Carlos Peres de Figueiredo Sobrinho (pós-doutorando na UFS – Secretário-geral); Júlio Arantes Azevedo (professor da UFAL – Tesoureiro); Manoel Dourado Bastos (professor da UEL – Diretor Científico); Patrícia Maurício Carvalho (professora da PUC-RJ – Diretora de Relações Institucionais/Sociais); Marcos Urupá (doutorando na UnB –  Diretor de Comunicação).

Para compreender os desafios postos à Economia Política da Comunicação, os cenários do campo da comunicação no Brasil e as perspectivas para a pesquisa crítica, o Portal Eptic conversou com o novo presidente da ULEPICC-Brasil.

Confira a entrevista abaixo, realizada por Paulo Victor Melo.

Portal Eptic: 2018 marca os 30 anos da Economia Política da Comunicação em nosso país. Qual sua avaliação, enquanto presidente da ULEPICC-Brasil, do campo acadêmico da Comunicação no Brasil?

A construção do campo da Comunicação é recente, quando comparado a outras Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, porém segue uma trajetória de constituição de um grupo hegemônico que acaba participando e, consequentemente, controlando algumas instâncias de poder importantes, das associações de pesquisa a definições de avaliações. Como todo campo social, no sentido bourdiano, é necessário observá-lo como alvo de interesses diferentes e, necessariamente, de disputas.

PE: Três décadas após um marco inicial dos estudos, pesquisas e intervenções, quais as principais contribuições até aqui da EPC para esse campo?

Acredito que a formação de um construto teórico-metodológico crítico para a Comunicação, e para além dela, é a principal contribuição dos estudos da EPC. Lembrando que isso foi feito considerando a produção numa perspectiva decolonial, entendendo o que é produzido na América Latina, para além dos grandes centros de pesquisa mundiais.

Muitos dos comentários que vemos em listas da área desde 2013, sobre a necessidade de olhar crítico para os grandes grupos comunicacionais e, especialmente, os cuidados ao analisar o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação são ponderações presentes em publicações distintas, mas sem maior espaço de difusão na área. Outro elemento importante é a perspectiva propositiva dos estudos, no sentido da práxis marxiana, afinal, não basta realizar a crítica à sociedade, mas buscar uma síntese que sirva de possível solução, o que nos faz dialogar bastante, por sinal, com as pesquisas e os movimentos sociais sobre Políticas de Comunicação e Cultura

PE: E quais dificuldades a pesquisa em EPC têm enfrentado nesse período?

Creio que a dificuldade principal é decorrente de ser um eixo teórico-metodológico não hegemônico nos estudos em Comunicação, o que gera falta ou retirada de espaços em determinados eventos e até no âmbito da formação em graduações e pós-graduações. Quantos de nós só encontramos a EPC em espaços fora das universidades em que estudamos? Isso acaba dificultando a formação de novxs pesquisadorxs na área. A transdisciplinaridade que fora a “Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura” é vista como algo que fugiria da formação de um campo propriamente comunicacional, gerando também questionamentos.

PE: Os 30 anos da EPC no Brasil coincidem com os 30 anos da promulgação da Constituição Federal de 1988. Quais perspectivas você vislumbra para o próximo período, num cenário em que conquistas previstas na Constituição – nas áreas da educação, da autonomia universitária e da comunicação, por exemplo – estão em ameaça?

Sou pessimista quanto aos próximos anos, infelizmente. O processo de contraposição aos governos de centro-esquerda representados pelo Partido dos Trabalhadores, com participação de setores midiáticos, jurídicos e articulação pelo WhatsApp, representou a ascensão da extrema-direita no Brasil, o que nos traz péssimas memórias. Já vínhamos de perdas após a retirada da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e esse processo tende a acelerar num governo eleito com apoio de parte da população e que jamais escondeu os interesses privatizantes e de ter a educação como alvo.

PE: E no que diz respeito ao setor/mercado das comunicações, qual a sua avaliação do estado atual? Quais políticas públicas são fundamentais?

Temos dificuldades em articular com movimentos sociais na luta pela regulamentação da comunicação, ainda que tenhamos avanços na Lei de Serviço de Acesso Condicionado (TV paga) e no Marco Civil da Internet.

A radiodifusão foi imexível mesmo nos governos do PT, com a criação da Empresa Brasil de Comunicação carecendo de maior desenvolvimento e interesse – e tornando-se alvo fácil para destruição -, enquanto os outros setores conseguiram abrir brechas nas necessárias mudanças de legislação.

Ainda precisamos avançar muito em políticas públicas na área, da regulamentação da radiodifusão, cuja lei principal é de 1962, às ferramentas da internet. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, por exemplo, teve vetos que impedem seu funcionamento de forma adequada.

PE: Uma das características marcantes dos estudos em EPC é a intervenção crítica junto à sociedade, como forma de relacionar o conhecimento produzido com a realidade social. Como a ULEPICC-Brasil pretende atuar nessa área?

Particularmente, esse é o maior desafio que vejo para a EPC. Por cultura acadêmica, temos muita dificuldade em dialogar com a sociedade, gerar uma relação direta com movimentos sociais, mesmo aqueles que atuam diretamente no setor da Comunicação. As lutas individuais e coletivas no âmbito das nossas instituições de ensino superior e associações de pesquisa exigem uma atenção e um gás grandes, mas precisamos articular melhor as relações com o dia a dia, ainda que tenhamos conseguido no último ano acompanhar mais as discussões na Frentecom (Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito a Comunicação com Participação Popular) e tenhamos representação de um ex-presidente no Comitê Gestor da Internet (CGI.br). Falta o passo de diálogo direto com os movimentos e com a sociedade. Para isso, esperamos contar com a rede de pesquisadorxs em EPC que temos no Brasil, mas é algo a ser articulado e desenvolvido durante os próximos dois anos de uma forma melhor organizada e dialogada com os próprios movimentos.

PE: Em termos de relações institucionais, quais as propostas da ULEPICC Brasil para a aproximação com outras associações de pesquisa?

A gestão que acabou este ano conseguiu aumentar a relação com entidades como a Socicom, Federação das Entidades de Comunicação, e com a Rede Alcar (História da Mídia), no âmbito da comunicação. Além de acompanhar as discussões na Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) e no Fórum de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Estas entidades estão diretamente na luta contra os cortes de investimentos na educação superior e na pesquisa científica, com o Fórum atuando nas questões particulares da área de Humanas e Sociais Aplicadas. Custa ainda maior fôlego, mas é necessário participar ainda mais dessas discussões, especialmente na atual conjuntura. Conseguimos também estreitar laços com a área de Ciência da Informação, normalmente escanteada frente à Comunicação e à Cultura, isso deverá seguir sendo desenvolvido.

PE: E em nível internacional?

Nos últimos dois anos mantivemos os laços com a Associação Latino-Americana de Investigadores em Comunicação (Alaic), com mesas em eventos e livros gerados dessa parceria. Com a mudança na diretoria, precisamos manter o elo da melhor forma possível. Temos ainda que articular melhor a participação nos eventos da própria ALAIC e da IAMCR (International Association for Media and Communication), que possuem Grupos de Trabalho em EPC e que envolvem a discussão em âmbito internacional. Além disso, temos que resolver o problema da relação com a ULEPICC-federação, que precisa ser feito da maneira mais transparente possível dentre nossxs associadxs.

PE: Qual grau de importância terá o aspecto da formação de estudantes nessa gestão da ULEPICC-Brasil, no sentido de consolidar dentre pesquisadores/as mais jovens as bases teórico-metodológicas da EPC? Como a entidade pretende dialogar e acessar cursos de graduação, programas de pós-graduação e grupos de pesquisa?

O “trabalho de base” nunca foi tão relevante como agora, em diferentes esferas sociais, para as entidades e associações de perspectiva crítica. Enfrentamos uma barreira gigante que é a falta de presença da EPC ao menos nas disciplinas de Teorias de Comunicação e isso só pode ser enfrentado internamente, em cada situação.

Três alternativas estão sendo trabalhadas por enquanto no âmbito da nova diretoria: produção de um livro eletrônico com conceitos básicos sobre a EPC, algo sempre pedido por quem adere aos estudos do eixo; elaboração de cursos/vídeos básicos sobre essas pesquisas, algo que possa ser feito em pequenos grupos e mesmo à distância; desenvolver o modelo da “Escola de Verão”, presente na Alaic e na Flacso, voltada a estudantes de pós-graduação em EPC.

Além dessas estratégias, também aqui, a participação da rede de pesquisadorxs e grupos de pesquisa atuantes em EPC é fundamental. Pensando rápido, temos grupos em: Piauí, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná. Além de pesquisadorxs espalhados em outros Estados. A troca de informações sobre como a EPC é tratada na graduação e na pós-graduação é importante para o auxílio na atuação.

PE: Nos últimos fóruns de discussão tanto da ULEPICC-Brasil quanto de outras entidades acadêmicas têm crescido o debate sobre a questão das diversidades (de gênero, étnico-racial, de sexualidade e de classe). De que modo esse tema será tratado pela diretoria da ULEPICC-Brasil? 

Este debate vem sendo tratado desde a escolha de nomes para a diretoria, com a anterior tendo, pela primeira vez, mais mulheres que homens; sem esquecer da importância da representação regional, pois há muita coisa diferente fora dos estados mais ricos do país.

Na assembleia realizada em Maceió, a questão da diversidade foi novamente destacada, para que tenhamos cuidado para que os espaços de construção colaborativa, caso de comissões a serem criadas, considerem também a diversidade nas suas mais diversas esferas.

Sabemos que a área tem uma cultura de poder maior para homens brancos, mesmo que isso não seja proposital, pois nem todas as pessoas estão dispostas a participar da diretoria da entidade. De toda forma, acabamos reproduzindo relações do cotidiano e das áreas hegemônicas no campo científico. Não naturalizar este tipo de coisa é fundamental, especialmente para a base político-ideológica que partimos, propondo espaços que tenham a diversidade como uma premissa.

Revista Âncora abre Chamada para Dossiê sobre Intersecções entre Jornalismo e as Ciências Sociais e Humanas

A Revista Âncora, editada pela Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), abre chamada para o dossiê “Jornalismo, Ciências Sociais e Humanas: intersecções, transversalidades e fronteiras”. Os textos devem ser enviados até o dia 15 de fevereiro de 2019 pelo sistema de submissão online do periódico que pode ser acessado aqui.

Para submissão dos artigos, que devem ter entre 30 mil e 40 mil caracteres, incluindo as notas e referências bibliográficas; o(a)s autore(a) devem atentar para as normas editoriais disponíveis aqui.  Serão aceitos artigos em Português, Inglês, Francês ou Espanhol.

O dossiê busca contribuições que tratem das intersecções entre o campo reflexivo do jornalismo e as Ciências Sociais e Humanas como Sociologia, História e Literatura uma vez que mesmo se constituindo como um campo acadêmico independente, o jornalismo nunca abandonou sua vocação inter e multidisciplinar.

Âncora também recebe artigos em regime de fluxo contínuo, sobre as mais variadas temáticas que envolvem o campo jornalístico, na descrição das suas práticas, processos e produtos.

Chamada
O campo reflexivo do jornalismo, ao longo da sua trajetória histórica, recebeu contributos fundamentais das áreas das ciências humanas e sociais, num debate que promoveu intersecções relevantes para a sua compreensão como um campo de conhecimento. Pesquisadores de diferentes áreas de estudo e países se interessam às interfaces do jornalismo com a literatura (Martinez, 2016; Ruellan, 2007; 1997), a sociologia (Goulet; Ponet, 2009; Tavernier, 2009), a história (Romancini, 2010) entre outras áreas.

É certo que, nos últimos cinquenta anos, sobretudo no Brasil, com a ampliação dos cursos de graduação e pós-graduação na área, e o fortalecimento das redes de pesquisa, o campo jornalístico foi ganhando autonomia e especificidade sem, entretanto, abdicar do relevante espaço inter e multidisciplinar que o constituiu como campo de saber.

Na contemporaneidade, quando os processos de produção, distribuição e recepção/audiências jornalísticas são profundamente afetados pelo paradigma tecnológico, torna-se indispensável refletir acerca de tais processos, a partir de uma visada que possa incorporar os múltiplos conhecimentos e aportes das ciências humanas e sociais.

Ainda que em menor escala, Âncora tem acolhido alguns trabalhos que apontam para esse diálogo interdisciplinar entre o campo jornalístico e outras áreas, a exemplo da história. Nesse eixo-temático, pretendemos ampliar esse debate, na expectativa de recebermos produções que fortaleçam nosso intercâmbio com os campos da educação, educomunicação, literatura, sociologia, psicologia social, entre outras áreas das ciências humanas que dialogam com o jornalismo.

Igualmente, o eixo-temático busca fortalecer intersecções entre o jornalismo e a história, campos interdisciplinares com mútua colaboração. História e jornalismo constituem-se em modos distintos de narrar? É certo que a história cuida das grandes narrativas, envolvendo grandes temporalidades lineares. O jornalismo, por sua vez cuida do presente, do agora. Notícia publicada, transforma-se, portanto, em documento para a história. Já a narrativa histórica serve como fonte para o trabalho do jornalista. De fato, os jornalistas recorrem regularmente a historiadores bem como a pesquisadores do campo das ciências sociais para comentar, explicar ou aprofundar as notícias. O que dizer então do profícuo campo das ciências sociais, onde o jornalismo contemporâneo nacional e internacional reverbera em múltiplas pesquisas envolvendo sociedade, política, antropologia, entre tantas outras? O que dizer ainda da literatura, como, por exemplo, a literatura francesa e sua influência no jornalismo brasileiro principalmente no século XIX?

Esperamos pois, que nosso dossiê converta-se nesse espaço para o acolhimento de pesquisas, relatos e reflexões que venham possibilitar um debate significativo sobre esse conhecimento amplo e diversificado, com ênfase para a especificidade do jornalismo, em diálogo ou eventuais confrontos com outras áreas do conhecimento.

GP de Fotografia da Intercom Abre Chamada de Trabalhos para Livro

O Grupo de Pesquisa de Fotografia da Intercom está com chamada de trabalhos aberta para o livro “A Fotografia como Imagem, a Imagem como Fotografia”. Os artigos devem ser enviados até o dia 28 de fevereiro de 2019. O aceite ou recusa dos trabalhos serão divulgados até o dia 30 de abril de 2019 aos autores enquanto o lançamento do livro acontecerá em setembro de 2019 na Intercom.

Serão aceitas para avaliação contribuições de autores com titulação mínima de mestre. Cada trabalho não poderá ter mais de dois autores. Cada autor poderá submeter apenas um trabalho, seja como autor único ou como co-autor.

A obra será publicada em formato pdf e e-Pub, sob os termos da licença pública Creative Commons atribuição – não comercial (CC BY-NC), de acesso livre e para uso gratuito. Os trabalhos devem ser enviados para o e-mail anataismartins@icloud.com

A proposta da Chamada de Trabalhos é que a fotografia seja encarada como meio principal de mostrar e demonstrar resultados de pesquisa, ou seja, como imagem da pesquisa. Dessa forma, a parte principal do artigo a ser submetido deverá se constituir por um conjunto de imagens fotográficas realizadas pelo próprio autor, expressando visualmente os achados de uma investigação cujo tema e objetivos terão sido explicitados de modo mais ou menos formal – de acordo com a preferência de quem escreve – na parte verbal do artigo.

Os artigos devem compreender de 10 mil a 15 mil caracteres, contando-se os espaços, e de seis a doze fotos. Para a avaliação, os trabalhos devem ser enviados em arquivo único (texto + fotos), com as fotos comprimidas e incorporadas ao texto, na sequência esperada de sua leitura.

O arquivo a ser enviado para avaliação não deve ultrapassar 7MB, em formato Word, fonte Times New Roman, corpo 12, espaço 1,5, contendo título, resumo, três a quatro palavras-chave, titulação e filiação acadêmica do(s) autor(es) e, ao final, lista de referências.

A normalização deve ser feita de acordo com as regras ABNT e as referências no texto devem seguir o formato autor-data. Em caso de aprovação, serão solicitados aos autores os arquivos das fotos separadamente, em alta resolução, adequada para possível impressão.

 

FFLCH/UFS Recebe Textos para Capítulo de E-book sobre Identidade e Diferença na Canção Latino-Americana

A Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) está recebendo, até o dia 20 de dezembro, trabalhos para o livro “Identidade e Diferença na Canção Latino-Americana”. As normas para envio do artigo podem ser acessados aqui. Os artigos, assim como dúvidas, devem ser enviados para o seguinte e-mail: val.borges@usp.br

O aceite ou recusa do artigo será enviado até o dia 31 de janeiro de 2019. O livro será publicado em Abril de 2019. O livro não terá fins lucrativos e será publicado em formato e-book com disponibilização para download gratuito no Portal de Livros Abertos da USP. A FFLCH/USP emitirá ISBN-e e DOI.

A coordenação e edição do livro ficarão sob responsabilidade do Prof. Dr. Júlio César Suzuki (FFLCH e PROLAM/USP) e do Dr. Valterlei Borges de Araújo (pós-doutorando no PROLAM/USP) em conjunto com comissão editorial.

CHAMADA

O livro pretende discutir as categorizações (ou supostas categorizações) regionais na música popular latino-americana, especialmente a de origem sul-americana. Partindo do pressuposto que existe uma identidade dominante, geralmente associada à norma, em contraponto à diferença, geralmente associada ao periférico, buscamos por artigos que tentem compreender como os conceitos de identidade e diferença podem ser apropriados para operar na música popular. Portanto, desde que relacionados à música popular latino-americana, assuntos como relativização das identidades contemporâneas, relações de pertencimento e afiliação sociais e territoriais, reprocessamentos culturais e (re)criação das identidades contemporâneas, são de interesse para o conteúdo do livro. Contudo, é oportuno informar que qualquer assunto envolvendo discussões sobre identidade e/ou diferença no campo da música popular latino-americana é bem-vindo.

Revista Mídia e Cotidiano abre Chamada para Trabalhos sobre Mídia e Saúde

Mídia e Saúde é o tema do primeiro dossiê a ser publicado em 2019 pela Revista Mídia e Cotidiano, ligada ao Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense. O prazo para submissões para o dossiê vai até o dia 20 de janeiro de 2019 e sua publicação está prevista em março de 2019.

Todas as submissões, inclusive para artigos em fluxo contínuo, são feitas através do site da revista que pode ser acessado aqui. O dossiê “Mídia e Saúde: Conexões, Produções e (In)visibilidades Cotidianas” terá como editoras convidadas as professoras Katia Lerner (Fiocruz-RJ) e Isaltina Gomes (UFPE). A chamada segue abaixo.

 

Mídia e Saúde: Conexões, Produções e (In)visibilidades Cotididianas

Há tempos, a saúde é tema de grande apelo para os indivíduos e a sociedade em geral. Esse processo tornou-se mais aguçado no final do século XX, diante da preponderância da lógica do risco, na qual vigora a crença de que é possível evitar a ocorrência dos infortúnios relativos à saúde mediante a intensa vigilância sobre os corpos.

A saúde tornou-se um valor e seu novo estatuto simbólico transformou-a em objeto de consumo desejado, um imperativo moral que permeia nossas vidas cotidianas. A configuração desse cenário, por sua vez, teve vínculos estreitos com outro fenômeno constitutivo da modernidade tardia: seu entrelaçamento com as tecnologias de comunicação e informação.

Observa-se a intensificação da circulação de discursos, atores e modos de dizer, envolvendo tanto os já tradicionais – instituições públicas e privadas da saúde, agora marcadas pela profissionalização das estratégias de comunicação – e, também, profissionais diversos, pacientes, familiares e indivíduos nas mais diferentes posições, despontando como vozes poderosas concorrendo nesse mercado simbólico.

As novas lógicas e racionalidades vinculadas aos processos de midiatização em curso possibilitaram a emergência desses novos atores, mas também de novas práticas, formas de sociabilidade, ações políticas e processos de subjetivação.

Diante desse cenário, o dossiê pretende reunir resultados de pesquisas que tenham como cerne os seguintes temas:

– Produção, circulação e apropriação de sentidos sobre saúde em produtos midiáticos de diferentes gêneros e suportes (impressos, audiovisuais e digitais);
– sofrimento, testemunho e espetacularização das formas de se lidar com os processos de saúde/doença;
– emergência de coletivos e novas formas de sociabilidade e ação política relativos à saúde; práticas de autocuidado em saúde mediadas pelas tecnologias;
– reconfiguração das relações de autoridade no âmbito dos novos regimes de visibilidade e de informação (embates com o saber médico, paciente expert etc.);
– processos de medicalização/desmedicalização em suas articulações com a midiatização

Rede de Rádios Universitárias do Brasil abre Chamada de Capítulos para Livro

A Rede de Rádios Universitárias do Brasil (RUBRA) está recebendo capítulos para obra coletiva sobre Rádios Universitárias. O prazo para entrega dos textos completos é 31 de janeiro de 2019.

O objetivo da obra é sistematizar reflexões derivadas das experiências de ensino-aprendizagem desenvolvidas no âmbito de emissoras vinculadas a instituições de ensino superior públicas, privadas ou confessionais.

A coletânea, editada pela Comissão Científica da RUBRA, será publicada em formato e-book pela Editora CCTA-UFPB e em papel em editora a ser confirmada. O envio deve ser feito por e-mail, tendo no assunto “Livro da RUBRA” e o sobrenome do/a(s) autor/a(es), para os seguintes endereços: olgatavares@hotmail.com e nanealbuquerque@hotmail.com.

Apesar da importância das rádios universitárias no país, a produção e os espaços de discussão sobre o tema são escassos. Uma das exceções foi I Fórum de Rádios e TVs Universitárias, realizado durante o 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, promovido pela Intercom em Curitiba, em 2017, e o II Fórum, realizado em Joinville, em 2018, ocasião em se constituiu a Rede de Rádios Universitárias do Brasil (RUBRA).

Alguns dos tópicos de interesse para publicação no livro são:

– O papel social e cultural das rádios universitárias;
– A programação das rádios universitárias – Instrumentos de participação das comunidades interna e externa;
– Desafios à gestão de emissoras universitárias;
– Regulação da radiodifusão universitária;
– Experiências de ensino-aprendizagem em rádio e mídia sonora – O caráter formativo das emissoras universitárias;
– História de rádios universitárias;
– Inovação em radiodifusão universitária – Experimentação de novos formatos e linguagens

 

FORMATAÇÃO

Os textos devem ter até 35 mil caracteres, incluindo títulos, tabelas, figuras, mapas e referências. Não incluir resumo e palavras-chave. Informações de autoria devem vir abaixo do título, acompanhadas de currículo resumido, com extensão máxima de três linhas por autor/a.

O arquivo deve estar em Word e a formatação do texto deve seguir estes pontos: Fonte Times New Roman, corpo 12, espaçamento 1,5; Margens superior/inferior – direita/esquerda = 2,5 cm; Parágrafo com recuo na primeira linha 1,25; notas de rodapé: fonte Times New Roman, em corpo 10, espaçamento 1,0. O negrito deve ser usado, exclusivamente, para destacar subtítulos ou divisões do trabalho, sempre no mesmo corpo 12, em caixa alta e baixa.

A elaboração do texto deve seguir as seguintes indicações: título; nome do/a autor/a; instituição à qual está vinculado/a, texto incluindo considerações finais e referências, se for o caso. Referências bibliográficas devem ter os dados completos e seguir as normas da ABNT 6023 para trabalhos científicos.

Ilustrações podem ser inseridas no corpo do texto. Citações diretas com até três linhas devem estar entre aspas duplas, no corpo do texto. Acima de três linhas, devem ser destacadas no texto com recuo de 4cm, espaçamento simples, fonte corpo 10 (dez), seguindo o modelo de citação “(AUTOR, data)”.

Os/as autores/as devem encaminhar autorização de veiculação assinada, conforme modelo que pode ser encontrado aqui

Periódico “El Professional de la Información” recebe trabalhos para Dossiê “Uso de Información Académica: Inteligencia Institucional e Información que Genera Conocimiento”

A Revista “El Professional de la Información” (EPI) está com Call for Paper aberto até 10 de março de 2019 para o Dossiê “Uso de Información Académica: Inteligencia Institucional e Información que Genera Conocimiento”.

Os trabalhos aprovados serão publicados no v.28, n.4 (julho-Agosto de 2019) do periódico. Os trabalhos devem seguir as diretrizes para autores determinadas pela revista e disponíveis aqui.

Os autores também devem atentar para os critérios de publicação da EPI que podem ser acessados aqui. Lembrando que os interessados em contribuir para o Dossiê devem estar inscritos no sistema do periódico, o que pode ser feito aqui.

O Dossiê pretende estudar a informação acadêmica considerada como bem público gerada ttanto por universidades públicas quanto privadas. Esta informação pode ser interna e caracterizar seus próprios processos (acadêmicos, investigativos, vinculação social e governança), ou pode ser informação que se entrega a externos como resultado de sua atividade investigativa.

Nos últimos meses, tanto na Europa como nos EUA, tem surgido discussões acadêmicas em torno dessas temáticas. Neste sentido, o número da revista EPI proposto, busca contribuir a partir de uma perspectiva acadêmica ao conhecimento acerca da inteligência institucional como bases em diversos aspectos, que permitem gerar conhecimento e compartilhar informação acadêmica.

A EPI convida os interessados a apresentarem trabalhos acerca das seguintes temáticas:

– Aspectos econômicos e sociológicos da informação acadêmica. Incluem-se neste tema a prestação de contas à sociedade, a agentes públicos e diversos grupos de interesse. Legislações, autorregulações e boas práticas para assegurar uma maior simetria de informação entre atores do sistema universitário.

– Informação acadêmica para assegurar a qualidade dos processos e instituições. Nesta temática, esperam-se trabalhos que incluam a caracterização dos estudantes, dos docentes, dos egressos, dos insumos e resultados da atividade de pesquisa, dos apoios à pesquisa, governança universitária e melhoramento da qualidade, gestão administrativa e financeira e infraestrutura acadêmica.

– Papel e aporte das bibliotecas e gestão da informação acadêmica. Refere-se aos modelos de gestão de conhecimento, estratégias de acesso à corrente principal da ciência e a estratégias para dar visibilidade à produção científica institucional.

– Estratégias para difundir informação acadêmica com transparência. Espera-se o desenvolvimento de trabalhos sobre o papel das Editoras Acadêmicas, modelos de open science, open data, assim como transparência, big data e blockchain.

– Aspectos educativos, éticos e psicológicos da informação acadêmica. O Estudo de aspectos da vida universitária para além do significado puramente acadêmico. Entendendo esta vertente a partir do ponto de vista do desenvolvimento humano integral.

Revista Pauta Geral abre Chamada para Dossiê sobre Jornalismo Internacional e Agência de Notícias

A revista “Pauta Geral – Estudos em Jornalismo” abriu chamada para trabalhos para o Dossiê “Jornalismo Internacional e Agências de Notícias: desafios e inovações para a cobertura exterior em cenários de convergência”.

O periódico está recebendo trabalhos para o dossiê até o dia 30 de janeiro de 2019. Os artigos aprovados serão publicados na edição janeiro-junho de 2019.

Os trabalhos devem ser escritos por doutores ou em co-autoria com doutores e submetidos até o dia 30 de janeiro de 2019 pelo sistema de submissão do periódico que pode ser acessado aqui

Os Organizadores do Dossiê são Prof. Dr. Ivan Bomfim (UEPG) e Prof. Dr. Pedro Aguiar (UEPG)

Entre os temas propostos estão:
– a cobertura internacional em veículos de comunicação brasileiros no contexto da convergência digital e das redações reduzidas;
– as funções profissionais de repórteres no exterior, de correspondente e enviado especial a stringer e fixer; impactos e inovações de tecnologia e de linguagem no noticiário internacional;
– discursos e representações da e sobre a mídia noticiosa internacional; identidades nacionais/transnacionais e imprensa;
– fluxos de informação jornalística contemporâneos em comparação com o século XX; a tradução no texto jornalístico; a cobertura estrangeira sobre o Brasil;
– o cenário atual das agências de notícias e do mercado de distribuição de conteúdo jornalístico; imaginários jornalísticos globais.

Revista abre chamada para Dossiê Temático “Social Media, Desinformação e Jornalismo em Campanhas Eleitorais”

 

“Social Media, Desinformação e Jornalismo em Campanhas Eleitorais” é o tema do Dossiê Temático para o qual a revista “Sobre jornalismo – About journalism – Sur le journalisme” está com chamada de trabalhos aberta até o dia 15 de fevereiro de 2019.

A submissão dos artigos deve ser realizada on-line aqui. Os textos devem ter de 30 a 50 mil caracteres com espaço, incluindo referências e notas de rodapé, e podem ser redigidos em espanhol, francês, inglês e português. Os trabalhos serão avaliados pelo processo revisão anônima pelos pares. A chamada para artigos pode ser acessada aqui.

Após, o uso de desinformação nas campanhas do Brexit e na Eleição de Donald Trump nos EUA, em 2016. O debate sobre notícias falsas ressurgiu em decorrência também do fato que campanhas eleitorais são momentos propícios para sua multiplicação. Na América Latina, as eleições de 2018 no México, Brasil e Colômbia, por exemplo, afiguram-se como um momento privilegiado para estudar o impacto da desinformação nestes países.

Deste modo, o seguinte número da revista Sobre Jornalismo visa discutir o papel dos jornalistas, mas também das fontes de informação, do público, das empresas mediáticas, das instâncias de regulação e dos poderes públicos face à profusão de fake news e consequentes ameaças provocadas pelas práticas de desinformação e de industrialização de boatos e rumores.

São, particularmente, bem-vindas propostas de artigos relacionadas com os seguintes eixos temáticos:

– Historicidade do fenômeno das fake news e respectiva utilização política;
– Conceptualização e definições do fenômeno;
– Análise dos padrões de consumo de informação por parte do público (jovem ou não) em contextos eleitorais e possíveis impactos das notícias falsas;
– Estratégias, questões e funcionamento de plataformas digitais (GAFA) envolvidas na circulação online de fake news;
– Questões econômicas por detrás da circulação de notícias falsas (clickbait);
– Modos de construção, circulação e disseminação destes conteúdos;
– Estratégias de controlo e verificação da informação (questões éticas e deontológicas, práticas de fact-checking, enquadramentos legais das plataformas digitais…);
– Práticas discursivas, lugar da mentira nos discursos políticos hodiernos e na retórica dos atores sociais e profissionais;

O número especial está sendo coordenado pelos pesquisadores Anaïs Theviot (Université Catholique de l’Ouest, ARENES, France), Colette Brin (Université Laval, Canada) e Hélder Prior (Universidade Autónoma de Lisboa, LabCom – Universidade da Beira Interior,
Portugal)

O periódico Sobre jornalismo – About journalism – Sur le journalisme está indexado nas seguintes bases e repositórios de pesquisa: EBSCO Communication Source collection, Archive ouverte en Sciences de l’Homme et de la Société (HAL-SHS), DOAJ, EZB (Elektronische Zeitschriftenbibliothek), Mir@bel, Sudoc, Sumários.Org, WorldCat (OCLC). A revista também está Inscrita na lista de revistas qualificadas na França (HCERES). No Brasil, a Avaliação Qualis-CAPES 2013-2016 é B5