Contribuições do OBSCOM/CEPOS para o Seminário da EBC – Eixo 1

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Como informamos há algumas semanas, o Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) realizará nos dias 12 e 13 de agosto o Seminário Modelo Institucional da EBC: balanço e perspectiva. A atividade recebeu trabalhos individuais ou em grupo a partir de 3 eixos: Autonomia e Vinculação, Financiamento e Sustentabilidade e Gestão de Conteúdo e Participação Social.

O Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS), vinculado ao Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM/UFS), enviou contribuições sobre as 3 temáticas, todas elas aprovadas pela Comissão Organizadora do evento. De hoje até segunda-feira (11), véspera do Seminário, publicaremos os textos por eixo, que estão no Caderno de Debates da atividade.

EIXO: 1 – Autonomia e Vinculação

DIAGNÓSTICO:

Desde o início da atuação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em 2007, alguns questionamentos apareceram de forma recorrente tanto nas reuniões do Conselho Curador do conglomerado, e eventos da área das comunicações, quanto em pesquisas acadêmicas sobre o tema: a EBC é legalmente comandada pelo Poder Executivo, afinal a sua instância máxima está sob responsabilidade do Palácio do Planalto, já que, de acordo com o artigo 19 da Lei 11.652, de 2008, que efetivou a Medida Provisória de criação da EBC, cabe à Presidência da República a nomeação do Diretor-Presidente e do Diretor-Geral da empresa. Além dessa natureza jurídica de empresa estatal, a EBC é – por lei – encarregada de operar, produzir e veicular comunicação governamental. O artigo 8º da Lei 11652/2008 lhe delega a tarefa de “prestar serviços no campo de radiodifusão, comunicação e serviços conexos, inclusive para transmissão de atos e matérias do governo federal”, além de “exercer outras atividades afins, que lhe forem atribuídas pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República”.

Assim, a EBC constitui-se como um conglomerado público-estatal, entendendo que os recursos que a mantêm são oriundos de fontes públicas e que seu controle é feito pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), órgão que tem por missão cuidar da imagem do Governo Federal. Como indica Bucci (2013, p. 127): 

Nas emissoras públicas – que, por serem públicas (não governamentais), não devem ser controladas pelo governo, mas por instâncias que representem a sociedade civil –, o executivo-chefe é escolhido por um conselho de representantes da sociedade. Já nas emissoras estatais, quem escolhe o dirigente é o representante do poder ao qual a emissora está vinculada (Executivo, Legislativo ou Judiciário). Por esse critério, portanto, a EBC é uma empresa estatal controlada pelo governo (poder Executivo), embora suas emissoras de TV e de rádio, como a TV Brasil, veiculem programas típicos de emissoras públicas.

Além disso, o Conselho de Administração, responsável por gerir o conglomerado tem, dentre as seis vagas, cinco indicadas pelo Executivo (dois pela SECOM; o diretor-presidente da EBC, que é indicado pela Presidência; Ministério do Planejamento e Ministério das Comunicações). A exceção é uma cadeira destinada aos empregados da empresa. Assim, a legislação que regulamenta as ações da EBC (Lei n.º 11.6523/2008) dá “à Presidência da República os meios para constrangê-la, pressioná-la e enquadrá-la” (BUCCI, 2013, p.128), demonstrando uma incompatibilidade entre o que está previsto em lei e a necessária autonomia em relação aos governos para uma empresa de comunicação pública.

PROPOSTA:

1. Uma mudança na legislação que criou a EBC, de modo a possibilitar a sua desvinculação da SECOM. Entende-se, na nossa perspectiva, que uma comunicação pública deve ter não só conteúdo alternativo, mas ter autonomia para gerir, de forma a impedir a geração de vínculos que possam interferir no que se é difundido;

2. Outra possibilidade possível, sob a atual regulamentação, é garantir uma mediação social, cuja representatividade maior é o Conselho Curador, para a escolha do diretor-presidente e do diretor-geral da EBC;

3. Ainda na perspectiva de mudanças na regulamentação, indica-se a necessidade de incluir outros membros no Conselho de Administração, sem vinculação com o Poder Executivo, com comprovação de serviços prestados sobre o tema da comunicação pública, como ocorre no Conselho Curador;

4. Outra possibilidade, válida mesmo para a atual estrutura, é que os cargos de chefia e assessorias possam ser ocupados por profissionais de carreira da EBC;

5. Por fim, sugerimos a revisão dos incisos I, VI e VIII do Art. 8o, que dizem que compete à EBC: “I – implantar e operar as emissoras e explorar os serviços de radiodifusão pública sonora e de sons e imagens do Governo Federal; VI – prestar serviços no campo de radiodifusão, comunicação e serviços conexos, inclusive para transmissão de atos e matérias do Governo Federal; e VIII – exercer outras atividades afins, que lhe forem atribuídas pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República ou pelo Conselho Curador da EBC”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BUCCI, E. Sobre a independência das emissoras públicas no Brasil. Revista Eptic Online, Aracaju, 15, n. 2, p. 121-136, maio-ago. 2013.

O cinema global e os dez anos da Convenção da Diversidade Cultural

capa_site_diversidade1Por Daniele Canedo*

Em outubro de 2015, a Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, a chamada Convenção da Diversidade Cultural, completa dez anos de existência. Adotada durante a 33a Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a criação do documento foi motivada, principalmente, por desacordos internacionais envolvendo o comércio de filmes no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). De um lado, países liderados pela França, pelo Canadá e, posteriormente, pelo Brasil, defendiam barreiras comerciais à entrada de filmes em seus territórios e o direito a financiar a cinematografia nacional. Esses países alegavam que era preciso proteger a diversidade cultural contra a mercantilização e a homogeneização da cultura. Do outro lado, os Estados Unidos defendiam a submissão do cinema às mesmas leis que regem o comércio internacional. Essa posição representava, sobretudo, a liberalização do comércio e a limitação da atuação dos Estados enquanto financiadores das cinematografias nacionais. A peleja levou a Unesco a promover uma ampla discussão que resultou na adoção da Convenção, com a aprovação de 148 países.

Desde então, a diversidade cultural foi incluída nos discursos públicos, substituindo a ênfase anterior na questão da identidade cultural. As políticas passaram a ser justificadas como ações de resistência à homogeneização, que afeta o direito ao acesso e ao fazer cultural. A Convenção garante o direito das nações a realizar iniciativas de fomento ao cinema. Mais do que isso, motiva a realização de parcerias internacionais contra a hegemonia de Hollywood. Todavia, o desafio está no fato de que a política cinematográfica deve conciliar interesses privados, relativos ao modelo de negócio capitalista, e o interesse público, sob o viés da defesa dos direitos culturais. A Convenção não tem caráter mandatório ou valor legal no âmbito da OMC. Cabe às nações fazerem referência aos preceitos da diversidade cultural ao negociarem no âmbito internacional. Até 2015, o documento foi ratificado por 138 países e pela União Europeia. Estados Unidos, Japão e Israel não assinaram e mantêm uma posição liberal em relação ao comércio audiovisual. Portanto, a Convenção da Diversidade Cultural não é, por si só, uma garantia de democratização do cinema global.

Essa fragilidade pode ser exemplificada pela polêmica ocorrida em 2013 durante as negociações entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos do chamado “maior acordo de livre-comércio do mundo”. Durante as reuniões do G8 daquele ano, a França defendeu a posição de que o cinema deveria ser excluído do acordo comercial com o objetivo de proteger a diversidade cultural da Europa. A posição francesa refletia a petição “A exceção cultural não é negociável” assinada por sete mil cineastas europeus, incluindo diversos profissionais renomados, e entregue à Comissão Europeia em abril de 2013 (LA PETITION.BE, 2013). Com a pressão social, o cinema foi excluído do pacote das negociações comerciais UE-EUA, porém com a ressalva de que o assunto poderá voltar a ser discutido posteriormente. 

É fato que a tecnologia, a globalização e outros fatores políticos, ideológicos e econômicos tem motivado a reestruturação do segmento audiovisual mundial em oposição à avassaladora hegemonia de Hollywood. É possível identificar diversos movimentos de contra-fluxo, a exemplo do ressurgimento do cinema europeu, do crescimento da produção na América Latina e dos casos da Índia e da Nigéria, que inovaram o negócio cinematográfico. Todavia, estes fluxos ainda não foram capazes de alterar significativamente o panorama de concentração na distribuição do cinema global. Embora a produção nacional de filmes esteja crescendo, esse acréscimo produtivo ainda não impacta na ampliação da circulação nacional, transnacional e global de conteúdos; e também não representa mais espaço nas salas de exibição e, consequentemente, maior audiência.

O sistema montado pelas corporações de Hollywood controla os espaços de exibição e os canais de distribuição, impondo pacotes e ocupando a maior parte das salas, o que gera distorções no acesso aos bens audiovisuais. Os indicadores de mercado do cinema global ressaltam a homogeneização da oferta nas salas de cinema. Adicionalmente, antes mesmo do filme chegar às salas de exibição, uma ampla estratégia de promoção baseada no star system midiático ocupa programas de televisão, revistas, websites e redes sociais de modo a atrair o interesse do espectador. Disputar espaço em salas comerciais com as produções hegemônicas, de Hollywood ou da Globo Filmes, por exemplo, é uma briga difícil para qualquer obra não produzida e/ou distribuída no sistema comercial hegemônico. Sobra pouco espaço para a experimentação artística e para modelos comerciais alternativos e inovadores.

A ampliação da produção em diversos países certamente é fruto de políticas audiovisuais executadas na última década. Agora, é preciso garantir os meios de difusão e circulação dos conteúdos produzidos. Ampliar a audiência para filmes locais significa criar estratégias para abrir espaços alternativos e tradicionais de exibição e atrair novos e velhos públicos, aproveitando as novas tecnologias. A intervenção pública no setor deve levar em conta que as dimensões cultural, econômica e tecnológica do cinema são interdependentes.

Em junho de 2015, durante a 5ª Sessão Ordinária da Conferência das Partes, a Unesco elegeu 12 novos membros para o Comitê Intergovernamental: Alemanha, Brasil, Costa do Marfim, Eslováquia, França, Indonésia, Marrocos, Nigéria, Paraguai, Peru, República Checa e República Democrática do Congo. Nos próximos quatro anos, tais países devem discutir a implementação da Convenção da Diversidade Cultural, ressaltando a ampliação do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural e o impacto das novas tecnologias para a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços culturais. Para os gestores desta nova fase, lembramos que o quadro global de desigualdades de oportunidades na produção e exibição de filmes justifica a demanda pela intervenção dos poderes públicos enquanto promotores de políticas. É urgente que os Estados promovam políticas para a defesa da diversidade cultural que garantam os direitos civis de acesso aos meios de produção e a uma diversificada gama de conteúdos. Sobretudo, ressaltamos o terceiro princípio da Convenção da Diversidade que enfatiza como a cooperação internacional pode representar novas possibilidades para a sustentabilidade do cinema local.

* Daniele Canedo é professora do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult) da Universidade Federal do Recôncavo do Bahia (UFRB). Pós-doutora em Comunicação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), doutora em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia e doutora em Mídia e Estudos da Comunicação (Doctor in Media and Communication Studies) pela Vrije Universiteit Brussel.  E-mail: danielecanedo@ufrb.edu.br.

OBSCOM/CEPOS organiza painel sobre políticas de comunicação no PreALAS Buenos Aires

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O Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS), vinculado ao Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM/UFS), é responsável pela realização, na manhã do dia 12 de agosto, do painel “Las políticas del audiovisual y las comunicaciones. Perspectivas Latinoamericanas”, uma das atividades do Pré-ALAS Buenos Aires 2015. O evento da Asociación Latinoamericana de Sociología ocorre de 12 a 14 de agosto na Universidad de Buenos Aires (UBA).

A mesa terá a coordenação de Silvia Lago Martínez (UBA) e contará como painelistas com os pesquisadores: César Bolaño (CEPOS/Universidade Federal de Sergipe), Gabriel Kaplún (Universidad de la República-URU), Daniela Monje (Universidad Nacional de Córdoba-ARG), Martín Becerra (Universidad Nacional de Quilmes-UBA) e Santiago Gándara (UBA). A atividade começará às 10 horas na sala SJ100.

No dia seguinte, a partir das 21h, Bolaño participa ainda do Fórum-debate “La Universidad en movimiento. Movimiento gremial y estudiantil en la universidad pública. Sus vínculos con el movimiento social”.

Evento

O PreAlas Buenos Aires 2015 propõe um encontro de debate e intercâmbio acadêmico e político sobre a universidade e a ciência na América Latina e o Caribe. Com o tema “Desafíos y dilemas de la Universidad y la ciencia en América Latina en el siglo XXI”, o evento deseja analisar as práticas universitárias, o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e sua aplicação; o rol do Estado, dos sindicatos e do ativismo político, as formas de difusão, divulgação e comunicação nas ciências; as condições para a produção de ciência e tecnologia; a democratização dos diversos âmbitos, assim como o acesso aos setores populares, entre outros temas.

O encontro é uma atividade preparatório para o  XXX Congreso ALAS Costa Rica “Pueblos en movimiento: un nuevo diálogo en las ciencias sociales”, a ser realizado em dezembro de 2015.

Mais informações no site do evento: http://prealas2015bsas.com.ar/

Rede EPTIC promove atividades no Congresso da Intercom

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O XXXVIII Congresso Nacional de Ciências da Comunicação (Intercom Nacional) terá uma rica programação tendo como base a Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura ao longo dos quatro dias do principal evento de comunicação do país. O Intercom será de 4 a 7 de setembro no Campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Pesquisadores da Rede de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (Rede EPTIC), articularam espaços para todos os horários do evento, como você pode conferir abaixo:

04/09 – 9h – Minicurso EPC e Futebol

O primeiro dia do evento terá o minicurso “O futebol sob o olhar da Economia Política da Comunicação: do programa midiático aos megaeventos esportivos”, facilitado por Ms. Anderson Santos (UFAL), Msto. Irlan Simões (UERJ) e Dr. César Bolaño (UFS). São 40 vagas indicadas pela organização do evento, que confirmará em breve o local das oficinas e minicursos e disponibilizará esta opção para a inscrição dos participantes do congresso.

Dentre outras coisas, ex-presidente da Associação Latinoamericana de Investigadores em Comunicação (ALAIC), Bolaño destaca a importância deste espaço por ser uma retomada coletiva da “oferta de mini-curso no pré-congresso, articulando pesquisadores da EPC de diferentes gerações, trabalhando conjuntamente, o que demonstra um importante amadurecimento e perspectivas de futuro”. 

A discussão do Fórum faz parte do tema do primeiro dossiê temático da Revista EPTIC em 2016, denominado “Estudos críticos, comunicação e esportes“, com chamada aberta até o dia 30 de setembro.

05/08 – 14h –  VIII Fórum EPTIC Prof. Valério Cruz Brittos

Em sua oitava edição no Intercom, 3ª sob nome de Valério Cruz Brittos – importante pesquisador da Comunicação, da EPC em particular, falecido em 2012 -, o Fórum EPTIC vem trazendo nos últimos anos o diálogo dos pesquisadores deste eixo teórico-metodológico com outros subcampos comunicacionais. Em 2015, o tema será “Comunicação e Trabalho”.

O VIII Fórum EPTIC Prof. Valério Cruz Brittos ocorrerá na sala 1 do Anexo CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas). Mediado pelo Dr. Ruy Sardinha Lopes (USP), terá como expositores: Dr. César Bolaño (UFS), Drª Roseli Fígaro (USP), Drª Sylvia Moretzshon (UFF) e William Dias Braga (UFRJ).

Vice-presidente da União Latina de Economia Política, da Informação, da Comunicação e da Cultura (ULEPICC) e coordenador do Grupo de Pesquisa em EPICC no Intercom, Ruy destaca a reunião de importantes pesquisadores críticos sobre temas atuais e que o Fórum constitui um segundo passo da Rede Eptic sobre Comunicação em Trabalho, já que este foi tema do primeiro dossiê da Revista EPTIC em 2015. “Já apontávamos para a importância de se discutir o binômio Comunicação e Trabalho a partir de uma visada teórica que entende os elementos constituintes como atividades interconectadas e inseparáveis, buscando refletir, entre outros aspectos sobre as conformações atuais da mercadização e subordinação da força de trabalho, em especial do trabalho comunicacional e cultural. O presente Fórum pretende dar um segundo passo nessa reflexão”, afirma o pesquisador.

05 (com intervalo para o Fórum), 06 e 07 – GP Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura 

Em sua segunda fase como Grupo de Pesquisa da Intercom, o GP Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura chega ao seu sexto ano de atividades com 28 trabalhos aceitos, divididos em 8 mesas, a serem apresentados ao longo dos dias 5 e 6 (manhã e tarde) e 7 (manhã). Com exceção da manhã do dia 5, que ocorrerá no módulo 7, do Campinho, os demais turnos serão na sala 1 do anexo do CFCH (centro de Filosofia e Ciências Humanas).

Os 28 trabalhos aprovados são oriundos de 12 Estados diferentes, além de um vindo da Argentina, demonstrando uma boa representatividade e podendo gerar um raio-x sobre os estudos da EPC no Brasil. Entre as temáticas que serão discutidas,  estão:  concentração e regulação midiática;  trabalho, inovação  e tecnologia; comunicação pública e democracia; políticas culturais e conteúdos midiáticos.

Bolaño destaca a mudança realizada na programação este ano e o que espera das atividades da temática no congresso: “a expectativa é a consolidação da participação da Rede EPTIC na INTERCOM, a entidade maior do campo da Comunicação. Este ano fizemos um ajuste no formato dessa participação, buscando uma ação mais integrada entre o Fórum e o GP de EPC”.

Agora é anotar tudo na agenda, preparar a viagem ao Rio de Janeiro e aproveitar as atividades!

I FÓRUM SOCICOM: estudos e alternativas sobre a regulação da mídia

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A Socicom – Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação convida todos para o I Fórum Socicom, que ocorrerá no dia 04 de setembro, das 14h às 16h, durante o XXXVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, que ocorrerá de 4 a 7 de setembro de 2015, no Campus Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A atividade é uma promoção da SOCICOM, com o apoio da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.

A programação está organizada com a mediação do Prof. Dr. Ruy Sardinha Lopes (Vice-Presidente da SOCICOM), receberá como expositores os professores doutores: Edgar Rebouças (UFES), Fernando Oliveira Paulino (UnB), Marcos Dantas (UFRJ) e Murilo Cesar Ramos (UnB) e terá como tema central: estudos e alternativas sobre a regulação da mídia.

Todos estão convidados: Diretores das associações acadêmicas e sociedades científicas, sociedade civil, estudantes, professores e demais interessados.

Seminário em agosto

No dia 21 de agosto, a entidade promoverá o “VII Seminário de Integração Institucional da Socicom”, que terá como tema central “Propostas para elaboração de um marco regulatório para as comunicações brasileiras, buscas e alternativas na sociedade civil”. O evento será das das 9 às 18 horas, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Mais informações aqui.

Serviço

Data: 04/09/2015

Horário: 14h-16h

Local: auditório do COM (central de Produção Multimida) UFRJ, Praia Vermelha,  Av. Pasteur, 250 – Urca.

Palestra em São Paulo analisa programa Esquenta

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O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo terá no dia 14 de agosto, a partir das 19h30, a palestra “O Programa de TV Esquenta: hegemonia e mediação”, com a mestre em Comunicação e membro do grupo CEPOS Bruna Távora. Bruna relatará sua pesquisa de mestrado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Sergipe sob orientação do professor César Bolaño.

Para participar do evento é necessário realizar inscrição no site do Sesc-SP: http://seminario.cfinternet.sescsp.org.br/index.cfm?cgs_codigo=1926. Os valores, abaixo discriminados, variam de acordo com três grupos de pessoas.

Programa da atividade

O ano de 1995 definiu uma nova configuração para o mercado brasileiro de televisão aberta, pois foi quando o mercado de TV segmentada e outras janelas de exibição se popularizam, como a internet e a telefonia 3G. Isto provocou a migração do público com maior capacidade econômica para estas mídias, reduzindo a participação da audiência na TV aberta em geral, e especificamente na TV Globo. Observa-se uma alteração no perfil da programação que, a partir de então, passou a contar, em escala sempre crescente, com membros e referências culturais das periferias urbanas. A programação da emissora amplia a visibilidade deste setor da população, cujo programa dominical Esquenta! é um exemplo. Na pesquisa “Hegemonia e mediação: reflexões sobre o trabalho cultural a partir do programa de TV Esquenta”, a pesquisadora Bruna Távora observa esta modificação, segundo a perspectiva da Economia Política da Cultura, destaca o conceito gramscianiano de hegemonia, investigando historicamente a organização da cultura no Brasil e suas implicações no conflito das classes sociais, tendo como foco o citado programa apresentado por Regina Casé. Neste encontro a pesquisadora discute tais questões, refletindo sobre o contexto atual do campo da cultura e sobre seu papel no desenvolvimento social.

Currículo

Bruna é professora substituta da Universidade Federal de Sergipe, mestre em Comunicação e Sociedade na mesma universidade. Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Audiovisual, Publicidade e Propaganda, e Jornalismo pela Universidade Tiradentes. 

Em junho, Bruna foi autora da Coluna CEPOS “Audiência e mediação: tudo junto e misturado no programa Esquenta!” aqui no Portal EPTIC, em que traz parte das análises realizadas na dissertação.

Serviço

Data: 14/08/2015 a 14/08/2015

Horário: Sexta, 19h30 às 21h30.

Local: Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar. Bela Vista – São Paulo/SP

Valores: 

R$ 9,00 – credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes; 

R$ 15,00 – pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 30,00 – inteira

Mais informações: http://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/atividade/o-programa-de-tv-esquenta-hegemonia-e-mediacao?nocache=1799070322

Chamada de trabalhos – Revista Comunicação Midiática

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A equipe editorial da Revista Comunicação Midiática, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UNESP (Brasil), convida autores para enviar trabalhos para a edição janeiro-abril de 2016 (v.11, n.1), com chamada aberta até 31 de setembro.

A publicação (Qualis B2 – CSA1) aceita artigos de doutores, ou doutores em co-autoria com doutorandos, para as seções Cultura e Mídia, Linguagens Midiáticas e Políticas de Comunicação. A seção de Resenhas recebe contribuições de autores que sejam pelo menos estudantes de pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado).

As diretrizes, critérios e normas de submissão e formatação dos trabalhos estão disponíveis aqui.

Chamada para XI Colóquio Habermas & II Colóquio de Filosofia da Informação

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Está aberta até o dia 21 de agosto a chamada de trabalhos para o XI Colóquio Habermas & II Colóquio de Filosofia da Informação, que têm como tema “Os limites para a liberdade comunicativa?”. Os eventos ocorrerão na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Unirio (Prédio do CCH), de 22 a 24 de setembro.

Pesquisadores e estudantes de Pós-Graduação stricto sensu poderão submeter trabalhos para serem apresentados nas sessões dos Colóquios, a partir do “Template – XI Coloquio Habermas”, disponível no endereço https://coloquiohabermas.wordpress.com/submissao/

Ementa

O termo Liberdade comunicativa é analisado a partir da capacidade deliberativa diante do discurso, de poder dizer sim ou não, na interação discursiva intersubjetiva que ergue pretensões de validade. Habermas propõe simultaneamente a superação da visão antagônica das liberdades subjetivas (liberalismo) e da autodeterminação política (republicanismo). Para ele, autonomia privada e pública são cooriginárias. A força cogente dessa cooriginariedade implica numa relação em permanente tensão, pois o consenso não é a ausência do dissenso, senão o cumprimento das exigências da obrigação comunicativa. A interação entre autonomia privada e pública requer o reconhecimento de um conjunto de direitos subjetivos, fundamentais para o exercício da radicalização da democracia (HABERMAS, 1996, p. 122-123).

Os eventos na França são mais um exemplo de quão desmesurada, grave e assassina pode ser a intolerância. Deve ou não haver mecanismos sociais que constranjam os meios de comunicação a ter um comportamento minimamente em acordo à autoria responsável como proposta, por exemplo, por Habermas? Conceitos que se aplicam à performance moral de pessoas individuais devem servir a constrangimentos institucionais políticos e legais? Como traçar limites entre a linguagem crítica, bem ou mal humorada, e a ofensa e disseminação do ódio? Conceitos como autoria responsável e liberdade comunicativa favoreceriam a traçar tais critérios?

Estas questões estão na pauta mundial, quando da discussão da regulamentação dos meios de comunicação. No evento, o objetivo é aprofundar o debate na comunidade de pesquisadores do pensamento habermaseano, da Ciência da Informação, da Filosofia, do Direito, da Comunicação e de áreas correlatas.

Mais informações: https://coloquiohabermas.wordpress.com/

Chamada de trabalhos sobre mídia e educação

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Está aberta a chamada de trabalhos para a sétima edição da Revista Mídia e Cotidiano. O número recebe textos para o dossiê temático Mídia, Educação, Tecnologia e Comunicação até o dia 15 de setembro, além de artigos para a sessão livre. A publicação está prevista para o dia 15 de novembro.

O dossiê temático tem como recorte discutir a relação entre Comunicação, Mídia, Tecnologia e Educação atravessadas pelo espectro da cotidianidade, com foco na construção de um território de experiências e conhecimentos pautados pela interdisciplinaridade, inclusive os novos paradigmas propostos pelo campo da Educomunicação e Mídia Educação. 

Envolve ainda a discussão sobre o letramento midiático e o papel dos agentes formadores no processo de midiatização social, entendido como um processo discursivo, e os debates articulados pela intersecção das linguagens e práticas midiáticas em diálogo com a educação formal e informal, sendo estas sempre percebidas enquanto processos de construção crítica da sociedade. A seção visa, assim, dar a sua contribuição para esse importante debate na sociedade.

Mídia e Cotidiano

A Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano (Qualis B4 – CSA1), da Universidade Federal Fluminense, é uma publicação quadrimestral, acessível em meio eletrônico, veiculando papers elaborados por pesquisadores da área de Comunicação e afins.

Editada pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano – PPGMC, do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF / IACS – Instituto de Artes e Comunicação Social), a revista consiste em mais um espaço para discussão e divulgação de trabalhos científicos elaborados por doutores, mestres e alunos de pós-graduação, fomentando a produção cultural, o debate e o diálogo entre as comunidades acadêmicas.

A submissão dos trabalhos e as normas estão presentes no site da revista: http://www.ppgmidiaecotidiano.uff.br/ojs/index.php/Midecot/

Seminário discutirá modelo institucional da EBC

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O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) realizará, nos dias 11 e 12 de agosto, o seminário Modelo Institucional da EBC: balanço e perspectivas. A inscrição é gratuita e já pode ser feita no hotsite do evento até o dia 7 de agosto. O seminário será realizado em Brasília-DF, em local ainda não definido. As discussões serão agrupadas em três grandes eixos: Autonomia e Vinculação, Financiamento e Sustentabilidade e Gestão de Conteúdo e Participação Social.

Interessados em contribuir com as discussões poderão inscrever seus textos até o dia 02 de agosto, pela internet, por meio de formulário próprio (desde que já tenha feito sua inscrição no seminário). Serão aceitas contribuições individuais e de instituições, de acordo com as normas de publicação (CLIQUE AQUI).

Balanço da EBC

A intenção do Seminário é fazer um balanço dos sete anos da EBC e discutir com a sociedade o modelo institucional da empresa no que diz respeito às formas de garantia do princípio da autonomia em relação ao Governo Federal e da participação da sociedade civil no controle e na aplicação dos princípios do sistema público de radiodifusão. O evento também pretende debater gestão de conteúdo e as formas de financiamento e sustentabilidade da empresa.

Para a realização do Seminário, o Conselho convidou representantes da Diretoria e funcionários da EBC, sociedade civil, Governo Federal e da academia para compor a Comissão Organizadora responsável pela construção do evento.

Outros assuntos relacionados com a programação, formatos e gêneros dos conteúdos, sinal e abrangência das emissoras são igualmente importantes de serem analisados, mas não estão na agenda deste Seminário porque farão parte de evento específico.

Se você se interessou em participar e sugerir temas para discussão, fique atento às datas para não perder nenhum prazo:

Envio de propostas: 29/6 a 29/7/2015

Sistematização das propostas: 30/7 a 4/8/2015

Divulgação do caderno: 5/8/2015

Inscrições: 29/6 a 7/8/2015

Seminário: 11 e 12/8/2015

Mais informações e inscrições: https://www.doity.com.br/seminario-modelo-institucional-da-ebc

Secretaria Executiva do Conselho Curador: conselho.curador@ebc.com.br. Tel.(61)3799 5554