Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT da ECA- USP) realiza curso gratuito de difusão em Comunicação e Trabalho

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Com o objetivo de entender a comunicação no trabalho e a comunicação como trabalho, o Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho realiza no mês de outubro de 2015, na Escola de Comunicação e Artes da USP, curso sobre as racionalidades, tecnicidades e contradições no mundo do trabalho.

Com carga horária de 28 horas, o curso será realizado nos sábados 03, 17, 24 e 31 de outubro, é gratuito e é aberto a pesquisadores de pós-graduação, graduandos e profissionais interessados no tema. Os professores do curso são pesquisadores do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT da ECA-USP), com a coordenação da professora Livre Docente da ECA-USP Dra. Roseli Fígaro.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail comunicacaoetrabalho@gmail.com, no período de 14 a 30 de setembro.

O programa completo pode ser consultado em: www.eca.usp.br/comunicacaoetrabalho

O CPCT realiza pesquisas sobre o binômio comunicação–trabalho desde 2003 e busca compreender como a comunicação organiza, constrói e transforma redes de sentidos num mundo do trabalho em permanente mudança.

Serviço:
Curso de difusão (28h) : A comunicação no mundo do trabalho: racionalidades, tecnicidades e contradições
Sábados: 03, 17, 24 e 31 de outubro de 2015, das 9h às 17h.
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, 2. Andar, sala 212.
Inscrições de 14 a 30 de setembro de 2015,
pelo email: comunicacaoetrabalho@gmail.com
Mais informações: e www.eca.usp.br/comunicacaoetrabalho

Colóquio Lecotec de Pesquisa com Alberto Dines

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O Laboratório de Estudos em Comunicação, Tecnologia e Educação Cidadã (LECOTEC) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquisa Filho” (UNESP), campus Bauru, realiza a partir das 14h30 do dia 29 de outubro o Colóquio LECOTEC de Pesquisa com Alberto Dines, que terá como tema “A crítica da mídia como disciplina acadêmica”.

Estamos discutindo o futuro da mídia nas universidades? Como levar a regulação dos meios de comunicação, o papel da mídia na mediação com a sociedade e outros temas de interesse público para a sala-de-aula? Essas e outras questões permeiam a roda de conversa com Alberto Dines, um dos maiores nomes da Comunicação Brasileira e cuja trajetória se confunde com a própria história do jornalismo no país.

Convidado principal: Alberto Dines

Alberto Dines é um dos mais prestigiados e conhecidos jornalistas brasileiros, tendo criado e dirigido diversas revistas e jornais no Brasil e em Portugal. Dines leciona jornalismo desde 1963 e, em 1974, foi professor visitante da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York. Foi editor-chefe do Jornal do Brasil durante doze anos e diretor da sucursal da Folha de S. Paulo no Rio de Janeiro. Sua trajetória profissional está diretamente relacionada à disciplina de crítica de mídia no país, atividade exerce, atualmente, por meio do site e do programa Observatório da Imprensa, veiculado semanalmente pela TV Brasil. O Observatório da Imprensa foi o primeiro periódico de acompanhamento da mídia no Brasil.

O Colóquio terá como debatedor o Prof. Dr. Francisco Rolfsen Belda, e será realizado no Anfiteatro “Antonio Manoel dos Santos” (Sala 1) da UNESP Bauru. Faça sua inscrição em: http://goo.gl/forms/qDqhnEyPm8

Mais informações no evento do Facebook: https://www.facebook.com/events/891461600908002/

Chamadas para a Revista Latino-americana de Jornalismo

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A Revista Latino-americana de Jornalismo – ÂNCORA vinculada ao Mestrado em Jornalismo da UFPB anuncia chamada de trabalhos acadêmicos para as próximas três edições (2016 e 2017) tendo como TEMA reflexões sobre JORNALISMO em ambientes MULTIPLATAFORMA.

Chamada de Artigos, Volume 3, Número 1 (2016)

EIXO TEMÁTICO: Conceitos e experiências de Jornalismo Multiplataforma

A Revista ÂNCORA | Vol 3 – Nº 1 acolhe reflexões teóricas e experiências teórico-aplicadas que tenham como foco de estudo as dinâmicas processuais relacionadas com a convergência jornalística e convergência das mídias; reflexões sobre as práticas jornalísticas em ambientes multiplataforma; dilemas conceituais sobre Jornalismo Multiplataforma; processos de hibridização notícia e a discussão sobre as reconfigurações de modelos jornalísticos, matrizes tecnológicas, incorporadas aos processos e rotinas de produção da notícia. Editor Professor Dr. Pedro Nunes Filho – PPJ-UFPB. Envio de artigos em regime de fluxo contínuo. Serão encaminhados para esta edição de janeiro a junho de 2016 os artigos recebidos até o final de janeiro de 2016.

Contatos | Envio de artigos: revistaancoraufpb@gmail.com

Chamada de Artigos, Volume 3, Número 2 (2016)

EIXO TEMÁTICO: Mobilidades no Jornalismo

A Revista ÂNCORA | Vol 3 – Nº 2 recebe trabalhos reflexivos e experiências práticas sobre o jornalismo móvel e o jornalismo digital e seu mais recente desenvolvimento, a partir da incorporação de dispositivos móveis, assim como aplicativos voltados ao aprimoramento do trabalho do jornalista em ambientes marcados pela mobilidade. Agrega a reflexão acerca da interação máquina/sujeitos/humanos, e a absorção dos drones e robôs ao trabalho do jornalista; Além de contribuições sobre produções de conteúdos jornalísticos para dispositivos móveis (tablets, smatphones, relógios inteligentes) e de experiências que envolvam mobilidades redes sociais digitais. Editor convidado Professor Dr. Fernando Firmino da Silva – UEPB – PPJ-UFPB. Envio de artigos em regime de fluxo contínuo. Serão encaminhados para esta edição de julho a dezembro de 2016 os artigos recebidos até o final de março de 2016.

Contatos | Envio de artigos: revistaancoraufpb@gmail.com

Chamada de Artigos, Volume 4, Número 1 (2017)

EIXO TEMÁTICO: Jornalismo e Acessibilidade em Ambientes Multiplataforma

A Revista ÂNCORA | Vol 4 – Nº 1 recebe artigos que privilegiem as discussões sobre o Jornalismo na era tecnológico-informacional destacando as possibilidades de produção e distribuição de conteúdos acessíveis, a fim de atender-se aos marcos legais, a exemplo da Lei Brasileira de Inclusão e o Relatório Global da Unesco (2014), que objetivam incorporar aos modelos de consumo de informação jornalística, novas audiências ainda excluídas e invisíveis por parte das mídias comerciais. Recebe ainda estudos teórico-aplicados sobre jornalismo acessível em ambientes multiplataforma. Editora Convidada Professora Joana Belarmino de Sousa – PPJ-UFPB. Envio de artigos em regime de fluxo contínuo. Serão encaminhados para esta edição de janeiro a junho de 2017 os artigos recebidos até o final de setembro de 2016.

Contatos | Envio de artigos: revistaancoraufpb@gmail.com

Informações e normas para submissão http://periodicos.ufpb.br/ojs/ index.php/ancora/announcement/view/283

Chamada de trabalhos para a Revista Líbero

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A revista Líbero, Qualis B1, do Mestrado em Comunicação da Cásper Líbero, está com chamada de trabalhos aberta para sua edição de número 36, 2º Semestre de 2015. O prazo para submissão de textos é dia 04 de outubro.

São aceitos artigos escritos por doutores. Artigos de mestres e doutorandos são aceitos apenas em coautoria com doutores.

Resenhas podem ser enviadas por mestrandos, mestres, doutorandos e doutores.

A extensão dos textos para artigos deve ser de 20.000 a 35.000 caracteres com espaços e, para resenhas, de até 6.500 caracteres, também com espaços.

Os artigos e resenhas devem ser enviados por e-mail para libero@casperlibero.edu.br.

Mais informações: casperlibero.edu.br/revista-libero/

Intervozes realiza curso de formação sobre Internet e telecomunicações

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Serão encerradas amanhã (09/09), as inscrições para o curso “Telecomunicações e Internet – para entender as novas tecnologias”, organizado pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social. Ele será realizado nos dias 11 a 13 de setembro, com participação presencial ou remota. O curso objetiva apresentar as principais regulações dos serviços de telecomunicações e aspectos relevantes da disciplina de direitos na Internet, apontando as polêmicas e disputas em torno dos temas.

A participação presencial será em São Paulo, no Sindicato dos Engenheiros (Rua Genebra, n. 25 – Centro), no valor de R$ 100,00. O curso poderá ser assistido também remotamente, em outra modalidade de inscrição, no valor de R$ 30,00. O participante que optar por essa modalidade receberá o link para acompanhamento remoto.

INSCRIÇÃO

Para efetivar, preencha a ficha de inscrição e envie comprovante do pagamento (que pode ser feito por meio de depósito ou transferência bancária) para financeiro@intervozes.org.br.

Informações para depósito:
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
Banco do Brasil
Ag: 1812-0
CC: 14976-4
CNPJ: 06.040.910/0001-84

PROGRAMAÇÃO

– DIA 11 (sexta-feira)

MANHÃ – das 10h às 12h30
[Palestrante: Flávia Lèfévre – Proteste e CGI.br]

+ Telecomunicações no Brasil
– Histórico; privatização; Lei Geral de Telecomunicações; regimes; modalidades de serviços; fundos; Anatel; Telebras

 

TARDE – das 14h às 18h30
[Palestrante: Jonas Valente – Intervozes]

+ Telefonia
– Serviços de telefonia; telefonia fixa; contratos de concessão; metas de universalização; estrutura de mercado

[Palestrante: Marina Pita – Intervozes]

– Telefonia móvel; leilão 3G e 4G; metas; regulamento de qualidade; estrutura de mercado

 

– DIA 12 (sábado)

MANHÃ – das 10h às 12h30
[Palestrante: Gustavo Gindre – Intervozes]

+ TV paga
– Histórico; Lei do Serviço de Acesso Condicionado; estrutura de mercado;regulamentações Ancine e Anatel; novos serviços

 

TARDE – das 14h às 18h30
[Palestrante: Gustavo Gindre – Intervozes]

+ Internet – infraestrutura e regulação no Brasil
– O que é; infraestrutura; tipos de rede (ADSL, coaxial, Fibra ótica, espectro);componentes (atacado e varejo, backbone, backhaul, última milha, PTTs, interconexão); camada lógica (protocolos, endereçamento IP, migração, http.); aplicações, CDN

[Palestrante: Veridiana Alimonti – Intervozes]

– Regulação; Norma 4; Serviço de Comunicação Multimídia (regulamento do serviço e de qualidade); modelos (integração vertical, separação contábil, funcional e estrutural); estrutura de mercado; troca das metas por backhaul; Programa Banda Larga para Todos; atendimento à área rural (leilão 450 MHz).

 

– DIA 13 (domingo)

MANHÃ – das 10h às 12h30
[Palestrante: Veridiana Alimonti – Intervozes]

+ Proposta da Campanha Banda Larga é um Direito seu para a universalização do acesso à banda larga

+ Marco Civil da Internet
– Panorama geral da lei e da tramitação; neutralidade da rede (previsão legal, regulamentação, gerenciamento de tráfego e zero-rating); responsabilidade de intermediários

 

TARDE – das 14h às 17h
[Palestrante: Marina Pita – Intervozes]

+ Marco Civil (continuação)
– Privacidade, guarda e disponibilização de registros

+ Anteprojeto de lei de proteção de dados pessoais

Lançamento de livro sobre as TVs públicas brasileiras no INTERCOM

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A professora da Universidade Federal de Viçosa Ivonete da Silva Lopes, lança, neste domingo, dia 6, o livro: TV Brasil e a construção da rede nacional de televisão pública. O evento será realizado na sala Vianinha da Escola de Comunicação (ECO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), às 11h, durante o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (INTERCOM).

O livro é resultado da tese de Doutorado de Ivonete, defendida, no ano passado, no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Na obra, a autora analisa detidamente a construção da rede nacional de televisão pública liderada pela TV Brasil, emissora que integra a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), articulando o caso brasileiro com as transformações que vêm ocorrendo nas políticas de comunicação da América Latina no tocante ao fortalecimento e criação de meios de comunicação públicos.

A obra consta com prefácio de César Bolaño, professor da Universidade Federal de Sergipe e líder do grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS). Você pode ler a apresentação, o prefácio e a introdução de TV Brasil e a construção da rede nacional de televisão pública no site da Editorial Paco.

TVs públicas e democratização: o exemplo argentino para as emissoras universitárias

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Por Carine Felkl Prevedello*

Os recentes impactos provocados, especialmente na América Latina, pela instituição da Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual (LSCA) na Argentina, conhecida como “Lei de Meios”, envolvem, para além das alternativas apresentadas ao histórico embate entre os monopólios de mídia e a defesa do interesse público, a definição de espaços estratégicos para o fortalecimento de novos canais de comunicação com preservação da diversidade de atores e de conteúdo.

No Brasil, é possível afirmar que a legislação mais progressista para a democratização da Comunicação completou 20 anos em 2015: a Lei n° 8977, que instituiu a TV a cabo, determinou a criação dos canais de utilização gratuita, originando os canais legislativos, judiciários, comunitários e universitários, o que amplia o grupo em torno das TVs educativas já estabelecidas no país desde a década de 1960. A criação posterior da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em 2007, inspirada no modelo da BBC de Londres, representa outro marco na estruturação de um sistema público de Comunicação, com a gestão por meio de Conselho Curador, mas manutenção do financiamento estatal e dificuldades permanentes para a distribuição e circulação do canal em todo o país. Entretanto, ainda que possam ser considerados avanços em relação às legislações anteriores, a permanência do Código Brasileiro de Radiodifusão, de 1962, mesmo diante da norma de complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal, prevista na Constituição de 1988, abriga a proteção às concessões de radiodifusão negociadas politicamente, favorecendo a manutenção dos oligopólios de mídia e a falta de meios de fiscalização, acompanhamento e interferência pública sobre a característica da programação.

Outra limitação do caso brasileiro reside no fato de que os canais de utilização gratuita permanecem restritos à TV a cabo, enquanto os canais comerciais, de propriedade privada e finalidade lucrativa, dominam o espectro aberto de televisão no Brasil, que hoje atinge mais de 95% dos domicílios. O processo de transição para a TV digital, que atinge as emissoras de sinal aberto, iniciado nos anos 2000, apesar de apresentar uma oportunidade para a revisão da dicotomia característica do sistema de televisão no país, parece, até o momento, colaborar para a manutenção dos privilégios dos canais privados, em contraposição ao fortalecimento dos canais públicos. Está garantida, pela legislação que institui o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), a migração direta dos canais comerciais abertos para a TV Digital, enquanto os canais públicos terão de dividir espaços compartilhados, sem previsão de ampliação das concessões para os sistemas público e estatal.

Nesse sentido, é importante reconhecer que a Lei de Meios argentina representa uma vitória consistente em duas frentes. Em primeiro lugar, estabelece diretrizes para impedir a manutenção e formação de oligopólios que concentrem a propriedade de veículos de comunicação – com o claro objetivo de atingir diretamente o conglomerado Clarín, francamente opositor ao governo de Cristina Kirchner -, e em segunda instância determina a concessão de uma série de licenças para operação de canais públicos e comunitários, sem necessidade de outorga ou revisão, atendendo ao objetivo de diversificar, regionalizar e democratizar o acesso à produção e distribuição de conteúdo audiovisual.

Entre sus objetivos principales se destacan la inclusión de diversos sectores en la gestión de medios (estatales, comerciales y sin fines de lucro) y los límites a la concentración de la propiedad, expresados en los topes en cantidades de licencias (24 para operar TV cable, 10 para radiodifusión abierta), en el dominio del mercado (35 %) y en la prohibición de propiedad cruzada, tanto entre el sector de telecomunicaciones y el audiovisual como para la operación de TV abierta y de pago en la misma zona de cobertura. (MARINO, 2014).

Entre os setores onde observamos uma das mudanças mais significativas, está o reconhecimento das universidades públicas como polos potenciais para produção e diversificação do conteúdo audiovisual. Pela Lei de Meios argentina, cada uma das 39 universidades ligadas a 22 províncias recebeu um canal de frequência aberta e outro para emissora de rádio na sua localização central, com permissão para autorizar frequências adicionais, ou seja, emissoras afiliadas. Antes disso, o campo de TVs públicas, estatais ou não-estatais, no país estava limitado em um canal público nacional, 11 canais públicos provinciais, dois universitários e um outorgado à Igreja católica.

No Brasil, desde a instituição da Lei da TV a cabo, foram instituídos pelo menos 46 polos de produção audiovisual distribuídos em 22 instituições do interior dos estados, e outros 24 nas capitais (PREVEDELLO, 2013). Entretanto, esse mapa não representa a estruturação de canais universitários, ou mesmo TVs em operação, permanecendo alguns como produtores periféricos de conteúdo, outros com divisão de um canal local e inserção mínima de programação própria, e ainda os casos de uso do canal com finalidades comerciais. A desigualdade da distribuição regional também representa um entrave a ser superado: na região Norte, a maior em extensão territorial no país, onde se encontram os povos indígenas, há apenas um canal autorizado na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A ausência de projetos e recursos para incentivo à produção universitária, assim como ausência de definição de diretrizes para as características da programação são fatores relacionados às distorções e ao baixo aproveitamento desses canais como polos de produção audiovisual diversificada.

Uma das exigências da Lei de Meios para as emissoras universitárias estabelece a necessidade de 60% de produção própria e de representatividade regional e comunitária entre os produtores de conteúdo. Outra questão relevante a ser considerada é o fato de que as concessões para as emissoras universitárias argentinas estão destinadas aos canais abertos, com massiva penetração (embora na Argentina as transmissões a cabo já alcancem 70% da população), enquanto no Brasil permanecem restritas ao espectro pago, com alcance de apenas 30% dos domicílios brasileiros, segundo a Anatel.

A partir de la división del país en nueve regiones o polos, se constituyó un sistema federal en red donde las Universidades Nacionales nuclearon a los actores del sector audiovisual televisivo de cada comunidad para conformar Nodos. Los Nodos Audiovisuales fueron pensados como sistemas productivos locales integrados por cooperativas, organizaciones sociales afines al sector audiovisual, productores independientes, televisoras y organismos públicos locales. En los Nodos, las Universidades Nacionales y los actores audiovisuales del medio local trabajaron juntos para desarrollar y consolidar la producción televisiva de las distintas regiones de nuestro país. (MONJE, ZANOTTI, 2015).

Entretanto, passados seis anos de aprovação da Lei de Meios, os debates atuais permanecem semelhantes às dificuldades brasileiras, em termos de implementação das diretrizes e financiamento do sistema. Há editais e programas de incentivo público em andamento, mas com impactos pouco consolidados na transformação da programação televisiva argentina. Essa perspectiva – da dificuldade de consolidação das determinações da legislação – está presente na crítica mais feroz feita à Lei de Meios, debate atual no contexto de eleições presidenciais, crítica que está também relacionada à expectativa pela superação dos oligopólios de mídia, representados principalmente pelo grupo Clarín, mas hoje também, de acordo com os partidos opositores a Kirchner, pelo aparato estatal. Consistiriam dois grandes grupos, um oficialista e outro opositor, trabalhando segundo seus próprios interesses e sem espaço para vozes discordantes. “As corporações existiam antes e seguem existindo: a diferença é que hoje existem duas: ambas são conservadoras e tratam de defender seus interesses, não há democratização de fato”, afirma o candidato do Movimento Social de Trabalhadores (MST), a extrema esquerda argentina, Alejandro Bodart.

Esta crítica, ancorada em um debate político que defende a compreensão de que “a lei nasceu velha”, reflete uma posição de exigência de parte da sociedade argentina que não impede, entretanto, que outros pontos de vista reconheçam a centralidade da Lei de Meios como um marco para a discussão da democratização da Comunicação na América Latina.

La LSCA debe ser comprendida como punto de partida hacia la democratización del sistema de comunicación y cultura. No es la etapa final de un proceso, sino el comienzo de un camino. Ese recorrido que apenas se inicia debería implicar cambios en la estructura y composición del sistema de medios. Además estipula una serie de condiciones que, de cumplirse, podrán modificar la oferta cultural audiovisual, los tipos de discursos y los contenidos, como apertura hacia la diversidad. (MARINO, 2015)

Uma mudança, que, pelo menos nas soluções apresentadas pela Argentina, envolve como questão primordial o reconhecimento da comunicação como bem e direito público e social, – entendimento condicional para a revisão da legislação brasileira para a TV aberta -, a exemplo da história das televisões públicas europeias, e, por outro lado, especialmente na questão audiovisual, visualiza nos polos de produção universitários um elemento central para a articulação de atores não-hegemônicos e para a regionalização e consequente diversificação da programação televisiva.

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MARINO, Santiago. Vaivén: desgranar moralejas em la Argentina de la ley audiovisual. Dossiê n°14 do Observatório Latinoamericano do Instituto de Estudos da América Latina e Caribe (IEALC). Faculdade de Ciências Sociais, Universidade de Buenos Aires, 2014.
MONJE, Daniela; ZANOTTI, Juan Martín. Televisoras públicas universitárias argentinas: el actor emergente. Revista Lumina. Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora (MG), vol. 9, junho 2015.
PREVEDELLO, Carine. TVs universitárias público-estatais: um breve eco da pluralidade rumo à digitalização no interior do Brasil. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Vale do Rio do Sinos: São Leopoldo: Unisinos, 2013.
VALOR ECONÔMICO. TV por assinatura cresce 7% no Brasil em março. Disponível na internet em: <http://www.valor.com.br/ empresas/4035116/tv-por- assinatura-cresce-7-no-brasil- em-marco>. Acesso em 31/08/2015.

*Carine Felkl Prevedello é doutora em Comunicação pela Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), professora e servidora técnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Exposição “O SNI e a Comunicação” na ECO/UFRJ

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O Grupo de Pesquisa Políticas Economia da Informação e da Comunicação (PEIC) fez uma investigação no Arquivo Nacional para buscar informações sobre as concessões de rádio e televisão no período da ditadura, mas o que foi encontrado foi além disso. É este material que será exposto na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) de 03 de setembro a 02 de outubro na exposição “O SNI e a Comunicação”.

Lançamento do Observatório de Comunicação Pública na UFRGS

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No dia 27 de agosto (quinta-feira) será lançado o Observatório de Comunicação Pública – OBCOMP – no Programa de Pós Graduação em Comunicação e Informação (UFRGS), como parte das comemorações dos 20 anos do PPGCOM.  O lançamento contará com a presença da Professora Dra. Vera Regina França (UFMG) que proferirá a palestra ‘Comunicação pública e interação social’. O evento terá início às 16 horas, no auditório 2 da FABICO.

Acesse o site do OBCOMP: http://www.ufrgs.br/obcomp/

ALAIC lança novo livro no Seminário ALAIC Cone Sul

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A Associação Latino-Americana de Investigadores em Comunicação (ALAIC) lança durante o Seminário Regional (Cone Sul) da entidade, 27 e 28 de setembro, na Universidad Nacional de Córdoba, o livro La contribución de América Latina al campo de la Comunicación. Historia, enfoques teóricos, epistemológicos y tendencias de la investigación.

Organizada por César Bolaño (Universidade Federal de Sergipe/Grupo CEPOS e ex-presidente da ALAIC), Delia Crovi Druetta (Presidenta ALAIC-  México) y Gustavo Cimadevilla (Vice Presidente ALAIC), a obra reúne textos elaborados pelos coordenadores e ex-coordenadores dos Grupos Temáticos da entidade, assim como de outros destacados acadêmicos por eles convidados. O livro oferece um panorama amplo do trabalho intelectual da região e se constitui num documento valioso para atualizar o conhecimento e o trabalho de investigadores e docentes da comunicação.

A a publicação conta com um artigo escrito por César R. S. Bolaño, Ancízar Narváez (Universidad Pedagógica Nacional-COL) e Ruy Sardinha Lopes (USP) com o título “Economía política de la información, la comunicación y la cultura”, que traz um relato do desenvolvimento dos estudos em EPC na América Latina.

La contribución de América Latina al campo de la Comunicación. Historia, enfoques teóricos, epistemológicos y tendencias de la investigación estará disponível para venda no site da editora Prometeo: http://prometeoeditorial.com/src/Producto.php?IdProducto=839&Origen=L

APRESENTAÇÃO

A constituição de uma política e reforma dos GTs, o desdobramento das representações regionais, a prioridade ao tema do “pensamento crítico” nos Congressos de Bogotá, Montevidéu e Lima, a promoção dos seminários regionais (destinados a aumentar o diálogo e a ação conjunta com as associações nacionais de investigadores, cujo número tem cresceu muito no período), os seminário de São Paulo e La Paz, a nova política de publicações, a reestruturação do portal da ALAIC, a sustentação de sua revista em papel e com divulgação online e a criação de uma nova publicação (o Journal of Latin American Communication Research), assim como a busca de ações coordenadas com outras associações macro-regionais de todo o mundo, têm caracterizado esta gestão. Este livro é parte desse esforço. Para a sua concretização foram convidados ex-coordenadores de GTs que estiveram um grande período à frente dos grupos e outros atuais, assim como alguns colegas aos quais eles deram participação. Todos especialistas destacados em suas subáreas de conhecimento e com uma experiência acumulada de privilégio para poder refletir a história e a situação atual de cada um deles.

ÍNDICE

Como a obra é em espanhol, segue abaixo o índice sem tradução:

1- Cuatro décadas después, por César Bolaño, Delia Crovi Druetta y Gustavo Cimadevilla.

2- El campo científico de la comunicación en América Latina: perspectiva histórica, por José Marqués de Melo.

3- Investigar la comunicación y formar comunicadores en América Latina hoy. Una conversación con Jesús Martín Barbero, por William Fernando Torres.

4- Teoría y metodología de la investigación en comunicación en América Latina: ALAIC y el desafío de la fragmentación, por Raúl Fuentes Navarro.

5- Claves y tiempos del análisis del discurso y la semiótica en América Latina, por Eliseo R. Colón Zayas.

6- Investigación latinoamericana de recepción: un largo camino andado, una historia viva para contar, por Nilda Jacks y Guillermo Orozco Gómez.

7- Historia y comunicación. Recorridos, tensiones y posibilidades del sub-campo de estudios en América Latina, por Eduardo Gutiérrez.

8- Folkcomunicación, por Betánia Maciel y Marcelo Sabbatini.

9- Panorama y perspectivas de los estudios de comunicación organizacional y relaciones públicas en América Latina, por Margarida M. Krohling Kunsch.

10- Educomunicación en América Latina. Tendencias y expectativas, por Delia Crovi Druetta y Luz María Garay Cruz.

11- Comunicación y salud en América Latina: un campo en permanente movimiento, por Inesita Soares de Araújo y Milca Cuberli.

12- Las venas abiertas del periodismo en el área académica de América Latina, por Eduardo Meditsch.

13- La comunicación política en América Latina: entre la consolidación como disciplina y la apertura de nuevos enfoques de investgigación inter-disciplinar, por Andrés Cañizález y Matías Ponce.

14- Comunicación digital, redes y procesos. Balance de la investigación en América Latina, por Carlos Arcila Calderón y Mabel Calderín Cruz.

15- Economía política de la información, la comunicación y la cultura, por César R. S. Bolaño, Ancízar Narváez y Ruy Sardinha Lopes.

16- Trayectos aplicados y académicos de la convergencia comunicación-desarrollo, por Gustavo Cimadevilla.

17- Comunicación popular, comunitaria y ciudadana: ejes de investigación y fundamentos teóricos, por Cicilia M. Krohling Peruzzo.

18- Comunicación, desarrollo y cambio social, por Alfonso Gumucio-Dagron.