Chamada para o XIV Seminário OBSCOM/CEPOS na UFS

obscomcepos

Está aberta até o dia 15 de outubro a chamada para resumos expandidos do XIV Seminário OBSCOM/CEPOS. Organizado pelo Observatório de Economia e Comunicação da Universidade Federal de Sergipe (OBSCOM/UFS), o evento ocorrerá entre os dias 22 e 23 de outubro, no campus São Cristóvão-SE da UFS.

CHAMADA

A comissão organizadora do evento abre chamada até 15 de outubro para envio de resumo expandido dos investigadores que pesquisam com base na Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura e de teorias próximas. É importante pontuar que poderão ser apresentados projetos de pesquisa em andamento ou concluídos (teses, dissertações, monografias, entre outros) no seminário. O modelo do resumo expandido está disponível para download no link: https://goo.gl/vQ1OiQ

Os resumos devem ser enviados para o e-mail obscomufs50@gmail.com.

EVENTO

Com o tema “Comunicação e Marxismo”, o Seminário objetiva reunir estudantes, pesquisadores e professores para discutir o papel no campo da comunicação da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (EPC), e do pensamento crítico em geral, no estágio atual do capitalismo.

As atividades reunirão pesquisadores do Brasil e de outros países da América do Sul, entre eles: Eric Torrico (Bolívia), César Bolaño (UFS), Cesare Galvan (Centro Josué de Castro-PB), Ruy Sardinha Lopes (USP), Alain Herscovici (UFES), Ángel Páez (Venezuela) e Maurício Herrera (Colômbia).

As inscrições para participar do evento, com direito a certificado, estarão abertas brevemente pelo SIGAA.

PROGRAMAÇÃO

– 22/10/2015

18h: Credenciamento

18h30: Homenagem ao professor Luis Ramiro Beltrán – Eric Torrico (Bolívia), César Bolaño (UFS), Fernando Paulino (UNB)

19h: Palestra de abertura “Comunicação e Marxismo” – Cesare Galvan (Centro Josué de Castro)

20h: Lançamento de livros.


– 23/10/2015

9h – 10h30

Mesa 1: Economia Política, Epistemologia da Comunicação e Práxis
Expositores: Ruy Sardinha Lopes (USP), Erik Torrico (Bolívia), Alain Herscovici (UFES)
Debatedor: Júlio Arantes (UFAL)
Mediação: Anderson Santos (UFAL)

10h30-10h45- Cafezinho filosófico

10h45-12h15
Mesa 2:  Cultura, Criatividade, Comunicação e Trabalho
Expositores: Ángel Páez (Venezuela), Maurício Herrera (Colômbia), Verlane Aragão (UFS)
Debatedor: Daniele Canedo (UFRB)
Mediação: Ivonete Lopes (UFV)

Pausa para almoço

14h30: Inauguração da Biblioteca Setorial Prof. Dr. Valério Cruz Brittos no prédio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Coord.: César Bolaño

15h30-18h: II Encontro dos Grupos de Pesquisa em Economia Política da Comunicação – Apresentação de trabalhos a cargo dos grupos de pesquisa em EPC do Brasil e América Latina.

Seminário de Mídia e Cidadania/Cultura 2015

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O Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) fará nos dias 08 e 09 de dezembro o Seminário de Mídia e Cidadania e Seminário de Mídia e Cultura. A submissão de artigos ocorre até o dia 26 de outubro.

Tema 2015 – Mídia e Desigualdade

O tema Mídia e Desigualdade escolhido para o SEMIC 2015 faz um convite à reflexão. O Brasil é um país de desigualdades e os vários Grupos de Trabalho (GTs) que compõem este evento destacam alguns prismas dessa discussão. Estudar as formas de inclusão e exclusão, os discursos de poderes simbólicos, as minorias, os preconceitos, o acesso a uma sociedade de consumo que agrava as distâncias entre as classes sociais caracteriza-se por uma busca pela cidadania. Além disso, a diversidade cultural, o multiculturalismo, a globalização e a complexidade na comunicação e nos media também são foco de um pensamento crítico sobre as desigualdades que afloram em uma sociedade em constante mutação e da qual a mídia é parte integrante com seus aspectos de contribuições e responsabilidades. Discutir o tema Mídia e Desigualdade é um olhar para o passado para que se conheça a história, mas acima de tudo um olhar para o futuro para que sejam lançadas novas perspectivas de uma sociedade mais igualitária.

GT1 – Jornalismo e Cidadania
GT2 – Cidadania e Leitura Crítica da Mídia
GT3 – Representações Sociais e Comunicação
GT4 – Mídia, Cidadania e Direitos Humanos
GT5 – Comunicação, cultura, sociabilidade e imaginário das organizações
GT6 – Comunicação e Religiosidade
GT7 – Corpo, Subjetividade, Mídia e Consumo
GT8 – Narrativas, Entretenimento e Tecnologia
GT9 – Interfaces Comunicacionais

Ementas: http://ficufg.blog.br/semic/gts/

As inscrições, modelo de formatação, dicas úteis, pré-programação e outras informações estão disponíveis no site: http://ficufg.blog.br/semic/inscricoes-2015/

Chamada para a revista “Cadernos do Desenvolvimento”

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A revista Cadernos do Desenvolvimento, um periódico científico do Centro Internacional Celso Furtado para as Políticas de Desenvolvimento, está com chamada aberta para a sua 17ª edição.

A publicação tem como foco ensaios sobre o desenvolvimento em suas várias dimensões (econômica, política, social, institucional, histórica, territorial, ambiental e legal), em linha com o trabalho de pesquisa de Celso Furtado.

São aceitos trabalhos para avaliação de artigos inéditos com resultados de investigação que tragam uma substantiva contribuição para o entendimento de dilemas, limites e desafios do desenvolvimento no mundo contemporâneo.

Artigos em inglês, espanhol e português podem ser submetidos ao e-mail: cadernos@centrocelsofurtado.org

Informações sobre normas de publicação: http://cadernosdodesenvolvimento.org.br/en/submissao/

Chamada sobre “movimentos insurgentes”

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A revista Esferas convida todos os Doutores em Comunicação e áreas afins a enviar o seu artigo, até o dia 21 de outubro, para a sua sétima edição, a ser publicada em Janeiro de 2016, em versões on-line e impressa. 

EMENTA

Para o dossiê ‘Movimentos Insurgentes’ propomos uma discussão acerca das grandes manifestações populares que tomaram as ruas e as redes do mundo a partir de 2010. As Revoluções Árabes, o Occupy Wall Street, o movimento mexicano #YoSoy132, o 15M espanhol, os protesto dos estudantes no Chile, a Jornada de Junho no Brasil, entre tantos outros, constituem um mosaico de revoltas conectadas que marcam globalmente o início dessa década. Mesclando o intensivo uso da internet, das redes sociais e das mídias locativas com a efetiva tomada do espaço urbano e pela população, esses movimentos insurgentes fizeram emergir novas possibilidade de relações políticas e sociais. 

Em contrapartida, se essa primeira leva de manifestações foi motivada por reivindicações em busca de sociedades mais igualitárias, justas e inclusivas (política e economicamente), posteriormente passamos a nos deparar também com a proliferação de protestos setorizados e excludentes (racistas, xenófobos, intolerantes e/ou conversadores), que podemos entender como dissonantes, e sobre os quais também importa tecer articulações em torno do papel da comunicação para a sua efetivação. 

Os movimentos insurgentes atuais tem se caracterizado por possuírem uma polifonia de coletivos, reivindicações e desejos, que interna e externamente costumam estar em disputa política e estética. Nesses casos, em que a construção de interpretações, de denominações e de significados está em um processo aberto, os filmes, vídeos, fotos, texto produzidos sobre e/ou dentro desses movimentos se constituem como dobras das manifestações. São as atualizações dessas dobras comunicacionais dos novos movimentos insurgentes que convidamos a nossos colabores a debaterem em nosso dossiê. Assim como os processo de comunicação análogos dos Movimentos Dissonantes. 

REVISTA

A Revista ESFERAS é um espaço coletivo de trocas e reflexões, sob a égide dos quatros Programas de Pós-graduação em Comunicação do Centro-Oeste, a saber: o Mestrado em Comunicação da Universidade Católica de Brasília – UCB, o PPGCOM da Universidade de Brasília – UnB, o PPGCOM da Universidade da Universidade Federal de Goiás – UFG e o PPGCOm da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. 

Como sempre, a seção ‘Livres’ aceitará artigos sobre os mais diversos temas que abordem os fenômenos comunicacionais e o campo da pesquisa em comunicação. 

Editor-responsável: Fredeiro Feitoza

Coeditora para este número: Kênia de Freitas

Mais informações em: http://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/index

Chamada para Pensacom 2015

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Acontece de 16 a 18 de novembro, no campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), o Pensacom Brasil 2015, evento científico realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM) em parceria com a UMESP.

Trazendo como tema central “Brasil – História da Comunicação: conquistas, impasses e desafios”, o Pensacom busca promover o debate sobre o pensamento comunicacional e, também, celebrar 20 anos do Doutorado em Comunicação da UMESP, fortalecido por iniciativas da Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação.

Durante o primeiro dia (16) da reunião científica, além de painéis sobre temas como o poder do riso e o pensamento comunicacional latino-americano, também será feita a entrega da Medalha de Ouro do CIESPAL ao decano das Ciências da Comunicação no Brasil, professor José Marques de Melo.

O segundo dia (17) contará com duas atividades simultâneas, o X SINACOM (Simpósio Nacional de Ciências da Comunicação) e o Fórum de Humor. Ao final do dia, terá início o ENSICOM 2015 – IV Seminário sobre o Ensino de Graduação em Comunicação Social.

No terceiro dia (18), o evento será finalizado com as reuniões dos grupos de trabalho (GT), oficinas e mesas redondas. Confira abaixo o calendário para o envio de texto aos GTs:

ENVIO DE RESUMOS – 10 de outubro de 2015

ACEITE DOS RESUMOS – 16 de outubro de 2015

ENVIO DOS TEXTOS COMPLETOS – 06 de Novembro de 2015

Os resumos e posteriormente os textos completos devem ser enviados para os e-mails de cada GT.  Confira abaixo a lista dos GTs e os seus respectivos e-mails:

GT 1 – História da Comunicação – pensacom.gt1@intercom.org.br

GT 2 – Folkomunicação – pensacom.gt2@intercom.org.br

GT 3 – Comunicação e Saúde – pensacom.gt3@intercom.org.br

GT 4 – Comunicação Eclesial – pensacom.gt4@intercom.org.br

GT 5 – Comunicação e Economia – pensacom.gt5@intercom.org.br

GT 6 – Comunicação Política – pensacom.gt6@intercom.org.br

GT 7 – Pensamento Comunicacional Latinoamericano – pensacom.gt7@intercom.org.br

GT 8 – Pensacom – pensacom.gt8@intercom.org.br

GT 9 – Intercom.Humor – pensacom.gt9@intercom.org.br 

Chamada para dossiê sobre “Economia Política e de Políticas de Comunicação”

revista

A equipe editorial da Revista Comunicação Midiática, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UNESP (Brasil), convida autores para enviar trabalhos nos segmentos de Economia Política e de Políticas de Comunicação para a edição janeiro-abril de 2016 (v.11, n.1), com chamada aberta até 31 de outubro.

Recebemos contribuições que estudam o fluxo da comunicação e da informação, abordando geração, veiculação e gestão do conhecimento midiático, nos meios tradicionais e nas tecnologias emergentes, assim como seus aspectos econômicos; analisam a formulação e o fluxo de políticas públicas e privadas de informação e comunicação.

A publicação (Qualis B2 – CSA1) aceita artigos de doutores, ou doutores em co-autoria com doutorandos, para as seções Cultura e Mídia, Linguagens Midiáticas e Políticas de Comunicação. A seção de Resenhas recebe contribuições de autores que sejam pelo menos estudantes de pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado).

As diretrizes, critérios e normas de submissão e formatação dos trabalhos estão disponíveis aqui.

Campanha #IncluiComunicaçãoPública nas faculdades de Comunicação

inclui

No dia 06 de setembro, foi lançada em setembro no Congresso da Intercom, no Rio de Janeiro, a Campanha Nacional #IncluiComunicaçãoPública para a inclusão da disciplina de Comunicação Pública nas faculdades brasileiras.

A grade dos atuais cursos de comunicação social formam o estudante para o mercado, esquecendo-se da complementariedade que se deve ter nos serviços (público e privado). Há apenas uma disciplina de Comunicação Comunitária, mas geralmente não a de Comunicação Pública.

Ressalta-se a importância disto, não apenas levando em conta a questão da quantidade de Canais da Cidadania que surgiram, mas de todo o mudo da Comunicação do Campo Público (radiodifusão e telecomunicações) com as TVEs, TV Brasil, NBR, Canais legislativos, Canais Comunitários, Canais Universitários, rádios Educativas e Comunitárias. Além de todo setor de publicidade e assessoria que relaciona-se com o segmento público na prestação de serviços.

A Campanha foi criada pelo Observatório da Indústria de Conteúdos Digitais – OLAICD e conta com a colaboração e apoio de pesquisadores e profissionais da comunicação. Seguimos com a mobilização com petição pública, fotos e vídeos de apoio, Facebook, etc.

Já estamos avançando em várias esferas e gostaríamos de contar com seu apoio no fortalecimento desta campanha que envolve os profissionais e os meios, mas se liga também a estudantes, familiares e comunidade que passam a se perguntar que diferença existe em o público e o privado. E, neste ponto, precisamos despertar a curiosidade dos indivíduos para o que é “comunicação pública”.

No que cada um pode colaborar com a Campanha?

Assinar a petição na AVAAZ, curtir a página no Facebook, fazer vídeos, mobilizar, enviar mailling, postar fotos, vídeos. Toda e qualquer ação, neste momento é muito importante. Acredita-se que a EBC possa incluir na sua agenda e programas a inclusão do tema.

O consenso fabricado no Brasil: a ausência de contraditório na cobertura da política econômica nacional

manipulação em 10 lições-N Chomsky

Por Bruno Lima Rocha*

É consenso nos defensores da teoria crítica e pesquisadores da Economia Política da Comunicação (EPC) a compreensão de que as grandes corporações midiáticas, além de operarem como agentes econômicos, também são verdadeiros partidos políticos além de produtores de sentido e ideologia no intuito de reproduzir ideias-pensáveis, como afirma o Modelo de Propaganda de Noam Chomsky e Edward Herman.

Em algumas editorias e temas considerados estratégicos para os controladores de meios e seus pares, a cobertura além de ser seletiva, é cifrada. Quando se trata da pauta de economia e especificamente na política econômica, os governos de turno, quando optam pela via monetarista e neoliberal clássica, costumam ser blindados ou ao menos, terem os conceitos-chave preservados. No cenário político brasileiro, a simples presença de professores de economia de linha desenvolvimentista de mais diversos matizes é mínima ou simplesmente inexiste neste tipo de debate.

A fabricação do consentimento está se dando quando a maioria dos brasileiros escolhera um modelo de desenvolvimento no segundo turno das eleições presidenciais de 2014 e assiste ao governo de Dilma em seu segundo mandato a escolher a inflexão à direita comandada por um Chicago Boy (Joaquim Levy, atual ministro da Fazenda e que defendera tese de doutorado pela Universidade de Chicago, ciências econômicas, em 1993) e ex-funcionário do FMI. Tal opção, que frauda a escolha feita na urna, é reforçada pela ideia transmitida pela mídia hegemônica de que não há alternativa para além da política econômica de redução de gastos públicos, elevação do preço do dólar, diminuição da circulação de bens e serviços, congelamento salarial e, obviamente, pouco ou nada se fala quanto a taxa de juros básica (Selic, batendo 14,25% em média) e os R$ 35 bilhões que a União terá de pagar apenas de juros da dívida pública interna no ano fiscal de 2015.

Neste breve texto, damos uma mostra evidente de como a ausência de contraditório inibe ou mesmo impede o debate aberto, para além do círculo de especialistas ou grupos engajados.

O rebaixamento da nota brasileira pela S&P

No dia 09 de setembro de 2015 a agência de rating Standard & Poor’s (S&P) rebaixou o grau de investimento do Brasil. A nota baixara de BBB- para BB+, o que na prática implica em aumentar o custo do investimento de capital volátil no país, uma vez que a leitura dos operadores de mercado é de que quanto maior for o “risco”, mais vantajosas deverão ser as remunerações para a entrada deste capital. No jogo do Sistema Internacional isto equivale a um sofisticado e contratual mecanismo de chantagem a favor dos agiotas.

Obviamente a ausência de contraditório em rede aberta foi quase inexistente ou simplesmente nula. Observando com atenção a cobertura da política econômica promovida pelo portal G1 (em ampla nota de 09 de setembro de 2015, com o título “Standard & Poor’s tira grau de investimento do Brasil”, matéria assinada) e complementada por vídeos de comentaristas e notas televisivas da Globonews, o contraditório foi relativizado e sem o impacto necessário. Uma forma básica de gerar o debate e abrir a possibilidade de que o público receptor percebesse o que implica esta nota, seria uma simples narrativa factual da história recente (última década ou década e meia) desta mesma empresa.

Infelizmente, a lacuna de informação é proporcional à concentração dos meios de comunicação. Pouco ou nada se leu a respeito das manobras desta empresa de “análise” em 2008, dando dera nota máxima para o banco de investimentos Lehman e logo depois – na mesma manhã da falência a S & P ainda dava nota AA (a segunda maior) vendo o banco quebrar. Na cobertura econômica há um consenso fabricado em torno do reforço de uma mesma opinião com nuances de variação. O objeto deste artigo de análise começa na cobertura da Globonews, e vale citar que a própria não fez sequer uma checagem no que o portal G1 publicara a este respeito.

Mesmo sem aprofundar, o G1 dera a nota em 03 de fevereiro de 2015, afirmando que a S&P terá de pagar uma multa de US$ 1,37 bilhões de dólares por seu papel durante a “crise de 2008”. Obviamente a nota não explica que papel foi esse e quem fabricara a crise da bolha imobiliária, e menos ainda quais são os grupos de investidores que mais faturaram – e ainda faturam – com a mesma. Mesmo assim, bastaria esta citação para que a audiência abrisse uma posição de desconfiança diante do enunciado com a S&P no lide, atuando como Quem, o agente da ação.

A nota completa da S&P apresenta uma ode ao superávit primário, a ficção contábil que legalmente justifica o espólio rentista:

A proposta orçamentária de 2016, apresentada em 31 de agosto, incorporava ainda outra revisão das metas fiscais do governo em um curto período de tempo. O orçamento proposto tem como base um deficit primário de 0,3% do PIB, ante a meta de superávit anteriormente apresentada de 0,7% do PIB, anunciada em julho. Esta mudança reflete os desacordos internos acerca da composição e da magnitude das medidas necessárias para reparar o deslize nas finanças públicas.”

O agendamento fortalece a inflexão neoliberal

Impressiona a sequência lógica dos fatos quando em 14 de setembro o ministro da Fazenda Joaquim Levy e o do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciam o pacote de ajuste, visando economia direta (corte de gastos) de R$ 26 bilhões de reais e a previsão de aumento de ingresso. A meta é garantir a “economia” através de ficção contábil para bater meta de superávit, assegurando o pagamento dos juros de rentistas, banqueiros e especuladores.

Em ritmo avassalador, o governo de Dilma Rousseff termina por aceitar a maioria das teses do adversário derrotado e termina por demonizar o primeiro mandato e a gestão de Guido Mantega à frente da Fazenda neste período. Não por acaso, as pressões midiáticas só aumentam, assim como desaparecem vozes dissonantes, ainda que dentro dos defensores de uma economia de tipo capitalista embora no rumo do desenvolvimento. Obviamente também que ao anunciar que o país “tem de economizar R$ 35 bilhões de reais para pagar em juros da dívida pública em 2016” e ao defender ardorosamente o enxugamento da máquina pública esta mesma cobertura já aqui citada nunca lembra o fato da maior despesa corrente líquida do país ser com os gastos de juros e rolagem da dívida interna. Este volume atingiu 45% em 2015 dentro do orçamento executado e deve bater meta igual ou semelhante quando fecharem as contas do orçamento da União em 2015.

A conta é simples e deve ser feita de modo direto. O orçamento anual da União equivale a cerca de 40 a 42% do PIB brasileiro. Ou seja, de cada 10 reais circulando no país, R$ 4,20 passam pelo orçamento federal. E, de cada 10 reais gastos pela mesma União, R$ 4,20 vão para o bolso de agiotas, especuladores e banqueiros. É preciso ir além para ultrapassar a cortina de fumaça. A lista de credores do Estado brasileiro é esta: 1) Bancos nacionais e estrangeiros, 47,24%; 2) Fundos de Investimentos, 17,77%; 3) Investidores estrangeiros, 11,32%; 4) Fundos de Pensão, 12,84%; 5) Seguradoras, 3,13%; 6) Fundos administrados pelo governo, 4,58%; e, 7) Outros, 2,12%. (Alerta Total, 02/04/2015, artigo do economista Hélio Duque).

Não por acaso, as duas instituições que mais faturam com a rolagem da dívida são os dois maiores bancos privados do Brasil, Itaú e Bradesco. Será tudo coincidência? Será tudo tão óbvio que o mero enunciado de dados concretos e fatos inequívocos e irrefutáveis faz com que o anúncio do rebaixamento da nota e a “defesa dos fundamentos da economia” venham a parecer uma farsa evidente? Fico com a segunda hipótese.

* Bruno Lima Rocha é professor de ciência política, relações internacionais e jornalismo, e vice-líder do grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS).

XIV Fórum Brasileiro de Televisão Universitária

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Estão abertas até o dia 18 de setembro as inscrições de trabalhos para o XIV Fórum Brasileiro de Televisão Universitária e o III Encontro de Televisões Universitárias Ibero-americanas, os eventos irão acontecer entre os dias 21 e 23 de outubro, na Universidade de Fortaleza (Unifor), com o tema “Televisão Universitária: o futuro é agora”.

Eixos temáticos

Durante o XIV Fórum Brasileiro de Televisão Universitária, professores e estudantes de cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de comunicação social de todo o pais, poderão inscrever trabalhos científicos e apresentá-los.
Serão aceitos trabalhos que abordem os seguintes temas:

  • Pesquisa na Televisão Universitária
  • Novas tecnologias na Televisão Universitária
  • Televisão Universitária e sustentabilidade
  • Televisão digital
  • Interatividade

Normas para envio dos artigos

Como o processo prevê apenas uma rodada de avaliação, os autores devem ser cuidadosos com a apresentação técnica e também com a sintaxe e a ortografia, sob pena de recusa do trabalho. Todas as instruções devem ser lidas antes do início da digitação do artigo. O tamanho máximo dos artigos é de quatro páginas.

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas no site: www.abtu.org.br/forumfortaleza.

Publicado livro “Estado e Cinema no Brasil”

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Está disponível no site da Editora Unesp a terceira edição do livro “Estado e Cinema no Brasil”, de Anita Simis, professora da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (UNESP Araraquara). A obra deve ser lançada no XIX Encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE), que ocorrerá de 20 a 23 de outubro na UNICAMP.

O livro insere-se entre os que contribuem para a reformulação da historiografia do cinema brasileiro. A autora, Anita Simis, analisa os aspectos políticos relacionados à economia e à legislação cinematográfica e demonstra a existência de dois momentos distintos das relações entre o Estado e o cinema: um autoritário e outro democrático.

Mais informações: http://www.livrariaunesp.com.br/livrariaunesp/produto/49329/estado+e+cinema+no+brasil