Revista Eptic e Grupo de EPICC da Clacso abrem chamada para o Dossiê Geopolítica das Comunicações

A Revista Eptic, em colaboração com o Grupo de Trabalho sobre Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura da CLACSO, está recebendo, até o dia 30 de abril de 2021, colaborações para o Dossiê Temático “Geopolítica das Comunicações”. O periódico é produzido pelo Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM) da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

O Dossiê é coordenado pelas professoras Alina Fernández (Centro de Estudios Avanzados, Universidad Nacional de Córdoba – Argentina), Alvaro Terán (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales – Ecuador), Florencia Guzmán (Centro de Estudios Avanzados, Universidad Nacional de Córdoba – Argentina) e Helena Martins (Universidade Federal do Ceará – Brasil), e será publicado na edição Maio-Agosto 2021 da Eptic.

De acordo com a chamada para trabalho da revista, “o tema escolhido é estrategicamente relevante, na medida em que a geopolítica das comunicações desenha um mapa do poder que ultrapassa o tradicionalmente atribuído aos Estados-nação, e se expande com novas lógicas de governança e formas de intercâmbio em múltiplas frentes, incluindo economia, regulações, trabalho e intercâmbios simbólicos”.

Esperam-se contribuições sobre:

-Transformações nos sistemas nacionais de comunicação, culturais e econômicos a partir das mudanças globais no capitalismo;

-Relações entre imperialismo tecnológico e desigualdades (territorial, de gênero, raça, acesso à informação, etc.);

-Os atores periféricos da indústria da infocomunicacional (cooperativa, comunitária, popular ou alternativa) e a disputa hegemônica pelo poder em cenários regionais e globais;

-Novas relações entre estados, sistemas de comunicação social e grandes plataformas digitais;

-Políticas nacionais e regionais de comunicação: situação atual e principais desafios;

– O direito à comunicação e as exigências dos cidadãos no cenário da infocomunicação global.

Os interessados em submeter artigos para a revista devem seguir as diretrizes para autores do periódico e se registrarem na plataforma OJS da revista.

Por uma (crítica da) Economia Política…

Verlane Aragão Santos1

Há uma questão, exposta no debate acadêmico e público no subcampo da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (EPC), que tem promovido desacordos e falta de entendimentos comuns: o que significa a expressão Economia Política, distinguindo assim a análise desenvolvida a partir de um conjunto de pesquisadoras e pesquisadores, autodeclarada como crítica em relação ao pensamento comunicacional vigente? Decerto o desenvolvimento da EPC fora2 e dentro do Brasil3 tem se traduzido num quadro bastante heterogêneo, considerando as origens, formação e campos de atuação. Poderemos a partir daí observar diferentes áreas de conhecimento, e consequentemente aportes epistemológicos e metodológicos, porém a ideia de uma economia política, como de uma crítica da economia política, atende a um percurso próprio que precisa ser recuperado e problematizado.

A expressão Economia Política conforma na tradição da ciência econômica, onde é constituída, um conjunto ampliado de autores e perspectivas que vai de  Antoine de Montchrestien, quando em sua obra de 1615, “Tratado de Economia Política”, enuncia primeiramente a expressão, passando por Adam Smith e David Ricardo, proeminentes economistas políticos ingleses, pelo próprio Marx, chegando a Alfred Marshall e Willian Jevons, economistas neoclássicos do final do século XIX. Importante salientar que ao denominar a jovem ciência, a partir da “Riqueza das Nações”, de 1776 de Smith, e definir a preocupação com a riqueza material, a noção de economia política, correspondente a cada uma das obras referidas e das abordagens próprias dentro da ciência econômica, compõe uma dada e particular concepção.

Tomando como referência a obra de Smith, partamos de sua base ontológica. O “homem econômico” é este ethos que caracterizará o comportamento de todos os agentes econômicos (independente de classe, gênero e raça) no interior das relações mercantis. Individualistas, racionais, maximizadores de interesse. Parafraseando Smith (1996), ao buscar o próprio interesse, o lucro, o indivíduo [leia-se o capitalista] cria riqueza para toda a sociedade. Os vícios privados convertem-se em benefícios públicos, para lembrar a “Fábula das Abelhas” de Mandeville. Os filósofos éticos do século XVIII, assim, propunham o casamento entre os “sentimentos morais” e a riqueza material, dispensando os homens do Velho Mundo de terem que responder pelo pecado da usura, questionável nos padrões da moral deontológica escolástica, a ser superada pelo projeto de modernidade em construção.

A obra de Marx propõe novas preocupações, redesenhando os objetos da nova ciência propostos por Smith e seus contemporâneos. O que Marx realizará, primeiro na “Contribuição à Crítica da Economia Política”, de 1859, e depois em “O Capital”, de 1867, é incorporar a sistematização da atividade econômica já realizada, entre produção, distribuição e consumo da riqueza social, afirmando a não dissociação entre essas etapas; e a partir do empirismo de Smith e o método dedutivo de Ricardo propor um método alternativo, o denominado materialismo histórico e dialético, absorvido a partir das contribuições da filosofia alemã, especialmente de Hegel e Feuerbach. Neste ponto, transfigura a economia política de sua época, ou seja, a partir de sua crítica, apontando que o objeto privilegiado da ciência econômica seriam as relações sociais de produção, relações de exploração, ou seja, relações de poder, fundadas na propriedade privada (tem-se aqui a terceira fonte do pensamento de Marx, segundo Lênin (1913), o socialismo francês), na forma de trabalho assalariado, entendidas a partir da totalidade social, de sua constituição no tempo e no espaço – caráter histórico – e de suas contradições (LEFEBVRE, 1975).

O sentido de totalidade não deixava escapar a Marx as dimensões constitutivas das manifestações humanas; seus aspectos objetivos e subjetivos; da organização econômica à sistematização e aplicação das leis. Incorporou fatores extra-econômicos na sua análise, quando apontou o papel da violência imposta na defesa da propriedade e no processo de expropriação na fase inicial da acumulação capitalista ou mesmo quando trata da regulação dos salários. Como insiste Isaak Rubin, Marx introduz a sociologia na análise econômica. Suas categorias são extraídas da própria realidade. A classe trabalhadora, por conseguinte, e diferentemente da concepção liberal, deve ser observada em sua configuração concreta.

Isso não provinha de uma concepção ideal inicial, pois Marx não era um idealista, mas da apreensão da realidade posta, de suas complexidades, de suas diversas dimensões, no contexto de desenvolvimento da divisão social do trabalho, intensificado no âmbito do capitalismo. Marx ao definir o caráter social e coletivo do processo de criação da riqueza e apontar a contradição expressa na apropriação privada dessa mesma riqueza, requalifica o termo economia política. Não é gratuito o fato de que a despeito das obras dos neoclássicos ainda trazerem a expressão Economia Política, a teoria econômica hegemônica dispensará a qualificação política e adotará somente Economia para designar a ciência da riqueza.

Nesses termos, é comum observar na atualidade o uso da expressão Economia Política para abarcar, no sentido mais amplo, o conjunto da produção intelectual e acadêmica de caráter heterodoxo, ou seja, em oposição ao pensamento ortodoxo, liberal, como no sentido mais restrito referindo-se ao pensamento marxiano. Se quisermos ser mais precisos, podemos lançar mão da própria expressão enunciada por Marx, já que o que ele propunha fazer e fez foi uma crítica da economia política, apropriação do pensamento econômico de seu tempo, realizando a derivação das categorias burguesas e fazendo a crítica, como ocorre com a teoria do valor trabalho de Smith e Ricardo, permitindo incorporá-la como base para a sua teoria da mais-valia e ao observar a não validade dos pressupostos e suas implicações na obra desses autores, ao mesmo tempo apontar que se traduziam, segundo ele próprio, na legitimação do capitalismo, identificando assim o caráter ideológico da ciência econômica.

Com o acima posto, gostaria para finalizar essas anotações fazer duas observações. Primeiro: espero que já tenha deixado exposto e argumentado que “economia política” não corresponde à expressão “economia e política”, onde os termos aparecem em complementariedade. Não é uma análise econômica da política, tão pouco uma análise política da economia. A economia política pressupõe a incorporação de um método próprio e de categorias conceituais que nas pesquisas devem ser postos à prova resguardando, como já observado, a busca de contemplar a complexidade dos fenômenos sociais.

A segunda observação, que é muito cara às/aos marxistas que buscam garantir o rigor conceitual e metodológico, a partir de Marx, é a crítica lançada por fontes de todo tipo aos estudos marxistas, de que estes recaem no economicismo. Bem, há duas frentes de ataque já historicamente conhecidas e consagradas. A primeira que com pertinência pode ser feita em relação ao chamado marxismo vulgar, que usualmente apresenta uma análise materialista mecanicista, do tipo determinista causal direto. Inclusive é uma crítica endereçada ao marxismo pelo pensamento conservador4, e não só este obviamente, no intuito de desqualificá-lo, reduzindo-o ao que ele busca fugir. Há outra, que se baseia muito mais no desconhecimento de que economicismo é uma crítica realizada pelo próprio pensamento marxista e crítico em geral ao pensamento neoclássico, liberal, utilitarista, cuja referência básica é o pensamento dos economistas políticos burgueses do final do século XVIII e início do XIX, sem, contudo, apresentar a mesma sofisticação encontrada por Marx. E assim, voltamos a estes. Muito possivelmente para nos lembrar que o que propomos quando afirmamos trabalhar a partir da (crítica) da economia política é envidar todos os esforços para apreender a realidade, despi-la de toda névoa ideológica (inclusive no âmbito da ciência) e transformá-la na direção de uma outra sociedade, onde as opressões de toda ordem sejam superadas.

Notas

1 Professora do Departamento de Economia e dos Programas de Pós-Graduação em Economia (Mestrado Profissional) e em Comunicação da UFS. Doutora em Desenvolvimento Econômico pela UFPR. Vice-líder do grupo de pesquisa OBSCOM/CEPOS e recém-eleita Vice-presidente da ULEPICC-Brasil.

2 Em nível internacional, vide WASCO (2005).

3 No caso brasileiro, ampliado para a América Latina, vide AZEVEDO, SANTOS & MOTA (2016).

4 Um exemplo que expõe o ataque frontal do conservadorismo ao marxismo: https://www.integralismo.org.br/doutrina/o-economicismo-e-o-marxismo-difuso/. Acesso em 22/11/2020.

Referências:

AZEVEDO, Júlio; SANTOS, Anderson & MOTA, Joanne. (2016). “O avanço conceitual do subcampo da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura a partir da Revista EPTIC”. In.: Revista Comunicação Midiática. Vol. 11, n. 1, pp. 194-208. Disponível em: https://www2.faac.unesp.br/comunicacaomidiatica/index.php/CM/article/view/113.

LEFEBVRE, Henri. (1975). Lógica Formal e Lógica Dialética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

LENINI, Vladimir. As Três Fontes e as Três partes Constitutivas do Marxismo. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/lenin/1913/03/tresfont.htm.

MARX, Karl. (1996). O Capital. Crítica da Economia Política. São Paulo: Nova Cultural.

_____. Contribuição para a Crítica da Economia Política. São Paulo: Edições Mandacaru.

SMITH, Adam. (1996). A Riqueza das Nações. Investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Nova Cultural.

WASCO, Janet. (2005). “Studying the political economy of media and information”. In.: Comunicação e Sociedade. Vol. 7, pp. 25-48. Disponível em: https://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/1345/1327.

Brazilian Journalism Research recebe artigos para dossiê “Populismo, Mídia e Jornalismo”

O periódico Brazilian Journalism Research (BJR) está recebendo contribuições, até o dia 31 de março de 2021 para o dossiê Populismo, Mídia e Jornalismo. Os aceites serão enviados até o dia 31 de agosto de 2021. Os trabalhos aprovados constarão no número três do volume 17 da revista, com publicação para dezembro de 2021.

O dossiê será editado por Julián Durazo Herrmann (Université du Québec à Montréal, Canadá), Tania Gosselin (Université du Québec à Montréal, Canadá) e Allison Harell (Université du Québec à Montréal, Canadá).

De acordo com a Chamada de Trabalho do periódico “Práticas e discursos populistas têm moldado profundamente a política contemporânea em todo o planeta. A retórica populista floresceu em espaços da opinião pública e se tornou ubíqua em eleições recentes, quando forças populistas impuseram importantes mudanças de políticas em muitas temáticas relevantes, da imigração à saúde reprodutiva”.

Os editores dossiê buscam contribuições que “tensionem as complexas relações entre populismo, mídia e jornalismo em cada um destes níveis, em particular pesquisas que explorem explicitamente o populismo através destas camadas problemáticas”.

Entre as questões colocada pelos editores estão “Como a mídia cobre partidos populistas e qual o papel dos jornalistas na (des)legitimação de ideias populistas? De que modo o discurso populista

condiciona e recondiciona a competição partidária em ambientes hiper-mediados? Como podemos compreender a natureza da retórica populista em dado contexto, em termos de sua evolução, no modo como as elites são construídas e como a categoria de povo autêntico é definido? Como movimentos populistas construíram a mídia e os jornalistas?”

Serão aceitas submissões de pesquisadores das diferentes áreas das ciências sociais interessados no interstício entre populismo, mídia e jornalismo. Submissões que foquem em questões de pesquisa ou contextos específicos, bem como contribuições de diferentes disciplinas e com distintas abordagens metodológicas também são esperados. Contribuições históricas ou contemporâneas, com foco em qualquer área geográfica e que contribuam com o estudo teórico e empírico sobre o populismo estão convidados a este dossiê.

O objetivo central do dossiê “é a construção de uma edição que ofereça aos leitores discussões ricas, do ponto de vista teórico e metodológico, que permitam no avanço de nossa compreensão sobre o fenômeno mais amplo do populismo”.

Os artigos devem ter entre 40.000 e 55.000 caracteres (em torno de 30 páginas) e devem ser submetidos até 31 de Março de 2021. A BJR aceita submissões em Português, Espanhol, Francês e Inglês. Os autores que submeterem seus artigos em Português, Espanhol ou Francês deverão apresentar uma tradução em Inglês até um mês após o aceite final do artigo.

Os manuscritos são aceitos apenas a partir da plataforma online da revista que pode ser acessado aqui . Os autores devem seguir as normas de publicação do periódico, disponíveis aqui. Dúvidas podem ser encaminhadas diretamente para o e-mail bjreditor@gmail.com

https://bjr.sbpjor.org.br/bjr/about/editorialPolicies#custom-0

Mestrado Profissional em Economia da UFS abre inscrições

As inscrições para o processo seletivo do Mestrado Profissional em Economia da UFS (Propec) estão abertas até 05 de novembro. Por causa da pandemia da covid-19, todo o processo ocorrerá por via remota.

A seleção constará de duas etapas: Análise de pré-projeto e Entrevista com defesa de pré-projeto somada à Análise de Currículo.

O Mestrado Profissional em Economia da UFS tem como área de concentração “Desenvolvimento Regional” e conta com duas linhas de pesquisa. A linha “Desenvolvimento Econômico” concentra seus esforços no estudo das diferentes teorias do desenvolvimento econômico, com ênfase nos enfoques críticos, sistemas nacionais e regionais de inovação, políticas setoriais e questão regional.

Já a linha “Cultura e Desenvolvimento” tem como foco o estudo das relações entre cultura e desenvolvimento, considerando a cultura no sentido mais amplo (antropológico), e das transformações nos processos de trabalho e seus impactos socieconômicos, articulado à análise das políticas públicas e das políticas sociais em geral (educação, saúde, segurança, emprego e relações de trabalho).

A linha “Cultura e desenvolvimento” conta com pesquisadores ligados à Economia Política da Comunicação como César Bolaño, Verlane Aragão e Carlos Figueiredo.

Informações sobre os editais podem ser acessadas pelo site do PROPEC, disponível aqui.

Revista Projeto História recebe trabalhos sobre História e Fotografia

A Revista Projeto História, mantida e editada pelo Programa de Estudos Pós-Graduado em História da PUC-SP, está recebendo, até o dia 30 de novembro de 2020, contribuições para dossiê “ História e Fotografia: modos de ver e contemporaneidades”. Os trabalhos aprovados serão publicados em Abril de 2021.

A organização do dossiê estará a cargo da professora Estefania Knotz Canguçu Fraga (PUC-SP), da doutoranda Maria Thereza Soares (UERJ) e de Diogo Azoubel (Seduc-MA/PUC-SP)

A proposta para do dossiê é, de acordo com a chamada para trabalhos (disponível aqui), “reunir reflexões gestadas em diferentes IES, estados e regiões em que o fio condutor das discussões seja o tensionamento de fronteiras temporais entre o hic et nunc do ato fotográfico e dos seus modos de ver, fruir, sentir”

Os organizadores do dossiês esperam estudos inéditos que aprofundem o estado da arte e que contribuam para o fomento do diálogo sobre a fotografia na(s) história(s). Os trabalhos devem seguir a normas para autores que podem ser acessadas aqui.

Simpósio da ABCiber recebe trabalhos até o dia 26 de outubro

A Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber) está recebendo, até o dia 26 de outubro, submissões de comunicações científicas para seu simpósio, que será realizado entre os dias 16 e 19 de dezembro de 2020.

O tema do evento é “Virtualização da Vida: Futuros Imediatos, Tecnopolíticas e Reconstrução do Comum no Cenário Pós-Pandemia”. A programação contará com palestras e mesas de conferência; painéis temáticos e mesas coordenadas; reunião científica; além de sessões de lançamentos de livros e eventos artísticos.

De acordo com a organização do simpósio, “o objetivo do evento, em sua décima terceira edição, é promover um espaço inter, multi e transdisciplinar para debates, onde afloram contribuições, compreensão e fundamentação de conceitos e proposições para o novo ambiente de comunicação, de sociabilidade e de habitação”.

Os interessados em submeter trabalhos para o evento devem ler atentamente o call for papers do simpósio, disponível aqui. Os trabalhos devem ser direcionados a um dos 30 Eixos Temáticos previstos para o evento, a saber:

01. Tecnopolíticas e Cenários Pandêmico.

02. Produção de Commons

03. Capitalismo de Dados, Capitalismo de Plataforma e Capitalismo Algorítmico

04. Redes Digitais de Saúde e Bem Comum

05. Governança e Novas Institucionalidades

06. Regimes Digitais de Exceção

07. Anonimato, criptografia e segurança

08. Tecnoativismos: Assimetrias, desigualdades, vulnerabilidades

09. Afetos, sexualiddes e tecnologias: redes de controle e de insurgência

10. Ancestralidade e decolonialidade

11. Cosmovisões indígenas, povos tradicionais e apropriação tecnológica

12. Redes digitais e tecnologias para a sustentabilidade

13. Trabalho digital global no capitalismo de plataforma e de vigilância

14. Transformações do Trabalho: automação, uberização e direitos

15. Cidades e territórios: governança, militarização do cotidiano e resistências

16. Regimes de Visualidade: drones, satélites e tecnologias de visionamento

17. Cidades, Sociabilidades e Urbanismos

18. Ambientes Virtuais na Educação: ensino-aprendizagem em redes

19. Estéticas da Comunicação: linguagens e artes

20. Economia Colaborativa, economia do compartilhamento e novos modelos de negócios

21. Blockchain, bitcoins, moedas criptografadas

22. Literacias de Mídia e Informação (MIL)

23. Big data, ciência dos dados, dados abertos, algoritmos

24. Ciberataques, Cyberwar

25. Games e processos de aprendizagem em contextos digitais, realidades aumentadas

26. Teorias e técnicas de pesquisa na internet

27. Inteligência artificial, hibridização homem-dispositivos, trans-humanismo, wearables

28. Jornalismo de dados, ética da informação, fake news e crise dos pontos de vista centrais

29. Influenciadores, blogueiros, youTubers

30. Cultura hacker, cultura maker

Para mais informações, acesse o site do evento aqui

“Narrativas jornalísticas, testemunho e subjetividades” é tema de dossiê na revista Estudos em Jornalismo e Mídia

O periódico Estudos em Jornalismo e Mídia (EJM – Edição 2021/1) está com chamada aberta, até o próximo dia 15 de setembro, para o dossiê “Narrativas jornalísticas, testemunhos e subjetividades”. As editoras convidas para o dossiê são as professoras Fabiana Moraes (UFPE) e Marta Maia (UFOP)

A perspectiva do dossiê, segundo as editoras convidadas, “é discutir o jornalismo que transforma e se deixa transformar, uma teoria-prática que reflete sobre o mundo enquanto reflete sobre si mesma”.

Para este dossiê, a revista também está recebendo “artigos que apresentem experiências jornalísticas que prevejam a subjetividade como um caminho para desestabilizar um jornalismo calcado em uma falsa universalidade e nas míticas ideias de isenção e imparcialidade”, segundo o Call for Paper do dossiê que pode ser acessado aqui.

A partir desses eixos, a revista espera contribuições que tratem dos seguintes temas:

  • Narrativas jornalísticas dissidentes, decoloniais e/ou pós-coloniais;
  • narrativas em disputa no jornalismo atual; hegemonias discursivas nascoberturas de eventos/fenômenos traumáticos;
  • o lugar do testemunho na produção jornalística; questões sobre ativismo, objetividade e subjetividade; análises problematizadoras sobre histórias de vidas, perfis e biografias;
  • rupturas epistêmicas/práticas do jornalismo classista, machista, sexista, racista e heterossexista; a subjetividade como estratégia para a realização de um jornalismo que também reflita sobre si; consensos e dissensos nos processos interativos comunicacionais;
  • jornalistas e problematizações sobre raça, gênero, classe e exclusão geográfica.

A inscrição do trabalho deve ser em “Núcleo Temático”. Na página de rosto dos artigos ou nos comentários ao editor deverão constar a informação “Dossiê: Narrativas jornalísticas, testemunhos e subjetividades”. Os autores receberão resposta dos editores até o dia 20 de outubro de 2020. O dossiê será publicado o primeiro semestre de 2021.

Os autores dos textos devem seguir as normas de formatação estipuladas pelo periódico e que estão disponíveis aqui. As submissões devem ser realizadas através do sistema eletrônico da revista que pode ser acessado aqui.

Evento do ICIE discute ética e informação

O capítulo América Latina e Caribe do International Center for Information Ethics (ICIE) promove o I Encontro Internacional do ICIE para América Latina e Caribe. O evento acontecerá nos dias 26 e 27 de agosto (15h no horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo YouTube.

Em um momento no qual a informação possui grande impacto econômico, aumentando a concentração de capital e poder nas mãos de umas poucas empresas de tecnologia, e político, podendo seu uso interferir em ações estatais e até no resultado de eleições; é preciso discutir com seriedade o uso ético da informação, especialmente quando este se torna caso de vida ou morte, como no contexto da desinformação durante a pandemia da Covid-19.

O evento contará com Rafel Capurro, fundador do ICIE, Jared Bielby, atual presidente da entidade, e Marco Schneider e Arthur Bezerra, respectivamente presidente e vice do capítulo América Latina e Caribe do ICIE.

O encontro também contará com a representação institucional de Rachel Fischer (África do Sul), vice diretora do ICIE, e de Cordel Green (Jamaica, vice representante caribenho), além das convidadas e convidados palestrantes Fidel A. Rodrígues Fernándes (Universidade de Havana, Cuba), Felipe Chibás Ortiz (USP), Miguel Ángel Pérez Álvarez (UNAM, México), Susana Finquelievich (UBA, Argentina), Maximiliano Rodriguez Fleitas (UdelaR, Uruguay), Henriette Ferreira Gomes (UFBA) e Maria Nélida González de Gómez (Ibict).

Mais informações sobre o evento e o ICIE podem ser encontradas aqui. A inscrição, que é gratuita, pode ser feita aqui.

Comunicação nas Periferias é tema de dossiê na Revista Alterjor

A Revista Altejor está recebendo, até o dia 3 de novembro de 2020, contribuições para o dossiê “Comunicação nas Periferias”. A chamada contempla artigos e relatos de experiências escritos por comunicadores e pesquisadores que serão publicados na edição de janeiro de 2021. O dossiê terá organização da profa. dra. Mara Rovida (PPGCC-Uniso) e do prof. dr. Edgard Patrício (PPGCOM-UFC).

De acordo com a chamada para artigos do periódico, que pode ser acessada aqui, “[A] efervescência da produção comunicacional nos territórios periféricos em diversas localidades do Brasil tem chamado a atenção de pesquisadora(e)s da área”. Assim, o objetivo do dossiê é “reunir estudos, finalizados ou em desenvolvimento, sobre as várias possibilidades da comunicação das periferias”.

Como sugestões (não exaustivas) de temáticas alcançadas pelo escopo dessa chamada, propõem-se…

– A dimensão conceitual da comunicação das periferias;

– A relação entre o jornalismo das periferias e a mídia corporativa;

– A governança das iniciativas de comunicação das periferias;

– A relação entre a comunicação das periferias e seu território de atuação;

– Redes de iniciativas de comunicação das periferias;

– Sustentabilidade financeira das iniciativas de comunicação das periferias;

– A articulação entre a comunicação das periferias e os movimentos sociais;

– A credibilidade das iniciativas de jornalismo das periferias;

– A qualidade da produção da comunicação das periferias;

– O engajamento das populações das periferias à produção da comunicação das periferias;

– A inserção tecnológica na comunicação das periferias;

– A regionalidade como fator de produção do jornalismo das periferias;

– O diálogo social solidário vinculado à comunicação das periferias;

– Os processos de distribuição da comunicação das periferias;

– As condições de produção das iniciativas de comunicação das periferias;

– A pluralidade e o interesse público no jornalismo das periferias;

– As relações de trabalho nas iniciativas de comunicação das periferias;

– As estéticas da comunicação das periferias;

– As identidades profissionais do jornalismo das periferias.

Os artigos científicos e relatos de experiência, aceitos como submissões a esse dossiê, devem seguir às normas de publicação da Alterjor, que podem ser acessadas aqui. É obrigatório seguir as novas normas de cadastramento de dados, disponíveis aqui.

Também são aceitos relatos de experiências mistos (textos e imagens, como crônicas, por exemplo) ou não-textuais (ensaios fotográficos), que podem seguir uma estrutura diferenciada (livre) dos relatos de experiência textuais.

Eventuais pedidos de esclarecimentos, sobre essa chamada, podem ser enviados para Mara Rovida (mara.rovida@prof.uniso.br) / Edgard Patrício (edgard@ufc.br).

Comunicação & Informação tem chamada aberta para dossiê cinema, tecnologia e narrativas

O periódico Comunicação & Informação está recebendo, até o dia 18 de outubro de 2020, contribuições para o Dossiê “Cinema, Mídia e Tecnologia – narrativas e linguagens nas paisagens digitais”.

O dossiê será publicado até 31 de dezembro de 2020. Foram convidados para essa edição os seguintes editores: Dr. Daniel Christino, Universidade Federal de Goiás (UFG – Brasil), Dr. Lisandro Nogueira, Universidade Federal de Goiás (UFG – Brasil) e Dr. Hugo do Nascimento, Universidade Federal de Goiás (UFG – Brasil).

A Comunicação & Informação é um periódico científico do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), da Universidade Federal de Goiás (UFG).

De acordo com a Chamada de trabalhos disponibilizada pela revista, que pode ser acessada aqui, “[C]om as novas tecnologias as imagens ampliaram seu poder de conquista e soberania. Em um país como o Brasil, uma civilização das imagens se impôs. Passamos de uma cultura oral rapidamente para uma cultura imagética. Com pouco letramento por parte da população as imagens alcançaram um patamar que requer estudos para compreendermos essa “civilização das imagens” tão peculiar como a brasileira.”

“As formas narrativas deixaram de ser unicamente propriedade do cinema passaram pela televisão e chegaram até as novas maneiras de interpretar o mundo pela abrangência do digital. Como compreender as novas narrativas alicerçadas em tecnologias digitais? Como as novas ferramentas digitais ampliaram e mudaram a maneira de usufruir e se educar pelas imagens?”, pergunta-se a chamada da revista.

Os autores de artigos devem submeter seus trabalhos a partir da plataforma OJS do periódico que pode ser acessado aqui. Todos os textos devem seguir as normas para submissão da revista, que estão disponíveis aqui. A revista colocou à disposição dos autores um modelo para submissão que pode ser acessado aqui.