As manifestações em Cuba e a sofisticação dos golpes de Estado

Foto: Alexandre Meneghini/Reuters

Gisele Borges

Doutoranda pela Sorbonne Paris Nord – França.

Pesquisadora associada da Universidade de Dublin -Irlanda.

Introdução

Nos últimos meses, a imprensa internacional buscou enquadrar os protestos em Cuba como uma suposta “Primavera Cubana”, sendo considerada a maior ação contra o governo desde os protestos do Maleconazo [1], em 1994. Contudo, enquadrar os protestos da atualidade como “primavera” implica em ter uma avaliação positiva desses movimentos quando, na verdade, eles serviram na imensa maioria das vezes (falo das chamadas primaveras árabes [2] e dos protestos digitais [3]) como álibi para a ação da ofensiva capitalista visando a derrubada de governos, a destruição nacional e a implantação de regimes favoráveis ao imperialismo americano. Neste sentido, nos parece importante analisar como a existência das inovações trazidas pela Internet e pelas plataformas digitais apresentam formas mais sofisticadas de manipulação e de ação dos Estados Unidos contra a soberania dos países. Para isso, faremos uma análise voltada à Economia Política da Comunicação e da Internet a partir da perspectiva de “redes sociais” de José van Dijck e Thomas Poell (2013) e do conceito de informação de César Bolaño (2000). Em seguida, abordaremos as mudanças políticas e sociais de Cuba à luz da Contentious Politics de Tilly e Tarrow (2007). No intuito de observar como essas dinâmicas se sobrepuseram na construção dos protestos digitais e na ação do imperialismo americano. 

Contexto histórico 

Antes de analisar as manifestações à luz da EPC e da Contentious Politics  é preciso reforçar o aspecto histórico e considerar que o governo cubano possui um modelo político diferenciado, marcado pela Revolução de 1959 e pelo isolamento político após a queda da União Soviética. Esses elementos construíram no país um modelo político centralizado, que atua na resistência à ofensiva do capitalismo global e da ideologia neoliberal.

Neste contexto de disputa ideológica, para manter o modelo socialista, o país passou por uma série de mudanças nos anos 2000 aprofundadas pelo afastamento do líder da revolução Fidel Castro e pela ascensão de Raúl Castro à presidência em 2013. Com Raúl no poder, os modelos econômico e social de Cuba passaram por reformas que trouxeram modernização à estrutura administrativa, a implementação Internet residencial em 2015 e permitiram a entrada de empresas de tecnologia como o Google e o Youtube no país em 2018.

Além dos processos de adaptações políticas e econômicas criados para contornar o embargo econômico imposto pelos EUA, o país viu sua população crescer e a juventude se distanciar dos ideais da revolução. Mesmo que existam movimentos de juventude (estudantil) favoráveis ao socialismo e à preservação das conquistas da revolução. Ainda nos anos 1990, surgiram movimentos sociais ligados ao debate de gênero, etnia, orientação sexual etc. Ao longo dos anos, esses movimentos conseguiram criar formas de ação coletiva que modificaram a relação com o Estado a ponto de articular demandas e criar políticas públicas. 

Em 2016, apesar do serviço de Internet ser precário, surgiram os primeiros youtubers da ilha, os quais realizaram, no ano seguinte, o encontro de youtubers cubanos (Vanessa Souza Oliveira, 2019; Willian Casagrande Fusaro, 2021). Com a mudança na Constituição em 2019, seguida do acesso à internet 3G, ampliou-se a presença dos  ativistas on-line revigorando o debate em torno de direitos sociais na esfera pública. Se, por um lado, a flexibilização da estrutura política e econômica permitiu mais diálogo e circulação de informação, por outro, possibilitou a personalização de conteúdo e a manipulação de informação nas plataformas de redes sociais. Cabe ressaltar que tanto o conteúdo produzido pelos influencers cubanos, quanto as pautas identitárias, se transformaram em armas do imperialismo contra a revolução cubana que os utilizavam por meio de mensagens extremistas divulgadas nas plataformas digitais, no intuito de fomentar a intolerância em nome da liberdade de expressão.

Economia digital e a diplomacia americana 

Ao analisar as manifestações em Cuba na perspectiva da Economia Política da Comunicação e da Internet, podemos inferir que todas as tentativas do povo de ampliar o acesso a Internet e a entrada da empresa Google e das demais BigTechs em solo cubano contribuíram para intensificar a presença imperialista no espaço virtual caribenho. Isso ampliou as possibilidades de uma dita guerrilha digital para enfraquecer o governo socialista. Para os autores José van Dijck e Thomas Poell (2013), as plataformas de redes digitais são projetadas para promover interação e para disputar a atenção dos usuários através da manipulação de informação e da vigilância social. 

Essa busca por interação está centrada em quatro pilares: a (1)  programabilidade, compreendida como a capacidade das plataformas de conduzir a ação dos usuários por meio do fluxo de informação, seguido da (2) popularidade que contribui na construção das “personalidades digitais” (os famosos influencers), capazes de dialogar com grandes grupos sociais. Para que, isso se torne eficiente, os autores apontam a (3) conectividade como capacidade dos usuários terem acesso tanto ao conteúdo como quanto aos anunciantes e, por fim, a (4) datificação que corresponde à capacidade da plataforma de coletar e organizar muitos dados ao mesmo tempo. Neste sentido, os três primeiros aspectos aqui mencionados servem para ampliar a capacidade de coleta deste último ampliando, assim, a manipulação e o controle social. 

Até o momento, nada de novo, tendo em vista que o governo cubano tinha consciência desse risco ao permitir a entrada de empresas estrangeiras no país. Contudo, a falta de alternativas ao modelo de negócio da Internet atual levou o país a avançar nessa direção. O resultado foi o ataque digital, logo após Cuba ter tido vitórias importantes no cenário internacional. A começar pela Vacina contra a Covid-19 [4]  – Soberana e Abdala – com eficiência imunológica de 90% e que será produzida também no Vietnã para garantir a produção em massa. É preciso lembrar que Cuba, até agora, é o único país do terceiro mundo que desenvolveu vacina própria graças ao foco da revolução nas políticas sociais, nas biotecnologias e na medicina social a exemplo dos médicos cubanos que realizam ações humanitárias no mundo todo. A segunda vitória foi no campo da diplomacia internacional, em que mais uma vez (pelo 29º ano consecutivo) o apelo pelo fim do embargo econômico foi defendido pela Assembleia Geral da ONU. 

Acredita-se que não seja nenhuma coincidência que o ataque digital em Cuba tenha começado algumas semanas após o encontro da ONU, como uma tentativa de reduzir o protagonismo cubano e fomentar a fragilidade econômica e social do país e, com isso, construir uma narrativa que oscila entre a solidariedade e a indignação contra as condições estruturais da população. O segredo, aqui, foi apropriar-se da lógica das plataformas [5] (van Dijck e Poell, 2013) através da disseminação de reivindicações atreladas ao uso de hashtags, como #SosCuba e #SosMatanzas, que facilitam a leitura dos algoritmos e contribuem para a moderação do conteúdo de forma automática, por meio de bots, robôs e inteligência artificial. Isso permitiu que rapidamente as mensagens disseminadas atingissem o máximo de usuários da ilha [7]. 

Outro elemento que confirma que as manifestações em Cuba foram um golpe, foi o local onde começaram os protestos, na pequena San Antonio de los Baños, uma das cidades que possuem o maior índice de consumo de Internet do país [6]. Este elemento pode ser reforçado pelo volume de mensagens que circularam na Internet nos dias das manifestações: 60% do conteúdo em apoio aos manifestantes foi compartilhado de fora da ilha

Neste ponto, cabe aplicar o conceito de César Bolaño (2000) com relação à função da informação que passa de publicidade a propaganda para atender os interesses do mercado e do Estado. No caso das plataformas digitais, ela ocupa a função programa subentendido no processo de interação dos usuários. Essa interação é a essência da estratégia imperialista para atacar a soberania dos países de dentro para fora. 

Todos esses pontos indicam aquilo que comentamos no início deste texto: que o ataque digital em Cuba foi articulado para atender aos interesses políticos e econômicos dos EUA. Já, a sofisticação do golpe está representada na ação das empresas de tecnologia que atuam como uma espécie de “cupim” dentro do espaço digital permitindo que se instale a instabilidade política por meio da interação dos usuários. 

Contentious Politics (confronto político) e as manifestações cubanas

Se, por um lado, a EPC nos fornece elementos importantes para observar a macro dinâmica dos protestos (ataques) digitais da atualidade à luz dos interesses comerciais, por outro, a  Contentious Politics, de Charles Tilly e Sidney Tarrow (2007), concentra-se em observar os micro processos presentes nestes confrontos e as dinâmicas locais. Para os autores, o confronto político se inicia quando grupos sociais fazem reivindicações de forma organizada com o intuito de modificar uma dinâmica política e social. Para isso, todo confronto político precisa: (1) ser composto por reivindicações vinculadas a interesses comuns (como pautas identitárias e estruturais),  (2) ter o governo envolvido no centro das reivindicações, e (3) reunir três elementos importantes da vida social – o confronto, a ação coletiva e a política (Charles Tilly e Sidney Tarrow, 2007). Neste sentido, todas as ações dos movimentos sociais, os ciclos de protestos e as revoluções podem ser enquadrados por esta teoria. Seria importante, aqui, fazer uma crítica à  Contentious Politics com base na perspectiva dialética da EPC, contudo, não seria possível nos limites deste artigo.

Neste sentido, buscaremos apenas observar como os elementos mencionados acima podem servir como chave de análise para compreender as micro dinâmicas dos processos sociais e assim entender os detalhes da estratégia do imperialismo na construção de instabilidade política seguida da derrubada de governos e a implantação de regimes pró-americanos. Se observarmos atentamente as causas dos protestos digitais do século 21, iremos encontrar em praticamente todos a dinâmica descrita  por Tilly e Tarrow (2007), com destaque para os protestos digitais conhecidos como Put People First (PPF) na Inglaterra, em 2009 [8], seguidos da Primavera Árabe que popularizou esse  tipo de ação coletiva em 2010-2011 e mesmo as guerrilhas digitais e revoluções coloridas, que aliás, são casos radicais de mobilização da extrema-direita visando derrubar governos. 

Temos também, como exemplo, o caso paradigmático da Ucrânia, onde grupos neonazistas atuavam abertamente sob o respaldo dos EUA e da Europa. Todos sabemos que o objetivo do imperialismo, no caso, era derrubar o governo eleito, pró russo, e expandir a OTAN mais para o leste, contrariando os acordos da época da dissolução da URSS. O que unifica todos esses movimentos são: (1) o uso das tecnologias e  (2) o avanço da extrema-direita nos países afetados por essas reivindicações on-line que são feitas, majoritariamente, pelo público jovem através do conteúdo customizado e disseminado em alta velocidade. 

Em todos os contextos, os governos estão no centro das reivindicações e as manifestações começam com pequenas ações coletivas. As pequenas ações logo se tornam grandes e são seguidas de confrontos reprimidos através da força policial. Estes confrontos chamam a atenção da esfera pública, ampliam o debate social e contribuem para a manipulação da “opinião pública” para, assim, legitimar os golpes de estados. Consequentemente, o aumento de debate sobre o tema leva os governos a realizar uma ação política, com o intuito de dar fim aos protestos. Essa ação, na maioria das vezes, acaba atendendo parte das reivindicações dos manifestantes e causa um reposicionamento na esfera governamental. Esse fenômeno acontece quando a estratégia da direita é bem sucedida. 

Porém, nem em Cuba, e nem na Venezuela, essa estratégia deu certo até agora. As campanhas de manipulação na grande mídia, no entanto, seguem. E o bloqueio idem. No caso cubano, o imperialismo lançou inclusive a escandalosa palavra de ordem da “intervenção humanitária”, como já havia tentado recentemente na Venezuela, com o apoio dos governos do Brasil e da Colômbia. A resposta de Cuba aos protestos veio através dos cortes dos pontos de Internet, da  repressão policial e da manifestação em defesa do governo. O que pode ser considerada uma repressão super-light se comparada com as brutais ofensivas na Colômbia ou no Chile, com centenas de mortos, gás de pimenta, balas de borracha disparadas contra os olhos dos manifestantes, às quais não se deu maior repercussão. Além disso, o povo cubano ainda respondeu ao golpe com uma mobilização popular, a favor do governo, que calou o intento golpista. 

Neste sentido, podemos constatar que existe uma confluência de fatores atuando nos processos dos protestos digitais da atualidade. Esses fatores não podem ser observados de maneira isolada tendo em vista que existe uma estratégia do imperialismo americano de uso das plataformas para criar instabilidade política e promover a derrubada dos governos. Na maioria dos casos, existe também um ambiente interno de fragilidade política e social que propicia a eclosão de manifestações fomentadas pelas mensagens nas redes e, muitas vezes, são sustentadas pela indústria midiática tradicional. Isso tudo levanta o debate em torno da arquitetura da Internet e da necessidade de fomentar uma narrativa contra-hegemônica que permita o aparecimento de outras vozes e que não fique presa às bolhas de informação. 

Conclusão 

Para concluir, podemos dizer que o cenário das manifestações de Cuba deve ser observado como um alerta da articulação entre os interesses políticos e econômicos materializados nas ações das plataformas. Neste sentido, a declaração feita por Evgeny Morozov (2021), em entrevista recente para o El País, serve como indicativo para as forças políticas e sociais. Para o autor: “É preciso existir pelo menos um entendimento dentro das forças políticas, com os partidos políticos, os sindicatos e outras forças sobre quais são as expectativas da sociedade digital”[9]. Ou seja, é preciso olhar para o ambiente digital como um espaço em disputa. Disputa não apenas do modelo de negócio, mas da organização da informação e das alternativas tecnológicas disponíveis no momento para substituir a Internet atual. Lembrando que essa disputa é assimétrica, pois o modelo de negócio da Internet atual está sob o controle das grandes empresas e, majoritariamente, do governo americano e isso representa um risco para a soberania e independência das nações, como identificamos nos protestos digitais da última década que na sua totalidade serviram aos interesses políticos do imperialismo Norte Americano. 

Para mais informações sobre o debate sobre as FakeNews em Cuba: http://www.cubadebate.cu/

Notas:

[1] Protestos massivos na capital cubana marcaram a década de 1990 após a queda da União Soviética em 1989.

[2] Primavera Árabe no Oriente Médio.

[3] Los Indignados, na Espanha, Occupy Wall Street, nos Estados Unidos, Junho 2013, no Brasil, Les Gilets Jaunes, na França.

[4] Comparada apenas às vacinas comercializadas na Europa. 

[5] Baseiam-se na personalização de conteúdos para ampliar a interatividade e assim favorecer a coleta de dados dos usuários a serviço das guerrilhas digitais.

[6] Conforme informações do Portal Vermelho.org acesso em 01. 08.2021.

[7]  idem 6.

[8] Protesto organizado alguns dias antes da reunião dos líderes do G20 em Londres, os manifestantes reuniram mais  35 mil pessoas em defesa do trabalho, direitos humanos e meio ambiente. Brian D. Loader, Dan Mercea, Social Media and Democracy: Innovations in Participatory Politics.2012.

[9] Morozov, E. (2021). “ Simpatizar com as empresas de tecnologia é uma forma perversa de síndrome de Estocolmo ,” 1–10.

Bibliografia:

BOLAÑO, César. Indústria Cultural, Informação e Capitalismo. São Paulo: Hucitec/Pólis. 2000.

BOBES, V. C. Movimentos sociais e nova Constituição em Cuba: mudanças e inovações em seus repertórios [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2021 [viewed 26 August 2021]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2021/04/22/movimentos-sociais-e-nova-constituicao-emcuba- mudancas-e-inovacoes-em-seus-repertorios

BRITO, Julian Araujo. PÁTRIA OU MORTE”: a revolução cubana e a crise

dos anos 1990. Sem Aspas, Araraquara, v. 1, n. 1 p. 87-101, 1º semestre de 2012

______  Julian Araujo. Cuba em transformação: regime político e o contexto da “atualização do modelo econômico e social” REBELA, v. 3, n.2, fev.p.284 – 299. 2014

OLIVEIRA, Vanessa. (2019). O Panorama da Internet em Cuba e uma Análise da Chegada do Google na Ilha. Revista de Estudos e Pesquisas Sobre as Américas, 13(3), 135–174. https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv13n3.2019.26972

PERIC, L. B. As manifestações em Cuba Luiz Bernardo Pericás analisa as manifestações em pelos ideais da revolução.p.1–6. 2021.

SILVA, M. R. (2013). “ acceso social ” a Internet en Cuba en un contexto de cambios, 1–62.

TILLY, Charles & TARROW, Sidney. ContentiousPolitics.Paradigm Publishers. London. 2007

VAN DIJCK, J., & POELL, T Understanding Social Media Logic. Media and Communication.1(1), 2-14. 2013.

Podcast Cutucando Dados #6. A Internet em Cuba. Disponível em: https://anchor.fm/jogando-dados/episodes/Cutucando-os-Dados-6—A-internet-em-Cuba-e11na24 

Podcast Cutucando os Dados #7 – A EPC e os protestos em Cuba

Debate: “Comunicação e capitalismo hoje: geopolítica e respostas da América Latina”

Imagem: portal Eptic

No próximo dia 13 de setembro, às 16h (horários do Brasil e da Argentina), a Revista EPTIC junto com o Grupo de Trabalho de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura do CLACSO debaterão sobre o tema Comunicação e capitalismo hoje: geopolítica e respostas da América Latina”. O evento ocorre junto com o lançamento do Dossiê Temático Geopolítica das Comunicações da Revista EPTIC. O Dossiê convoca à reflexão sobre a configuração do capitalismo hoje, a forma como as indústrias culturais e, particularmente, as tecnologias de informação e comunicação ocupam um papel central num novo mapa de poder que ultrapassa aquele tradicionalmente atribuído aos Estados Nacionais e se expande com novas lógicas de governança e formas de intercâmbio nas múltiplas frentes, incluindo a economia, regulamentos, trabalho e cultura.

Para participar, basta inscrever-se no formulário presente na página do CLACSO. O evento é gratuito, aberto e será transmitido via Zoom.

Participantes:

Helena Martins. Revista EPTIC / UFC (Brasil)
César Bolaño. GT CLACSO / UFS (Brasil)
Alina Fernández
Alvaro Terán
Florencia Guzmán
Gina Mardones. UEL (Brasil)
Daniela Monje (Argentina)
Ezequiel Rivero. UCES (Argentina)
Edgard Reboulças. UFS (Brasil)

Para informações sobre todos os eventos do CLACSO no mês de setembro clique aqui.

Foto: Paula Ribas / Télam

Entrevista con Glenn Alvin Postolski

Foto: Paula Ribas / Télam

“Las relaciones comunicacionales en la cultura de masas son constitutivamente desiguales, son los estados los responsables de intervenir con normas que habiliten la expresión de lo popular, de lo históricamente silenciado”.

(Postolski)

 

Álvaro Terán Albán

Comunicador Social por la Universidad Central del Ecuador. 

Investigador y maestrante en FLACSO.

Glenn Alvin Postolski (1966).-  Investigador y docente argentino, especializado en políticas de medios masivos y derecho a la comunicación. Es profesor titular de la Universidad de Buenos Aires (UBA) y entre 2014 y 2018 se desempeñó como Decano de la Facultad de Ciencias Sociales de esta casa de estudios. Postolski participó en la elaboración de los 21 puntos básicos por el derecho a la comunicación y fue uno de los gestores de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual, aprobada en el 2009. Actualmente está a cargo de la Dirección General de Planificación Estratégica e Investigación de la Defensoría del Público de Argentina.

La entrevista abordó como tema central los cambios en las industrias culturales en el capitalismo de plataforma, el impacto de la globalización en la producción de sentidos y significados, la concentración de la propiedad mediática y digital en América Latina y sus efectos sobre la participación democrática. Además, se analizaron las posibilidades de acción y reflexión de la ciudadanía y la academia en un contexto de profundos desequilibrios y desigualdades sociales.

¿Cómo se reconfigura el sector de las industrias culturales en el capitalismo de plataformas o capitalismo cognitivo? ¿Qué tanto ha cambiado la noción de industrias culturales planteada por Theodor Adorno y Max Horkheimer en el actual contexto signado por la digitalización y la convergencia?

La construcción del polo emisor concentrado dueño de las estrategias para conquistar el mercado y por tanto las voluntades de los consumidores no varía. Cambian las interfaces, el régimen espectatorial y la modalidad de interacción. Otra vez vuelve la pregunta luego de la consolidación del programa digital absorbido por el capitalismo: ¿qué elegimos, bajo qué régimen de libertades, bajo qué oferta? Con la aparición de cada nueva tecnología aplicada a la industria cultural en la historia, internet tampoco fue un evento libertario, no se trató finalmente de la aparición de un mundo en el que el ciudadano recuperaba libertades postergadas por la industria cultural. 

La falacia de Internet con su planteo marketinero en torno a la interacción permanente de todos con todos se lo puede contrastar con la realidad evidente que siguen siendo los actores hegemónicos quienes concentran la centralidad del tráfico de los contenidos simbólicos. 

¿Cuál es el impacto de la globalización en las industrias culturales? 

Experimenta una multiplicación en la cadena de valor, liberadas las restricciones regulatorias que los estados le imponían a los servicios públicos analógicos con la expansión de la telefonía celular e internet. Los 5 grandes dominan el extraordinario negocio desterritorializado, los productores de contenido y los dueños de internet experimentan fusiones a escala supranacional. Los gobiernos, los estados y los ciudadanos son la expresión más vulnerable de esta modalidad de convergencia.

La creación de un público global profundiza la capacidad para formatear las perspectivas no sólo vinculadas a los bienes de consumo sino a la construcción de subjetividades y valores cada vez más enajenados de sus propias experiencias históricas y culturales. Esto genera consecuencias en el plano en la vida en común. Allí donde la modernidad había enmarcado en posiciones ideológicas de derecha o izquierda, potenciada hasta el paroxismo por la industria cultural en los años de la “guerra fría” hoy es reconceptualizada bajo etiquetas que uniforman y no permiten ver sus diferencias cualitativas. A inicio del siglo se impuso como populismo a todo aquello que no seguía las matrices establecidas, hoy se reformula bajo la noción de las autocracias.  

A finales del milenio pasado, una reveladora investigación de Herman y McChesney (1999), mostraba que 10 compañías y grupos transnacionales (predominantemente anglosajones), controlaban la producción, distribución y consumo de bienes culturales/comunicacionales en todo el mundo. En la segunda década de este nuevo milenio, la hegemonía de los monopolios mediáticos no solo que se mantiene, sino que parece fortalecerse. ¿De qué forma la convergencia de industrias culturales, plataformas, propiedades y modos de administración pueden condicionar la pluralidad de contenidos e información? 

Hay una relación inversamente proporcional entre la concentración de la propiedad y la pluralidad de contenidos. Todos los sistemas regulatorios, desde los principios de la radiodifusión hasta la expresión más concentrada de la convergencia tecnológica, que intentaron intervenir ante la desigualdad manifiesta entre propietarios de medios y audiencias lo hicieron con el propósito de reacomodar las relaciones de fuerza entre ambos actores. Las relaciones comunicacionales en la cultura de masas son constitutivamente desiguales, son los estados los responsables de intervenir con normas que habiliten la expresión de lo popular, de lo históricamente silenciado.

Hoy las producciones de los contenidos locales están mediadas por la capacidad de distribución concentrada del mercado internacional. La aparición de las OTT al estilo Netflix o Amazon definieron nuevas escalas de mercado e interactúan con los campeones nacionales estableciendo formatos y formas de circulación y consumo definidos por su poder asimétrico. Esto implica una situación cualitativamente más compleja. Los alcances profundos de estos condicionamientos recién estamos comenzando a conocerlos o evaluarlos, conflictos como el derivado de la alteración de la soberanía territorial en diversas producciones de serie sobre Vietnam dan cuenta que estamos visualizando solo la punta de un iceberg que puede generar impactos profundos. 

La reconstrucción de la legitimidad de los estados para intervenir en la promoción y fomento de contenidos que vaya en línea con la excepción cultural y que piense a los bienes simbólicos en términos de derechos humanos aparece como un desafío de la época.    

Las relaciones asimétricas de poder se extienden hacia las nuevas industrias culturales. En estos espacios, las desigualdades parecen no desaparecer, sino fortalecerse. ¿De qué manera la ciudadanía subalternizada podría incidir en el diseño de políticas públicas, proyectos, agendas, trabajos, y modos de relacionamiento y construcción colectiva?

Los conceptos de acceso y participación son centrales en la historia de la radiodifusión en latinoamérica. Lo subalterno expresa lo heterogéneo, lo que aquellos sectores sociales y culturales desplazados de la producción formalizada y sistemática de textos, nunca pudieron construir. Y esas voces anduvieron en la historia solo haciendo apariciones espasmódicas que se hicieron escuchar en determinados momentos de nuestra historia. 

Acceder al conjunto de la oferta cultural es un hecho que está restringido por la peor forma de discriminación, que es la económica: no todos, por no decir la mayoría, pueden ver fútbol por televisión, no todos acceden a la programación de las señales de cable, no todos acceden a la oferta premiun de las plataformas de streaming, etc, etc. En el caso argentino, la participación tuvo un salto cualitativo en la experiencia vivida en torno a la sanción de la Ley e Servicios de Comunicación Audiovisual del año 2009. Esta norma habilitó tanto en sus consejos y en su autoridad de aplicación la inclusión de los sectores desplazados del modelo cultural de la producción maistream; además de habilitar el tercer sector sin fines de lucro, los pueblos originarios, las univesidades como prestadores de servicios de radiodifusión. 

El retroceso que se dio a partir de los decretos de necesidad y urgencia sancionados bajo la administración del ex presidente Mauricio Macri en el período 2015/19 nos muestra la tensión permanente en la lucha entre quienes concentran el poder de emisión y sus alianzas con sectores de poder político y judicial. Pero como describen las experiencias de la militancia feminista y poéticamente lo define García Linera, son oleadas de luchas y conquista, en las cuales cada etapa sedimenta un avance que debe permitir llegar a nuevas conquistas.  

Las nuevas plataformas y los modos subversivos de convergencia han modificado los intercambios lingüísticos entre agentes sociales. ¿Cómo se configura el lenguaje y los códigos en las modernas industrias culturales?

Si algo hizo renacer al capitalismo en cada fase de crisis fue su capacidad de incorporar las experiencias que en origen fueron disruptivas. Ese poder de aborción de las anomalías en los modelos predominantes del intercambio social o en los sistemas hegemónicos de producción y consumo cultural son hoy una experiencia viva. 

Las convergencias y adaptabilidades obligan a repensar la relación local-global. Sin embargo, las desigualdades económicas y los desequilibrios de acceso a nuevas tecnologías imponen francas barreras de consumo cultural. ¿La academia está a la altura de reflexionar sobre esta crisis infocomunicacional?

La academia estuvo a la altura ya cuando los estudios culturales de la mano de Jesús Martín Barbero advertían con los conceptos de mediaciones y reconocimientos, los usos sociales y culturales, y los procesos de interacción entre lo popular y lo masivo. García Canclini supo dar cuenta de las experiencias latinoamericanas de la hibridación cultural, donde se ponía en diálogo la vida y la supervivencia material localizada con el consumo globalizado, ofreciendo resultados de sujeción pero también de resignificación de sentidos y experiencias sociales. Aníbal Ford señalo claramente las diferentes brechas que anteceden a la llamada brecha digital. 

Hoy, el mundo digital y la velocidad de la circulación y el consumo de bienes culturales nos imponen el desafío cada vez más urgente, por el tamaño de los poderosos operadores de lo técnico-cultural, de encontrar también en forma globalizada regulaciones que pongan en su lugar a los pueblos y sus derechos a una comunicación democrática e igualitaria.  

 

Nova edição da Revista EPTIC traz dossiê “Geopolítica das Comunicações”

Foi publicada nesta sexta-feira, 27, nova edição da Revista EPTIC (volume 23, n. 2). A edição traz à tona o necessário debate sobre a geopolítica das comunicações. Resultado de parceria com o Grupo de Trabalho Economía Política de la Información, la Comunicación y la Cultura da CLACSO (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais), o dossiê temático discute questões complexas como as disputas em torno do 5G e as desigualdades que marcam a inserção dos diferentes países na ordem econômica mundial atual, com análises especialmente sobre Estados Unidos, China, Brasil, Argentina e Cuba. Tais desigualdades também são analisadas tendo em vista a infraestrutura que viabiliza os fluxos comunicacionais, como os cabos submarinos, e os conteúdos produzidos por veículos públicos.

A relação da comunicação com a organização capitalista hoje é abordada com perspicácia em entrevistas com Graham Murdock e Natália Zuazo, nas quais também o trabalho mediado por plataformas, a crise ambiental e o recrudescimento da vigilância são pensados desde a Economia Política da Comunicação.

O número discute ainda possíveis saídas para tal quadro. Nesse sentido, a EPTIC publica pela primeira vez no Brasil o texto de Jean d’Arcy, traduzido por Edgard Rebouças, que antecipou a formulação sobre direito à comunicação décadas atrás, culminando em sua proposição no conhecido Relatório McBride.

Os problemas do tempo presente também são discutidos na seção Artigos e Ensaios, como nos textos “Governo Eletrônico e Neoliberalismo: arquétipo das limitações da interatividade cidadã no modelo Brasileiro”, de Dario Azevedo Nogueira Junior; “O Desmonte da Participação Social na EBC”, de Akemi Nitahara, Cristina Rego Monteiro da Luz; e “Política de fomento ao cinema: a questão do estímulo à regionalização da produção de filmes no Brasil”, de Fernando Gimenez. Neles, há sempre caminhos de superação que, ainda que não trilhados plenamente, constituem experiências e horizontes estratégicos, como vemos na discussão feita por André Pasti em “Território, comunicação ascendente e os meios alternativos, populares e comunitários na Argentina”. Buscamos, com isso, manejar as armas da crítica para estimular a nossa imaginação política e a mobilização coletiva.

A edição completa pode ser conferida aqui.

Portal em reforma

O Portal EPTIC está passando por atualizações. Em breve teremos novidades por aqui, com mais informações, dicas de livros, entrevistas e textos opinativos pautados pela perspectiva da Economia Política da Comunicação.

Revista Eptic e Grupo de Trabalho em EPICC da Clacso prorrogam prazo para submissão em dossiê

A Revista Eptic e o Grupo de Trabalho sobre Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura da CLACSO prorrogaram, até o dia 17 de maio de 2021, a chamada para o Dossiê Temático Geopolítica das Comunicações.

As submissões devem ser feitas pelo site da revista que pode ser acessado aqui.

Esperam-se contribuições sobre:

-Transformações nos sistemas nacionais de comunicação, culturais e econômicos a partir das mudanças globais no capitalismo;

-Relações entre imperialismo tecnológico e desigualdades (territorial, de gênero, raça, acesso à informação, etc.);

-Os atores periféricos da indústria da infocomunicacional (cooperativa, comunitária, popular ou alternativa) e a disputa hegemônica pelo poder em cenários regionais e globais;

-Novas relações entre estados, sistemas de comunicação social e grandes plataformas digitais;

-Políticas nacionais e regionais de comunicação: situação atual e principais desafios;

– O direito à comunicação e as exigências dos cidadãos no cenário da infocomunicação global.

A chamada completa pode ser acessada aqui.

Ulepicc-Brasil transmite mesa virtual para discutir articulação de Grupos de Trabalho em EPC

A Ulepicc-Brasil (capítulo Brasil da União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura) transmitirá, na próxima quarta-feira (5), às 15h, a mesa virtual “A importância da articulação dos grupos de Economia Política em associações científicas”.

O objetivo do evento é realizar atividades em conjunto que envolvam pesquisadoras e pesquisadores de diferentes espaços de pesquisa latino-americanos como os Grupos de Trabalho em Economia Política da Comunicação, Cultura e Informação da Alaic (Associação Latino-Americana de Investigadores da Comunicação), Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) e Ancib (Associação de Pesquisa e Pós-graduação em Ciência da Informação).

A live será transmitida no canal da Ulepicc-Brasil no Youtube (Ulepicc-Br Brasil), com mediação de Rodrigo Moreno Marques (diretor científico da Ulepicc-Brasil e atual coordenador do grupo de Política e Economia da Informação da Ancib), e contará com pessoas que criaram, coordenaram ou coordenam alguns desses espaços. Entre esses pesquisadores e pesquisadoras estão:

– Anita Simis (ex-coordenadora do grupo de pesquisa EPICC da Intercom e ex-presidenta da Ulepicc-Brasil);

– César Bolaño (ex-presidente da Ulepicc e da Ulepicc-Brasil, ex-coordenador do grupo de trabalho em EPICC da Intercom, atual coordenador do grupo de EPICC da Clacso)

– Daniela Monje (coordenadora do grupo de EPICC da Clacso e vice-coordenadora do grupo de EPC da Alaic);

– Ruy Sardinha Lopes (ex-presidente da Ulepicc-Brasil, ex-coordenador do grupo de EPICC da Intercom e ex-vice-coordenador do GT de EPC da Alaic).

– Arthur Bezerra (vice-coordenador do grupo de trabalho Política e Economia da Informação da Ancib).

Os grupos de trabalho da Alaic e da Intercom foram fundamentais para a constituição de um subcampo estruturado da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (EPC) na América Latina, ao possibilitarem, a partir de 1992, encontros periódicos entre quem pesquisava os efeitos político-econômicos sobre a comunicação, a cultura e a informação.

De lá para cá, essa articulação gerou grupos em outros espaços, ainda que alguns de forma temporária ou em diálogo com a EPC, em associações como: Compós (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação), Clacso (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais) e Ancib. Além da criação de entidades específicas, caso da Ulepicc-Brasil (capítulo Brasil da União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura).

Lançamento de livros

Dentre as próximas atividades entre os grupos e a Ulepicc-Brasil está a realização de lives para o lançamento de livros publicados em 2021 e que tenham como base a EPC ou um diálogo claro com ela, desde que com autoria de pesquisadoras/es da América Latina que componham algum dos coletivos ou a entidade brasileira.

Para se indicar para lançamentos, entre em contato por ulepicc.br@gmail.com.

“Comunicação, tecnologia e capitalismo de vigilância” é tema de dossiê na revista Paulus

A revista Paulus está recebendo contribuições, até o próximo dia 30 de setembro, para o dossiê “Comunicação, tecnologia e capitalismo de vigilância”. A Paulus é uma publicação da FAPCOM.

Os interessados devem seguir as normas de submissão do periódico que podem ser acessadas aqui e submeter seus artigos através do sistema OJS da revista.

Revista Mídia e Cotidiano recebe trabalhos para o Dossiê “A informação e o Mal”

A Revista Mídia e Cotidiano está recebendo, até o próximo dia 14 de junho, trabalhos para o Dossiê “A informação e o mal: disputas éticas, políticas e epistemológicas da Comunicação em tempos extremos” que tem previsão de publicação para setembro de 2021 em sua 3ª Edição do ano.

Os professores Marco Schneider (UFF e Ibict); Marco Antônio Bonetti (UFJF) e Rogério Christofoletti (UFSC) são os editores do dossiê. A Revista Mídia e Cotidiano é uma publicação do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF).

De acordo com a chamada para trabalhos do dossiê que pode ser acessado aqui, “[O] mal da comunicação é a desinformação. Pode-se contestar a pretensão universal dessa afirmação com o argumento de que em alguns casos, como numa guerra, desinformar o inimigo é benéfico, e isso é inquestionável do ponto de vista estratégico. Porém, para além da questão estratégica, mas sem desconsiderá-la, a questão ética que se coloca é saber em que quadrante cada voz se situa em meio a complexas disputas de narrativas que não envolvem (diretamente) exércitos nacionais, mas projetos econômicos, culturais e sociais imbricados, com todas as suas nuances políticas e epistemológicas.”

Os editores do dossiê esperam a contribuição de pesquisadores que investigam questões como “anticiência, negacionismos, agnotologia, teorias conspiratórias e afins”, relacionados ao escopo da proposta do periódico.

Os autores interessados em publicar no dossiê devem seguir as normas de submissão da revista que podem ser acessadas aqui. Os trabalhos devem ser submetidos através do sistema OJS do periódico.

Diante do Risco de Privatização, EPTIC republica textos que auxiliam a compreender a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e sua importância

No momento em que entidades científicas da comunicação entregam aos três poderes uma carta pedindo que a retirada da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) do Programa Nacional de Privatização, a Revista Eptic quer contribuir para a reflexão e o debate sobre a empresa e sua importância no Brasil. Para tanto, disponibiliza artigos científicos e entrevista que foram publicadas pela revista sobre a EBC entre 2013 e 2020. 


Para conferir e divulgar esta notícia, basta acessar: 
https://seer.ufs.br/index.php/eptic/announcement/view/308

Abaixo estão os artigos e a entrevista com um dos maiores pesquisadores sobre TV pública no Brasil, que foi também membro do Conselho Curador da EBC.

A Empresa Brasil de Comunicação e o sistema da política midiática (2013)
Edna Miola

Sobre a independência das emissoras públicas no Brasil (2013)
Eugênio Bucci

Entrevista com Laurindo Leal Filho (2017)
Ivonete Lopes e Patrícia Maurício

Democratização da comunicação e sistema público de mídia: um olhar a partir dos movimentos sociais (2017)
Luiz Felipe Ferreira Stevanim

TV pública de âmbito internacional: uma análise comparativa entre o Brasil e Portugal (2017)
Carlo José Napolitano e Augusto Junior da Silva Santos

Dossiê temático “50 anos de televisão pública brasileira” (2017)

Para saber mais sobre a luta contra a privatização da EBC, acesse:


https://twitter.com/ficaebc
https://www.facebook.com/ficaEBC
https://www.facebook.com/emdefesadaEBC
https://www.youtube.com/channel/UCjJ39bf2pWzxzOeRvVTOr7g