Chamadas de trabalhos para a Revista Mediação

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A Revista Mediação comunica que está recebendo textos para a vigésima segunda, a vigésima terceira e a vigésima quarta edições a serem veiculadas, respectivamente, no primeiro e no segundo semestres de 2016 e no primeiro semestre de 2017. Os temas são livres, no entanto, como é de praxe, sugerirmos aos autores, a cada nova edição, um dossiê temático. Os escopos das próximas publicações serão:

Jan/jun 2016: Processos Culturais Contemporâneos

Jul/Dez 2016: Mídia e Diversidade cultural

Jan/Jul 2017: Mídias, escutas e contemporaneidade

Ementas

– Processos Culturais Contemporâneos (primeiro semestre de 2016)

Dentre os diversos aspectos que caracterizam os Processos Culturais Contemporâneos destacam-se o multiculturalismo e as transformações na conformação das identidades dos sujeitos. A academia tem chamado para si o debate em torno de desdobramentos  destes dois grandes temas, reflexão essencial para a navegação por novos percursos que são a um só tempo instigantes e desafiadores, atraentes e ameaçadores. Destacam-se  contemporâneos processos de mobilidade humana que repercutem nas ações dos Estados, na cobertura da mídia, na construção e desconstrução de fronteiras internas e transnacionais e na ampliação da convivência social com culturas híbridas. Na mesma direção, os processos culturais contemporâneos exigem outras análises acerca de velhos binarismos como centro/periferia; popular/erudito; norte/sul; direita/esquerda; masculino/feminino dentre outros “pares” regidos pela singularidade em um contexto no qual precisamos dar conta da pluralidade. O cenário cultural contemporâneo multiplicou as noções de famílias, gêneros, identidades ao mesmo tempo em que relativizou os recortes territoriais, nacionais, de classe social etc. As expressão culturais, neste contexto, se constituem em novas questões para as quais a academia vem tecendo igualmente novas análises. Destacam se as formas de expressão da chamada cultura jovem, da cultura de rua, novos arranjos das formas culturais tradicionais e novas formas de fruição das artes e outros produtos culturais mediadas pela tecnologia e seus artefatos.

O prazo de envio de submissões para a 22ª será até o dia 15 de abril de 2016.

– Mídia e Diversidade cultural (segundo semestre 2016)

A mídia, espaço público central da contemporaneidade, tornou-se passagem obrigatória para temas, questões e atores diversificados em busca de apoio na sociedade. Na disputa por visibilidade midiática, a diversidade cultural se destaca hoje, dada a importância adquirida no mundo globalizado: o aumento da mobilidade, os desafios relacionados à identidade cultural, a intensificação dos contatos interculturais, as migrações,  dentre outros temas correlatos, adquirem crescente relevância no mundo atual, em decorrência das potencialidades que trazem consigo, seja para estimular o diálogo entre culturas e a expressão das diferenças, seja para criar conflitos, reproduzir estereótipos e preconceito. Assim, a mídia,  importante instância produtora de sentido, ao fazer circular discursos e representações ligados à diversidade cultural, provoca constante reorganização reflexiva da sociedade em direções variadas.  

O prazo de envio de submissões para a 23ª será até o dia 15 de setembro de 2016.

– Mídias, escutas e contemporaneidade (primeiro semestre 2017)

O vocabulário corrente sobre produção e formas de expressão sonoras abarca uma vasta denominação que, seja para o linguajar coloquial, seja para os discursos midiáticos ou seja para as designações teóricas, privilegiam termos largamente reconhecidas, tais como: música, canção, trilha sonora, edição de som, o áudio (presente no “audiovisual”), efeitos sonoros, sound design, vinhetas, paisagens sonoras, sonoridades e vocalidades. Por seu turno, cada termo se subdivide em categorias e situam artistas, cenas, movimentos, regionalismos, marcadores culturais, modismos etc. O que pouco se observa, no entanto, é uma problematização do que move toda a gama que envolve a invenção, a circulação e a recepção sonoras: a escuta. Diferente da audição, que aponta a atividade fisiológica, perceptiva e semiósica, a escuta enreda às habilidades auditivas outras inúmeras competências, nem todas apreensíveis conceitualmente. Nas contínuas e muitas vezes simultâneas circunstâncias pelas quais experimentamos os sons do mundo, os ruídos urbanos, a squizophonia (ouvir um som produzido em tempo e lugar diferentes), os sinais sonoros eletrônicos e teletransmitidos com cada mídia que frequentamos (os sons dosgadgets digitais, a música, a canção e as falas do rádio, da televisão, do cinema, dos concertos, da internet), somos atravessados e recriamos ritmos da existência. As perspectivas administrativas da comunicação se ocupam em conhecer, por exemplo, estratégias funcionais da psicoacústica para aplicar sonoridades à usabilidade das interfaces, à publicidade, aos games, à dramaturgia, ao telejornalismo, enquanto as teorias culturalistas se dedicam em multiplicar seus aportes críticos, cartografando hábitos socializados de escuta musical, além da força expressiva do som no cinema, nas artes audiovisuais (como as do videoclipe) e nos fluxos de frequentaçãoonline sobre nossos ritmos imaginários, mnemônicos, sensitivos e intelectuais. A despeito de invisível e transitório, o universo das sonoridades não é menos poderoso e sua vibração age diretamente sobre a criatividade humana: a escuta é, por natureza, imaginativa.

O prazo de envio de submissões para a 24ª será até o dia 15 de abril de 2017.

Revista

A Revista Mediação, periódico eletrônico semestral  Qualis B3 vinculado ao Mestrado em Estudos Culturais Contemporâneos e aos cursos de Graduação em Jornalismo e em Publicidade e Propaganda da Universidade FUMEC.

As colaborações devem ser submetidas no endereço eletrônico da revista (http://www.fumec.br/revistas/index.php/mediacao), que informa sobre o Cadastro e as Diretrizes para os autores.

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