Novo número da Revista Eptic já está disponível

A última edição de 2021 da Revista Eptic traz o Dossiê Temático Concentração na Internet e Regulação, fruto de parceria da EPTIC com o Observatorio Latinoamericano de Regulación, Medios y Convergencia (Observacom), grupo que tem se destacado no debate sobre tais temas na América Latina e no Caribe.
As contribuições discutem as políticas regulatórias desenvolvidas em diferentes países, além de avaliações sobre as pesquisas que se voltam a essas questões. Conta, ainda, com entrevistas com Edison Lanza, que foi foi Relator Especial para a Libertade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (2014-2020), e Guillermo Mastrini, pesquisador argentino que se dedica à análise da concentração de meios na região. Em “Artigos e Ensaios”, há uma diversidade de pesquisas sobre a história da Economia Política da Comunicação, os conflitos em torno da regulação dos meios tradicionais e dos novos, bem como acerca do impacto das tecnologias no mundo do trabalho. Confiram!
Acesse o novo número da revista aqui.

Livro “Subversão Epistêmica: gênero e raça na Economia Política da Comunicação” disponível para download

Já esta disponível para download a obra “Subversão Epistêmica: gênero e raça na Economia Política da Comunicação” com organização de Ivonete da Silva Lopes e Verbena Córdula Almeida pela editora Xeroca. A obra é fruto do GT de gênero e raça do VIII Encontro da Ulepicc-Brasil. As autoras e autores dos textos presentes no livro oferecem uma série de reflexões sobre a produção de conteúdos de Comunicação – seja no âmbito das pesquisas em Economia Política da Comunicação (EPC), ou mesmo referentes aos produtos oferecidos pelas mídias hegemônicas – e sua relação com questões étnico-raciais e de gênero.

Para baixar o e-book clique aqui.

Dados na mesa: presente e futuro dos estudos em EPC

A Ulepicc-Brasil e os grupos de pesquisa e trabalho de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura promoveram em 25 de agosto de 2021 um debate visando a proposição de rumos paras os estudos de EPICC nas instituições acadêmicas de Comunicação no Brasil e na América Latina como um todo. Participaram do evento Helena Martins (Eptic), Florencia Guzmán (Clacso) e Manoel Dourado Bastos (Ulepicc-Brasil e Intercom). Agora já é possível ouvir o debate pelo podcast do Jogando Dados. A publicação da mesa foi dividida de acordo com a primeira rodada de falas e já está disponível em três episódios.

Toda a live pode ser ouvida na série Dados na Mesa. Clique aqui. 

Seminário de EPM com Verlane Aragão

Já está disponível no Youtube o seminário de Economia Política Mundial da Universidade Federal do ABC que conta com a participação da professora Verlane Aragão. Intitulada “A centralidade e o problema do trabalho cultural”, a fala apresenta alguns dos resultados da pesquisa de Aragão.

Para assistir clique aqui.

Consideraciones teórico-metodológicas sobre la historia del campo de la Economía Política de la Comunicación y de la Cultura é publicado na Revista Invecom

Imagem: revista invecom

Já está disponível a versão em espanhol do artigo de César Bolaño e Verlane Aragão que tata de elementos teóricos e da história e desenvolvimento epistemológico da Economia Política da Comunicação no Brasil. O texto completo pode ser acessado clicando aqui.

A revista Invecom é especializada em temas da comunicação e da informação e pertence à associação civil investigadores venezuelanos da comunicação.

Revista EPTIC lança chamada para seu novo dossiê temático

Com o título “A Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura e o pensamento crítico nas margens: anti-colonialismo, imperialismo e luta de classe”, o dossiê tem prazo de apresentação de textos até o dia 10 de janeiro e previsão de publicação para abril de 2022.

Informações completas no site da revista EPTIC

Chamada:

“A América Latina permanece sendo um palco bastante proeminente das contradições próprias ao capitalismo. Nessas duas primeiras décadas do século XXI, presenciou a ascensão de governos progressistas que animaram a pretensão de reparação de desigualdades sociais, ainda que numa combinação de políticas públicas com a manutenção do extrativismo. Tem visto também governos autoritários chegando ao poder com seu combo de políticas econômicas de austeridade e perspectivas sociais reacionárias. No conjunto dos conflitos, acompanhou a eclosão de protestos massivos, à esquerda e à direita, ora exaltando novas capacidades de organização, ora sob a acusação de interferências políticas estrangeiras, em um contexto mundial de crise e indefinições quanto à configuração das disputas imperialistas neste século XXI.

Esse cenário mobiliza leituras diversas, com destaque atualmente para o pensamento decolonial, que tem suscitado discussões e experiências importantes junto a movimentos sociais e nos círculos universitários, tendo em vista os avanços do capitalismo sobre os bens comuns, o  meio ambiente, as comunidades tradicionais e seus conhecimentos, bem como as resistências a todo esse processo. Em linhas gerais, a partir dele, o momento de crise do capital é reconhecido segundo uma reconfiguração do poder colonial, diante da qual a espoliação contínua e racializada de povos subalternizados desencadeia, por outro lado, um enfrentamento pautado pela defesa de conhecimentos ancestrais, modernidades alternativas e um conjunto significativo de práticas e saberes que seriam, em ato, o encaminhamento de outro mundo possível.

Antes de uma novidade, tais elaborações integram uma larga história de pensamento crítico latino-americano e do pensamento marxista, que refletiu sobre sua condição, enfrentou os desafios postos pelas desigualdades na divisão internacional do trabalho e postulou outro caminho para os países periféricos. É correto dizer que, a seu modo, a Economia Política da Comunicação se desdobra desse caldo conceitual, de maneira que a abertura de diálogos entre a EPC, o anti-imperialismo, o pensamento decolonial, o combate às opressões na perspectiva marxista e outras problemáticas não só nos parece viável, como importante para a produção de pautas e perspectivas que reajam à crise do capital que nos ameaça.

A trajetória do pensamento crítico em nossa região, todavia, é marcada também por visões que apontam o suposto ocaso do marxismo e enfatizam a fragmentação e as práticas sociais de forma descolada das dinâmicas mais gerais do poder. Neste momento em que as esferas da comunicação, da informação e da cultura conformam um campo privilegiado para esse debate, tendo em vista a centralidade delas para a (re)configuração do capitalismo, o novo dossiê temático da Revista EPTIC propõe relacionar as reflexões sobre as desigualdades históricas e os desafios que despontam de outras perspectivas críticas àquelas elaboradas desde a tradição marxista, a fim de contribuir para uma apreciação emancipadora e renovadora da imaginação política.

Nesse sentido, a Revista EPTIC convida autoras e autores a enviarem artigos que lidem com as seguintes temáticas:

  • História do pensamento crítico sobre informação, comunicação e cultura na América Latina
  • Marxismo latino-americano e sua contribuição para os estudos sobre informação, comunicação e cultura
  • Diálogos entre marxismo e pensamento decolonial, tendo em vista aproximações, diferenças e contribuições das distintas vertentes de pensamento
  • Discussões sobre o imperialismo hoje, a partir de trabalhos que analisem, entre outros elementos, o papel das plataformas digitais, o lugar dos Estados nacionais, a situação dos sistemas tradicionais de mídia e as batalhas em torno da hegemonia.
  • Forma hegemônica, materialidades da comunicação e seus impactos, tendo em vista também a crise ambiental
  • Agenda de resistências e lutas emancipatórias em relação à comunicação, informação e cultura desde a América Latina e outras regiões periféricas
  • As tecnologias de informação e comunicação como instrumentos de dominação simbólica e cultural: análises sob as lentes do marxismo e do pensamento crítico.
  • O papel das plataformas digitais nos fluxos de capitais transnacionais e nas trocas desiguais entre centro e periferia do capitalismo mundial.
  • O pensamento anticolonial na obra de Marx e na tradição marxista e sua relevância para análise da sociedade contemporânea.”

Fórum EPTIC

O FÓRUM EPTIC – INTERCOM PROF. VALÉRIO BRITTOS 2021, com o tema: “Estudos Culturais e Economia Política da Comunicação. Diálogos a partir das contribuições de Raymond Williams e Jesús Martín Barbero” já está disponível no canal da Ulepicc-Brasil no Youtube. O fórum contou com a participação de Maria Elisa Cevasco (USP), Nilda Jacks (UFRGS) e Manoel Dourado Bastos (UEL) e com mediação de Ruy Sardinha Lopes (USP).

 

César Bolaño representa a EPC brasileira em ranking dos cientistas mais influentes da América Latina

O ranking AD Scientific Index 2021 incluiu César Bolaño na lista dos 10000 cientistas mais influentes da América Latina. Bolaño aparece junto de outros 29 nomes citados na área da Comunicação, sendo 15 desses brasileiros. Dentro do subcampo da Economia Política da Comunicação o pesquisador é seguido apenas de Guilhermo Mastrini da Argentina.

O AD Scientific Index possui uma forma de pesquisa que leva em conta quesitos qualitativos como o desempenho científico e a relevância do trabalho com influências internacionais. Partindo do Google Scholar, o ranking supera as medições que apenas contabilizam números de produções em periódicos e universidades dando espaço também para a qualidade e não somente para a quantidade.

Com mais de 30 anos de pesquisa na área da EPC, César Bolaño é autor de Mercado Brasileiro de Televisão, obra considerada marco inicial dos estudos do subcampo no Brasil. Pesquisador do Departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Bolaño possui vasta experiência e participação em associações nacionais e internacionais como a ULEPICC-Brasil (inclusive como presidente) e o grupo de trabalho em economia política da informação, comunicação e cultura da CLACSO. Também é diretor da revista EPTIC, periódico de relevância internacional para os estudos em EPC.

Livro “Das plataformas online aos monopólios digitais”

O livro de Jonas Valente, “Das plataformas online aos monopólios digitais” já está disponível em formato de e-book pelo site da Amazon.

Sinopse:

As plataformas digitais se tornaram agentes fundamentais na vida social. Atividades diversas como leitura de notícias, busca de informações, interações, compras e pagamentos online e aplicativos para diversas práticas cotidianas são medidas por essas empresas. Muitas vezes vistas como intermediários neutros, esses grupos se tornaram as empresas com maiores valores de mercado do mundo, alcançam mais de três bilhões de pessoas em todo o planeta e definem como conhecemos, interagimos, falamos e nos relacionamos a partir de suas regras. O presente livro joga luz sobre esse fenômeno, discutindo a emergência das plataformas digitais e como elas ganharam tamanho poder a ponto de se tornarem monopólios digitais, agentes econômicos que usam a quantidade de usuários, sua base tecnológica e os dados coletados para espraiarem sua atuação para novos campos. O trabalho usa o caso da evolução do Facebook e do Google como exemplos da ascensão e transformação desses agentes como novos atores-chave na sociedade.