Chamada sobre regulação e convergência na América Latina

observacom

O Instituto de Comunicación de la Facultad de Información y Comunicación de la UDELAR (Uruguay) e o OBSERVACOM (Observatorio Latinoamericano de Regulación, Medios y Convergencia) abriram chamada para trabalhos até o dia 20 de agosto para o Painel “Regulamentos e convergência na América Latina: balanço e perspectivas”, que ocorrerá dentro do Congresso da ALAIC, no dia 06 de outubro, na Cidade do México.

Abordagem

A evolução tecnológica e a expansão da Internet levantam novas questões sobre a regulamentação das telecomunicações e serviços de comunicação social audiovisual na região e no mundo.

É evidente a necessidade de desenvolver processos de pesquisa que indaguem essas tensões, com especial ênfase para processos cidadãos em termos de acesso, em relação às mudanças no mercado de conteúdos e aspectos regulamentares que essas mudanças atraem .

Neste contexto, surgem algumas questões que esta atividade pretende abordar, tais como: Os marcos regulatórios conformam uma ferramenta suficiente para setores convergentes? Em que marco institucional se desenvolve o modelo regulatório em diferentes países e como estes são afetados por economias de escala ou redes em nível global? Que modelos de regulação se aplicam no quadro de convergência na região e como elas podem afetar os direitos dos cidadãos ao acesso a bens? Quais são os pontos de partida de diferentes países ou regiões em relação a estes temas?

Requisitos para participação

Os interessados em participar devem enviar um relatório de síntese por país de acordo com o seguinte calendário:

– Sistematize grandes mudanças regulamentares em seu país na última década;

– Identifique as regulações convergentes e não convergentes no seu país para o mesmo período;

– Descreva a institucionalidade regulatória em termos de: localização institucional, dependência e integração;

– Identifique as principais linhas de pesquisa em matéria de regulação para a convergência.

Estes textos precisam ter o máximo de 1200 palavras (Arial 12, página A4, com espaçamento simples) e deve ser enviado aos coordenadores do painel:

Aleida Calleja (Observacom) aleida.calleja@gmail.com

Federico Beltramelli (UdelaR – Uruguai) federico.beltramelli@fic.edu.uy

Eduardo Villanueva (PUCP – Peru) evillan@pucp.pe

Débora Pérez (Min. Da Cultura, Colômbia) deboraperez2002@yahoo.com.mx

Diana Lombana (Univ de Medellín – Colômbia.) Dianalombana@yahoo.es

O aceite do trabalho não implica qualquer compromisso pelas entidades organizadoras para cobrir as despesas de viagem ou de outra forma, os mesmos a serem cobertos pelas / os participantes.

(En ESPAÑOL)

INVITACIÓN
En el marco del XIII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC) bajo el tema global “Sociedad del conocimiento y comunicación: reflexiones críticas desde América Latina”, se desarrollarán una serie de talleres temáticos para abordar las distintas aristas de los procesos que involucran la llamada Sociedad de la Información.
Uno de esos talleres refiere a los desafíos regulatorios de la convergencia, y es organizado por el Instituto de Comunicación de la Facultad de Información y Comunicación de la UDELAR (Uruguay), OBSERVACOM (Observatorio Latinoamericano de Regulación, Medios y Convergencia).
Para participar en el taller se deberá presentar un trabajo hasta el 20 de agosto de 2016, de acuerdo a la información que se encuentra a continuación.Planteamiento.
La evolución tecnológica y la expansión de internet plantean nuevas preguntas frente a la regulación de las telecomunicaciones y los servicios de comunicación audiovisual en la región y a escala global.
Resulta evidente la necesidad de desarrollar procesos de investigación en los que se indague sobre estas tensiones, con especial énfasis en los procesos ciudadanos en términos de acceso, en relación a los cambios en el mercado de contenidos, y en los aspectos regulatorios que estos cambios atraen.
En este contexto, surgen algunas preguntas que este taller pretende abordar, como por ejemplo: ¿los marcos regulatorios actuales conforman una herramienta suficiente para sectores convergentes?, ¿en qué marco institucional se desarrolla el modelo regulatorio en los distintos países y cómo estos son afectados por economías de escala o redes a nivel global?, ¿qué modelos de regulación se aplican en marco de la convergencia en la región y cómo estos pueden afectar los derechos de los ciudadanos al acceso a bienes?, ¿cuáles son los puntos de partida de los distintos países o regiones en relación a estos temas?
Requisitos para poder participar
Los interesados en participar deberán enviar un informe sinóptico por país de acuerdo a la siguiente pauta:

– Sistematice los principales cambios regulatorios en su país en la última década.
– Identifique las regulaciones convergentes y no convergentes en su país para el mismo período.

– Describa la institucionalidad regulatoria en términos de: ubicación institucional, dependencia e integración.

– Identifique las principales líneas de investigación en materia de regulación para la convergencia.

Estos informes de hasta 1200 palabras (Arial 12, interlineado sencillo, hoja A4) deben enviarse a los coordinadores del taller hasta el 20 de agosto de 2016.

La aceptación al taller no implica ningún compromiso por parte de las instancias organizadoras para cubrir gastos de viaje u otros, mismos que deberán ser cubiertos por los/las participantes.

Coordinadores del Taller:

Aleida Calleja (Observacom) aleida.calleja@gmail.com

Federico Beltramelli (UdelaR – Uruguay) federico.beltramelli@fic.edu.uy

Eduardo Villanueva (PUCP – Perú) evillan@pucp.pe

Débora Pérez (Min. de Cultura, Colombia) deboraperez2002@yahoo.com.mx

Diana Lombana (Univ. de Medellín – Colombia) dianalombana@yahoo.es

 

Programação do GP EPICC no Congresso Nacional da Intercom

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O Grupo de Pesquisa Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura anunciou a programação de suas atividades durante o XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que ocorrerá de 5 a 9 de setembro na Universidade de São Paulo (USP). Todas as atividades serão no Centro de Difusão Internacional/ CDI, Bloco B sala 06, 2º andar.

A primeira atividade será o VIII Fórum Eptic, a partir das 9h do dia 7, que este ano terá o tema “A importância das Políticas Culturais: quais são nossos Direitos?”. Francisco Humberto Cunha Filho (Unifor) será o expositor do fórum, que terá como debatedores Alexandre Almeida Barbalho (UECE) e Ruy Sardinha Lopes (USP), sob coordenação de Anita Simis (UNESP).

Após o Fórum EPTIC, das 11h às 13h, ocorrerá a reunião geral do GP e, em seguida, a partir da tarde do dia 07 e até a manhã do dia 09, a apresentação dos trabalhos aprovados, cuja ordem segue abaixo:

7/09/2016

– 14h às 18h

Sessão 1

Coordenação: Anita Simis

Local: (ECA-USP, o número das salas será enviado posteriormente)

1. Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura, Estudos Culturais e o Estudo Sobre Mídia e Cotidiano na Tradição Crítica Latino-americana.

Filipe Mello de Souza Cabral (UFF)

2. A Vida Dupla do Sistema de Comunicação e a Função Social da Organização Proprietária de Mídia

José Antonio Martinuzzo (Ufes)

3. A centralidade da publicidade: uma análise crítica e econômica sobre a indústria publicitária na comunicação

Débora Feitoza Fettermann (UnB)

4.O Intelectocrata Moderno e a Tênue Passagem da Luz à Escuridão do Poder

Alexandre Augusto da Costa (UFJF)

5. O Entrelaçamento entre Economia e Comunicação ou O Caráter Não Econômico da Economia

Dora Kaufman (UFRJ)

6. Relação Público-Privado na Política de Distribuição de Verba Publicitária da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (2011- 2014)

Pedro Alexandre de Oliveira Santos (UFS), César Ricardo Siqueira Bolaño (UFS)

 

8/09/2016

– 9h às 13h

Sessão 2

Coordenação: Anita Simis e João Paulo de Jesus Faustino

Local: (ECA-USP, o número das salas será enviado posteriormente)

1. Dilma na IstoÉ e Marcela na Veja: os rastros do sexismo nas produções das duas revistas semanais brasileiras

Fabiola Mendonça de Vasconcelos (UFPE), Ana Maria da Conceição Veloso (UFPE)

2. A regionalização no telejornalismo piauiense: estratégias adotadas pela Rede Clube

Renan da Silva Marques (UFPI)

3. Apontamentos sobre Radiodifusão Comunitária e o mercado da comunicação no vale do São Francisco alagoano

Bruno Silva dos Santos (Ufal)

4. EBC e Ley de Medios: as ações de desmonte da Comunicação Pública no Brasil e na Argentina

Carine Felkl Prevedello (UFSM)

5. A disputa entre a Netflix e a Tevê via Satélite (DTH)

Cristal Maria de Sá Nunes (UFPI)

6. O Que é Música Gospel? O Conceito de Mediação na Análise de Uma Nova Categoria de Produtos Culturais

Edson Ramos de Oliveira Costa (UFS)

 

  • 14h às 18h

Sessão 3

Coordenação: Anderson David Gomes dos Santos (UFAL)

Local: (ECA-USP, o número das salas será enviado posteriormente)

1. Conclusões sobre a gestão da Bienal de São Paulo

Verena Carla Pereira (UNICAMP)

2. As artes plásticas no jornalismo cultural brasileiro: reflexos da pós-modernidade

Micaela Lüdke Rossetti (PUCRS)

3. A expansão de Hollywood nos mercados mundiais

Gabriela Andrietta (USP)

4. Majors, Propriedade Intelectual e Hegemonia: questões sobre produção no cinema brasileiro contemporâneo

Mauricio Failache (UFSCar)

5. A Rainha Ibérica que Mudou o Curso da História do Cinema Brasileiro

Márcio Rodrigo Ribeiro(UNESP -IA – campus S)

6. Transformações na exibição de filmes no Brasil

Anita Simis(UNESP)

7. Metáforas da dor: negação, peso, compaixão e silêncio nas crônicas de Clarice Lispector

Renata Marques de Oliveira Delage (UFJF)

 

09/09/2016

– 9h às 13h

Sessão 4

Coordenação: Carlos Peres de Figueiredo Sobrinho (UFS)

Local: (ECA-USP, o número das salas será enviado posteriormente)

1. Internet, Comunicação Alternativa e Movimentos Sociais: uma Análise a partir da Economia Política da Comunicação e da Teoria dos Movimentos Sociais

Carlos Peres de Figueiredo Sobrinho (UFS)

2. Quem transmite o jogo?: A disputa TVA X Grupo Globo na TV fechada dos anos 1990

Anderson David Gomes dos Santos(UFAL)

3. A internet morreu! Viva a internet! Elementos para pensar o processo atual de transição da internet para um espaço reticular dominado pelo mercado

Marcos Dantas Loureiro (ECO-UFRJ)

4. A legislação da TV aberta no Brasil: regulação e democratização

Carlos Henrique Demarchi (UNESP)

5. Jornal Nacional, um espaço da hegemonia televisiva da Rede Globo: uma reflexão pela Economia Política da Comunicação

Denise Freitas de Deus Soares (UFPI)

6. Padrão Técnico Estético como estratégia para o novo mercado de TV Segmentada no Brasil

Ana Carolina Westrup (UFS)

7. O Movimento de Reconstrução na Cibercultura – a Educação como Interface entre Ciência e Comunicação na Produção e Disseminação de Conhecimento.

Gesialdo Silva do Nascimento (PUC-SP)

ANCINE publica estudo sobre mercado de TV por Assinatura no Brasil

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A ANCINE publicou no OCA – Observatório do Cinema e do Audiovisual o estudo “TV por Assinatura no Brasil: Aspectos Econômicos e Estruturais”. Considerando o forte crescimento do segmento no país nos últimos dez anos e a promulgação da Lei nº 12.485/11, que contribuiu para dinamizar a circulação e consumo de conteúdo nacional ao estabelecer um novo marco legal da TV por assinatura com cotas de conteúdo nacional na grade das programadoras e nos pacotes das operadoras da TV paga, o trabalho buscou apresentar as características econômicas e regulatórias que influenciam as dinâmicas deste mercado; e um panorama dos grupos econômicos que atuam nas atividades de programação e empacotamento no mercado brasileiro.

O estudo, em sua primeira parte, expõe os elos da cadeia de valor do mercado de TV por assinatura (produção, programação, empacotamento e distribuição) e os agentes envolvidos em cada elo. Em seguida, apresenta uma breve evolução do marco legal que disciplina o setor, culminando na Lei de TV por Assinatura, que uniformizou os instrumentos normativos que regiam previamente o segmento.

A segunda parte do trabalho se dedica aos aspectos econômicos que influenciam a estrutura de mercado e a competição entre as empresas. Observa-se que as características econômicas da indústria afetam a forma de organização desse setor. A diferenciação dos produtos, reforçada pela importância da marca e da qualidade do conteúdo, a existência de ganhos de escala e de escopo, além da presença de discriminação de preço influenciam o padrão competitivo observado no mercado de TV por assinatura, atribuindo maiores vantagens às firmas que contam com maior audiência ou número de assinantes.

Por fim, é realizado um panorama dos grupos econômicos que atuam na atividade de programação e empacotamento no mercado brasileiro. No mercado de programação brasileiro, observou-se a presença de 39 programadoras que compõem 22 grupos econômicos e oferecem um total de 199 canais em SD e HD. Há, no entanto, uma grande assimetria entre os agentes que atuam nesse elo da cadeia: cerca de 60% dos canais pertencem a dois grupos econômicos. O mesmo acontece na atividade de empacotamento, onde se observa a proeminência de dois grupos econômicos, que possuem uma participação conjunta em número de assinantes de 81% do mercado.

Baixe aqui o estudo.

Fonte: Ancine.

Portal EPTIC publica 3ª edição de Mercado Brasileiro de Televisão

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O Portal EPTIC disponibiliza em livro eletrônico a terceira edição, bilíngue (em português e em espanhol), de Mercado Brasileiro de Televisão, de César Bolaño. O livro teve sua primeira edição publicada em 1988 e é considerada a obra inaugura dos estudos da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura no Brasil.

Na próxima sexta-feira (05/08), Bolaño estará com Anderson Santos, Júlio Arantes e Amilton Gláucio, professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) na mesa “O mercado brasileiro de televisão numa perspectiva histórica”, uma das atividades do Encontro Nordeste de História da Mídia, a ser realizado na UFAL.

Sobre o livro

Tendo por base a dissertação de mestrado defendida em 1986 no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), foi publicada em 1988 pelo Programa Editorial da Universidade Federal de Sergipe (PEUFS), embrião da Editoria UFS, que publicaria a segunda edição (revisada e ampliada) em 2004, numa coedição com a EDUC, editoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A edição em espanhol  – uma tradução completa da segunda edição brasileira com apoio da Biblioteca Nacional do Brasil – saiu em 2013 pela Editora El Río Suena, de Buenos Aires.

A terceira edição, bilíngue, em formato de livro eletrônico, não altera o conteúdo presente na edição de 2004. Uma atualização posterior a essa data encontra-se no livro que o autor escreveu em parceria com Valério Cruz Brittos, A televisão brasileira na era digital, publicado em 2007 pela editora Paulus. Além disso, em 2005, a mesma Paulus publicou uma coletânea publicada por Brittos e Bolaño, intitulada Rede Globo: 40 anos de poder e hegemonia, com a participação de 20 importantes estudiosos do tema no país. Uma segunda edição deste último livro, com uma introdução atualizadora, tem publicação prevista ainda para este ano.

Sobre o autor

César Ricardo Siqueira Bolaño é professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e líder do grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (OBSCOM/CEPOS). Possui graduação em Comunicação Social Com Habilitação Em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1979), mestrado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1986) e doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1993).

Acesse a edição, em .swf, clicando nos links a seguir: em Português e em Espanhol (ao abrir o arquivo, use as direcionais do teclado para avançar na leitura).

Para baixar os livros, acesse os links a seguir: em Português e em Espanhol (O arquivo é em flash, baixe o arquivo e abra direto no navegador de internet).

Chamada de trabalhos para VI Encontro da Ulepicc Brasil

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Mídia, poder e a (nova) agenda do capital é o tema do VI Encontro Nacional da ULEPICC Brasil 2016 – Capítulo Brasil da União Latina da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura, a ser realizado de 9 a 11 de novembro em Brasília/DF, pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília – FAC/UnB, no Instituto de Ensino Superior de Brasília (IESB). A chamada de trabalhos estará aberta de 20 de agosto a 10 de outubro.

Os interessados deverão enviar resumo expandido, de em média 500 palavras, salvo em PDF, tendo como nome do arquivo o sobrenome do autor ou autores, para o e-mail ulepiccbrasilia@gmail.com.

O parecer sobre o aceite ou a recusa do trabalho será enviado para o e-mail do autor/autores até cinco dias úteis após o final do prazo de submissão de artigos.

Importante: Só poderão apresentar trabalhos os autores que tiverem seus resumos aprovados e estiverem inscritos no evento. Depois da apresentação, os autores terão até uma semana para enviarem o trabalho completo para publicação.

Normas para elaboração do resumo expandido

  1. O resumo expandido deverá ter, em média, 500 palavras.
  2. Deverá ser empregada fonte Time New Roman, corpo 12, exceto no título, e justificado. O espaçamento entre as linhas deverá ser simples.
  1. As citações de artigos (referências) no texto devem seguir a s normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
  2. O texto deverá iniciar com o TÍTULO do trabalho em letras maiúsculas, utilizando fonte Time New Roman, corpo 14, em negrito, centralizado com, no máximo, 20 palavras.
  3. Após duas linhas (espaços) do Título, devem aparecer os Nomes Completos dos Autores, separados por vírgula, em fonte Time New Roman, corpo 12, centralizados e grafados somente com as primeiras letras maiúsculas, seus respectivos e-mails, e os Nomes das Instituições aos quais eles estão vinculados, como estudantes, ex-estudantes, docentes ou profissionais.
  4. Após os nomes dos autores, deverá ser feita a indicação de um dos GTs  ao qual o trabalho se destina, sobretudo por associação temática.

O Resumo deve ser apresentado com parágrafo único e conter  o problema, a justificativa, os objetivos, os métodos, os resultados, as considerações finais e as referências. Logo após o Resumo, seguindo-se à expressão “Palavras-chave:” e, na mesma linha que ela, serão incluídas, no mínimo três e no máximo cinco expressões em português relacionadas ao tema do trabalho, separadas por ponto final.

Tema do Congresso

Os recentes acontecimentos que levaram no Brasil, como na Venezuela, Equador, Honduras, Paraguai, à ruptura institucional tornaram explícitos os desafios e fragilidades da democracia liberal, em países com as características históricas e culturais dos latino-americanos. O  jogo de cena parlamentar e suas reverberações nas redes e mídias expõem e ao mesmo tempo encobrem disputas econômicas, maiores ou menores, das quais são as manifestações exteriores e sobre as quais retroagem, na dialética maior da luta de classes, que envolve a luta por classificações, significações, simpatias e repúdios. Pensar essa nova forma – midiática – de golpe, apoiada nas instituições da democracia liberal, Congresso e Justiça, torna-se um imperativo. Ademais, neste contexto, uma questão se coloca: como se reordenarão as pautas nos campos da comunicação e da cultura a partir de agora em nosso país.

Grupos Temáticos (GT)

GT1 – Políticas de comunicação
Coordenação nacional: Profª. Drª. Eula Cabral (IBICT)

Ementa: Objetiva estudar as ações de agentes públicos e privados relativas ao processo de regulamentação da mídia em suas diversas fases. Envolve a definição do conjunto de normas, princípios, deliberações e práticas locais relacionadas com a administração, organização e funcionamento do conjunto do sistema comunicacional. Analisa os processos e estratégias locais, regionais e internacionais dos conglomerados de comunicação e seu impacto e influência nos governos e na sociedade. Além disso, a concentração das comunicações e telecomunicações no Brasil.

GT2 – Comunicação pública, popular ou alternativa
Coordenação nacional: Prof. Dr. Fernando Oliveira Paulino (PPG-FAC-UnB)

Ementa: Contempla investigações sobre a comunicação desenvolvida no âmbito dos movimentos sociais, etnoculturais, dos sindicatos e organizações populares em geral, bem como aquela ligada ao serviço público. Aborda todo tipo de comunicação movida por objetivos sociais e de promoção da cidadania, atuantes em oposição à acentuada mercantilização da mídia.

GT3 – Indústrias midiáticas
Coordenação nacional: Prof. Dr. Marcos Dantas (UFRJ)

Ementa: Enfoca a rede institucional dos produtos comunicacionais que ligam a criação, produção, circulação, organização e comercialização de conteúdos de natureza cultural, informativa e de entretenimento. Engloba os processos industriais que envolvem televisão, cinema, rádio, internet, publicidade, produção editorial, indústria fonográfica, design, artes e espetáculos.

GT4 – Políticas culturais e economia política da cultura
Coordenação nacional: Profª. Dra. Verlane Aragão Santos (OBSCOM-UFS)

Ementa: Abriga pesquisas que retratam o papel econômico, político e sociológico que o campo da cultura e das artes assume na sociedade contemporânea. De um lado, engloba discussões sobre a atuação do Estado, da participação da sociedade e do mercado nesta relação, bem como os mecanismos de financeirização da cultura e das artes. De outro, debate a industrialização e mercantilização da cultura e sua implicação na dinâmica atual do capitalismo.

GT5 – Teorias e temas emergentes
Coordenação nacional: Profª. Dra. Patrícia Bandeira de Melo (FUNDAJ)

Ementa: Acolhe os trabalhos de fundamentação a partir da matriz teórica da Economia Política da Comunicação e da Cultura, suas distintas vertentes e perspectivas metodológicas bem como os estudos comparativos e relacionais entre a Economia Política da Comunicação e outras correntes teóricas da comunicação e de outras disciplinas.

GT6 – Ética, política e epistemologia da informação
Coordenação nacional: Prof. Dr. Marco Schneider (PPGCI-IBICT/UFRJ e PPGMC-UFF)

Ementa: O objetivo geral do GT é fortalecer a presença da Ciência da Informação no âmbito da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura, com ênfase no debate em torno das questões éticas, políticas e epistemológicas correlatas, bem como em suas interconexões teóricas e aplicadas.

GT7- Iniciação Científica em Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura
Coordenação: Profas. Dras. Elen Geraldes (PPG-FAC-UnB) e Janara Sousa (PPG-FAC-UnB)

Ementa: O objetivo do GT é estimular a participação de pesquisadores da graduação, das mais diversas áreas, no Evento a partir da pesquisa na área de Economia Política da Comunicação, Informação e Cultura.

Inscrições para 3º Curso Jornalismo e Direitos Humanos

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Estudantes universitários de todo o Brasil já podem se inscrever para a terceira edição do curso realizado pela Conectas,OBORÉ – Projetos Especiais em Comunicações e Artes e Abraji. Os alunos selecionados participarão de palestras e entrevistas coletivas com especialistas sobre o papel do Brasil na ONU e na OEA, a arquitetura do sistema de Justiça brasileiro, a definição de crime no país e como isto se reflete na superlotação dos presídios. Também será discutida a situação dos direitos humanos no Sul Global e o papel de bancos públicos no financiamento de grandes obras que ameaçam a vida de comunidades indígenas e tradicionais. Inscreva-se gratuitamente até 24/8.

Os 20 alunos selecionados participarão de palestras e entrevistas coletivas com especialistas ao longo dos meses de setembro e outubro de 2016 e serão desafiados a produzir matérias semanais sobre os conteúdos apresentados. O curso combina a prática da cobertura jornalística com o conhecimento teórico e reflexivo sobre temas de direitos humanos.

Organizado pela Conectas em parceria com Oboré e Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), o curso é um dos módulos do Projeto Repórter do Futuro, programa que contribui na formação de profissionais do jornalismo há mais de vinte anos. A coordenação pedagógica será feita pelo jornalista e professor André Deak.

Após a inscrição, os candidatos participarão de um encontro de seleção, no qual assistirão a uma palestra da diretora Executiva da Conectas, Jessica Carvalho Morris, e se submeterão a um teste escrito. O encontro será realizado no dia 27/8, às 9h, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. A presença é obrigatória e serão emitidos certificados, sob demanda, mesmo para aqueles que não forem aprovados.

A lista com os 20 estudantes selecionados será publicada no dia 5/9.

Metodologia

Os encontros, sempre aos sábados, cumprirão a seguinte rotina: serão 30 minutos de reunião de pauta entre os alunos e o coordenador pedagógico; uma hora de palestra com os especialistas sobre o tema da semana, seguida de uma hora de entrevista coletiva; e, na sequência, 30 minutos para um balanço sobre a dinâmica do dia, novamente entre o coordenador e os estudantes. Por fim, os alunos devem redigir um texto noticioso sobre o tema do encontro.

Serão oferecidos, ainda, atendimentos semanais individuais com jornalistas e professores com o objetivo de prestar orientação textual e jornalística personalizada. Também será possível avaliar, durante essas monitorias, as qualidades a serem potencializadas e problemas a serem trabalhados por cada aluno.

Clique aqui para se inscrever.

Programação

Todos as atividades, com exceção da palestra com Jessica Morris, serão realizadas na sede da Conectas (Av. Paulista, 575 – 19º andar, São Paulo/SP).

27/8, 9h às 14h | Encontro de seleção
Qual o papel do jornalista hoje na cobertura de direitos humanos?
Jessica Carvalho Morris, diretora Executiva da Conectas
Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo – Rua Rego Freitas, 530 – São Paulo/SP

10/9 | 9h às 14h
Técnicas de reportagem e ferramentas para o jornalismo

André Deak, coordenador pedagógico do curso

17/9 | 9h às 14h
Qual o papel do Brasil na ONU e na OEA?

Camila Asano, coordenadora de Política Externa da Conectas

24/9 | 9h às 14h
País da impunidade!? Qual é a realidade do sistema prisional brasileiro?

Marcos Fuchs, diretor Adjunto da Conectas e membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária

1/10 | 9h às 14h
O que é crime e como funciona a Justiça no Brasil?

Rafael Custódio, coordenador de Justiça da Conectas

8/10 | 9h às 14h
Financiamento público de grandes obras: regras para respeitar a vida e o meio ambiente

Caio Borges, advogado do programa de Empresas e Direitos Humanos da Conectas

15/10 | 9h às 14h
Sul Global: desafios da sociedade civil para evitar retrocessos (e sobreviver)

Ana Cernov, coordenadora do programa Sul-Sul da Conectas

22/10 | 9h às 14h
Encerramento

Avaliação do curso e do desempenho dos alunos e entrega de certificados.

Fonte: Conectas.

IX Simpósio de Comunicação FAPCOM: “COMUNICAÇÃO E DEMOCRACIA”

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A FAPCOM (Faculdade Paulus de Comunicação), promove nos dias 22 e 23 de agosto de 2016, o IX Simpósio de Comunicação, com o tema “Comunicação e Democracia”. O evento anual tem entrada gratuita e contará com três mesas de debate.

PROGRAMAÇÃO

22/08 – 19h

– PAULO HENRIQUE AMORIM

Tema da Palestra: “Comunicação e democracia no Brasil: retrospecto histórico e dificuldades atuais”

 – MARILENA CHAUÍ

Tema da Palestra: “Comunicação, poder e as fragilidades da democracia brasileira”

 

23/08 – 08h

– EDSON TELES

Tema da Palestra: “Estado de exceção permanente na realidade atual

– Jung Mo Sung

Tema da Palestra: “Idolatria do dinheiro, desigualdade social e a crise da democracia no Brasil e no mundo”

 

23/08 – 19h30

– RENATO JANINE RIBEIRO

Tema da Palestra: “O contexto brasileiro atual: entraves, desafios éticos, políticos e comunicacionais”

– LUIS NASSIF

Tema da Palestra: “A construção da democracia nas redes sociais”

 

Local

FAPCOM – Faculdade Paulus de Comuniocação e Filosofia

Rua Major Maragliano, 191 – Vila Mariana – São Paulo

Inscrições gratuitas pelo site: www.facpom.edu.br

Sofrimento não é critério de noticiabilidade

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Por Eduardo Silveira de Menezes (Sul 21)*

Talvez nem todos saibam, mas, ao “transformar” um dado acontecimento em notícia, os grupos de mídia acabam sendo pautados por um conjunto de subjetivos “critérios de noticiabilidade”, os quais, como bem pontuaram os autores Mauro Wolf e Nelson Traquina, representam uma suposta “cultura profissional”. Produzidas em meio à “fauna jornalística”, a maioria das reportagens apresenta características muito semelhantes. São raros os jornalistas – e mais raros ainda os veículos de comunicação – que, em meio à ditadura do tempo, conseguem dar um tom mais literário às informações factuais.

Não é necessário que o repórter esteja consciente das escolhas que faz. Os “valores-notícia” sempre estarão presentes. Ao situar-se no mundo, desde muito cedo, todo “futuro jornalista” passa a interpretá-lo a partir das suas experiências de vida e, mesmo sem dar-se conta, leva tal aprendizado para o ato de reportar um fato. O problema é a insistência, sobretudo do telejornalismo, em explorar ao máximo a “morte” – valor-notícia de seleção – e a “dramatização” – valor notícia de construção – na cobertura de atentados como o que ocorreu na cidade de Nice, na França. A data escolhida para o ataque – reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) – marca a comemoração da Festa da República Francesa. Na quinta-feira (14), mais de 80 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas após serem atropeladas por um caminhão dirigido pelo tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel.

Interesse público

É óbvio que a mídia deve fazer a cobertura do atentado – o terceiro sofrido pela França em menos de dois anos –, todavia, ao personalizá-lo, enfatizando a “morte” e o “drama” particular dos envolvidos, empresas como o Grupo Globo age com irresponsabilidade. A comoção dos familiares não possui nenhum valor jornalístico. O jornalismo é, antes de tudo, um serviço público. O principal critério para a seleção e construção da notícia deveria ser a contextualização do fato, sem personalismos.

Em matéria que foi ao ar na segunda-feira (18), pelo Jornal GloboNews, a repórter, visivelmente interessada em registrar o sofrimento de Inês Gyger – mãe da brasileira que morreu durante o ataque –, a indagou sobre “como foi receber a notícia”. Estava se referindo à confirmação da morte não só de Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, filha de Inês, mas, também, de Kayla Ribeiro, sua neta. Nenhum manual de jornalismo do mundo dirá que o sentimento de uma avó ao ficar sabendo da morte de sua filha e neta configura-se como critério de noticiabilidade. Essa “informação” não possui nenhuma relevância para a contextualização do acontecimento.

Repórteres ou abutres?

De modo a lembrar o personagem Louis Bloom, do filme O Abutre, muitos repórteres ligados a grandes grupos de comunicação enchem os pulmões para questionar familiares de vítimas das mais diferentes tragédias sobre “como estão se sentindo” ou “como reagiram ao saber da perda dos seus parentes”. Ao contrário do que se pode pensar, o que estaria a supor uma “regra” nas entrevistas não passa de antijornalismo. Após ouvir que, ao saber da morte da filha e da neta, Inês sentiu-se “como se tivessem lhe arrancado uma parte”, a repórter, obstinadamente, procura sensibilizá-la e persiste: “como vai ser recomeçar sem uma parte, uma parte tão importante?”.

O objetivo, é bom que se diga, não é só o de levar o entrevistado ao choro e, consequentemente, causar uma comoção pública. Trata-se de algo pior. De modo a confundir os papéis, a jornalista passa a estabelecer uma espécie de “vínculo pessoal momentâneo” – pautado por um interesse imediato – com a entrevistada. Assim, o que poderia supor uma tentativa de “humanização da notícia”, mostra-se, na verdade, como uma busca envaidecida pelo reconhecimento de um trabalho jornalístico, no mínimo, duvidoso. No caso em questão, a repórter atingiu o ápice: ouviu da própria entrevistada uma mensagem de agradecimento.

Jornalismo e humanização

Ora, nada impede o jornalista de sensibilizar-se com o fato. Ele é um ser humano como qualquer outro. Ocorre que, ao midiatizar essa relação, passa-se da personalização à morte/dramatização e, finalmente, ao sofrimento, como se esse sentimento último fosse um critério de noticiabilidade. Não é. Uma possível sensibilização – e consequente aproximação – entre repórter e fonte não pode levar à busca por holofotes.

Quando a dor de um entrevistado se confunde com o relato do acontecimento encerra-se o papel do jornalismo. Em seu lugar surge outra coisa. Não é mais jornalismo. Tampouco é humano. Mais parece com um ataque de abutres, que só costumam aparecer durante as grandes catástrofes. Acabada a comoção, também termina o interesse pelos envolvidos. Novos voos chamam. Não há mais o que fazer em cena. É preciso ir atrás de outras possibilidades de exploração do sofrimento. Basta ponderar a respeito. Invariavelmente, a tentativa de “humanização” da notícia costuma se esgotar no exato momento em que deixa de gerar audiência para o veículo de comunicação.

* Eduardo Silveira de Menezes é jornalista, mestre em Ciências da Comunicação pela Unisinos e doutorando em Linguística aplicada – com ênfase em análise do discurso pêcheuxtiana – pela UCPel.