Revista Ícone abre Chamada de Trabalho para Três Edições

A revista Ícone (2175-215X) do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCOM/UFPE) abre chamada de trabalhos para três dossiês para o número 16 do periódico. As três edições têm previsão de publicação para o segundo semestre do ano de 2018. Artigos de temática livre também se integram às edições

O primeiro dossiê a receber trabalhos é “Internet e Mídias Digitais: Reflexões sobre o Presente, Futuro e Práticas. Os interessados devem enviar trabalhos até o dia 29 de junho de 2018. A edição 16(1) que contará com esse dossiê será publicada em julho de 2018.

Em seguida, a revista publicará na 16(2), em setembro de 2018, o dossiê “O Pensamento por Imagens”, com chamada para trabalhos aberta até o dia 31 de agosto de 2018. A edição 16(3) publicará o dossiê “Publicidade, Engajamento e Causas Sociais” e receberá trabalhos até o dia 30 de novembro de 2018. A previsão para publicação da edição 16(3) é dezembro de 2018.

O periódico conta com novo projeto gráfico-editorial buscando viabilizar melhor legibilidade e valorização das fotografias e ilustrações. A proposta editorial também abrigará temáticas e conexões interdisciplinares com objetivo de discutir problematizações da linguagem, produções e processos midiáticos e suas implicações sociopolíticas, práticas profissionais e relações de poder na Comunicação; bem como fenômenos estéticos como marcas das produções culturais que se manifestam sobretudo através da imagem e do som.

Mais informações podem ser encontradas aqui

As três chamadas podem ser conferidas a seguir:

Dossiê Temático / Special Issue
INTERNET E MÍDIAS DIGITAIS: REFLEXÕES SOBRE O PRESENTE, FUTURO E PRÁTICAS
Edição 16(1), julho de 2018

Editora convidada: Carolina Figueiredo (UFPE)
Submissões de artigos completos até 29 de junho de 2018

Tratadas durante muito tempo nos estudos de comunicação social como novidade, a internet e as mídias digitais, denominadas por muitos autores como novas mídias (MANOVICH, 2000) fazem parte há mais de duas décadas da vida cotidiana dos indivíduos nascidos nos grandes centros urbanos ocidentais. Efetivamente, o século XXI será dos nativos digitais e dificilmente as ciências sociais tratarão de fenômenos que não sejam de alguma forma permeados pela internet e por mídias digitais. Termos como “internet das coisas”, “pervasividade” e “realidade aumentada” que antes pareciam saídos de livros de ficção científica passam a fazer parte do cotidiano dos sujeitos, mesmo que eles ainda não estejam completamente conscientes de tais termos, dos fenômenos e interações relacionados a eles e de suas implicações, não só sociais, mas psíquicas, físicas, econômicas e ambientais.

O programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco, ao qual a revista Ícone está vinculada, praticamente nasce sob a égide destas discussões. De 1998, quando foi criado, para cá, dissertações, teses, disciplinas, seminários, eventos de diversas naturezas e, inclusive, artigos em edições anteriores da Revista Ícone apontam para esta vocação implícita, por assim dizer, do programa de tratar do digital. Vocação esta que é em parte provocada pelo espírito do tempo e em parte consequência da curiosidade e dos esforços de pesquisa de alunos e professores que integram e integraram o programa.

Este dossiê temático convida pesquisadores a tratarem da internet e das mídias digitais de acordo com seus próprios interesses, corpus de análises e arcabouços teórico-metodológicos, propondo reflexões sobre o presente, indicando possibilidades para o futuro e, sempre que possível, indo além da teorização e apontando para práticas relacionadas às redes, ao digital e suas implicações em diferentes aspectos das sociedades.

Tópicos em potencial
A revista/a editora receberá/considerará contribuições que explorem questões tais como:
– Internet, mídias digitais e suas implicações na contemporaneidade;
– Como a internet e as mídias digitais afetam as práticas em comunicação;
– Reflexões sobre o presente e perspectivas dos usos da internet e das mídias digitais nas atividades comunicacionais;
– Redes sociais digitais, cartografias, controvérsias e afins;
– Internet das coisas, pervasividade, realidade aumentada e afins;
– Formas de socialização através das redes digitais;
– Política, movimentos sociais e cultura nas redes digitais;
– Narrativas, comunicação, verdade, transmidiação e cultura da convergência nas redes.

Dossiê Temático / Special Issue
O PENSAMENTO POR IMAGENS 
Edição 16(2), setembro de 2018

Editor convidado: Eduardo Duarte
Submissões de artigos completos até 31 de agosto de 2018

As imagens e a difícil arte de encontrar formas de entender o que dizem. O século 20 assistiu ao surgimento de diversas epistemologias estruturais que tentaram explicar, descrever, significar as imagens em formas de análise redutoras de sua compreensão. Entretanto, ao longo do mesmo século 20 algumas poucas tentativas epistemológicas também perceberam a capacidade irredutível da imagem, desdobrando sua problemática noutras formas de percepção e compreensão de seus sentidos. A imagem foi pensada em contiguidade com outras, as imagens passaram a apontar sentidos em constelações ou agrupamentos que fazem emergir conteúdos atemporais, como os arquétipos, ou experiências sensíveis enraizadas na história dos diversos contextos em que produziu sentido. Como falar da imagem sem reduzi-la a explicações arbitrárias?

A presente edição da revista Ícone visa conhecer exercícios do Pensamento por Imagens realizados no campo comunicacional brasileiro e internacional. Nosso objetivo com essa chamada é também descobrir autores, campos epistemológicos e conceitos que norteiam o tatear sempre ambíguo da compreensão das imagens.

Dossiê Temático / Special Issue
PUBLICIDADE, ENGAJAMENTO E CAUSAS SOCIAIS
Edição 16(3), dezembro de 2018

Editor convidado: Rogério Covaleski
Submissões de artigos completos até 30 de novembro de 2018

Alguns dos mecanismos estratégicos da publicidade têm passado por significativa revisão, seja no repensar da ideia dominante da mensagem, nos atributos associados à imagem de marca, no posicionamento imutável ou nos valores que lhe concederiam as láureas de uma lovemark (ROBERTS, 2004). Tais ressignificações põem abaixo alguns dos princípios que regeram a atividade publicitária ao longo das últimas décadas, rompendo com paradigmas hegemônicos. Em anos recentes, o discurso social ganhou voz no meio publicitário e a epistemologia do campo reconheceu tais mudanças, inclinando-se sobre “narrativas engajadas” para observar os valores que tomam os discursos de marcas que assumem posicionamentos de caráter social e passam a representar diversidades e a defender causas, mesmo que nem sempre tais bandeiras pareçam plenamente adequadas às suas estratégias comunicacionais, aos seus valores marcários ou ao repertório de seu público, gerando polêmicas e insurgências. De um lado, haverá aqueles que irão se abster de consumir a marca como forma de protesto, promovendo o boycott. De outro, haverá aqueles que flexibilizarão seu consumerismo e irão deliberadamente comprar os produtos de uma empresa em apoio às suas políticas, proporcionando o que se convencionou por buycott. As responsabilidades que cabem à comunicação de uma marca incluem seus stakeholders, acionistas, colaboradores, fornecedores, distribuidores, consumidores e fãs – além da opinião pública e dos órgãos reguladores do setor, naturalmente. Alinhar interesses mercadológicos a causas sociais nem sempre corresponde às crenças dos diferentes atores envolvidos nesse cenário. Entender que efeitos a defesa de causas pode repercutir no capital social e simbólico dessas marcas, seja a partir de um altruísmo genuíno, seja decorrente de um oportunismo pontual são parte dos objetivos de publicação deste dossiê. Aliada às causas em si defendidas, a forma de gerar engajamento do respectivo público a esses discursos solidários está diretamente associada às histórias contadas por essas marcas, em sua forma e conteúdo. Nesse sentido, as narrativas publicitárias contemporâneas que buscam engajar o público às causas defendidas pelas marcas são o objeto de estudo desta edição da revista Ícone.