“Narrativas midiáticas: tempo presente e história cultural” é tema de dossiê na Revista Alceu

O periódico Alceu, editado pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUC-RJ, está recebendo, até o dia 30 de abril de 2020, trabalhos para o dossiê “Narrativas midiáticas: tempo presente e história cultural”. Os trabalhos selecionados serão publicados na edição 40 da revista, programada para ser publicada em junho de 2020.

De acordo com a chamada de trabalhos (disponível aqui), “Os efeitos sociais das narrativas midiáticas revelam-se múltiplos, e afetam diretamente a produção de significados e a percepção do mundo contemporâneo. As imagens, símbolos e os textos dos meios de comunicação podem ser, portanto, categorias explicativas do tipo de sociedade e do tempo histórico em que estamos inseridos”.

Assim, o objetivo dossiê “é buscar inovações conceituais que aprofundem e sistematizem o estudo das diferentes formas narrativas e suas intercessões na elaboração de representações, subjetividades, divisões territoriais, políticas, sistemas de valores, rituais e práticas de consumo. A proposta procura congregar pesquisas recentes que efetuem análises sobre discursos, linguagens e experiências em diferentes contextos nacionais e internacionais”.

Os autores interessados em publicar papers no dossiê devem seguir as diretrizes para autores, que podem ser acessadas aqui, e enviar seus trabalhos através do sistema OJS do periódico, que pode ser acessado aqui.

“Comunicação e Política” é tema de dossiê na Revista Tríade

A revista “Tríade: comunicação, cultura e mídia”, editada pelo Programa de Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba (UNISO), está recebendo até o dia 22 de março de 2020 contribuições para o dossiê “Comunicação e Política.

Os editores esperam trabalhos que tratem dos temas: a) imagem política; b) mídia e eleições; c) propaganda política; d) formas de uso político das tecnologias de comunicação; e) comunicação pública; f) discurso político e mídia; g) experiências de utilização da internet como espaço de participação e reivindicação política; h) mídias alternativas e eleições.

Os artigos podem ser redigidos em Português, Inglês, Espanhol ou Francês. Os autores devem seguir as diretrizes para submissão do periódico disponíveis aqui. Os artigos devem ser enviados seguindo o template disponibilizado pela revista aqui.

IAMCR Abre Chamada de Trabalhos para seu Congresso em Madrid

A Internacional Association of Mass Communication Research está com chamada aberta para seu congresso até 8 de fevereiro de 2019. O evento acontecerá em Madrid de 7 a 11 de julho na Universidad Complutense de Madrid.

O congresso terá como tema “Comunicação, Tecnologia e Dignidade Humana: Direitos Controvertidos e Verdades Contestadas” com o objetivo de gerar um debate transversal sobre o tema ao longo do congresso, permitindo explorar um mesmo tema a partir de diferentes perspectivas que interajam entre si.

O envio de propostas para as diversas sessões temáticas e grupos de trabalho será realizada exclusivamente através do sistema online do congresso disponível aqui.

Normas para envios de resumos

Os resumos devem ter entre 300 e 500 palavras de extensão, a menos que alguma sessão ou grupo de trabalho tenham alguma diretriz particular a respeito. Todos os resumos devem ser apresentados através do sistema Open Conference System (OCS) da IAMCR/AIES. Não será admitido que nenhum resumo seja enviado através de correio eletrônico a nenhuma Seção ou Grupo de Trabalho

Mais Informações

Em espanhol: aqui
Em Inglês: aqui

Revista Espanhola abre Chamada para Dossiê sobre a Influência de Algoritmos e Sites de Redes Sociais em Democracias

Com o sugestivo título “Hackeo de la Democracia” (Hackeamento da Democracia), a Revista Teknokultura ligada à Universidad Complutense de Madrid abre chamada até o dia 31 de janeiro de 2019 para dossiê sobre o impacto e influência de tecnologias digitais nos processos eleitorais e em outros âmbitos do desenvolvimento da ação política estatal.

O Dossiê busca contribuições que deem conta de análises e estudos sobre o uso de algoritmos para segmento e publicidade seletiva nas eleições como nos casos Brexit, Trump e Bolsonaro. Os trabalhos devem ser submetidos através do sistema de submissão online da revista, que pode ser acessado aqui, e seguirem as normas para autores do periódico que podem ser acessados aqui.

Chamada

Hackeamento da Democracia

Versão original em espanhol, disponível aqui

Análise sobre o impacto e influência das novas tecnologias digitais nos processos eleitorais e em outros âmbitos do desenvolvimento da ação política estatal

Gostaríamos de dedicar o próximo número de Teknokultura ao estudos e análises que abordem o uso massivo de algoritmos de segmentação e publicidade seletiva nas eleições. Como foi visto nos casos recentes de Brexit, Trump e Bolsonaro e abora Vox, o uso destas táticas põe em perigo a democracia ao facilitar a difusão de informações falsas e não checadas.

O escândalo Cambridge Analytica nas eleições norte-americanas e inglesas, e do Whatsappgate no pleito presidencial brasileiro ajudaram a compreender este fenômeno, que põe nas mãos da propaganda partidária todo o poder das tecnologias digitais para modificar o estado de opinião.

A estratégia consiste, no final das contas, em aproveitar a erosão do limite entre a comunicação privada e a social que as tecnologias digitais propiciam. Assim, aproveitando a acumulação massiva de dados, junto com os canais privados de difusão da informação, é possível promover os discursos mais reacionários sem necessidade de responder à crítica pública.

Da mesma forma, no próximo número aceitaremos também artigos de outros temas que estejam relacionados com a relação entre democracia, ativismo e direitos sociais.

Retratação: o título mais correto seria “crackeamento da democracia”, pois estas operações não respondem à ética hacker, mas ao interesse privado.

Revista Contracampo abre chamada para o dossiê “Mídia, Reconhecimento e Constituição de Subjetividades”

A Revista Contracampo: Brazilian Journal of Communication, vinculada ao PPGCOM da UFF, está com chamada aberta, até o dia 5 de abril de 2019, para submissão de artigos ao dossiê “Mídia, reconhecimento e constituição de subjetividades”.

Os trabalhos devem ser submetidos através do sistema online de submissão do periódico que pode ser acessado aqui. Os textos devem seguir as diretrizes para autores da revista disponíveis aqui.

Este número contará com os pesquisadores Bruno Campanella (UFF) e João Carlos Magalhães (London School of Economics) como editores convidados. A Contracampo continua aceitando também trabalhos em fluxo contínuo para a seção de “temáticas livres”.

Chamada

Mídia, reconhecimento e constituição de subjetividades

Debates sobre como identidades de atores sociais são constituídas por meio de processos de reconhecimento intersubjetivo são parte central da teoria crítica atual. De origem hegeliana, o tema ressurgiu a partir dos anos 1990, como tentativa de teorizar a demanda por políticas identitárias em sociedades multiculturais (Taylor, 1992) e como uma filosofia socioética que aprofunda as dimensões práticas de reconhecimento a partir da análise dos conflitos sociais, vistos como motor de transformação da sociedade (Honneth, 1992).

Se processos de reconhecimento dependem da possibilidade da comunicação (Honneth, 2001), é curioso que seus proponentes ignorem o papel da mídia – e que estudiosos de mídia raramente estudem processos de reconhecimento.

Chama também atenção que os poucos trabalhos que propõe este tipo de análise (tais como Maia, 2014; Couldry, 2010) pensam os processos de ‘reconhecimento mediado’ como eminentemente positivos, ou seja, eles tratam os meios de comunicação como artefatos importantes na formação de subjetividades capazes de se autorrealizar. Esse contexto torna-se ainda mais complexo, contudo, quando percebemos que tais análises não levam em conta algumas práticas midiáticas contemporâneas, especialmente ligadas às mídias sociais, atravessadas por lógicas econômicas que valorizam uma busca individualizada e despolitizada de reconhecimento.

Essa lacuna epistemológica parece estar em descompasso com a maneira com que as mídias estruturam visibilidades e invisibilidades, o que afeta a própria possibilidade de que os atores sociais se reconheçam uns aos outros. Considerando a importância dos processos de mediatização e dataficação da sociedade (Couldry e Hepp, 2017), esse tema mostra-se ainda mais relevante.

Diante dessas questões, a revista Contracampo, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (http://periodicos.uff.br/contracampo), convida autores a submeterem trabalhos originais que discutam as relações entre mídia e reconhecimento. Temas de interesse incluem (mas não se limitam a):

– Representação de minorias na imprensa e na TV

– Movimentos sociais, mídia e luta por reconhecimento

– Polarização política nas redes sociais

– Autorrepresentação nas mídias sociais e a busca por reconhecimento

– A formação de disposições psicológicas e comportamentais ligadas ao reconhecimento nas mídias

– Monitoramento de dados digitais (“dataveillance”) e reconhecimento

Encontro Nacional de Professores de Jornalismo Recebe Trabalhos para sua 16ª Edição

Os interessados em apresentar trabalhos no 18º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo (ENPJ) devem enviar seus textos até o dia 11 de fevereiro de 2019. Promovido pela Associação Brasileira de Ensino do Jornalismo (Abej/FNPJ), o evento ocorrerá em Londrina (PR) entre os dias 26 e 27 de abril de 2019.

Os trabalhos podem ser apresentados em um dos seguintes Grupos de Pesquisa do 14º Ciclo Nacional de Pesquisas em Ensino e Extensão em Jornalismo: Atividades de Extensão, Ensino de ética e de Teorias do Jornalismo, Pesquisa na Graduação, Produção Laboratorial – Eletrônico, Produção Laboratorial – Impressos e Projetos Pedagógicos e Metodologias de Ensino

A inscrição do autor no evento é obrigatória e pode ser feita e paga pelo Site Oficial do Evento com os seguintes valores até o dia 25/03/2019:

Professores e profissionais – R$ 170,00.

Estudantes de Pós-Graduação: R$ 80,00;

Estudantes de Graduação em Jornalismo têm taxa diferenciada, de R$ 30,00;

Sócios do Abej com a anuidade em dia estão isentos da taxa de inscrição.

Para mais informações acesse o sistema de conferências da ABEJ aqui ou clique aqui para se inscrever.

Revista Comunicação & Sociedade abra chamada para Dossiê sobre “Bolsonarismo e a Mídia”

A Revista Comunicação e Sociedade está recebendo contribuições para o Dossiê “Bolsonarismo e a Mídia: Fake News, Pós-Verdade e a Ascensão do Populismo de Direita no Brasil e no Mundo” até o dia 25 de fevereiro de 2019.

Os artigos devem ser submetidos pelo sistema eletrônico da revista, que pode ser acessado aqui, e devem seguir as normas propostas pela publicação que podem ser acessadas aqui.

O periódico espera trabalhos que tratem sobre a comunicação associada ao populismo e à ascensão de políticos de direita no Brasil. Os trabalhos podem tratar de temas como a relação entre imprensa e Bolsonararismo, Fake News e Campanha Política.

O Dossiê será publicado no Volume 41, número 1 do periódico (jan-abr 2019) no dia 30 de abril de 2019. Os editores convidados para o Dossiê são Carlos Alberto Messeder (UFRJ), Gustavo Said (UFPI), Richard Romancini (USP) e Viktor Chagas (UFF).

Chamada

A comunicação associada ao populismo e à ascensão de políticos de direita tem recebido a atenção de acadêmicos do mundo todo, o que se reflete em edições especiais de revistas científicas e livros – como o v. 9, n. 20, da Information, Communication & Society, e a coletânea Trump and the media (2017). Aspecto notável desses trabalhos é o destaque à internet, que estaria criando novas oportunidades para a propagação dos discursos pelas lideranças e para a organização dos apoiadores. Fala-se mesmo numa transformação do ambiente midiático, aproveitada de maneira estratégica pelos conservadores.

No contexto brasileiro, o “retorno da direita” ao cenário político tem sido discutido em trabalhos, como a coletânea Direita, volver! (2015), nos quais a comunicação produzida pelos conservadores locais, bem como a relação desses grupos com a mídia tradicional, são também, em alguma medida, abordadas.

Com a recente eleição de Jair Bolsonaro essas questões ganham mais relevância. Desse modo, para avançar o conhecimento sobre essas temáticas, nesta chamada de trabalhos, convidamos os pesquisadores a refletir sobre a emergência da “nova direita” no país, bem como os significados e as possíveis consequências da primeira eleição pelo voto popular de um presidente de extrema direita no Brasil. Os autores poderão submeter artigos de pesquisa, ensaios e entrevistas (com investigadores e indivíduos que ajudem a lançar luz sobre os temas mencionados), que enfatizem as características midiáticas e comunicacionais dos objetos de estudo.

Possíveis temas, sem a exclusão de outras questões pertinentes, são:

– Análises sobre as Eleições 2018, com ênfase nas estratégias desenvolvidas pela campanha de Bolsonaro à presidência, no uso das mídias sociais (Facebook, Twitter, YouTube, WhatsApp, e outras), e na articulação entre campanha online e mobilizações nas ruas.

– Reflexões sobre o aspecto performático de manifestações de apoio aos candidatos: coreografias, carreatas, o comércio de roupas e acessórios.

– Análises sobre a cobertura midiática das eleições, o papel da imprensa de prestígio (quality press), ameaças à liberdade de imprensa, pressões e ataques a profissionais, a credibilidade dos meios tradicionais em xeque.

– Estudos sobre os efeitos da difusão e circulação de fake news, limites éticos da propaganda eleitoral e a atuação de grupos de interesse e núcleos profissionalizados na campanha de Bolsonaro e seus aliados.

– Avaliações sobre o Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral e mudanças no ecossistema midiático das campanhas.

– Investigações sobre recursos retóricos e estratégias discursivas empregadas pelos candidatos e sua militância: memes, áudios e vídeos virais, santinhos virtuais etc.

– Estudos sobre o impacto e os limites da campanha negativa, incluindo manifestações e ações coletivas de agravo à candidatura de Bolsonaro (#elenão, #caixa2dobolsonaro).

– Reflexões sobre o discurso moral (contra a corrupção, contra a “ideologia de gênero”, contra o feminismo” e pelos bons costumes), o discurso de ódio, e o antipetismo.

– Discussões sobre as fronteiras teórico-epistemológicas do conceito de populismo e sua relação com a mídia, construções identitárias da “nova direita”, e o recrudescimento de grupos conservadores no Brasil e no exterior.

– Análises comparadas da trajetória e das estratégias de comunicação de Bolsonaro e outros políticos associados à direita e à extrema direita no Brasil e em outros países (Trump, Berlusconi, etc.).

– Investigações sobre produções midiáticas ficcionais que evocam imaginários e valores morais conservadores (como p.ex. O Mecanismo).

– Reflexões sobre o papel de celebridades midiáticas no processo eleitoral.

– Antecedentes da Era Bolsonaro: Junho de 2013, o golpe de 2016, a prisão de Lula, e outros acontecimentos marcantes recentes.

– Horizontes e perspectivas sobre as relações entre mídia e democracia.

Revista Index.Comunicación Recebe Trabalhos que Discutam o Papel do Jornalismo nas Democracias

A revista Index.Comunicación abriu chamada de trabalhos para o dossiê “Jornalismo para quem? Olhares sobre o jornalismo à luz da democracia”. O periódico recebe contribuições até o dia 10 de abril de 2019. Os trabalhos aceitos serão publicados em junho 2019.

Os artigos devem ser enviados através do sistema de submissões eletrônico da revista, que pode ser acessado aqui, e devem seguir as normas de publicação estabelecidas por seu comitê editorial, disponíveis aqui.

O dossiê aceita trabalhos que discutam o papel do jornalismo na democracia à luz de suas contradições, pois apesar da narrativa que coloca o jornalismo como um pilar da democracia, as grandes empresas do campo sempre atuaram na defesa de golpes de estado em países da América Latina e Península Ibérica e de pautas contemporâneas tributárias aos interesses do mundo financeiro e do conservadorismo.

A coordenação do dossiê está a cargo de Frederico de Mello Brandão Tavares (UFOP) e Phellipy Pereira Jácome (UFMG). O periódico é editado pela Universidade Rey Juan Carlos, Madri, Espanha e recebe artigos em português, inglês e espanhol.

Chamada

O jornalismo é considerado um tipo de prática social realizada por um conjunto de instituições voltadas, a princípio, ao aperfeiçoamento da democracia. Apesar disso, as tensões entre jornalismo, política e mercado jogam luz sobre as contradições dos discursos que validam historicamente esse ideal jornalístico. As mídias informativas e suas atuações históricas nos golpes civil-militares na América Latina e na Península Ibérica, bem como na construção de pautas contemporâneas tributárias aos interesses do mundo financeiro e ao conservadorismo, colocam em questão o lugar social ocupado pelo jornalismo e solicita um olhar sobre sua identidade, sua historicidade e seus usos.

Quais os impactos de coberturas jornalísticas na formação de uma agenda democrática? Como pensar a relação entre a mídia e ascensão de movimentos políticos conservadores em âmbito mundial? De que maneira refletir sobre os meios de comunicação e seu dever de memória? As tensões entre os grandes jornais estadunidenses e o presidente Donald Trump, a construção enviesada de narrativas que contribuíram para as derrubadas recentes de governos de esquerda na América Latina, o olhar sobre os refugiados e a crise migratória, similitudes e diferenças nas agendas midiáticas pós 1960 e anos 2000 na Ibero América, bastidores e interesses na formação e no tipo de produção noticiosa dos conglomerados de mídia, reportagens sobre as reformas trabalhistas no âmbito europeu e latinoamericano: como problematizar esses fatos sem cair em visões dicotômicas ou simplistas sobre a realidade e o próprio jornalismo?

Este dossiê propõe o recebimento de artigos e ensaios provenientes de pesquisas e reflexões que repensem e complexifiquem o lugar naturalizado e pouco problematizado do jornalismo em Estados Democráticos, tomando estes últimos e seus preceitos como chave interpretativa de processos sociais mais amplos, incluindo os midiáticos.

Revista abre Call for Papers para Comemorar 40 anos do Movimento LGBT no Brasil

Comemorando os 40 anos de existência do Movimento LGBT no Brasil, a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis) está recebendo trabalhos para o Dossiê “40 Anos de Movimento LGBT no Brasil: Comunicação, Saúde e Direitos Humanos” até o dia 31 de janeiro de 2019.

Os artigos devem seguir a normalização indicada pela revista, disponível aqui. As submissões devem ser realizadas pelo sistema eletrônico da revista que pode ser acessado aqui. Os trabalhos aceitos serão publicados em junho de 2019. A Reciis é editada, desde 2007, pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

 

Chamada

O movimento LGBT organizado comemora, em 2018, 40 anos de atuação no Brasil. A historiografia consolidou como marco fundador da militância homossexual no país a criação do grupo Somos – Grupo de Afirmação Homossexual, em 1978. O movimento em defesa dos direitos LGBT surgiu como um ato de resistência em plena ditadura militar, marcada pela repressão e por ideais conservadores.

Desde o seu surgimento, o movimento social de luta pelo reconhecimento da diversidade sexual e de gênero passou por transformações profundas. A articulação de coletivos inicialmente identificada como o Movimento Homossexual Brasileiro (MHB) passou a se denominar de Movimento LGBT, reflexo da multiplicação das bandeiras de luta e dos personagens envolvidos nas reivindicações.

Os esforços empreendidos para que a população LGBT goze de direitos plenos conquistou, nas últimas décadas, resultados positivos como a retirada da homossexualidade da lista de doenças do então Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), a possibilidade da realização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais homossexuais.

Contudo, as conquistas recentes vêm acompanhadas com o aumento da intolerância e dos crimes de ódio. Lideres neopentecostais midiáticos e políticos da direita conservadora vêm sistematicamente promovendo o discurso de detração a todos os corpos que não se enquadram na heteronorma. Projetos para criminalizar a homofobia, como a PLC 122, são barrados pela bancada evangélica enquanto a cada 19 horas um LGBT é assassinado ou se suicida vítima da LGBTfobia, segundo dados do Grupo Gay da Bahia.

O dossiê, ao comemorar os 40 anos do movimento LGBT brasileiro, pretende reunir trabalhos que rememorem criticamente os marcos temporais desta história. Buscamos promover o debate acerca dos acontecimentos do passado para ajudar a refletir sobre os desafios do presente. Convidamos, assim, os autores interessados, a enviarem artigos que articulem a história do movimento com aspectos do campo da comunicação, da saúde e dos direitos humanos. Como sugestão, propõe-se, para esta chamada, os seguintes eixos articuladores:

– A formação e a transformação do movimento LGBT no Brasil
– O impacto da HIV/AIDS e os novos desafios pós-coquetel
– Imprensa Homossexual
– Grupos Militantes, Associações e ONGs de ação LGBT
– Cultura midiática e personalidades LGBT
– Estratégias e produtos comunicacionais para o engajamento político em torno de causas LGBT
– Invisibilidades e apagamentos
– Violência e crimes de ódio contra a população LGBT
– Comunicação e narrativas públicas de empoderamento
– Despatologização e descriminalização das identidades de gênero e orientação sexual
– Atendimento no SUS a população LGBT
– Travestis e Transsexuais: o acesso ao ensino e o ingresso no mercado de trabalho
– Interseccionalidade

Revista Âncora abre Chamada para Dossiê sobre Intersecções entre Jornalismo e as Ciências Sociais e Humanas

A Revista Âncora, editada pela Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), abre chamada para o dossiê “Jornalismo, Ciências Sociais e Humanas: intersecções, transversalidades e fronteiras”. Os textos devem ser enviados até o dia 15 de fevereiro de 2019 pelo sistema de submissão online do periódico que pode ser acessado aqui.

Para submissão dos artigos, que devem ter entre 30 mil e 40 mil caracteres, incluindo as notas e referências bibliográficas; o(a)s autore(a) devem atentar para as normas editoriais disponíveis aqui.  Serão aceitos artigos em Português, Inglês, Francês ou Espanhol.

O dossiê busca contribuições que tratem das intersecções entre o campo reflexivo do jornalismo e as Ciências Sociais e Humanas como Sociologia, História e Literatura uma vez que mesmo se constituindo como um campo acadêmico independente, o jornalismo nunca abandonou sua vocação inter e multidisciplinar.

Âncora também recebe artigos em regime de fluxo contínuo, sobre as mais variadas temáticas que envolvem o campo jornalístico, na descrição das suas práticas, processos e produtos.

Chamada
O campo reflexivo do jornalismo, ao longo da sua trajetória histórica, recebeu contributos fundamentais das áreas das ciências humanas e sociais, num debate que promoveu intersecções relevantes para a sua compreensão como um campo de conhecimento. Pesquisadores de diferentes áreas de estudo e países se interessam às interfaces do jornalismo com a literatura (Martinez, 2016; Ruellan, 2007; 1997), a sociologia (Goulet; Ponet, 2009; Tavernier, 2009), a história (Romancini, 2010) entre outras áreas.

É certo que, nos últimos cinquenta anos, sobretudo no Brasil, com a ampliação dos cursos de graduação e pós-graduação na área, e o fortalecimento das redes de pesquisa, o campo jornalístico foi ganhando autonomia e especificidade sem, entretanto, abdicar do relevante espaço inter e multidisciplinar que o constituiu como campo de saber.

Na contemporaneidade, quando os processos de produção, distribuição e recepção/audiências jornalísticas são profundamente afetados pelo paradigma tecnológico, torna-se indispensável refletir acerca de tais processos, a partir de uma visada que possa incorporar os múltiplos conhecimentos e aportes das ciências humanas e sociais.

Ainda que em menor escala, Âncora tem acolhido alguns trabalhos que apontam para esse diálogo interdisciplinar entre o campo jornalístico e outras áreas, a exemplo da história. Nesse eixo-temático, pretendemos ampliar esse debate, na expectativa de recebermos produções que fortaleçam nosso intercâmbio com os campos da educação, educomunicação, literatura, sociologia, psicologia social, entre outras áreas das ciências humanas que dialogam com o jornalismo.

Igualmente, o eixo-temático busca fortalecer intersecções entre o jornalismo e a história, campos interdisciplinares com mútua colaboração. História e jornalismo constituem-se em modos distintos de narrar? É certo que a história cuida das grandes narrativas, envolvendo grandes temporalidades lineares. O jornalismo, por sua vez cuida do presente, do agora. Notícia publicada, transforma-se, portanto, em documento para a história. Já a narrativa histórica serve como fonte para o trabalho do jornalista. De fato, os jornalistas recorrem regularmente a historiadores bem como a pesquisadores do campo das ciências sociais para comentar, explicar ou aprofundar as notícias. O que dizer então do profícuo campo das ciências sociais, onde o jornalismo contemporâneo nacional e internacional reverbera em múltiplas pesquisas envolvendo sociedade, política, antropologia, entre tantas outras? O que dizer ainda da literatura, como, por exemplo, a literatura francesa e sua influência no jornalismo brasileiro principalmente no século XIX?

Esperamos pois, que nosso dossiê converta-se nesse espaço para o acolhimento de pesquisas, relatos e reflexões que venham possibilitar um debate significativo sobre esse conhecimento amplo e diversificado, com ênfase para a especificidade do jornalismo, em diálogo ou eventuais confrontos com outras áreas do conhecimento.