2° Foro Iberoamericano de Cátedras UNESCO en Comunicación

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A Universidad Iberoamericana Ciudad de México realiza nos dias 03 e 04 de outubro o 2° Foro Iberoamericano de Cátedras UNESCO en Comunicación. O evento contará com a conferência magistral de César Bolaño (UFS), com o tema “Crítica da comunicação e da economia política da internet em tempos de globalização neoliberal”.

Na mesma semana no México será realizado o “Encontro da Rede Celso Furtado de Pesquisa em Comunicação, Cultura e Desenvolvimento”, que  ocorrerá das 10h às 14h do dia 04 de outubro na Universidad Autoónoma do México – Cuajimalpa, como pré-evento do XIII Congreso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicação , promovido pela ALAIC, que será de 05 a 07 de outubro na UAM-C.

Programação do 2º Foro Iberoamericano de Cátedras UNESCO

3 de outubro (segunda-feira)

– 9:00-9:30 Registro

– 9.30-11:00 Conferência magistral

“Crítica da comunicação e da economia política da internet em tempos de globalização neoliberal”

Dr. César Bolaño (Universidad de Sergipe, Brasil)

– 11:00-13:00 Mesa 1: Identidade, tecnologia e processos socioculturais

“Os domínios do gosto. O caso do consumo cultural de crianças e jovens na Cidade do México através dos suportes digitais”, Vivian Romeu y Maylén Alvarez (Universidad Iberoamericana, CdMx)

“As tecnologias da Comunicação e o desafio do diário viver”, Rosario Sánchez Vilela (Universidad Católica de Uruguay)

“A violência contra as mulheres jornalistas na América Latina” Ruth de Frutos (Universidad de Málaga, España)

“Os espectros da UNESCO: tecnologia e humanismo”, Fernando García Masip (Universidad Autónoma Metropolitana-Xochimilco)

“Te parece tanto a mim. Aproximações ao fenômeno de Juan Gabriel e a identidade do mexicano“, Julia Palacios Franco (Universidad Iberoamericana, CdMx)

Moderador: Manuel Alejandro Guerrero

– 16:00-18:00 Seminário “Economia política da comunicação e cultura”

Dr. César Bolaño (1ª. Sesión)

Terça 4 de outubro

9:00-11:00 Mesa 2: Redes de comunicação em tempos de convergência digital

“Neo através do espelho: imersão, extraversão e jogo na narrativa da convergência”, Giancarlo Cappello (Universidad de Lima, Perú)

“A jaula digital: direitos humanos e liberdades públicas na era do mercado aumentado”, Bernardo Díaz Nosty (Universidad de Málaga, España)

“Câmbios metodológicos de um observatório para compreender a transição do canal de televisão à plataforma digital em tempo de convergência” Gilberto Eduardo Gutiérrez (Universidad Javeriana Bogotá, Colombia)

“Fotografia documental no México: entre o jornalismo e a arte”, Sergio Rodríguez Blanco (Universidad Iberoamericana CdMx)

“Intervenção urbana através do documental”, Pablo Martínez Zárate (Universidad Iberoamericana CdMx)

Moderadora: Sandra Vera

11:00-13:00 Mesa 3: Discursos, imagens e representações

“Narrativa gráfica contemporânea de carácter documental. O caso da novela gráfica Cumbe”, José Gutiérrez Razura (Universidad Iberoamericana, CdMx)

“Do longa-metragem documental Presunto Culpable e as barreiras de sentido”, Alberto Cabañas (Universidad Iberoamericana, CdMx)

“Novas tendências no cinema documental mexicano”, Fernando Moreno Suárez (Universidad Iberoamericana, CdMx)

“O fio da ficção: verdade, história y teatralidade” Edwin Culp Morando (Universidad Iberoamericana, CdMx)

“Imagens culturais dos jovens nas telas” Maricela Portillo (Universidad Iberoamericana, CdMx)

Moderador: Federico Mastrogiovanni

16:00-18:00 Seminario “Economía política da comunicação e cultura”

Dr. César Bolaño (2ª. Sesión)

Brinde de Encerramento

 

Inscrições abertas para o Seminário Privavidade, Sigilo e Compartilhamento, no Sesc-SP

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Estão abertas as inscrições para o seminário ‘Privacidade, Sigilo e Compartilhamento: o impacto das novas tecnologias na comunicação’. O evento, a ser realizado nos dias 17 e 18 de novembro no CPF (Centro de Pesquisa e Formação) do Sesc, irá discutir o exercício da liberdade de expressão em ambientes digitais e tem chamada aberta até o dia 13 de outubro para artigos.

Os debates serão sobre os desdobramentos sociais de temas como o direito ao silêncio e ao esquecimento, segurança na Internet, além do vazamento de informações e proteção de dados.

Entre os confirmados para o evento, estão os professores da ECA-USP Eugênio Bucci e Luli Radfaher, a advogada e integrante da Comissão Especial de Defesa da Liberdade de Expressão da OAB, Taís Gasparian, o jornalista Allan de Abreu e a professora da FAU-USP Giselle Beiguelman.

Organizado pelo Obcom (Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura da ECA-USP), o Instituto Palavra Aberta e o Sesc, por meio da unidade CPF, o evento terá duas formas de inscrição: ouvinte ou apresentação de trabalho. Nos dois casos, a inscrição é gratuita e terá certificado de participação.

As propostas de trabalhos poderão ser enviadas individualmente ou em coautoria. Professores, pesquisadores, estudantes, profissionais, agentes culturais e representantes de entidades governamentais, privadas e do terceiro setor, podem enviar trabalhos com interesse no tema proposto. Após avaliação, as propostas serão agrupadas de acordo com critérios de afinidade temática a fim de organizar grupos de discussão durante o evento. As apresentações terão 15 minutos cada.

Para a coordenadora do Obcom, Profa. Dra. Cristina Costa, o Seminário Privacidade, Sigilo e Compartilhamento será uma oportunidade especial de discutir os desafios contemporâneos da liberdade de expressão.

“O desenvolvimento das novas tecnologias coloca a questão da liberdade de expressão em novo patamar, colidindo, muitas vezes, com outros direitos, como autoria, privacidade, segurança, entre outros. Para debater os novos limites que se impõem à liberdade de expressão, estudaremos  essas questões no seminário”, afirma Cristina Costa.

Para informações e inscrições para o Seminário Privacidade, Sigilo e Compartilhamento acesse o link: http://obcom-usp.com.br/

Inscrição de trabalhos

O segundo dia de trabalho apresentará ARTIGOS de pesquisadores inscritos e selecionados de acordo com a pertinência em relação ao tema. As inscrições poderão ser feitas entre 13 de Setembro e 13 de Outubro. Uma comissão de especialistas organizada pelas coordenadoras selecionará as propostas e organizará as mesas que contarão com um coordenador. O resultado será publicado em outubro. Serão três mesas com cinco participantes cada, em três horários diferentes perfazendo um máximo de sessenta (60) trabalhos a serem selecionados.

1. Submissão dos Trabalhos:
Serão recebidos trabalhos que estejam inseridos dentro do tema proposto para o Seminário.
Poderão submeter trabalhos, individualmente ou em coautoria, professores, pesquisadores, estudantes, profissionais, agentes culturais e representantes de entidades governamentais, privadas e do terceiro setor, com interesse no tema proposto.
Posteriormente, estes trabalhos serão agrupados de acordo com critérios de afinidade temática a fim de organizar grupos de discussão durante o evento. As apresentações orais serão de 15 minutos cada.

2. Formato da apresentação da proposta e envio:
A proposta deverá conter título, um resumo de até 4000 caracteres com espaço, bibliografia e mini-currículo.
Os resumos devem ser enviados utilizando o Formulário de Inscrição de Trabalhos
A submissão e a participação são gratuitas. Haverá certificados de participação e de apresentação dos trabalhos.

Seminário Privacidade, Sigilo, Compartilhamento

Data: 17 e 18 de novembro de 2016

Horário: 10h-19h

Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc de São Paulo

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar

Bela Vista – São Paulo – SP

Organização: Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura da USP (Obcom); Instituto Palavra Aberta e Centro de Pesquisa e Formação do Sesc de São Paulo (CPF-Sesc).

Contato: obcom@usp.br; www.usp.br/obcom – 3091-1607

Entrevistas para livro “Mídia, Misoginia e Golpe”

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O Laboratório de Políticas de Comunicação – Lapcom, e o Grupo de Trabalho Políticas e Estratégias de Comunicação da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, convidam pesquisadores de Gênero, Comunicação e Política, a participarem do livro “Mídia, Misoginia e Golpe”. 

A obra será composta por entrevistas, realizadas por pesquisadores, de personalidades acadêmicas e políticas, nacionais e internacionais, que possuam reflexões importantes sobre o tema proposto. O interessado em participar da obra, na qualidade de entrevistador, tem até o dia 30/09/2016 para enviar a proposta de entrevista contendo: nome/perfil do entrevistado, em até 10 linhas, justificativa da escolha do entrevistado em até 5 linhas, e nome/perfil do entrevistador, em até 5 linhas. A proposta de entrevista deve ser encaminha para o e-mail lapcom.ppgfac@gmail.com

Os aceites serão enviados até o dia 5/10/2016 e o pesquisador tem até o dia 5/11/2016 para entregar a entrevista pronta, o qual deverá contemplar respostas a cinco questões, além das considerações finais: 

  1. Você define o impeachment de Dilma Rousseff como um golpe? Por quê?
  2. Qual a participação da mídia nesse processo? Dê exemplos.
  3. Em algum aspecto você acha que a questão de gênero foi relevante junto à impressa e à opinião pública a influenciar a cobertura do processo de impeachment? Dê exemplos.
  4. Você identificou algum aspecto de misoginia – aqui definido como ódio ou aversão às mulheres – na relação que a mídia, os políticos e o Judiciário estabeleceram com Dilma Rousseff?
  5. Você considera que o impeachment de Dilma Rousseff terá algum impacto na participação feminina na política? Em que sentido?
  6. Considerações finais

Chamada de artigos para a Revista Comunicação Pública

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A Revista Comunicação Pública, vinculada à Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, convida os investigadores na área da Comunicação a submeter, até 30 de Dezembro de 2016, propostas de artigos e resenhas para publicação no volume 12, nº 22 (2016).

Os artigos devem respeitar as normas e estilos de formatação (http://cp.revues.org/628) e ser submetidos por via eletrônica para o seguinte e-mail: cpublica@escs.ipl.pt. Aceitam-se artigos em Inglês, Espanhol ou Português.

As colaborações propostas à CP devem ser enviadas em Microsoft Word e conter resumo até 900 caracteres, 5 palavras-chave na língua em que estão escritos e também em inglês (no caso do artigo não estar escrito nesta língua) e os dados de identificação do autor (instituição, categoria, elementos de contacto e área de especialização). Os textos completos dos artigos, com bibliografias, anexos e referências não devem exceder 50.000 caracteres, incluindo espaços, notas, bibliografia, quadros, imagens, etc.; os estudos, notas e recensões individuais não deverão ultrapassar os 10.000 caracteres. (Para mais informações consultar Normas de Publicação).

A seleção dos artigos a publicar está sujeita a um processo de avaliação de double blind refereeing.

Revista

A Comunicação Pública (CP) é uma revista científica destinada à publicação de trabalhos académicos, notas críticas e recensões de livros na área da comunicação e media (por exemplo: marketing, publicidade, relações públicas, multimédia, jornalismo, indústrias culturais, culturas visuais, etc.). A Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa é promotora deste projecto editorial de raiz multidisciplinar que abrange várias áreas científicas tais como Sociologia, Antropologia, Filosofia, Economia, Psicologia, Estatística entre outras. A selecção dos artigos a publicar está sujeita a um processo de avaliação de double blind peer review.
A Revista encontra-se indexada às seguintes bases de dados e directórios: Revista indexada: DOAJ, Latindex, JournalTOCS, MIAR, RevisCom, Revues.org

Para mais informações, consulte:
www.cp.revues.orghttp://www.escs.ipl.pt/investigacao/revista-comunicacao-publica

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Chamada para Revista Movimento

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A Revista Movimento está com chamada aberta até o dia 15 de outubro de 2016 para trabalhos de temática livre, na perspectiva de mapear e compreender de maneira mais ampla as pesquisas de pós-graduação em andamento no Brasil na área do Audiovisual. 

A Revista Movimento (Qualis B3 CSA1), publicação discente do programa de pós-graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP, foi criada com a finalidade de contribuir com os debates que hoje envolvem as mais variadas áreas e linhas de pesquisa do campo Audiovisual. Com a intenção de ampliar o acesso aos trabalhos acadêmicos desenvolvidos por pós-graduandas e pós-graduandos, também faz um convite para que doutoras e doutores, mestras e mestres recém titulados publiquem seus artigos como forma de estimular a reflexão entre jovens pesquisadoras e pesquisadores.

O periódico aceita colaboração de trabalhos em diversas seções: artigos, ensaios, traduções, entrevistas, resenhas, ensaios sobre poéticas audiovisuais finalizados e em processo.

Para formatar seu trabalho verifique as normas de publicação em www.revistamovimento.net e envie suas contribuições para o e-mail  movimento@usp.br.

Conversa Pública sobre a EBC no Rio de Janeiro

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No dia 24 de setembro, a partir das 16h, a Casa Pública promove mais uma entrevista ao vivo da série Conversas Públicas. Desta vez, a EBC está em pauta. O ex-presidente da empresa Ricardo Melo, exonerado na última quinta-feira, dia 15/09, a ex-presidente Tereza Cruvinel e o colunista do UOL Mauricio Stycer vão debater o futuro da comunicação pública no Brasil. Os jornalistas irão compartilhar suas opiniões sobre o tema com o público, que também participa da entrevista.

A entrevista será comandada pela Marina Amaral, jornalista e co-diretora da Agência Pública. O evento começa às 16 horas e é aberto ao público. A Casa Pública fica na Rua Dona Mariana, 81 – Botafogo.

A conversa será transmitida também por streaming no canal da Agência Pública no Youtube: youtube.com/apublica

Chamada de artigos para dossiê “As crises e os processos comunicativos”

mediapolis

Até dia 29 de dezembro, a revista Mediapolis está com chamada aberta para receber artigos focados nos efeitos, modelos, estratégias e atores que assumiram e assumem forma na relação entre a comunicação e os diversos processos de crise econômica, política e social, tanto em Portugal como noutros pontos do Mundo.

Ementa

O final da década de 2000 marcou o início de um processo de transformações e convulsões políticas, econômicas e sociais que atravessaram fronteiras. Resultado do colapso dos mercados financeiros, por todo o mundo ficou clara uma célere profusão de cenários de falência empresarial, bancarrota de países e demissões coletivas. Como resposta, multiplicaram-se os contextos de contestação social, que conheceram novos modelos de ação e novos atores. Paralelamente, no Norte de África e Médio Oriente, o acordar de uma primavera de convicções e ideais foi acompanhado pelo despertar de novos grupos e pela promoção de novas tensões, cujo desfecho é patente na proliferação de contextos de conflito, na exterminação das bases culturais dos seus povos e na gênese de uma crise humanitária paradigmática. Como corolário da promoção de tensões políticas, a América do Sul viu-se tomada por uma série de crises políticas que subsistem atualmente.

Inserida num quadro de constante atualização tecnológica e, ela própria, refém de uma conjuntura de crise, a comunicação assumiu um papel central no desenrolar de cada um destes processos. No lugar de narrativa dos acontecimentos, viu novos modelos de jornalismo tomar lugar e o surgimento de novas fontes e de novas práticas, na organização dos diferentes eventos; viu surgirem novas estratégias e novos meios; e, na contingência e resolução de riscos e ameaças, viu surgirem novas ferramentas e novas problemáticas.

No sentido de fomentar um debate mais alargado sobre estas questões, a revista Mediapolis – Revista de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público vai promover um número dedicado à temática central “As crises e os processos comunicativos”, para o qual convida todos os investigadores a submeterem artigos focados na matéria. Desta forma, serão privilegiadas as contribuições teóricas ou metodológicas, estudos de caso ou outras investigações que forneçam ferramentas para a criação de conhecimento sobre

– os efeitos,

– os modelos,

– as estratégias

– e os atores que assumiram e assumem forma na relação entre os diferentes processos comunicativos, em que se compreende

– a informação e o jornalismo,

– a comunicação organizacional,

– a publicidade

– ou as relações públicas,

e os diversos processos de crise econômica, política e social.

Esta chamada encontra-se aberta até o dia 29 de dezembro de 2016. Os artigos deverão ser enviados para o e-mail revmediapolis@gmail.com. As normas de formatação e redação poderão ser encontradas no seguinte link: tinyurl.com/normasmediapolis.

Revista

Mediapolis – Revista de Comunica­ção, Jornalismo e Espaço Público é uma revista do Grupo de Investigação de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público (GICJEP), do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20), da Universidade de Coimbra. Com a presente edição, pretendemos dar relevo público a um projeto de investigação que reúne um grupo de investigadores de várias áreas disciplinares, mas que encontram nas Ciências da Comunicação o seu polo comum de estudo e pesquisa. O projeto assume como principal preocupação a investigação da comunicação, do jornalismo e do espaço público, não como áreas disciplinares e de saber estanques, mas como problemáticas socialmente relevantes e relacionadas, numa perspetiva científica e crítica. 

Seminário Obscom/PPGCOM UFS nesta quarta

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O Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM-CEPOS), ligado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Sergipe, realizará nesta quarta-feira, 21/09, a partir das 14h, um seminário com dois convidados externos para discutir os temas abaixo relacionados. O Seminário é aberto aos interessados e será realizado no andar superior do prédio de Ciências Sociais Aplicadas 2.

Circulação da Informação e Intermediários na convergência digital: agências de notícias, inovação e autorregulação

Por Pedro Aguiar – doutorando do PPGCOM-UERJ

Durante um século e meio, as agências de notícias reinaram de forma discreta mas absoluta, em escala global, como fornecedoras de informação que a imprensa e a mídia não tinham recursos próprios para alcançar. Essa hegemonia começou a ser ameaçada a partir da digitalização dos processos de comunicação e, particularmente sob a convergência digital, com a entrada de novos intermediários no mercado da informação. Hoje, Google e Facebook cada vez mais tentam se vender aos órgãos jornalísticos como canais privilegiados para a disseminação de seus conteúdos, por enquanto para o público, mas potencialmente também para as próprias redações. Em paralelo, as maiores agências transnacionais articulam-se em iniciativas para renovar seus modelos de negócio e garantir a continuidade da demanda para seus serviços. Entre as estratégias que adotam, estão a autorregulação com o desenvolvimento de padrões taxonômicos e protocolos de metadados para rastrear direitos autorais (especialmente sobre fotos), o uso de tecnologias para baixar o custo do trabalho, com a automatização da escrita de certos conteúdos, e a parceria com startups para experimentação de novos produtos e linguagens (como os vídeos imersivos, ou de realidade virtual), especialmente para plataformas móveis. Todas essas estratégias são consequência da relação às vezes de cooperação e às vezes de rivalidade que as agências transnacionais, empresas do século XIX, travam com os intermediários digitais, empresas do século XXI.

O estado de coisas inconstitucional no direito fundamental à comunicação: análise do regime jurídico da radiodifusão audiovisual no Brasil

Vitor Oliveira – Mestre em Direito

O trabalho pretende apresentar dois conceitos pouco trabalhados na ciência jurídica e que, embora desenvolvidos com objetivos distintos e com históricos também distantes, ajudam a explicar um ao outro. O direito fundamental à comunicação é compreendido neste texto como um direito político, e consiste na possibilidade de experimentar um acesso equilibrado aos meios de comunicação. É político, dado que formatação de ideias, valores e símbolos sociais na sociedade contemporânea se desenvolve em grande parte através dos veículos de mídia que são comandados, por seu turno, por uma parcela ínfima da sociedade. A concentração da propriedade na comunicação de massa forma um controle de opinião com resultados semelhantes ao desequilíbrio da representação política a nível institucional. A possibilidade de existência de um oligopólio, por seu turno, se dá tanto pela fraca regulação quanto pelo desrespeito crônico em relação à existente, e é este o último fator que é aqui destacado. Esta anomia jurídica, em que todos os poderes desconsideram tanto o texto Magno quanto à legislação que o regula chama-se estado de coisas inconstitucional, bem representado na situação da radiodifusão audiovisual brasileira, que o trabalho procura desenvolver através da análise da legislação e dados sobre o setor.

Exposição “Coronelismo Eletrônico” na UFPI

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O Grupo de Pesquisa em Comunicação, Economia Política e Diversidade (Comum) leva à Universidade Federal do Piauí (UFPI) a Exposição “Coronelismo Eletrônico”, produzido pelo Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Informação e da Comunicação (PEIC-UFRJ). O evento será aberto com uma palestra da Profª Drª Suzy dos Santos e Profª Ms. Janaine Aires (UFRJ), idealizadoras da exposição, no dia 26 de setembro. Nos dias 27, 28 e 29 de setembro, as professoras ministram um minicurso sobre o mesmo tema.

O minicurso gerará emissão de certificado aos participantes e as inscrições são gratuitas, com vagas limitadas. Os interessados devem enviar e-mail para grupocomumufpi@gmail.com.

PEIC

O Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Informação e da Comunicação (PEIC), formado em 1995, busca integrar pesquisa, extensão e docência com o propósito de contribuir para a produção, circulação e socialização do conhecimento bem como para construir pontes de colaboração entre os distintos atores sociais dedicados à pesquisa crítica e à democratização das comunicações.

O PEIC se dedica ao universos das políticas de comunicação, sob o viés da Economia Política da Comunicação, em especial as novas tecnologias de comunicação e a comunicação eletrônica de massa. Os resultados das pesquisas repercutem em dissertações e teses, artigos científicos, cursos, conferências, palestras e comunicações de seus pesquisadores em revistas, livros e eventos nacionais e internacionais. Desta produção destaca-se a natureza interinstitucional do grupo – agregando pesquisadores de instituições distintas – cujo estreito intercâmbio intelectual se traduz em trabalhos de autoria coletiva que compõem grande parte da produção científica.

Conheça mais sobre o projeto “Coronelismo eletrônico” em: http://www.coronelismoeletronico.com.br/

Defender a democracia, pesquisar e praticar a comunicação pública: OBCOMP em seu primeiro ano

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Por Maria Helena Weber (Coordenadora Geral do Observatório da Comunicação Pública)

Na mesma semana em que a equipe do OBCOMP comemorava um ano de implantação do projeto, as ameaças crescentes à radiodifusão pública transformaram a festa em debate.

O OBCOMP é mantido por uma equipe de professores, pesquisadores e profissionais vinculados ao Núcleo de Pesquisa em Comunicação Pública e Política (NUCOP) e ao Grupo de Pesquisa em Comunicação Organizacional, Cultura e Relações de Poder (GCCOP), doutorandos, mestrandos e alunos de graduação que apostam na comunicação pública como teoria, pesquisa e prática imprescindíveis para a experiência plena da democracia. Enquanto a teoria e a pesquisa crescem em debates, teses, dissertações e artigos – como mostra o site –, as práticas e a legislação que as garantem têm sido alvo de cerceamento e cortes profundos. 

Neste primeiro ano, o OBCOMP recebeu 8.592 visitas que acessaram milhares de informações do nosso acervo, distribuídas e classificadas em Notícias, Eventos, Campanhas de Interesse Público, Textos e Opiniões, Vídeos, Entrevistas, Legislação, Instituições (51 grupos de pesquisa; observatórios; associações; estruturas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário), Mídias Públicas (agências, imprensa, TV, rádio) e a legislação sobre comunicação pública. O Observatório já é um dos mais importantes repositórios sobre temas relacionados à comunicação pública. A Biblioteca registra referências de mais de 160 livros, 150 artigos acadêmicos, 80 teses e dissertações sobre Comunicação Pública, Democracia Digital, Deliberação, Mídias, Comunicação Governamental, Informação, Política, Opinião Pública e outros temas.

Os dados acima são alguns dos indicativos de limites e avanços da construção histórica da comunicação pública no Brasil, especialmente a partir de meados dos anos 80, quando pensávamos na volta da democracia, na recuperação da voz da sociedade, na democratização dos meios de comunicação, na legislação que garantisse a radiodifusão pública. Diante disso, esse editorial não pode apenas registrar e comemorar as conquistas do OBCOMP, mas, por estas, é que tem obrigação de se posicionar diante da insólita perseguição à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que agride a democracia e trava o avanço histórico da radiodifusão pública.

Desde a sua criação em 2007, o investimento e a estrutura da EBC permitiram apostar na concretização de uma luta antiga por um “sistema público de comunicação” formado pela  TV BrasilTV Brasil InternacionalAgência BrasilRadioagência Nacional e por emissoras de rádio AM e FM denominadas Rádio Nacional (Rio de Janeiro,  Brasília, Amazônia OC, Alto Solimões) e a Rádio MEC (AM e FM), do Rio de Janeiro. A autonomia editorial garantida pelo seu Conselho Curador agora está restrita à compreensão do Poder Executivo, que a define como sendo a comunicação de governo, conforme a rápida edição da MP 744/2016.  Não basta a TV Nacional do Brasil (TV NBR) para registrar as ações governamentais, não basta o apoio das mídias de massa ao governo Temer, que demonstra insegurança quanto à liberdade de expressão própria das democracias. O desmanche da EBC e o apagamento de seu objetivo de “espelhar de maneira mais fidedigna a complexidade cultural brasileira, ocupando um espaço complementar, não preenchido pelos canais privados” (disponível aqui) atinge diretamente o projeto da democracia brasileira. Aos canais públicos de rádio e televisão (embora com vínculos institucionais) como a TV Senado, TV Câmara, TV Justiça, TVs educativas, Rádio e TVs de universidades públicas serão aplicadas as mesmas justificativas de restrição legal da liberdade de expressão?

O impacto do controle legal ou repressivo nas democracias inicia pela vigilância da liberdade de expressão. Conforme a notícia publicada neste site, recentemente, a Rádio da Universidade da UFRGS decidiu pela suspensão de um programa de entrevista, sob a responsabilidade do Curso de Jornalismo da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (FABICO), porque o entrevistado Benedito César utilizou a palavra Golpe para se referir ao contexto político brasileiro. A rápida mobilização dos professores e a circulação da impactante notícia foram suficientes para que a direção da Rádio autorizasse a publicação da entrevista e pedisse desculpas ao professor entrevistado.

Esses dois insólitos atentados ao exercício da livre expressão, em pleno regime democrático, reforçam a necessidade de que continuemos a pesquisar, a publicar, a debater teorias e práticas da comunicação pública em suas múltiplas dimensões. O Observatório de Comunicação Pública deu certo e está aberto à publicação de textos, opiniões e contribuições sobre temas de interesse público abrigados nas perspectivas da comunicação, da política e da sociedade que contribuam para o debate sobre a comunicação pública – e também, por consequência, para a valorização e defesa da democracia.

Visite e colabore com o OBCOMP: http://www.ufrgs.br/obcomp/