O bom senso e a coerência nas decisoes sobre a TV Digital

Por André Barbosa Filho*, no Blog ABFDigitalinteratividadenatvdigital78380
 
Os últimos meses, ao longo das reuniões do Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (GIRED), pude constatar mais alguns comportamentos corporativos que me dão a exata dimensão do equilíbrio tênue em que vivemos na atualidade.Fatos, que mesmo a boca pequena, são ditos individualmente como consensuais, e na verdade se escondem nas afirmações em prol de interesses, digamos, legítimos, porém sem perspectiva e sem sequer uma dose de audácia e risco.Diga-se, como uma tendencia contraria, que as empresas da nova economia dão destaque a busca pela inovação e o consenso nos encontros ou “matches” entre nichos que se caracterizam por gostos e comportamentos, por vezes, nada semelhantes. O objetivo e gerar o “novo”, ir aonde ainda não se ousou ir.

O comportamento conservador defende decisões econômicas pontuais, sem riscos de mexer no estado inercial em contrapartida ao estado da arte, pautados pelos mecanismos de retorno do investimento, pautado pelo mundo especulativo, sem coerência com o mundo produtivo.

Muito importante tem sido o posicionamento do Sr. Ministro das Comunicações pelas declarações translúcidas e coerentes a sua biografia a favor da interatividade plena na TV Digital.

O mesmo se aplica a Anatel por sua competência em gerenciar este e outros tema referentes a migração digital na plataforma TV.

As posições das autoridades em atenção aos documentos legais em vigor como os decretos e portarias que expressamente defendem a implantação da TV Digital no Brasil como instrumentos de inclusão digital através da interatividade, destacando-se ai o seu modelo pleno com canal de retorno, trouxe o equilíbrio necessário para a construção de uma decisão justa e viável quanto a escolha das caixas conversoras.

Como, em verdade, as instituições envolvidas públicas ou privadas poderiam ser avessas a um programa que utiliza o mais popular dos meios comunicacionais que leva o mundo digital através da TV aos que não possuem acesso as maravilhas tecnológicas da Internet?

Some-se a isso, o uso dos celulares com acesso a Internet, utilizado como plataforma de interatividade e já presente em quase todos os lares brasileiros.

Entretanto, em reuniões fechadas aparecem defesas veementes de posições inconfessáveis. É do Mundo, diriam…. Entretanto, não são as de um mundo justo em oportunidades que queremos construir.

Entendemos estar vivenciado o limiar de um movimento histórico em direção a uma mudança radical no fazer e no participar dos meios digitais convergentes, incluindo, entre estas, a TV Digital Pública Interativa.

A iniciativa da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) através do projeto Brasil 4D é pioneira na proposição de uma comunicação interativa convergente, materializando toda a pujança da produção e transporte de conteúdos desta plataforma audiovisual, através de sua massificação pelas emissoras publicas e quiçá, comerciais.

Trata-se de um projeto de inclusão social e digital através da transmissão de conteúdos audiovisuais e aplicativos utilizando linguagem híbrida e multimídia, voltado para grupos de baixa renda como, por exemplo, os beneficiários do programa Bolsa Família que reúnem 14 milhões de famílias em todo o Brasil.

O bom senso prevalecerá nestas discussões finais e teremos razoes de sobra para comemorar este passo gigantesco da sociedade na tentativa da diminuição da assimetria do conhecimento que nos envergonha e nos desafia.

*André Barbosa Filho é superintendente Executivo de Relacionamento na EBC – Empresa Brasil de Comunicação.

Socicom se reúne com MiniCom para discutir marco regulatório

minicomNo dia 11 de março último, o ministro Ricardo Berzoini, das Comunicações, recebeu uma comissão de pesquisadores da Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação – Socicom, integrada pelos professores doutores Ruy Sardinha Lopes, vice-presidente da Socicom, Marcos Dantas, Murilo Cesar Ramos, Edgard Rebouças, Fernando Oliveira Paulino. Em companhia do ministro, estavam o secretário-executivo do Ministério, Luiz Antonio Alves de Azevedo, o secretário-executivo adjunto, James Gorgen e o secretário de Comunicação Social Eletrônica, Emiliano José.

O principal objetivo do encontro seria apresentar a Socicom ao ministro Berzoini, visando incorporá-la no processo aberto pelo Governo de debate e elaboração de um marco regulatório para as comunicações brasileiras. Dava-se assim seguimento ao deliberado no último Seminário de Integração Institucional, realizado em novembro de 2014, quando a Socicom constituiu Comissão de especialistas, presidida pelo Prof. Dr. Marcos Dantas (UFRJ), com o objetivo de contribuir, a partir da expertise e conhecimento acumulado na Academia, para o debate sobre a regulação da mídia no Brasil.

Aberta a reunião pelo ministro Berzoini, o vice-presidente da Socicom, Prof. Dr. Ruy Sardinha Lopes, fez-lhe breve apresentação dos objetivos e características da entidade, enquanto federação que congrega 14 associações de pesquisadores para atuar junto às instituições responsáveis pelas políticas públicas de ciência e tecnologia, bem como os órgãos reguladores e avaliadores do ensino superior em nível de graduação e pós-graduação, visando fomentar e aprimorar as pesquisas em Comunicações. Também foram ressaltadas as experiências de pesquisa realizadas entre a Socicom e o Ipea e as negociações com a EBC. Nesse sentido, a Socicom também se qualifica para participar dos debates e construção de políticas públicas para as Comunicações, inclusive discussão e formulação de leis e outros instrumentos regulatórios.

Em seguida, a palavra passou para o Prof. Dr. Marcos Dantas, presidente da Comissão, que explicou ao ministro e demais membros presentes da sua equipe, serem os filiados da Socicom e suas associações, quase todos, funcionários de universidades públicas, quando não financiados, em seus projetos, por recursos públicos oriundos do CNPq e da CAPES. Nesta condição, podem e devem se colocar na condição de agentes do Estado, distanciados dos muitos outros interesses, embora legítimos, que recortam as forças atuantes nesta e em outros debates sobre políticas públicas. A Academia, pois, propõe-se a apoiar o Ministério no debate público que ora começa a articular e coordenar, sem, nisto, pretender defender, ou mesmo poder defender, interesses particulares e particularizados. O ministro Berzoini demonstrou ter entendido a proposição, num aparte onde sublinhou o compromisso com o “interesse público” e o “interesse nacional” dos pesquisadores acadêmicos.

O ministro, então, em sua intervenção, mostrou-se muito sensível politicamente à nossa proposta. A neutralidade acadêmica poderia dar ao Governo um suporte legítimo, tecnicamente embasado, que não se poderia entender como vinculado a quaisquer interesses em jogo. Além disso, forneceria ao Ministério um grupo pensador que muito poderia contribuir para apoiá-lo nas iniciativas de fomentar o debate que pretende desenvolver nacionalmente. É ideia do Ministério promover estudos e seminários envolvendo os distintos segmentos da sociedade e, para isso, a Academia poderia contribuir justamente a partir da sua posição especial, na articulação dos diferentes outros atores.

Fonte: Socicom

Chamada de capítulos para o livro ALAIC-ECREA

alaic_ecreaOrganizado em parceria pela Associação Latino-Americana de Investigadores da Comunicação (ALAIC) e pela Associação Europeia de Pesquisa e Educação em Comunicação (ECREA), esta Chamada de Capítulos pretende reunir textos que reflitam sobre os principais paradigmas na pesquisa em Comunicação e Estudos de Mídia na Europa e na América Latina. Além disso, o projeto do livro pretende estimular um diálogo entre autores europeus e latino-americanos a partir da produção conjunta dos capítulos do livro. 

Para isso, os editores do livro vão selecionar artigos vindos da Europa e da América Latina, de acordo com os eixos propostos abaixo. Cada texto deve ser relacionar com o paradigma selecionado focado em sua própria região, elaborando o papel que esse paradigma tem desempenhado dentro de um dos dois continentes nas pesquisas em Comunicação e Estudos de Mídia.

É necessário que os textos incluam uma perspectiva histórica, uma análise detalhada dos debates atuais e propostas sobre perspectivas futuras. Sempre pertinentes, propostas teóricas e abordagens metodológicas também podem ser incluídas.

No processo de avaliação dos textos, os editores do livro vão convidar os autores que têm capítulos escritos sobre o mesmo paradigma para estabelecer um diálogo on-line que vai levar a uma introdutória (textual) reflexão adicional. Este processo inovador visa construir uma sólida e enriquecedora troca de ideias entre os autores a serem envolvidos no livro, e vai acrescentar uma dimensão comparativa no projeto do livro.

A) Eixos do livro

1. Correntes funcionalistas. Com um desenvolvimento inicial baseado nos Estados Unidos, a influência deste paradigma está presente em atividades acadêmicas, práticas profissionais e sistemas de comunicação em vários lugares do mundo. Os editores esperam receber textos que debatam e promovam reflexão sobre a presença de estudos funcionalistas em pesquisas realizadas na Europa e na América Latina, também lidando com suas relações conflitivas ou consensuais com outras abordagens. 

2. Correntes críticas. Da Escola de Frankfurt aos estudos de economia política da comunicação, primeiro na Europa e depois na América Latina, uma grande variedade de perspectivas de análise foi desenvolvida com foco crítico sobre as estruturas de poder (discursiva, econômico etc.). Textos que se encaixam neste eixo da Chamada devem se concentrar em analisar a história dessas perspectivas em uma das duas regiões, estudando cuidadosamente as suas ligações, a sua presença atual na Pesquisa Comunicação e suas relações com outras perspectivas.

3. Correntes culturalistas. Parcialmente desenvolvido como uma crítica sobre as correntes críticas, Estudos Culturais na Europa e América Latina desenvolveram um foco em: representações, mediações sociais que reconstroem o significado de mensagens (de mídia), e em configurações culturais que são inseridas e produzidas. A Chamada pretende receber textos que analisem e atualizem o debate provocado por estudos culturais, analisando suas continuidades contemporâneas na América Latina ou na Europa.

4. Correntes alternativistas. Com origens fora da academia e com uma presença mais forte na América Latina, os autores alternativistas tentaram construir alternativas concretas à mídia hegemônica e aos processos de comunicação. Consequentemente, os editores esperam receber artigos com uma avaliação crítica da história desta abordagem, de suas conexões no campo da comunicação e seus diálogos com as outras perspectivas.

5. Correntes pós-colonialistas e descolonialistas. Perspectivas pós-colonialistas, inicialmente decorrentes da Ásia, propõe uma leitura alternativa da história, enfatizando e recuperando a voz daqueles atores mantidos em silêncio sob o poder colonial ou influência, questionando os modelos de desenvolvimento da modernidade global como um todo. Na América Latina, mas também na Europa, algumas propostas têm adotado essa abordagem, dando início a um diálogo no contexto dos estudos de comunicação, combinando-a com outras vozes que vêm do Sul global.

Estamos especialmente interessados em receber textos sobre estes desenvolvimentos muito recentes e as percepções provenientes desses diálogos dentro e em torno da pesquisa em comunicação e nos estudos de mídia.

6. Correntes feministas. Pretendemos receber artigos que estudam as raízes teóricas e as implicações práticas da pesquisa feminista, na Europa e na América Latina. Estas análises fornecem avaliações críticas do papel do gênero, dentro de um horizonte de justiça social e de empoderamento.

B) Processo de Seleção, debate e edição

Para realizar uma seleção preliminar dos autores, solicitamos o envio até 15 de fevereiro de 2015 de um resumo alargado de até 1000 palavras (.doc, .odt ou .rtf) em Inglês ou em espanhol ou em Português para: Miguel Vicente (mvicentem@yahoo.es / miguelvm@soc.uva.es), Leonardo Custodio (Leonardo.custodio@uta.fi) e Fernando Oliveira Paulino (fopaulino@gmail.com).

No início da proposta, deve haver uma identificação clara dos seguintes aspectos:

Nome do(a) autor(a)
– País de origem e / ou residência

– Região: Europa ou na América Latina
– Eixo temático selecionado, de acordo (1 a 6) de acordo com a proposta acima

O(s) autor(es) também deve(m) mencionar se está(ão) planejando participar da Conferência da IAMCR em Montréal (12 a16 julho de 2015, www.iamcr.org), pois os editores de livros estão considerando a possibilidade de convocar uma reunião ou um painel interativo, se houver um número suficiente de autores que possam participar da Conferência. Estar presente na Conferência da IAMCR não é uma obrigação para participar do projeto do livro.

Os editores do livro vão notificar os autores dos resumos dos capítulos selecionados até 6 de Março de 2015. Os editores podem propor indicações para o capítulo a partir do que for lido no resumo encaminhado.

Os autores devem enviar uma primeira versão dos seus capítulos – em Inglês ou em espanhol ou em Português – até 22 de maio de 2015. Cada capítulo terá entre 5000 e 8000 palavras. As propostas de capítulos vão ser revisados pelos editores. Pareceristas externos podem ser adicionados nesta fase, a fim de incluir contribuições adicionais para os capítulos. O resultado da avaliação será comunicado até 22 de junho de 2015, algo que vai permitir que os participantes da Conferência da IAMCR (se o painel sobre o livro for viabilizado) apresentem as versões já revisadas de seu capítulo, como textos da Conferência. A Conferência da IAMCR será organizada em Montreal entre 12 e16 julho de 2015.

Todos os autores deverão enviar em uma nova e semi-final versão até 15 de Setembro de 2015. Estes capítulos semi-finais serão compartilhados entre todos os autores e editores.

Entre 15 setembro e 15 novembro de 2015, os editores do livro vão envolver os autores que escrevem sobre os mesmos paradigmas em uma discussão online, a fim de comparar as articulações destes paradigmas nos dois continentes, com a intenção de produzir textos adicionais, escrito em conjunto pelos autores de cada paradigma e um dos editores, que também serão incluídos no livro. Além disso, neste período, os autores ainda vão poder fazer ajustes em seus capítulos, se desejarem fazê-lo. Os artigos ligados aos debates comparativos deverão estar prontos até 15 de dezembro, em conjunto com todas as versões finais dos capítulos individuais.

Os autores vão enviar os seus capítulos definitivos: 1) em Inglês ou 2) em espanhol ou 3) em Português, até 30 de novembro de 2015. Uma vez que um capítulo estiver finalizado, ele será traduzido do Inglês para o Espanhol ou do Espanhol / Português para Inglês (dependendo de sua língua original). Os editores vão buscar apoio financeiro para esta tradução, mas não tem condições de garantir isso nesta fase. O objetivo é publicar o livro em Inglês e em Espanhol / Português.

A data de lançamento prevista do livro é início de 2017, com a sua apresentação durante a Conferência da IAMCR em 2016.

Editores:

Fernando Oliveira Paulino (ALAIC), Miguel Vicente (ECREA) e Leonardo Custodio (ECREA) 

Corpo Editorial: 

César Bolaño (ALAIC), Nico Carpentier (ECREA e IAMCR) e Gabriel Kaplún (ALAIC).

Dossiê Especial Cultura e Pensamento, Vol. I – Dinâmicas Culturais

dossie_eptic_2006Os números especiais da Revista Eptic Online, intitulados “Economia da Cultura, Cinema e Sociedade”, tratarão de analisar o papel fundamental que a indústria cinematográfica está desempenhando nos nossos dias, no âmbito da cultura, tanto pelo moDesse modo, não podemos separar a indústria cultural das novas tecnologias e do lazer que, no seu conjunto, constituem atualmente a primeira fonte de riqueza nos países
desenvolvidos.

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Essa influência social do cinema, assim como sua repercussão econômica e cultural, alcança, em nossos dias, tanto âmbitos locais e regionais como nacionais e internacionais. Por isso, para discutir esse tema, é preciso encontrar ocasiões de diálogo sobre as necessidades e características diferenciadas desses espaços e pôr em contato os profissionais e acadêmicos que conhecem concretamente as dinâmicas particulares que os interesses dos diferentes agentes envolvidos determinam em cada um deles.

Por esse motivo, queremos aproveitar a oportunidade oferecida pelo programa Cultura e Pensamento do Minc, para reunir, em dois números especiais da Revista Eptic Online, uma quantidade expressiva de acadêmicos e profissionais, visando criar um espaço de debate inédito em nosso país, que oferecerá diferentes pontos de vista e elementos de análise e crítica que nos sirvam para entender o novo papel do cinema nas nossas sociedades. Contrastar as visões de indústrias cinematográficas altamente desenvolvidas, como as dos Estados Unidos, Índia, Coréia ou a União Européia, com a realidade brasileira e latino-americana, bem como apresentar uma discussão sobre as políticas nacionais e o desenvolvimento de pólos regionais de cinema, nos dará uma ampla perspectiva que, esperamos, possa favorecer a implantação de novas medidas de apoio e proteção para nossa cinematografia.

Este primeiro número do dossiê, intitulado “Espaço e Identidades”, conta com artigos de Alexandre Barbalho, Carlos Leal, Celina Alvetti, César Bolaño, David Montero Sánchez, Enrique Sánchez Ruíz, Graciela Presas Areu, Guillermo Mastrini, Jose Manuel Moreno, Martín Becerra, Sergio Caparelli, Sunny Yoon e Suzy Santos. A edição traz ainda uma entrevista especial com o cineasta Sergio Muniz, feita por Anita Simis.

Dossiê Especial Cultura e Pensamento, Vol. II – Dinâmicas Culturais

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Os números especiais da Revista Eptic Online, intitulados “Economia da Cultura, Cinema e Sociedade”, têm por objetivo reunir uma quantidade expressiva de acadêmicos e profissionais, num espaço de debate inédito em nosso país, oferecendo diferentes pontos de vista e elementos de análise e crítica que nos sirvam para entender o novo papel do cinema nas nossas sociedades.

Revista EPTIC_CulturaePensamento_vol 2

A discussão sobe a importância da indústria cinematográfica, tanto econômica como social e cultural, em realidades tão diferenciadas como as dos Estados Unidos, Índia, Coréia, União Européia, Brasil e América Latina, o desenvolvimento de pólos regionais de cinema, ou as políticas nacionais de comunicação, é importante para fundamentar e favorecer a implantação de novas medidas de apoio e proteção para nossa cinematografia.

Este segundo número do dossiê, intitulado “Dinâmicas Culturais”, inclui uma entrevista com o cineasta e intelectual argentino Octavio Getino, feita por José Manuel Moreno, e artigos de Enrique Sánchez Ruiz, Selda Vale da Costa, Regina Motta, Aurélio Michiles, Renato Martins, Flávia Seligman e Araci Koepp dos Santos.

No artigo El Cine Latinoamericano: ¿Mercado de Consumo Hollywoodense, o Producción de Pluralidad Cultural?, Enrique Sánchez Ruiz faz uma análise do predomínio internacional do cinema estadunidense através de hipóteses baseadas no que o autor denomina de “corte histórico-estrutural”. Em seguida, descreve a situação do cinema latino-americano e defende a necessidade de políticas públicas para a produção audiovisual nestes países.

Cinema e Pensamento Brasileiro, artigo de autoria de Regina Motta, reflete sobre alguns aspectos do registro do pensamento brasileiro impresso nos filmes, artigos e manifestos do movimento Cinema Novo, da década de 60. A autora defende que através da elaboração estética voltada para manifestações artísticas populares, esse pensamento retrata e documenta as questões nacionais, sobretudo na sua dimensão cultural e social.

No texto de Selda Vale da Costa, intitulado O Cinema na Amazônia e a Amazônia no Cinema, pode-se conhecer e viajar na história do cinema amazonense e na imagem que ele criou daquela região em suas diversas fases, desde a sua chegada em 1897 – com os pioneiros Silvino Santos, Thomaz Reis, Roquette-Pinto, Levis-Strauss, Noel Nutels e Heinz Fothmasn – até os dias atuais, com os cineastas do vídeo nas aldeias – como Vicent Carelli, Dominique Gallois, Vírginia  Valadão e Kasiripiña Waiãpi –, passando pelas corajosas e denunciadoras filmagens de Jorge Bodansky, Murilo Santos, Hermano Penna e Aurélio  Michiles.

O próprio Michiles, em Aventura no Mar Dulce, um artigo que também pode ser considerado um diário, fala sobre sua experiência de filmar na região amazônica entre junho de 2004 e novembro de 2005. Sem dúvida, um maravilhoso investigar labiríntico entre rios e igarapés do lugar que o autor diz trazer como uma pele.

Flávia Seligman e Araci Koepp dos Santos, no artigo A produção audiovisual brasileira contemporânea e a intertextualidade das mídias: o caso ônibus 174, debatem a recente retomada do cinema brasileiro e a sua ligação com a indústria da televisão. As autoras fazem um levantamento da produção cinematográfica da Globo Filmes e analisam a intertextualidade de suportes e estilos através de uma leitura do filme Ônibus 174.

Já no artigo Carlota Joaquina, Referencial de Mercado para a Retomada do Cinema Brasileiro – Estratégias de Produção, distribuição e exibição, Renato Martins disserta sobre as estratégias de mercado utilizadas para a retomada da produção cinematográfica brasileira, utilizando como parâmetro aquele que foi o marco deste processo, o filme Carlota Joaquina, de Carla Camurati, que em 1995 alcançou um público de 1.286.000 pessoas.

Na sessão de crítica, Laura Loguercio Cánepa analisa o filme Crime Delicado, de Beto Brant, e Júlia Rebouças estuda os dois filmes da diretora argentina, Lucrécia Martel: La Ciénaga (2001) e La Niña Santa (2004). O volume conta ainda com uma resenha de Rosita Loyola sobre o livro de Zygmunt. Bauman, Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos.

Agradecemos a colaboração dos autores e das instituições que nos apoiaram. Além do próprio Ministério da Cultura, devemos citar a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão, Ministério da Educação, Petrobrás, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e SESC-SP.

Rede EPTIC

Call for paper: XIV Congresso Internacional Ibercom 2015

logo-fundo-transparentehome (1)Está aberta a chamada para publicações para XIV Congresso Ibero-americano de Comunicação 2015, que ocorrerá em São Paulo, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), entre os dias 29 de março e 2 de abril. Com o tema Comunicação, Cultura e Mídias Sociais, o evento pretende refletir sobre o processo de globalização acelerada, resultante da velocidade com que a ciência desenvolve as novas tecnologias de comunicação, fomentado também pela eficácia do controle que as agências financeiras internacionais exercem sobre a economia, vem ameaçando a riqueza da diversidade cultural do planeta.

Serão aceitos trabalhos de autoria de professores e estudantes de pós-graduação (UMA SUBMISSÃO POR AUTOR (CPF / PASSAPORTE), que deverão refletir nas Divisões Temáticas IBERCOM as respectivas ementas e, sempre que possível, o tema do Congresso. Os trabalhos inscritos deverão ser encaminhados para uma das Divisões Temáticas listadas abaixo:

DTI – 1 – EPISTEMOLOGIA, TEORIA E METODOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
DTI – 2 – COMUNICAÇÃO,  POLÍTICA  E ECONOMIA POLÍTICA
DTI – 3 – COMUNICAÇÃO E CIDADANIA
DTI – 4 – EDUCOMUNICAÇÃO
DTI – 5 – COMUNICAÇÃO  E IDENTIDADES CULTURAIS
DTI – 6 – COMUNICAÇÃO  E CULTURA DIGITAL
DTI – 7 – DISCURSOS E ESTÉTICAS DA COMUNICAÇÃO
DTI – 8 – RECEPÇÃO E CONSUMO NA COMUNICAÇÃO
DTI – 9 – ESTUDOS DE COMUNICAÇÃO  ORGANIZACIONAL
DTI – 10 – COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL
DTI – 11 – ESTUDOS DE JORNALISMO
DTI – 12 – HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DOS MEIOS
DTI – 13 – FOLKCOMUNICAÇÃO

Formato dos Trabalhos

a) Resumo expandido

O autor deve encaminhar um resumo expandido entre 1,5 mil a 2 mil caracteres (incluindo espaços), indicando a Divisão Temática.

Os resumos serão recebidos de 15.11.2014 a 01.02.2015 somente através da página do Congresso e serão avaliados por um Comitê Científico em relação à pertinência às linhas de trabalho das DTIs ou ao tema do congresso IBERCOM 2015.

O resumo deve obrigatoriamente conter: título; introdução; objeto; quadro teórico; metodologia; análise; resultados.

O resultado da seleção dos trabalhos aceitos será divulgado no dia 20.02.2015 na página do Congresso.

b) Texto Completo

Os autores que tiverem seus resumos aceitos deverão enviar o texto completo até 16.03.2015, para apresentação na Divisão Temática da IBERCOM (DTI) indicada, de modo que o texto possa ser incluído no e-Book a ser publicado.

O texto completo deve conter de 20 mil a 35 mil caracteres (com espaços), já incluídas as referências bibliográficas e notas de rodapé.

São obrigatórios os seguintes itens: título, resumo de até 10 linhas, cinco palavras-chave, resumo do currículo do autor em até 3 linhas (incluindo sua vinculação institucional).

O texto deve ser redigido em fonte Times New Roman, corpo 12, entrelinhamento 1,5. Citações recuadas devem ser redigidas em corpo 10, espaço simples. O tamanho total do arquivo não deve exceder 2 Mb (dois megabytes). O autor deve redigir seu texto utilizando o modelo (template) elaborado para o encontro. O modelo estará disponível para download na página do site do Congresso.

Para mais informações acesse aqui.

Industria Cultural, Información y Capitalismo

industriaculturalinformacaoecapitalismo_bannerNas últimas décadas, a globalização e a revolução das novas tecnologias marcaram um antes e um depois na forma de articulação do poder, configurando-se como uma força motriz do novo modelo de capitalismo tardio – a hipótese avançada por Marx, em que o próprio sujeito torna-se o processo de produção de capital mais valioso fixo, e onde o trabalho abstrato – hoje concebido como “intelecto geral”. Atividade criativa, neste novo contexto, ganha um novo papel estratégico, gerando valor e permitindo o desenvolvimento e sustentabilidade do capitalismo contemporâneo.

César Bolaño lida com a compreensão do papel produtivo da comunicação e seu papel fundamental na Era do Capitalismo. A partir da Economia Política da Comunicação, Bolaño propõe uma perspectiva de pesquisa capaz de transcender as fronteiras convencionais do modelo economicista, e capaz de problematizar o fenômeno da indústria cultural e da apropriação pelo sistema durante todo o ciclo do trabalho imaterial . Este trabalho nos convida a refletir sobre o novo papel dos produtores culturais e repensar a relação entre trabalho e valor, a partir de um rigor conceitual que vai abrir novos caminhos para a construção das respostas que requer nosso tempo. Com um prefácio de Francisco Sierra na edição espanhola.

Para informações da Edição em Português, acesse: Indústria Cultural, Informação e Capitalismo

Mercado Brasileiro de Televisão

mercadobrasileirodetv_bannerQuando foi lançada a primeira edição, em 1988, de Mercado Brasileiro de Televisão, do professor de Economia da UFS César Ricardo Siqueira Bolaño, o livro já nascia clássico. Resultado de sua dissertação de mestrado pela Unicamp, o primeiro trabalho de César Bolaño, inédito no Brasil e um dos primeiros publicados na América Latina, foi um marco para a criação de uma disciplina, fundada no Brasil por ele mesmo, inclusive na Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde leciona, que se denominou na década de 90 de Economia da Comunicação e da Cultura.Mercado Brasileiro de Televisão volta ao cenário acadêmico em edição revista e ampliada e será relançado nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, às 19 horas, no auditório da Reitoria da UFS.

Paralelo ao lançamento de Mercado Brasileiro de Televisão, será apresentada ao público a versão em português do Portal Eptic, rede interdisciplinar de pesquisadores de Economia Política das Tecnologias da Informação e da Comunicação. A noite de lançamento será aberta com uma apresentação do livro pelo autor, seguido de um debate. Durante o coquetel, uma session com Pedrinho Mendonça e o grupo Membrana.

CO-EDIÇAÕ – A obra publicada agora em conjunto pela editora da UFS e a editora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (EDUC) mantém o aspecto original de pesquisa, atualizada até o ano de 2000. Alia a história da evolução do sistema comercial brasileiro de televisão a uma análise crítica interdisciplinar. Na primeira edição, em 1988, Bolaño já falava da TV segmentada no Brasil, processo que ganha contornos somente a partir de 1995. O desenvolvimento dessa indústria é o elemento inteiramente inédito acrescentado ao livro, que o autor chama, na terceira parte, de Fase da Multiplicidade de Oferta.

Mas não se deve confundir multiplicidade de oferta com processo de democratização dos meios de comunicação no Brasil. Muito pelo contrário, o monopólio da TV Globo continua imbatível, apesar da crise da holding que engloba uma multiplicidade de investimentos em diversos setores. Na visão do professor Valério Brittos (Unisinos), que faz o prefácio do livro, César Bolaño não se inscreve entre as posições ufanistas que vislumbram horizontes democráticos advindos diretamente da tecnologia.

A presença da televisão no capitalismo, investigação sobre o audiovisual, convergência tecnológica, concentração empresarial, além de diversos outros assuntos estão focados na obra com rigor teórico e analítico. César, que atualmente é coordenador do portal na Internet Eptic, hoje o mais importante espaço de interlocução internacional entre os pesquisadores de Comunicação, é “um intelectual de vanguarda”, nas palavras de Gilson Schwartz, que escreve a orelha. Ainda nas apresentações do livro, o professor Alain Herscovici fala da importância da obra refletindo sobre a autonomia da disciplina Economia Política da Comunicação.

César Bolaño também é autor de Indústria Cultural, Informação e Capitalismo, resultado de sua tese de doutorado pela Unicamp. Publicado pela editora Hucitec, em 2000, o livro terá uma versão em castelhano neste ano.

Laurindo Leal Filho: Mais liberdade de expressão, mais democracia

LAURINDOPor Laurindo Leal*
   
O Brasil cresce, enfrenta e supera graves crises internacionais, tira milhões de pessoas da pobreza, reduz ao mínimo o desemprego, passa a ser mais respeitado internacionalmente e, no entanto, não consegue se livrar de uma de suas principais deficiências: a ausência de regras na área da comunicação.

O país que se orgulha de estar entre as dez maiores economias do mundo é uma das raras democracias em que os meios de comunicação agem sem limites, atuando apenas segundo os interesses de quem os controla. Vozes dissonantes permanecem caladas.

Dessa forma a democracia deixa de funcionar plenamente por não contar com um de seus principais instrumentos: a ampla circulação de ideias. Para  enfrentar o problema é necessária a regulação da mídia, capaz de ampliar o número de pessoas que hoje tem o privilégio de falar com a sociedade.

De forma alguma trata-se de impor qualquer tipo de censura aos meios de comunicação como seus controladores insistem em dizer. Ao contrário, a regulação tem como objetivo romper com a censura que eles praticam quando escondem ou deturpam fatos que não lhes interessam.

O uso da palavra censura pelos que se opõem à regulação busca interditar o debate em torno do tema. Trata-se de uma palavra de fácil compreensão que carrega uma carga negativa muito grande, contrapondo-se a argumentos mais complexos mas necessários ao entendimento do que é regulação da mídia.

Inicialmente deve-se lembrar que estamos hoje numa sociedade capitalista onde impera a livre concorrência comercial e o direito à liberdade de expressão e opinião. As empresas concorrem entre si em busca de consumidores, cabendo ao Estado impedir apenas que controlem artificialmente o mercado tornando-se monopolistas ou oligopolistas. Quando isso ocorre elas ganham um poder capaz de impor os preços que quiserem na compra e venda dos seus produtos, acabando com livre a concorrência e prejudicando os consumidores.

Essa regra vale para os supermercados e deveria valer também para as empresas de comunicação. Neste caso, por trabalharem com a oferta de ideias e valores, o monopólio ou o oligopólio já são proibidos pela Constituição com o objetivo de garantir a liberdade de expressão de toda a sociedade e não apenas daqueles que controlam os meios.

Na prática, no entanto, o que vemos é o Estado evitando o monopólio na produção e venda de pastas de dentes ou de chocolates, por exemplo, mas permitindo que ele exista no setor de jornais, revistas, emissoras de rádio, de TV e internet. A regulação econômica da mídia é a forma de impedir a existência de monopólios também na área da comunicação.

No entanto a regulação pode e dever ir além dos limites econômicos estendendo suas regras para garantir o equilíbrio informativo, o respeito à privacidade e a honra das pessoas, os espaços no rádio e na TV aos movimentos sociais, a promoção da cultura nacional, a regionalização da produção artística e cultural e a proteção de crianças e adolescentes diante de programas e programações inadequadas às respectivas faixas etárias.

Concessões públicas   

Os grandes grupos empresariais do setor se constituíram ao longo da história recente do Brasil, a partir das empresas jornalísticas que começaram a se formar ainda na primeira metade do século vinte. Algumas delas como os Diários Associados em 1935 e as Organizações Globo, em 1944, obtiveram concessões do governo para operar emissoras de rádio. Posteriormente, já nos anos 1950, argumentaram que a TV, recém chegada ao país, era apenas uma extensão tecnológica do rádio, utilizando a justificativa para receberem concessões de televisão sem a necessidade de participar de qualquer concorrência. Formaram-se assim os monopólios e oligopólios da mídia.

O rádio e a televisão são concessões públicas outorgadas pelo Estado em nome da sociedade. Empresas como Globo, Record, Bandeirantes e outras não são donas dos canais. Elas apenas receberam o direito de utilizá-los durante um período limitado de tempo que é de 10 anos para o rádio e de 15 para a televisão.

As emissoras transmitem seus sons e imagens através de um espaço conhecido como espectro eletromagnético, que é público e limitado. Ou seja, está aberto a toda a sociedade, mas têm limites físicos que não podem ser ultrapassados. Por isso ocupá-lo é um bem precioso que precisa ser regulado pelo Estado para evitar privilégios.

Esse é o primeiro e mais simples tipo de regulação necessário ao Brasil. Trata-se de estabelecer regras para o funcionamento do setor audiovisual operado na forma de concessões públicas. Para tanto basta colocar em prática, através de leis específicas, aquilo que já está previsto na Constituição de 1988 onde um capítulo, o quinto, foi dedicado a Comunicação Social.

O segundo tipo de regulação deve tratar a mídia como um todo, incluindo os meios impressos. Nesse caso são atividades privadas onde qualquer pessoa pode, possuindo capital suficiente, produzir e vender jornais e revistas. Seus responsáveis têm apenas o dever de respeitar as leis gerais do comércio e as que coíbem violações éticas.

Ainda assim, como prestadores de serviço público de informação, deveriam estar submetidos a mecanismos legais capazes, por exemplo, de abrir espaços para o direito de resposta quando notícias ou comentários por eles publicados forem considerados inverídicos ou ofensivos por qualquer pessoa.

Em ambos os casos a legislação no Brasil é frágil ou inexistente. A lei que regula o rádio e a televisão é de 1962, época em que a TV ainda era em branco e preto e o video-tape a grande novidade tecnológica. Hoje, em plena era digital, encontra-se totalmente ultrapassada, com pouca possibilidade de aplicação.

Mesmo assim o pouco que poderia ser aproveitado daquela lei, regulamentada em 1963, não é respeitado. É o caso do artigo que limita em 25% da programação diária do rádio e da TV, o tempo destinado à publicidade. Sabemos que esse limite é constantemente ultrapassado por longos intervalos comerciais, merchadisings inseridos em vários tipos de programas e por canais que dedicam-se o tempo todo a vender jóias, tapetes e gado, entre outros produtos.

No caso dos jornais e revistas a Lei de Imprensa garantia aos cidadãos o direito de resposta que poderia ser acionada quando uma pessoa se sentisse atacada injustamente. A garantia está prevista na Constituição em seu artigo 5º, inciso V, que assegura “o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por dano moral, material ou à imagem”.

A aplicação se dava através da Lei de Imprensa que, em 2009, sob forte pressão das empresas de comunicação, foi revogada pelo Supremo Tribunal Federal, tornando o inócuo o dispositivo constitucional. O presidente do tribunal na época, Carlos Ayres Britto, comemorou a decisão enaltecendo a liberdade absoluta da imprensa, como se os meios de comunicação pairassem acima dos interesses econômicos e políticos dos seus donos.

É esse um dos debates ao qual o Brasil precisa se lançar. É papel dos poderes públicos – governo, Congresso e Judiciário – apresentá-lo à sociedade, uma vez que está em jogo uma determinação constitucional ainda não cumprida. E é papel das organizações da sociedade comprometidas com o avanço da democracia cobrar essa dívida do país. O alcance da cidadania passa pelo direito à informação, só possível de ser exercido quando há respeito à diversidade de ideias e de culturas que permeiam nossa composição social. Cabe ao Estado mediar e conduzir essa mudança.   

*Laurindo Leal Filho é Professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), membro da Rede EPTIC  e colaborador do Portal EPTIC.

**Artigo publicado originalmente na Revista do Brasil, edição de dezembro de 2014.