Chamada para dossiê Comunicação e Extensão Rural

A Revista de Extensão e Estudos Rurais (Rever), editada pelo Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal de Viçosa (UFV), informa que está aberta até 15 de setembro de 2017 a chamada para o dossiê temático “Comunicação e Extensão Rural” . O dossiê será publicado na edição n° 2 de 2017.

EMENTA

Os conceitos e as práticas de comunicação e extensão rural estão historicamente imbricados, desde o paradigma difusionista ao dialógico. A partir de uma perspectiva crítica, o dossiê acolhe trabalhos teóricos sobre as concepções de comunicação e extensão rural e estudos empíricos que abordem temas que retratem a interface dessas duas áreas, como exemplo: política de extensão rural e inovação; comunicação, extensão e desenvolvimento local; comunicação e inovação sociotécnica, estudos de caso, entre outros.

As regras para submissão estão disponíveis em: http://www.revistarever.ufv.br/index.php/rever/about/submissions#authorGuidelines. O periódico está qualificado como B5 em Comunicação & Informação no Qualis Sucupira.

Coordenadores do Dossiê temático: Profª. Drª. Ivonete da Silva Lopes e Prof . Dr. Marcelo Miná Dias.

Biblioteca virtual sobre gestão e política cultural

A Inspire Gestão Cultural criou um site para divulgar textos, sites e vídeos de reconhecida qualidade conceitual na área de gestão e política cultural. A biblioteca é aberta a consultas e seus conteúdos estão disponibilizados gratuita e livremente para uso, desde que para fins não comerciais. 

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte – Fundação Municipal de Cultura e patrocinado pela ArcelorMittal.

Entre o acervo, disponível para consulta e download – desde que para fins não comerciais, o público vai encontrar estudos de pesquisadores e artistas conceituados como, Jordi Pardo, Albino Rubim, Alexandre Barbalho, Francisco Humberto Cunha Filho, Anita Simis, Ana Flávia Machado, Marcelo Bones, Ana Elisa Ribeiro, Suely Machado, Clarice Libânio, Lia Calabre, Ana Carla Fonseca, Romulo Avelar, além de grupos como Cia Balangan, entre vários outros. Ao acessar, os usuários terão contato com uma variedade de materiais, como textos, livros, vídeos, artigos, periódicos, dissertações, links para sites externos etc.

O objetivo é contribuir para a democratização do acesso ao conhecimento especializado e, consequentemente, ampliar uma discussão mais qualificada sobre arte, cultura, educação, política, gestão, sustentabilidade e vários outros aspectos que envolvem a constituição desse campo profissional. 

Acesse em: http://inspirebr.com.br/bibliotecavirtual/

 

Edital da Coleção Cultura e Pensamento

O CULT-UFBA e a Fundação Casa de Rui Barbosa-FCRB/MINC lançam edital público de seleção de trinta textos para publicação de três livros da Coleção Cultura e Pensamento: Direitos Culturais; Políticas Culturais para as Cidades e Políticas para as Artes. O período de inscrições de textos vai até 30 de setembro de 2017.

Inscrições

Os originais que acompanharão a proposta de publicação deverão estar em formato PDF, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5 e normalizado, de acordo com as normas da ABNT, com o máximo de 15 páginas, conforme especificações descritas no site.

O texto deve vir acompanhado dos seguintes documentos, devidamente preenchidos:

I – Formulário de identificação da obra e do autor: dados da obra; resumo informativo do trabalho de no máximo 250 palavras, digitado em fonte Times 12, espaçamento 1,5, acompanhado de cinco palavras-chaves. O resumo deve ser escrito em parágrafo único, preferencialmente na terceira pessoa. Deve ser informativo, descrito com clareza e apresentar, de forma concisa, os objetivos, a metodologia e os resultados alcançados. Sua extensão não deve ultrapassar 250 palavras. Não deve conter citações, e nenhum tipo de ilustração.

II – Dados do autor e compromisso para participação (um formulário para cada autor quando for coletivo);

III – Cópia do Currículo Lattes em PDF;

IV – Termo de cessão de direito e uso de imagem (se for o caso).

Será aceita inscrição de texto coletivo de, no máximo, três autores; e o mesmo texto só poderá ser inscrito para um dos livros temáticos específicos. A inscrição será realizada exclusivamente online através sitio: www.culturaepensamento.ufba.br.

Acesse aqui o Edital Cultura e Pensamento 2017 com anexos

Coleção

A Coleção tem por objetivo estimular a reflexão contemporânea sobre temas da cultura nacional e internacional, potencializando a discussão sobre cultura e políticas culturais. Ela busca apoiar iniciativas da sociedade e da comunidade cultural, por meio da publicação de estudos existentes e do incentivo ao aparecimento de novos trabalhos.

 

Mais informações sobre a Coleção Cultura e Pensamento estão disponíveis em www.culturaepensamento.ufba.br

Programação do GP EPICC no Congresso Nacional da Intercom 2017

O Grupo de Pesquisa Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura anunciou a programação de suas atividades durante o XL Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que ocorrerá de 4 a 9 de setembro na Universidade Positivo, em Curitiba.

A primeira atividade será o IX Fórum Eptic, a partir das 9h do dia 7, que este ano será sobre os “50 anos da TV pública”. O Fórum terá como participantes os pesquisadores Cesar Bolaño (UFS), Iluska Coutinho (UFJF), Patricia Mauricio (PUCRJ) e Sérgio Matos (UFRB), sendo coordenado por Anita Simis (UNESP).

Após o Fórum EPTIC, das 14h às 17h, começarão as sessões de apresentação de trabalhos do GP, que seguem durante a manhã e a tarde do dia 08. A reunião geral deste grupo de pesquisa ocorrerá no dia 07 de setembro, a partir das 17h. A ordem da apresentação dos trabalhos aprovados segue abaixo:

7 de setembro

– 14:00 às 17:00

Sessão 1 – Jornalismo no mundo contemporâneo

Coordenação: Anita Simis (UNESP)

1. Influenciadores digitais como parte da disrupção do modelo de negócios do jornalismo

Patrícia Maurício Carvalho (PUC-RJ)

2. O financiamento coletivo como alternativa para viabilizar economicamente a realização de reportagens no Brasil

Fernando Severo Soares Junior (UAB-Espanha)

3. O jornalismo cultural da indústria brasileira e a era digital: as reformulações do Segundo Caderno como reflexo de uma nova configuração

Pamela Passos Mascarenhas (UFF)

4. Reflexões sobre um modelo de negócios e gestão para empresas jornalísticas

Daniele Fernandes Rodrigo (UENF)/Instituto Federal do Tocantins

 

– 14:00 às 17:00

Sessão 2 Comunicação e política (paralela)

Coordenação: César Bolaño (UFS)

1. O uso das cibernarrativas neopentecostais como estratégia política de Marcelo Crivella nas eleições municipais de 2016

Vanessa Cristiane Cardozo Cunha (UERJ)

2. Um breve mapa das desigualdades de gênero nos meios de comunicação

Ana Maria da Conceição Veloso (UFP)

3. A distribuição da verba publicitária da SECOM da Presidência da República como política de comunicação do governo (2011-2014)

César Ricardo Siqueira Bolaño (UFS)

4. Representação midiática do impeachment brasileiro em 2016: o dito e o não dito

Kelinne Oliveira Guimarães (IFTO)

 

 

8 de setembro

– 9:00 às 12:00

Sessão 3 Economia política das redes

Coordenação: Carlos Peres de Figueiredo Sobrinho (UFS)

1. Privatização, financeirização e centralização de capital: elementos para a compreensão da atuação da América Móvil no contexto da convergência

Helena Martins do Rêgo Bareto (UnB)

3. Ativismo codificado: limites e oportunidades para a ação coletiva nas redes sociais

Carlos Peres de Figueiredo Sobrinho (UFS)

4. Fluxo informacional e trabalho: o (des)serviço de telemarketing em Alagoas

Júlio Arantes Azevedo (UFAL)

5. Internet: praças de mercado sob controle do capital financeiro

Marcos Dantas (UFRJ)

6. Para uma investigação sobre a crise como fundamento da forma-comunicação (I) : a informação necessária no momento da circulação simples.

Manoel Dourado Bastos (UEL)

 

– 14:00 às 18:00

Sessão 4 Temáticas da EPC

Coordenação: Anderson David Gomes dos Santos (UFAL)

1. Formação do mercado piauiense de televisão: TV Clube

Renan da Silva Marques (UFP)

2. Contra a Globo e pelo negócio: uma análise do caso Atletiba no campeonato paranaense

Anderson David Gomes dos Santos (UFAL)

3. O novo paradigma de fomento privado à cultura: paralelismos na realidade brasileira

Verena Carla Pereira (UNICAMP)

4. Literacy digital e suas implicações no conceito da comunicação política

Paulo Henrique Ferreira Nascimento (UNESP)

5. Revista Crescer: uma análise discursiva sobre os sentidos da maternidade

Nara Jaqueline dos Reis (UFJF)

6. Indústria cultural e indústria criativa: definições, divergências e convergências

Franceli Couto Jorge (UNIPAMPA)

Chamada de trabalhos para III Encontro Internacional da Economia Criativa

Está aberta até 25 de setembro a chamada de resumos expandidos para o III Encontro Internacional da Economia Criativa, cujo tema é “Áfricas Criativas”. O evento ocorrerá em Salvador (ICBA) e na cidade de Santo Amaro (Teatro Dona Canô), no Recôncavo da Bahia, de 08 a 10 de novembro de 2017.

Submissão

Para participar do evento propondo uma atividade, é preciso estar inscrito no evento. Em seguida, preencha o formulário de submissão de resumos no qual deverá:

1.   Selecionar uma modalidade de submissão: artigo científico, relato de experiência, trabalho técnico, mesa temática ou encontro de rede;

2.   Escolher um eixo temático: 1. Criação, Inovação, Empreendedorismo e Modelos de Negócio; 2. Indicadores, estudos e metodologias; 3. Políticas Públicas para a Economia Criativa;

3.   Adicionar título do trabalho, autores (no máximo três),  palavras-chave e resumo expandido com no mínimo 500 e no máximo 3000 palavras, incluindo principais referências bibliográficas.

Modalidades de submissão:

  • Artigo científico – apresentação de resultados de pesquisas acadêmicas, trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado, desenvolvidos por instituições de educação e universidades do Brasil e do exterior.
  • Relato de experiência – apresentação de casos e experiências práticas de atuação profissional nos setores da economia criativa com informações sobre o contexto, as motivações, as metodologias e os resultados alcançados.
  • Trabalho técnico – apresentação de resultados de pesquisas sobre a economia criativa desenvolvidas por profissionais e/ou instituições públicas e privadas não acadêmicas.
  • Mesa temática – apresentação de um conjunto de no mínimo três e no máximo cinco trabalhos sobre um mesmo tema. A mesa pode agregar artigos científicos, relatos de experiências ou trabalhos técnicos.
  • Encontro de rede – organização de uma reunião para fins específicos com profissionais e/ou pesquisadores acadêmicos de um determinado setor da economia criativa ou de uma região geográfica. Os proponentes ficarão responsáveis por convidar e mobilizar os participantes.

Eixos temáticos:

O III Encontro Internacional da Economia Criativa acolherá trabalhos sobre economia criativa em três eixos temáticos definidos pela organização do evento. Os eixos temáticos incluem as ementas listadas abaixo, embora não estejam limitados às mesmas:

Eixo 1 – Criação, Inovação, Empreendedorismo e Modelos de Negócios

  • Habilidades criativas, atividades empreendedoras e exploração de modelos de negócios inovadores
  • Conceitos, ferramentas e técnicas inovadoras para a criação, desenvolvimento e avaliação de negócios
  • Processos de criação, diferenciação e inovação para modelos de negócios
  • O contexto do empreendedorismo no Brasil e o mercado para empresas dos setores criativos
  • Criação de valor e tecnologia nos setores criativos: startups, customer development e open innovation
  • Ciclo completo de desenvolvimento de novos negócios, incluindo técnicas e ferramentas como design thinking e lean startup
  • Criatividade: conceitos, domínios e visão empreendedora
  • Conceitos e relações entre criatividade e inovação
  • Aplicação de teorias e técnicas de criação e inovação no contexto da economia criativa
  • Construção de um ambiente aberto à inovação nos setores criativos
  • Novas tecnologias de informação e comunicação e suas aplicações na cultura e na economia criativa
  • Definições, conceitos e determinantes do empreendedorismo cultural e criativo
  • Planejamento, ferramentas de gestão e avaliação de empreendimentos culturais e da economia criativa
  • O empreendedorismo cultural e criativo como fator de desenvolvimento integrado nas sociedades
  • Projetos criativos para o desenvolvimento econômico de regiões e países
  • Função social do empreendedor cultural e criativo
  • Casos de startups e projetos digitais nos setores da economia criativa

Eixo 2 – Indicadores, Estudos e Metodologias

  • Indicadores simples para a economia criativa
  • Cadeia produtiva da economia criativa
  • Diagnóstico, dimensionamento e potencialidade da economia criativa em cidades, regiões e países
  • Indicadores compostos para a economia criativa
  • Dados macroeconômicos e conta satélite da cultura
  • Formação de sistemas e bancos de informações, dados, resultados, estudos e indicadores relacionados aos setores culturais e criativos
  • Análise, interpretação de dados e elaboração de instrumentos de pesquisa no campo da cultura e da economia criativa
  • Conceitos, fontes de dados e aplicações para formação e avaliação de políticas públicas e elaboração de estudos socioeconômicos da cultura e da economia criativa
  • Financiamento à produção cultural no Brasil
  • Tipos de financiamento: direto, indireto, reembolsável e coletivo
  • O consumo cultural como atividade econômica e social
  • Indicadores de desenvolvimento da economia da cultura e criativa
  • Impactos da propriedade intelectual e do direito autoral na economia da cultura e criativa
  • Contribuição das atividades culturais e dos setores criativos ao PIB
  • Emprego cultural e nos setores criativos
  • Indicadores para medição do comércio de bens criativos e culturais
  • Pesquisas sobre hábitos e gastos de consumo em cultura e nos setores da economia criativa
  • Indicadores para medição da cultura e da economia criativa em suas dimensões econômica e social

Eixo 3 – Políticas Públicas para a Economia Criativa

  • Políticas públicas de cultura e de fomento da economia criativa no Brasil e no mundo em uma perspectiva histórica e comparada
  • Política pública de fomento da economia criativa
  • Políticas de desenvolvimento local e regional com foco nas dinâmicas culturais
  • Conceitos e dimensões de Arte e Cultura
  • A incubação da cultura e dos setores criativos na perspectiva do desenvolvimento social e econômico
  • Planos nacional, estaduais e municipais de cultura e da economia criativa no Brasil
  • Políticas de fomento à cultura e à economia criativa voltadas para o desenvolvimento comunitário
  • Marcos legais e questões normativas da economia da cultura e criativa
  • Avaliação de políticas públicas no campo da cultura e dos setores criativos seus impactos sócio-espaciais
  • Cultura, economia criativa e desenvolvimento territorial
  • Proteção legal dos direitos autorais e organização do fluxo de bens culturais e criativos
  • Regulamentação jurídica do acesso e exclusividade aos bens de natureza simbólica e de sua circulação, utilização e criação
  • Análise sobre políticas culturais e da economia criativa efetivamente aplicadas pelos entes estatais, envolvendo seus processos de decisão e capacitação e sua evolução
  • Cruzamento entre a extensão burocrática do setor público e a iniciativa privada da criação de bens culturais e criativos
  • Modelos de análise de políticas culturais e da economia criativa
  • Avaliação e fiscalização da política cultural e da economia criativa tendo em vista a participação democrática e o controle social

– Calendário

  • Submissão de resumos – 28 de agosto a 25 de setembro de 2017
  • Divulgação dos resultados – 02 de outubro de 2017
  • Confirmação de participação – até 09 de outubro de 2017
  • Apresentação dos trabalhos no III EIEC – 08 a 10 de novembro de 2017
  • Prazo para envio de textos completos para publicação – 05 de março de 2018

Sobre o evento

O III Encontro Internacional da Economia Criativa (#EIEC2017) visa conectar o debate teórico com as práticas da economia criativa para fomentar reflexões sobre tendências contemporâneas e promover a qualificação de atores criativos e o fortalecimento de redes de cooperação. Esta edição, a ser realizada de 08 a 10 de novembro de 2017, em Salvador e Santo Amaro, na Bahia, tem como tema “Áfricas Criativas”. O objetivo é promover discussões sobre o sistema cultural e os elos das cadeias produtivas das artes e da cultura afro-brasileira no Brasil, no continente africano e nas mais diversas diásporas negras no mundo. Espera-se que o evento possa contribuir para a reflexão acerca das influências históricas e contemporâneas da cultura africana na economia criativa, bem como dos principais desafios e oportunidades dos artistas, realizadores e produtores culturais afrodescendentes.

O evento é gratuito e deve reunir artistas, produtores, gestores e pesquisadores dos setores criativos, além de representantes de organizações públicas, privadas e da sociedade civil. A programação está focada em discussões conceituais e empíricas sobre a dimensão econômica das artes, da cultura e dos setores tecnológicos, com destaque para as políticas públicas e as iniciativas empreendedoras de sustentabilidade e inovação. O III EIEC conta com duas novidades. Este ano, pela primeira vez, a programação será descentralizada e ocorrerá em Salvador (ICBA) e na cidade de Santo Amaro (Teatro Dona Canô), no Recôncavo da Bahia. Ademais, além das palestras e mesas redondas com convidados, a programação acolherá trabalhos nas seguintes modalidades: artigo científico, relato de experiência, mesa temática, trabalho técnico e encontro de rede. Para participar, os interessados devem submeter resumo expandido no período de 28 de agosto a 25 de setembro de 2017. Os participantes com trabalhos selecionados que desejarem participar de uma publicação, a ser lançada em data posterior ao evento, terão até o dia 05 de março de 2018 para envio de texto completo.

O #EIEC2017 é organizado pelo Observatório da Economia Criativa da Bahia (OBEC-BA), pelo Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (IHAC), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e pelo Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).  O evento tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia, e apoio institucional do Instituto Cultural Brasil Alemanha, do Ministério da Cultura e do Teatro Dona Canô, Secretaria de Cultura da Bahia.

Lançamento em Maceió do Relatório do Direito à Comunicação

O Coletivo Brasil de Comunicação-Intervozes realizará nos dias 02 e 03 de agosto o lançamento do relatório “Direito à Comunicação no Brasil (2006)” e exibirá, com posterior debate, o documentário “Julio quer saber”. As atividades serão, respectivamente, no bloco de Comunicação Social da UFAL e na sede da ADUFAL.

O ‘Relatório Direito à Comunicação no Brasil 2016’ traça um panorama dos principais acontecimentos do ano no campo das políticas públicas na área radiodifusão e internet no último ano. A publicação analisa o desmonte da comunicação pública com a intervenção de Temer na EBC, as violações à liberdade de expressão e manifestação e à comunicação comunitária, as ameaças à internet livre, com mudanças no Marco Civil da Internet, e o crescimento do controle de canais por grupos religiosos e por parlamentares.

Já o documentário ‘Julio quer saber’ é uma produção do Intervozes financiada de maneira colaborativa e promove uma reflexão sobre a democratização da comunicação no Brasil a partir da experiência de aprovação da Ley de Medios argentina.

A debatedora do espaço Iara Moura é mestra em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense, tem experiência na área de comunicação e direitos humanos, gênero, classe social, cultura e consumo e faz parte do coletivo Intervozes.

O Intervozes

O Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social é uma organização que trabalha pela efetivação do direito humano à comunicação no Brasil. De acordo com os documentos da entidade, o direito à comunicação é indissociável do pleno exercício da cidadania e da democracia. “Uma sociedade só pode ser chamada de democrática quando as diversas vozes, opiniões, culturas e raças que a compõem têm espaço para se manifestar”.

O coletivo é formado por ativistas e profissionais com formação em diversas áreas, que têm relações e/ou discutem a pauta da comunicação no Brasil. O coletivo está organizado em 15 estados, incluindo Alagoas e no Distrito Federal.

Serviço:

Lançamento do relatório do ‘Direito à Comunicação no Brasil’ e documentário ‘Julio quer saber’

– Ufal

Data: Quarta-feira, 02 de agosto

Hora: 16h

Local: COS, sala 06.

– Adufal

Data: Quinta-feira, 03 de agosto

Hora: 18:30

Local: Adufal, Rua Dr. José de Albuquerque Porciúncula, 121 Farol Maceió-AL

Fonte: com Ascom/ADUFAL

A profecia da indústria fonográfica

Por Edson Ramos de Oliveira Costa*

Os últimos dados divulgados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em Inglês) confirmam que o setor oficialmente voltou a ser lucrativo. Em todo o mundo, foi registrado um aumento de 10%. Nada super empolgante: enquanto os anos 1990 foram do maior crescimento na história do setor, os anos 2000 foram de queda ininterrupta (DIAS, 2010).

Os anos 2010 vinham registrando uma recuperação tímida e, embora não se compare às margens de lucro da última década do século XX, os dados de 2016 mostram que a recuperação está consolidada. Mas, além dos lucros, um fator muito importante é: a consolidação de uma forma específica de distribuição e consumo.

Ninguém ainda tinha dúvidas de que o mercado digital, em detrimento dos discos físicos, era o caminho de recuperação do mercado de música gravada – a proporção hoje é de 70% digital e 30% físico. Porém, pela primeira vez o mercado de downloads de música registrou queda, e já de 34%. Programas como o iTunes, baseado em download, mostram assim sinais de enfraquecimento. A consolidação do digital se deve ao streaming – que cresceu 121%.

A profecia está neste fato: há muito já se sabia que o modelo on demand era o mais viável, não apenas para o mercado de música, mas para outros setores da indústria cultural. E isso mostra que a arena digital não necessariamente caminha para democratizar a produção e o consumo da cultura.

Lopes (2008) já demonstrava que a grande indústria, cada vez mais, passa a depender da lógica rentista – investidores criam celeiros com talentos que desenvolvem inovação tecnológica, com o objetivo que o lucro de pelo menos um traga o retorno de toda a empreitada. Assim, o trabalhador que desenvolve os produtos e as inovações ganha a aparência de sócio mas, por não deter celeiros e perspectiva panorâmica do mercado, esse trabalhador assume proporcionalmente muito mais riscos.

Pinto (2011) observa que esse mesmo comportamento do mercado financeiro passa nortear a indústria fonográfica – há artistas, com aparência de sócio, que chega a dever dinheiro às gravadoras quando os lucros de um projeto não atendem às expectativas.

Outro fator: um produto intelectual tem alto custo de produção e, podendo ser digitalizado, seu custo de armazenamento e reprodução é praticamente nulo. Pinto (2011) compara com uma concessionária de ferrovia: custo alto de produção, e custo de reprodução impraticável. Logo, seja numa ferrovia ou numa música, o lucro depende de alugar o uso, sem que o usuário se torne realmente o dono.

Essa é exatamente a proposta do streaming, o novo modelo hegemônico da indústria fonográfica. A profecia se cumpriu. Algumas notícias do mercado só confirmam isso. O Google¹ anunciou que vai unificar suas duas plataformas de streaming (Play Música e YouTube Red) com o objetivo de atrair mais assinantes. Já a Apple² descontinuou os aparelhos iPod Nano e iPod Shuffle, restando no mercado apenas o iPod Touch.

Lançado em 2001, o primeiro iPod marcou a transição da indústria fonográfica para o mercado digital, mas, assim como as versões nano e shuffle, era baseado nos downloads pelo iTunes. Com a criação dos smartphones, o iPod foi perdendo sua razão de existir, e os dados da IFPI confirmam que os celulares inteligentes são a plataforma principal para consumir música. Assim, essas decisões da Apple materializam os números do mercado e as tendências já apontadas pelas teorias – o iPod Touch até continua, mas ele é quase um smartphone e permite o consumo de streaming pelo Apple Music.

É perceptível que a grande indústria do entretenimento não apenas sobreviveu, como encontra formas de recuperar os lucros, relativizando a noção de que a digitalização sempre democratiza a cultura. Porém, Lopes (2008) aponta um limite para esse processo: a informação , para virar mercadoria e dar lucro, precisa ser restringida e apropriada; porém a informação, para gerar valor, precisa circular livremente pela comunidade de desenvolvedores. Uma vez que o capitalismo depende da geração de valor, e da concretização desse em forma de lucro, há aí um impasse. Ele será superado e a lógica da grande indústria será mantida? Aguarda-se nova profecia.

Referências Bibliográficas:

DIAS, Márcia Tosta. Indústria Fonográfica: a reinvenção de um negócio. In BOLAÑO, César. GOLIN, Cida. BRITTOS, Valério. Economia da arte e da cultura. São Paulo: Itaú Cultural; São Leopoldo: Cepos/Unisinos; Porto Alegre: PPGCOM/UFRGS; São Cristóvão: Obscom/UFS, 2010.

IFPI. Music consumer Insight Report 2016. Disponível em: <http://www.ifpi.org/downloads/Music-Consumer-Insight-Report-2016.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2017.

LOPES, Ruy Sardinha. Informação, Conhecimento e Valor. São Paulo: Radical Livros, 2008.

PINTO, José Paulo Guedes. No ritmo do capital: indústria fonográfica e subsunção do trabalho criativo antes e depois do MP3. São Paulo, 2011. Tese (doutorado em Economia). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2011.

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Notas

¹ Fonte: <https://tecnoblog.net/219902/youtube-red-google-play-music/>. Acessado em 30/07/2017.
² Fonte: <https://tecnoblog.net/219934/fim-ipod-shuffle-nano/>. Acessado em 30/07/2017.

* Edson Ramos Oliveira da Costa é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) e integrante do Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM), da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Entrevista com Fernando Checa Montúfar

O Portal Eptic entrevistou em Quito o pesquisador equatoriano Fernando Checa Montúfar, professor da Universidad Andina Simon Bolívar e ex-presidente da Ciespal, que faz um relato do desenvolvimento da pesquisa em Comunicação no país, assim como apresenta o que melhorou e o que ainda precisa evoluir no que tange às políticas de comunicação equatorianas.

Fernando Checa é investigador y docente universitário em cursos de graduação e pós-graduação em jornalismo e comunicação, sendo professor da Universidad Andina Simon Bolivar e professor convidado e coordenador do Grupo de Investigación en Comunicación (GIC 1) da graduação em Comunicação na Universidad Politécnica Salesiana,
sede Quito (UPS-Q). Checa foi diretor do CIESPAL (Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina) de 2009 a 2014, uma das principais instituições de desenvolvimento de pesquisa em comunicação deste sub-continente, com função importantíssima para os estudos críticos no Equador.

Chamada para 3º Simpósio Internacional Jornalismo em Ambientes Multiplataforma

Está aberta até 25 de agosto a chamada de resumos expandidos para o 3º Simpósio Internacional Jornalismo em Ambientes Multiplataforma, a ser realizado nos dias 23 e 24 de novembro, em São Paulo, pelo Mestrado Profissional em Jornalismo do FIAM-FAAM–Centro Universitário.

O evento terá conferência de abertura proferida pelo prof. Dr. Denis Ruellan, da Universidade de Paris-Sorbonne, que tratará do tema “Contratos e relações de trabalho no jornalismo em tempos de convergência”. A programação das demais atividades será divulgada em breve.

Os resumos, entre 5.000 (cinco mil) e 8.000 (oito mil) caracteres, podem ser redigidos em português, espanhol ou inglês, priorizando a relação do jornalismo em ambientes multiplataforma com as seguintes vertentes:

– interfaces profissionais

– mídias sociais

– contextos de trabalho

– produção audiovisual

– linguagens e narrativas

– dispositivos móveis

– estatutos e identidades profissionais

– consumo e recepção

– midiatização

– modelos de negócios

– Big Data

– interfaces sociais

– práticas alternativas

– processos históricos

– experimentações

Os resumos devem ser enviados para o e-mail: simposiomultiplataforma@gmail.com

Outras informações em: https://trabalhoelinguagens.wordpress.com/iii-simposio-internacional-jornalismo-em-ambientes-multiplataforma/

Chamada para resenhas e relatos de pesquisa para a Revista EPTIC

Além do dossiê temático e de artigos livres, a Revista Eptic recebe, em fluxo contínuo, resenhas de livros, coletâneas, teses e dissertações recentes e artigos que apresentem e discutam resultados parciais e finais de pesquisas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, para a sua seção INVESTIGAÇÃO. Trata-se, em ambos os casos, de um importante espaço de divulgação e discussão  da produção científica nacional e internacional.

Relatos de pesquisa

A seção INVESTIGAÇÃO aceita artigos, fruto de pesquisa em desenvolvimento ou concluída, também de mestrandos e doutorandos. São aceitos artigos oriundos de pesquisas relacionadas à Economia Política da Comunicação, da Informação e da Cultura  e suas interfaces.

Os RELATOS DE PESQUISA devem ter a extensão de até 30.000 caracteres, incluindo título e resumo (com no máximo 100 palavras), palavras-chave (no máximo 5), em português, espanhol e inglês, e bibliografia. Devem conter a descrição da investigação, metodologia empregada, análise dos resultados e conclusões.

Resenhas

As RESENHAS deverão ter até 15.000 caracteres com espaços, incluindo título, em português, espanhol e inglês e bibliografia. Serão aceitas resenhas de livros, dissertações e teses publicados no Brasil, há no máximo dois anos e, no exterior, no máximo há cinco anos.

Mais informações podem ser obtidas no endereço: https://seer.ufs.br/index.php/eptic/about/submissions#authorGuidelines

Revista EPTIC

A REVISTA EPTIC é produzida pelo Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), está qualificado como B1 em Comunicação & Informação do Qualis Sucupira. O periódico está com chamada aberta até 30 de setembro para o dossiê temático: “Estudos marxistas sobre comunicação e cultura”. Veja mais em: https://eptic.com.br/chamada-de-trabalhos-revista-eptic/