Chamada de trabalhos para Congreso de CEISAL 2016

ciesal

Está aberto o prazo para o envio de artigos para o 8º Congreso Internacional de CEISAL (Consejo Europeo de Investigaciones Sociales de América Latina), que organiza a Universidade de Salamanca e que se realizará durante os dias 28 de junho a 1 de julho de 2016.

No eixo temático “Comunicação” foram aprovados três simpósios, aos quais podem ser enviados artigos: Economía Política de la Comunicación y la Cultura; Cooperación en cultura y comunicación entre la Unión Europea y América Latina; e Comunicación y Cambio Social.

As propostas podem ser enviadas em espanhol, português ou inglês até o dia 30 de outubro de 2015 no site do evento e devem ter os seguintes parâmetros gerais:

  • Escrita em Garamond 12 com espaço simples;
  • Não devem superar os 30.000 caracteres, incluídos os espaços e as notas, que devem ser reduzidas ao mínimo possível;
  • Devem se adequar às normas editorais que aparecem no site e, seguir, em termos de formatação:
    • Título do trabalho;
    • Nome completo do autor ou dos autores, e-mail e instituição de origem;
    • Eixo temático;
    • Incluir a legenda: “Trabajo preparado para su presentación en el 8º Congreso Consejo Europeo de Investigaciones Sociales en América Latina, organizado por el Instituto de Iberoamérica, Universidad de Salamanca, que se celebrará en Salamanca del 28 de junio al 1 de julio de 2016″;
    • Os trabalhos serão precedidos de um resumo de até 250 palavras, com cinco palavras-chave na língua original e em inglês;

Para mais informações, acesse: http://ceisal2016.usal.es/es/

Chamada de artigos para dossiê “Internet, feminismos e diversidade sexual”

A Contemporanea: Revista de Comunicação e Cultura está com chamada aberta até o dia 30 de junho para a edição de agosto de 2015, cujo dossiê temático é “Internet, feminismos e diversidade sexual”, editado pela profa. Graciela Natansohn (POSCOM/UFBA).

A Contemporanea (B1 Capes CSA1) é o periódico científico do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Culturas Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (POSCOM/UFBA). As Submissões devem ser feitas através do sistema http://www.portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/ e, além do dossiê temático, recebem em fluxo contínuo contribuições em temas livres, entrevistas e resenhas.

EMENTA DO DOSSIÊ:

As tecnologias digitais e o ambiente online são um locus importante da ação política feminista e, ultimamente, da reflexão teórica e metodológica dos feminismos na suas interfaces com os estudos de comunicação e cibercultura. Este dossiê propõe abordar questões que versam sobre o circuito de produção, circulação, consumo e apropriação das mídias digitais, assim como as práticas e reflexões artísticas, ciberativistas e tecnopolíticas que adotam uma perspectiva de gênero para a análise da cibercultura e as práticas a ela relacionadas.

CALENDÁRIO:

Recebimento de artigos: até 30 de junho

Resultado da seleção: até 31 de julho

Trabalho de revisão: 01 a 15 de agosto

Publicação da Revista: 31 de agosto

Editora responsável:

Graciela Natansohn (POSCOM/ UFBA)

Na tevê e nas ruas, gatilho contra jovens negros é disparado todo dia

Foto: Alese

Foto: Alese

Por Ana Carolina Westrup¹²

Neste momento em que se discute o aumento da violência e possíveis soluções para enfrentar esse cenário, uma importante publicação traz à tona informações que elucidam quem são as reais vítimas das mortes violentas e em quais circunstâncias esses fatos ocorrem.

Lançado no dia 14 de maio, o Mapa da Violência no Brasil 2015: mortes matadas por armas de fogo traduz a cruel realidade escondida como migalha embaixo do tapete, longe das reuniões de pauta dos grandes meios de comunicação: o crescimento do número de mortes por armas de fogo na população em geral e, de forma alarmante, da juventude brasileira entre 15 a 29 anos, sobretudo quando se trata de pessoas negras.

Segundo a pesquisa, a arma de fogo mata quase cinco pessoas por hora, no Brasil. Apenas em 2012, foram 42,4 mil pessoas vítimas de homicídios, suicídios ou acidentes. Coordenado pelas Secretarias da Juventude da Presidência da República e da Igualdade Racial, em cooperação com a Unesco e com apoio da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso) e do Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos (Cebela), o mapa é desenvolvido desde 1998 com o objetivo de contribuir com dados sobre as formas de violência.

Atualizado, ela agora disponibiliza um panorama geral sobre a incidência de morte violenta nas diferentes regiões do país, com recortes de gênero, raça e faixa etária, até o ano de 2012.

O estudo aponta o crescimento de 556% no número de homicídios provocados por arma de fogo na população total, entre 1980 a 2012, sendo a juventude a maior vítima desse aumento, passando de 4,5 mil vítimas no ano de 1980 para 24.882 em 2012.

Outra situação reveladora está relacionada às taxas de mortalidade por arma de fogo, quando analisada a faixa etária entre 0 a 70 anos. O maior número de vitimização se dá, justamente, nas idades de 17, 18, 19 e 20 anos, tendo como pico os 19 anos de idade, com quase 63 mortes para 100 mil jovens, sendo 95% do sexo masculino.

Aterrorizadores, os números destacam a existência de um recorte racial claro. Enquanto as taxas de homicídios de brancos por armas de fogo caíram de 14,5 para 11,8 em 100 mil brancos no período analisado, as taxas de homicídios de negros aumentaram de 24,9 para 28,5.

O mesmo ocorre com o público feminino, em que as taxas de mulheres brancas vítimas caem 18,7% e as negras aumentam 14,1%. Também no caso das mulheres, a incidência de 95% dos casos recai sobre as jovens.

Em síntese, os números relatados no Mapa da Violência 2015 são claros no diagnóstico: a população jovem e negra é a maior vítima das mortes por armas de fogo, um cenário que não coincide com o que vemos, de forma sistemática, nos programas “policialescos” na grade de programação da TV aberta de todo o Brasil.

Basta assistirmos a cinco minutos de qualquer tipo de programa deste calibre – sem ser redundante – para termos a definição de cor, classe e faixa etária daqueles apontados como marginais e assassinos.

Não é difícil ouvir um discurso como o propagado por um programa em Fortaleza, capital do Ceará, ainda em 2011: “três bandidos armados, entre eles um pivete com um 38, mataram um policial rodoviário que ia ser pai dentro de poucos dias. O que fazer com esses bandidos? Hotel e três refeições por dia? Não precisa prender, é só cegar, principalmente o menor. Duvido que ele mate mais alguém”.

Ou mesmo o conhecido caso da repórter do Brasil Urgente, veiculado na TV Bandeirante da Bahia, em 2014, que, entre outras coisas, constrange um jovem negro, acusado de ter praticado estupro, que é condenado, ao vivo, sem direito a julgamento e, ainda por cima, em meio a uma série de humilhações.

São os programas policialescos responsáveis por reproduzir os jargões mais preconceituosos que acabam entrando no gosto popular, virando piadas e formas de abordagem que não só reproduzem o preconceito, mas, de forma proposital, distorcem a realidade de violência que jovens negros e negras vivenciam diariamente.

São também os programas policialescos a mercadoria cada vez mais interessante para as empresas de comunicações, dado o nível de audiência alimentado pela abordagem sensacionalista. Isso, por si só, já explica a proliferação deste tipo de programação em todas as regiões do Brasil, com formato e horários praticamente iguais. A fórmula está pronta, basta aplicar e lucrar com ela.

Diante desse cenário, não é difícil termos, como fruto de programas “policialescos” e da mediação que constroem com o público, a pauta da redução da maioridade penal como uma das principais discussões envolvendo a juventude brasileira, ao invés de estarmos discutindo como aplacar a nítida seletividade de promoção da violência no Brasil. Ou seja, na televisão e nas ruas, a arma já está apontada para os jovens negros brasileiros. E o gatilho é disparado todo dia.

¹ Ana Carolina Westrup é integrante do Intervozes, jornalista, mestranda em Comunicação Social pela UFS e membro do grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS).

² Texto publicado originalmente na Carta Capital.

Lançamento de livros no Intercom Sudeste

logo

Estão abertas as inscrições para autores interessados em lançar seus livros no XX Congresso de Ciências da Comunicação da Região Sudeste (Intercom Sudeste 2015), que será realizado nos dias 19, 20 e 21 de junho, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Os autores devem encaminhar a capa (em formato jpg ou pdf) e o resumo da obra para o email intercom.livros.salaodehumor@gmail.com até o final de maio. Também é necessário informar os dados da obra (identificação do autor, ano, editora) e o formato do livro (e-book ou impresso). Só poderão se inscrever autores cujas obras foram produzidas em 2014 ou 2015.

O Lançamento de Livros (Publicom) será realizado no dia 20 de junho, no Centro de Convivência do campus Santa Mônica da UFU, das 15h às 18h. Na ocasião também será realizada a Exposição Salão Internacional do Humor, cujo objetivo é debater temas sociais por meio das artes gráficas de maneira bem humorada. Será uma festa de caricaturas e charges.

Para mais informações sobre o Intercom Sudeste 2015, acesse: http://intercomsudeste2015.com.br/

A judicialização do jornalismo

Por Sergio Mattos¹²

Estamos atravessando um período em que o conceito de equilíbrio entre os Três Poderes, tal como concebido por Montesquieu em “O Espírito das Leis” está sendo posto em xeque, sofrendo alterações, devido ao fenômeno da Judicialização do Estado. Como diz Ricardo Kotscho

Com o enfraquecimento do Legislativo, dos partidos e das lideranças políticas, sindicais e empresarias, o Poder Judiciário foi aos poucos ocupando o espaço vazio para ordenar a vida nacional num processo que chegou ao auge no ano passado [2013] durante o julgamento do Mensalão, em que as leis vigentes passaram a ser apenas um detalhe. […] Depois da “politização do Judiciário”, chegou a vez da “judicialização da vida cotidiana”, como pudemos notar em vários fatos recentes nos quais, por qualquer motivo, as pendências na sociedade são encaminhas para os homens de toga decidirem sobre o que pode e o que não pode, o que é certo e o que é errado (KOTSCHO, 2014).

Neste novo cenário, o Judiciário tem assumido um papel de agente político, ocupando espaços nas áreas de atuação do Legislativo e do Executivo, no sentido de atender às necessidades sociais cada vez mais diversificadas. O chamado Quarto Poder também tem sido atingido pelo processo de judicialização, tanto de forma direta como indireta, gerando conflitos entre o judiciário, a imprensa e os jornalistas, quando entra em jogo as ameaças à liberdade de imprensa por meio da indústria de liminares que tem crescido, impedindo a publicação de material jornalístico, constituindo-se em verdadeiros atos de censura judicial.

O processo de judicialização tem atingido a imprensa também no que concerne às rotinas de produção de conteúdos através da, já denominada por alguns, como a “Judicialização da pauta jornalística” que de certa forma tem valorizado mais o Judiciário do que os outros dois poderes. Quem está em evidência na mídia brasileira nos últimos anos é o Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, os juízes e promotores que passaram a ser fontes diárias de matérias jornalísticas. Instituições como a OAB, advogados e juristas especializados nos mais diversos ramos do Direito passaram a ser fontes requisitadas ganhando cada vez mais espaço na mídia. No entanto, essa judicialização da pauta jornalística não eliminou os conflitos na relação entre o judiciário e a imprensa, muito pelo contrário. Isto porque existem os que afirmam que a mídia tenta influenciar as decisões da justiça com o peso da pressão da opinião pública e outros que se queixam da “censura jurídica”, apesar da Constituição vetar a censura (SILVEIRA, 2011).

A Constituição de 1988 assegura em seu artigo 5º, inciso XIV, o acesso à informação, resguardando-se o sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional, entre outros dispositivos que também tratam da atividade da imprensa. Com relação à censura, a Carta de 1988 apresenta texto específico sobre comunicação social (capítulo V), em seu artigo 220, no qual afirma que a manifestação do pensamento não sofrerá nenhuma restrição e, nos parágrafos 1º e 2º, veda totalmente a censura, impedindo até mesmo a existência de dispositivos legal “que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística, em qualquer veículo de comunicação social”.

Apesar dessas garantias, a nossa Constituição, segundo Nelson Jobim, então no exercício a presidência do Supremo Tribunal Federal, é de “absoluta obscuridade no que se refere a conflitos entre direitos individuais e direito à informação”, o que na interpretação de juristas, torna-se difícil lidar com essa questão no âmbito da lei quando esses direitos estiverem lado a lado em um mesmo processo, porque são incompatíveis e opostos (MATTOS, 2005). Diante disso surgem perguntas como as que o próprio ministro Nelson Jobim coloca: A liberdade de expressão sobrepõe-se aos direitos individuais? É possível compatibilizar os dois? Se não, algum deles sobrepõe-se ao outro?

Essas perguntas ainda estão sem respostas diretas, necessitando, segundo Jobim, de uma ampla discussão nacional “para resolver essa incompatibilidade, ou uma hierarquização desses dois direitos, e isso deve ser promovido pelos jornais, pois quem não cuida de si mesmo deixa os outros cuidarem”. Enquanto o debate nacional não esclarecer o conflito ficaremos a mercê de interpretações. A Constituição diz que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente da sua violação” (MATTOS, 2005, p. 19-20).

O Código Civil, no artigo 20, diz que “salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização de imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais”.

O artigo 21 completa a possibilidade de censura por intermédio da Justiça: “A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”.

Considerando essa brecha jurídica foi que, durante o I Encontro regional de Liberdade de Imprensa, realizado em São Paulo, no ano de 2005, os participantes concluíram que “os meios de comunicação devem estar permanentemente atentos para que a busca a notícia nos casos que envolvam a privacidade das pessoas não desqualifiquem o direito à informação. É preciso respeitar os limites do bom senso, mas esses limites devem ser definidos pela própria mídia”(Jornal ANJ, março 2005, p.11). Foi recomendado ainda que os veículos de comunicação devem estar atentos aos artigos do Código Civil que permitem, na prática, a censura prévia.

Além de todas estas particularidades, deve-se destacar outra, tão danosa quanto a censura policial ou judicial, que é a concentração da mídia nas mãos de uns poucos grupos. Esta concentração de propriedade tem crescido mais ainda diante da convergência tecnológica, favorecendo aos conglomerados exercerem o poder de seleção, para não dizermos de censura, sobre o que deve ou não ser divulgado. A mídia tem denunciado ameaças à liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que defende conceitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa, que numa análise mais apurada, podemos constatar que o que estão defendendo mesmo é a liberdade de empresa.

Apesar de a censura oficial, formal e regimental ter acabado com a promulgação da Constituição de 1988, continuam a existir variadas e novas formas que visam o controle do fluxo da informação e ou do seu conteúdo por meio da manipulação sutil da informação, quando a imprensa perde a capacidade de estabelecer diferenças e passa a trabalhar os fatos baseando-se em generalizações; por meio do constrangimento, da omissão (autocensura) e da indiferença, que a meu ver é a pior de todas as formas de censura porque pode ser praticada abertamente por qualquer pessoa física ou jurídica e independe de leis. Um dos principais problemas de censura enfrentados pela imprensa brasileira refere-se às decisões e interpretações da Justiça.

Desde 2009, quando a Lei de Imprensa foi extinta e a cassação do diploma de jornalista efetivada, como sendo resquícios da ditadura, que a prática do jornalismo ficou mais vulnerável, devido ao volume de ações ajuizadas contra jornalistas e seus veículos com o objetivo de intimidação. A Constituição de 1988, em seu artigo 5º, inciso IV reconhece a liberdade de pensamento como direito fundamental e assegura a plena liberdade de imprensa.

No entanto, a cada escândalo ou denúncia veiculada pela imprensa surgem inúmeras ações ajuizadas contra jornalistas e veículos de comunicação que resultam no impedimento da publicação de notícias sobre tal pessoa ou tal assunto, na retirada imediata dos conteúdos disponibilizados em plataforma digital (sites e blogs na internet), seguido da condenação da reportagem e de seu autor por crime e danos morais calúnia, injúria e difamação, inibindo a imprensa, disseminando a autocensura e subjugando os veículos economicamente mais frágeis.

É por isso que a censura e a judicialização da imprensa continua despertando as atenções dos pesquisadores, com a produção de estudos específicos e os debates em torno desses temas têm sido frequentes. As estatísticas são os fundamentos para esses estudos, debates e encontros.

Atualmente, 2015, qualquer pessoa hoje pode entrar com processos de qualquer natureza contra um jornal ou um jornalista na tentativa de intimidá-los.

Há alguns anos, a revista eletrônica Consultor Jurídico veiculou matérias abordando a assustadora judicialização da imprensa. Segundo o levantamento realizado pela ConJur, em 2007 havia praticamente uma ação para cada jornalista de um grande grupo de comunicação (3.133 processos para um universo de 3.237 profissionais que exerciam jornalismo nas princípios empresas de comunicação (FIDALGO,2014).

Apesar de inúmeras demandas contra a imprensa com o objetivo de intimidar e impedir a veiculação do noticiário, não se pode deixar de reconhecer que os Tribunais de Justiça têm corrigido a maioria dessas violações constitucionais e são poucos os processos deferidos. No entanto, devido ao descompasso entre a abertura do processo e a sua decisão final, o mal já foi feito, atingindo principalmente a figura do jornalista que intimidado pode adotar a partir daí a prática da autocensura.

Na Bahia, nos últimos anos temos acompanhado inúmeras tentativas de cerceamento da liberdade de imprensa com o ajuizamento de inúmeras ações nas quais tentam processar apenas o jornalista como pessoa física, deixando muitas vezes a empresa de comunicação fora do processo, numa ação de intimidação para fazer calar o profissional e estimular a prática da autocensura. A título de exemplos citarei apenas dois casos. Um acontecido em 2008, quando só a Igreja Universal entrou com 35 ações contra o jornal A Tarde e contra um de seus repórteres, o jornalista Valmar Hupsel, em várias cidades brasileiras.

Outro caso, mais recente, ocorrido em 2014, quando empresários imobiliários da Bahia ajuizaram ações contra o jornalista de A Tarde, Aguirre Talento,em três varas distintas contra o mesmo profissional pelo fato dele ter denunciado que eles (os empresários) estavam destruindo o resto da Mata Atlântica de Salvador. O juiz da 15ª Vara Criminal acatou as acusações de calúnia, injúria e difamação contra Aguirre Talento, condenando-o à pena de seis meses e seis dias em regime aberto revertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de 10 salários mínimos para reparação dos danos causados. Considerando este fato como tentativa de intimidação, de atentado à liberdade de imprensa, jornalistas, reunidos em Maceió, em abril de 2014 aprovaram moção de repúdio apresentada pelo SINJORBA, da qual transcrevemos trecho a seguir:

Os jornalistas reunidos no 36º Congresso Nacional dos Jornalistas realizado em Maceió, Alagoas, manifestam veemente repúdio à sistemática perseguição que vem sendo empreendida por empresários do setor imobiliário baiano, que processam as pessoas físicas dos jornalistas baianos, sem processar a empresa A Tarde que publicou as reportagens sobre a destruição da Mata Atlântica em Salvador, nos últimos cinco anos. São alvo das ações os repórteres Biagio Talento, Regina Boschichio, Patrícia França, Vitor Rocha, Felipe Amorim, Aguirre Talento e Valmar Hupsel Filho, este alvo de uma ação civil com pedido de indenização de R$ 1 milhão (BLOG DE JADSON, 2014).

Estamos hoje (20/05/2015) aqui reunidos, neste 1º Encontro Justiça e Imprensa na Bahia, para discutir aspectos da relação entre a Justiça e a Imprensa, o que louvamos, parabenizando as instituições promotoras do evento, ABI, AMAB e SINJORBA, além dos profissionais envolvidos na organização do mesmo. No entanto, queremos deixar bem claro que somos contra todo e qualquer tipo de cerceamento da liberdade de expressão e da liberdade de informação, pois a censura é a ferramenta usada para defender os interesses políticos e econômicos do momento. A censura sempre foi usada para isso, para manter o status quo, dos interesses políticos e interesses econômicos.

A censura nunca foi defendida por ninguém de sã consciência, pois ela só interessa àqueles que carregam o espírito arrogante dos ditadores. A censura é um instrumento por meio do qual se pode manipular a realidade e, exatamente por isso, ela deve ser execrada.

Diante do exposto, o que não podemos aceitar, sem protestar, é a postura adotada por alguns juízes, que tem se arvorado como árbitro da liberdade de imprensa e por meio de liminares vem amordaçando a mídia e intimidando os profissionais.

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Notas

¹ Sérgio Mattos é professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Mattos é graduado em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) – onde é professor aposentado – e tem mestrado e doutorado em Comunicação pela University of Texas (EUA). Ele é membro do grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS/UFS) e líder do grupo de pesquisa CEPOS-Capítulo Cachoeira (UFRB).

² Texto apresentado durante o 1º Encontro Justiça e Imprensa na Bahia, realizado no dia 20 de maio de 2015, no Shareton da Bahia Hotel, promovido pela Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e  Sindicato dos Jornalistas Profissional do Estado da Bahia (SINJORBA).

REFERÊNCIAS

BLOGDEJADSON. Empresários imobiliários da Bahia esbanjam arrogância contra jornalistas e a liberdade de expressão. Disponível em: http://blogdejadson.blogspot.com.br/2014/04/empresarios-imobiliarios-da-bahia.html Acesso em 15/05/2015.

FIDALGO, Alexandre. Indústria de liminares ainda ameaça liberdade de imprensa. Disponível em: http://www.gazetabragantina.com.br/cotidiano/industria-de-liminares-ainda-ameaca-liberdade-de-imprensa/ Acesso em 15/05/2015.

JORNAL ANJ. Liberdade de imprensa: Rede revela pressões e ameaças. Brasília, Associação Nacional dos Jornais, mar., 2005, p.11.

KOTSCHO, Ricardo. Os perigos da judicialização da vida cotidiana. Disponível em:
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2014/01/13/agora-e-a-vez-da-judicializacao-da-vida-cotidiana/ Acesso em 15-05-2015.

MATTOS, Sérgio. Mídia controlada: a história da censura no Brasil e no mundo. São Paulo: Editora Paulus, 2005.

SILVEIRA, Santamaria Nogueira. Conflitos entre Judiciário e Imprensa estão mais expostos. In Consultor Jurídico, setembro 2011. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2011-set-24/ Acesso em 15/05/2015.

Consulta pública é aberta para construção de Pontos de Mídia Livre

ponto_de_midia_livrePor MinC

Com o objetivo de expandir a participação social na formulação e implantação de políticas públicas de cultura, a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC) vai realizar consulta pública para o edital Prêmio Pontos de Mídia Livre. A iniciativa beneficiará entidades e grupos de mídia livre, certificados como Pontos ou Pontões de Cultura, responsáveis por iniciativas de mídia livre. Interessados poderão mandar propostas entre 11 e 25 de maio.

A consulta pública será realizada segundo critérios da Política Nacional de Participação Social e prevê a publicação de um documento contendo objetivo, justificativa, público-alvo, categorias e valores dos prêmios, entre outros tópicos que sejam de relevância para apreciação e coleta de sugestões da sociedade.

A partir do próximo dia 11, o documento será disponibilizado em plataforma digital, dentro do portal culturadigital.br, e receberá contribuições durante 15 dias. Após o encerramento do prazo, todas as contribuições serão sistematizadas e o resultado será publicado até 1º de junho. A Secretaria assumirá o compromisso de responder todas as propostas recebidas.

“A possibilidade de cogestão das políticas públicas é o caminho a ser seguido”, destaca a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Ivana Bentes. “Estamos construindo diversos instrumentos de estímulo à participação social. A consulta pública é um deles e deve ser a mais ampla possível, para possibilitar que quem recebe essas políticas na ponta também participe do seu processo de criação e implementação”, ressalta.

Além da consulta virtual, a SCDC também realizará um debate aberto sobre o edital durante a programação do Encontro de Midialivrismo e Juventude, que será realizado nos dias 15 e 16 de maio, no Rio de Janeiro (RJ).

Pontos de Mídia Livre

O edital Pontos de Mídia Livre será uma ação de apoio e fomento para iniciativas de comunicação livre e compartilhada, não atreladas ao mercado. A proposta do edital integra a ação estruturante cultura, comunicação e mídia livre, prevista pela Lei Cultura Viva (Lei 13.018/2014), e visa reconhecer iniciativas nacionais, regionais, estaduais e locais realizadas por entidades, grupos e coletivos que tenham ou não personalidade jurídica (CNPJ), promovendo a revitalização de uma Rede Nacional de Pontos de Mídia Livre pelo País.

Foram realizados dois editais de premiação para o campo da mídia livre, em 2009 e 2010, totalizando investimentos de aproximadamente R$ 9 milhões, destinados em forma de prêmios para 154 Pontos de Cultura e instituições privadas sem fins lucrativos, contemplando um amplo espectro de suportes de comunicação (audiovisual, impresso, multimídia, rádio e web) distribuídos pelas cinco regiões brasileiras.

Chamada para dossiê “Tecnopolíticas e Vigilância”

ecoposEstão abertas as chamadas de trabalhos para os dossiês “Tecnopolíticas e Vigilância” e “As Formas do Artifício” da Revista ECO-Pós. Os deadlines para as edições são: 22 de maio e 7 de agosto, respectivamente.

A Revista ECO-Pós (Quaslis B1 – CSA1) é publicada pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) e aceita textos para as seções Dossiê e Perspectivas de doutores ou em coautoria com doutores. Essa exigência não se aplica a Resenha. A seção Perspectivas recebe artigos em fluxo contínuo. Mais informações no site da Revista: http://revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos

18.2 – Tecnopolíticas e Vigilância

A presença cada vez mais intensa de tecnologias de vigilância no cotidiano das grandes cidades vem sendo acompanhada por um amplo espectro de movimentos sociais e um crescente interesse por debates públicos, seja por meio de pesquisas acadêmicas, seja através de discussões sobre novas legislações. A edição 18.2 da Revista ECO-Pós contemplará contribuições interessadas em analisar as relações entre vigilância, tecnologia e sociedade, privilegiando os seguintes eixos temáticos: história e futuro da vigilância e do controle social; vigilância, imperialismo e capital global; vigilância, protestos políticos e movimentos sociais; vigilância e tecnopolítica: conceitos, metodologias e estudos de caso; mídias sociais e espaços urbanos; Big Data, vigilância e tecnopolítica; Smart Cities e sistemas de segurança integrados; Web, Deep Web e Internet das Coisas; ativismo e contra-vigilância; práticas artísticas e estéticas da vigilância; vigilância móvel e wearable; Snowden, NSA e vigilância de massa; a questão da privacidade, dados pessoais e controle da informação; vigilância e práticas de consumo; tecnologias de auto-monitoramento e controle; legislação e regulação da vigilância e proteção de dados.

Editora convidada: Fernanda Bruno (ECO-UFRJ)

Prazo de submissão: 22 de maio. 

18.3 – As Formas do Artifício

O artifício é uma categoria conceitual, analítica, sociohistórica e estética, que, assumindo diversas formas, articulando diferentes saberes e produtos culturais e atuando na mediação entre estes e a vida material, vem ganhando um destaque cada vez maior nos campos das artes e da comunicação. A edição 18.3 da Revista ECO-Pós contemplará contribuições interessadas em estudar as diversas formas do artifício, privilegiando aquelas que abordarem os seguintes eixos: o artifício nas artes; estilização, formalismo e artifício; artifício e melancolia; artifício, realismo e o Real; estéticas, poéticas e políticas do artifício e do frívolo; o  lugar do entretenimento e do conceito de sensibilidade na teoria da cultura contemporânea; as hierarquias entre cultura erudita, cultura popular e cultura massiva; a cultura midiática e de consumo; afetação, teatralidade e performance na constituição de personagens, práticas e identidades; a crítica pop; o universo sensível do pop; a noção de nostalgia e a sensibilidade nostálgica; o camp, o kitsch, o trash e o brega; o clichê; a questão da ironia como um signo de resistência,  o supérfluo na comunicação do político, a cibercinefilia e o cosmopolitismo midiático.

Editor convidado: Denílson Lopes (ECO-UFRJ).

Prazo de submissão: 7 de agosto.

Chamada de trabalhos sobre o audiovisual latino-americano

significação

A Significação: Revista de Cultura Audiovisual, do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da USP, abre a chamada para as contribuições de doutores e de doutorandos a serem publicadas em sua segunda edição de 2015. Para compor o dossiê temático, coordenado por Reinaldo Cardenuto Filho e Marcelo Prioste, a publicação convida os pesquisadores que estão desenvolvendo estudos sobre o audiovisual latino-americano do presente e do passado, nas mais diversas experiências estéticas e formatos (cinema, vídeo e televisão). Com enfoque interdisciplinar e aberto a perspectivas teóricas múltiplas, o dossiê tem por objetivo construir um panorama das atuais pesquisas realizadas em torno do assunto, incluindo os estudos acerca do audiovisual brasileiro.

Além do dossiê, a revista publica em sistema de fluxo contínuo artigos dedicados ao estudo do cinema, do vídeo, da televisão, do rádio e das novas mídias, pensando-os como um sistema diversificado de práticas e ideias que envolvem os seus processos específicos de reflexão, criação, produção e difusão. A partir de diferentes perspectivas teóricas, examina uma variedade de objetos audiovisuais com ênfase na sua constituição e existência empírica, ocupando-se das articulações poéticas, dos significados semióticos, das expressões estéticas, da crítica e da análise histórica. Também são bem-vindas as resenhas de publicações recentes da área, resenhas que podem ser submetidas por mestrandos.

Os prazos para envio das colaborações para o presente dossiê encerra-se no dia 31 de agosto de 2015.

As normas de publicação do periódico, assim como detalhes sobre o processo de avaliação dos textos, podem ser lidos em http://www.revistas.usp.br/significacao/about/submissions#onlineSubmissions.

Chamada de trabalhos: Pobreza e Jornalismo

SURLE

A revista científica internacional “Sobre Jornalismo/ About Journalism / Sur le Journalism” está com chamada de trabalhos aberta para o dossiê “Pobreza e Jornalismo”. A edição será coordenada pelos professores: Viviane Resende, Laura Pardo e Greg Nielsen e o prazo para envio de propostas de artigo (resumos expandidos) se encerra dia 30 de junho de 2015.

EMENTA

A pobreza é um problema global grave, com consequências desastrosas sobre as vidas de milhões de pessoas no mundo. Entretanto, a cobertura do problema, incluindo a ação do que poderia ser classificado como instituições circundantes, tais como organizações não governamentais, intergovernamentais e internacionais, é distorcida, e suas dimensões são naturalizadas de várias formas em jornais, emissoras de televisão e outros veículos midiáticos […]. Mesmo reconhecendo que a mídia convencional discuta regularmente questões ligadas à pobreza – embora sem estabelecer relações causais entre as situações de pobreza e outras questões sociais mais amplas, ficando a representação restrita a uma lógica de aparências […] -, há a questão de que raramente se dirige aos grupos sociais a que se refere. Em outras palavras, na maior parte das vezes jornalistas falam sobre quem vive em situação de pobreza, mas do ponto de vista de quem não experimenta a pobreza e dirigindo-se a quem tampouco experimenta a pobreza. Disso não resultaria que a compreensão pública das situações de exclusão torna-se limitada, mesmo quando a mídia parece clamar por soluções, supostamente em nome da democracia? A cobertura jornalística sobre a pobreza não estaria contribuindo para silenciar um grupo de atores sociais – curiosamente aqueles que são diretamente afetados pelo problema – e que se encontram excluídos tanto da representação midiática, como do acesso ao debate público sobre esse tema?

Por um lado, a história e a crítica da economia política das organizações midiáticas na cobertura da pobreza ainda precisam ser escritas. Por outro lado, não se podem ignorar iniciativas transformadoras, no campo do jornalismo, que buscam incluir os atores e grupos representados também como audiência. O jornalismo cumpre um papel político importante quando ‘molda’ as notícias sobre a pobreza. Se é verdade que o jornalismo hegemônico tem limitado seu engajamento com a superação da pobreza ao enquadramento pelo viés da caridade, o que pode ser e de fato tem sido questionado, também é verdade que esse mesmo jornalismo tem focalizado muito pouco os problemas relativos à falta de acesso de parcelas significativas das populações a recursos materiais e simbólicos, e que tem estabelecido questionáveis relações entre pobreza e violência. Essa abordagem do tema frequentemente evita a investigação crítica. Mas é verdade também que o jornalismo alternativo – como nos street papers, na mídia comunitária, no jornalismo cidadão, na mídia social, bem como em sistemas públicos de televisão – tem estabelecido outras formas de relação entre jornalismo e pobreza. Várias formas de jornalismo de defesa civil têm estabelecido relações políticas diferentes quando se trata de se dirigir a atores e grupos sociais em situações de pobreza, por exemplo noticiando fatos em que grupos sociais em posições subalternas assumem posturas protagonistas na transformação de suas situações.

Esse número monográfico de Sobre Jornalismo convida autoras e autores e enviarem contribuições que busquem discutir a complexa combinação de forças que atuam na definição de uma ‘boa’ prática jornalística no tangente a esse corte temático, em abordagens que reconheçam a diversidade e as tensões das estruturas sociais e organizacionais e das práticas discursivas. Consistência editorial, atitudes jornalísticas, níveis de verificação requeridos, culturas profissionais diferem radicalmente entre mídias, mas ainda mais entre regiões do globo, o que traz uma grande diversidade às possíveis abordagens das relações entre jornalismo e pobreza. Onde quer que jornalistas levantem questões sobre pobreza, como os grupos sociais empobrecidos e as pessoas em situação de pobreza são representados e classificados? São representados como números e dados estatísticos? Como textos jornalísticos especulam sobre possíveis soluções para a pobreza? Como pessoas em situações de pobreza são imageticamente representadas? Ou, por que as imagens das pessoas mais pobres são tão apelativas no jornalismo?

No escopo deste dossiê, muitas questões são pertinentes:
– Em que escala devemos situar a cobertura da pobreza, em termos geopolíticos? Localmente? Nacionalmente? Em um eixo Norte-Sul? Globalmente?

– Como textos jornalísticos representam, nomeiam, classificam as variadas situações de pobreza? Que significados diferentes tipos de jornalismo atribuem à pobreza? Que efeitos potenciais podem ser associados a esses significados?

– Pessoas em situações de pobreza encontram espaço para a enunciação de suas vozes em textos jornalísticos? Como essas vozes se representam na mídia hegemônica e/ou na mídia alternativa (street papers, mídia comunitária, jornalismo de defesa civil etc.)?

– Grupos em situações de pobreza são representados em papéis ativos ou passivos? Suas vozes são representadas? De que modos?

– Quais são os atores sociais envolvidos na cobertura jornalística da pobreza? Como sua participação é negociada no campo? Quais são os papéis representados por atores sociais externos ao campo do jornalismo (governos, ONGs, acadêmicos, organizações intergovernamentais e internacionais etc.)? 

– Quais são as audiências às quais os textos jornalísticos se dirigem? Há lacunas entre atores e grupos sociais representados e as audiências em potencial?

SUBMISSÃO

Solicita-se confirmar o interesse de participar do dossiê até o dia 30 de junho de 2015 por meio do envio de um texto de duas páginas aos coordenadores do dossiê: viviane.melo.resende@gmail.com; pardo.linguistica@gmail.com; gregmarcnielsen@hotmail.com.

Os textos podem ser redigidos em português, inglês,francês ou espanhol. Os artigos, de 30 a 50 mil caracteres (com espaço), devem ser encaminhados até o dia 30 de novembro aos coordenadores do dossiê.

Sobre jornalismo é um periódico internacional peer-reviewed, de acesso livre, com versões eletrônica e impressa. A revista, editada desde 2012, publica dossiês temáticos e artigos livres. Ela aceita proposições em inglês, francês, português e espanhol.