A centralidade do trabalho cultural: autonomia e precarização

jornalistaPor Verlane Aragão Santos*

O realce dado às atividades culturais como setor econômico com grandes potencialidades de lucros tem fortalecido a tese de que na atual fase do capitalismo a cultura assumiria a centralidade na produção de valor. Tal noção tem sido coroada em contexto histórico muito particular, dado o papel das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), não obstante resultar de mais um ciclo de crise, próprio da dinâmica do capital. Sem entrar nas controvérsias que o tema pode suscitar, assumiremos aqui a perspectiva de que a centralidade na produção de valor continua sendo do trabalho, mais precisamente, do trabalho intelectual, cultural, criativo. A centralidade da cultura implica em pensarmos na centralidade do trabalho cultural.

Vale acentuar, contudo, que não compactuamos com as teses apresentadas, já na década de 80, por André Gorz e Claus Offe, entre outros, sobre o fim da sociedade do trabalho. Tão pouco com a tese do trabalho imaterial, defendida por Giusepe Cocco, baseada nas proposições de Mauricio Lazzarato e Toni Negri, que defendem a dissociação do trabalho em relação ao capital, conjugada nas novas formas reticulares de produção.

A discussão a ser realizada, então, não pode renunciar à busca de perscrutar as novas relações que se estabelecem entre capital e trabalho, notadamente em um quadro em que os ativos financeiros fortemente negociáveis são os relativos aos ganhos dos direitos de propriedade intelectual e autoral, próprios dos ramos baseados na inovação, no conhecimento e na criatividade, de um lado, e a crescente precarização e exploração do trabalho sob a forma de trabalho autônomo, de outro.

O desemprego estrutural, como resultante da reestruturação produtiva e da baixa dinâmica macroeconômica das últimas décadas, corresponde à busca pelas empresas de novas estratégias de corte de custos, em especial em relação ao uso e à gestão da força de trabalho, com a necessidade do sistema de dar conta da massa de trabalhadores que não conseguirá, a partir de então, inserir-se nas estruturas formais de ocupação. Mais que isso, há a busca por estratégias de apropriação da riqueza produzida por esse trabalho não formalmente subsumido, ou seja, como trabalho livre assalariado. Neste contexto, redesenha-se o perfil desejado de trabalhador, projetando-se assim:

[…] a imagem do “novo trabalhador” como um ser que substitui a carreira em um emprego assalariado de longo prazo pelo desenvolvimento individual através da venda de sua força de trabalho em uma série de ocupações contingentes, obtidas através da demonstração pública de disposição e competência para atividades e condições de trabalho em constantes mudanças, isto é, como empresário de si mesmo (SILVA, 2003, p. 165-166).

No interior das próprias estruturas produtivas, as demandas por trabalhador acentuaram aspectos como a “polivalência”, a “multi-habilidade”, estabelecendo um “modelo da competência” em detrimento ao modelo baseado no posto de trabalho. O modelo da competência resultaria das transformações em curso no conteúdo do trabalho, em que três noções devem ser consideradas: 1- a qualidade de evento/acontecimento que tomam as esferas do trabalho; 2- o crescente papel que passa a ter a comunicação nos processos de trabalho, e; 3- a importância/avanço da lógica do serviço às atividades econômicas (ZARIFIAN, 1999).

O trabalho intelectual assume papel essencial no atual estágio de desenvolvimento das forças capitalistas de produção e consequentemente no âmbito das lutas de classes. No contexto da Terceira Revolução Industrial, a questão que se coloca é a da subsunção real do trabalho intelectual (cultural, criativo) no capital “e, simetricamente, da possibilidade de uma superação da divisão entre corpo e espírito no trabalho e do atual sistema de dominação” (BOLAÑO, 2002, p. 62). Bolaño (Ibid.) aponta ainda para o papel crucial do setor de informática ou das TIC para o desenvolvimento do capitalismo, por ampliar a subsunção do trabalho, reestruturando as bases da acumulação. Refere-se mais especificamente ao trabalho intelectual onde está incluído o trabalho dos produtores de software:

O significado revolucionário dessa transformação fundamental do trabalho – e consequentemente da própria estrutura da classe trabalhadora – em que as funções de coordenação e comunicação ganham uma importância nunca antes imaginada, é tanto maior quanto o novo padrão de consumo exige também o aumento da intelectualização do próprio público de interesse, reforçando o caráter de mediador cultural que tem o trabalho intelectual (BOLAÑO, 2002: 63).

O que queremos enunciar, assim, são os limites impostos ao processo de subsunção do trabalho intelectual no capital, tal como defende Bolaño, dado o papel de mediação que esse tipo de trabalho assume no interior das indústrias culturais, garantindo a articulação dos interesses dos capitais e do Estado com as massas nos seus anseios mais íntimos e em diálogo direto aos elementos simbólicos forjados pelas culturas populares.

O quadro se definiria nos termos seguintes:

[…] além da subsunção do trabalho intelectual, necessário a esta nova fase da acumulação capitalista, ensaia-se cada vez mais neste setor novas formas de gestão baseadas naquilo que Pierre-Michel Menger vem chamando de “hiperflexibilidade da mão-de-obra”, traduzido pelo setor como “trabalho por projetos”. Transitoriedades, retração de direitos trabalhistas, enaltecimento das diferenças de remuneração, apologia da concorrência interindividual, auto-emprego, vistos agora, com sinal invertido, como legítimas formas de se valorizar e remunerar os talentos individuais, a criatividade do trabalhador precarizado (LOPES & SANTOS, 2011).

Instala-se o dissenso no interior da classe trabalhadora, já que se perde a identidade comum, transpondo-se em seu lugar a noção de empreendedor, agente individual, cujo trabalho consumido assume a pecha da ação criativa e inovadora. Não podemos, contudo, esquecer que tudo se reduz a trabalho humano, a dispêndio de energia vital, física e mental, que deverá se traduzir na forma mercadoria, no valor, sob a lógica capitalista. O empreendedor cultural é o desdobramento para a área da cultura daquele processo mais amplo, que atinge todo o conjunto da economia:

O trinômio inovação-criatividade-empreendedorismo migra do campo discursivo específico do setor empresarial e invade o setor cultural, e esse fenômeno de colonização discursiva faz crer que o projeto hegemônico do capital continua enfrentando dificuldades para conseguir lograr êxito. Os projetos identificatórios dos anos 1990 são aqui retomados para que desta vez o setor cultural contribua e intervenha em desenvolvimentos científicos, tecnológicos, políticos, industriais e comerciais em níveis cada vez mais amplos (BRAGA, 2015: 220).

Não devemos esquecer que é exatamente na busca de estabelecer uma estratégia que contrariasse a perda de rentabilidade, que países como o Reino Unido e a Austrália, na década de 1990, propuseram planos de retomada de crescimento econômico baseados nos chamados setores criativos. No interior desses setores, acomodam-se atividades com características próprias, em termos de seu desenvolvimento histórico, em especial no que diz respeito à incorporação da tecnologia e ao uso da força de trabalho. Figuram, dentre estes, desde o design, o desenvolvimento de software para jogos eletrônicos, a música, passando pelos museus e chegando ao patrimônio material e o chamado patrimônio imaterial (conforme Plano da Secretaria da Economia Criativa do MinC, na discriminação dos “setores criativos”, termo em substituição à expressão inglesa creative industries).

Referências bibliográficas

BOLAÑO, César. “Trabalho Intelectual, Comunicação e Capitalismo. A reconfiguração do fator subjetivo na atual reestruturação produtiva”. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, n. 12, p. 53-78, dez. 2002.

BRAGA, William. “Novas Identidades para o Novo Mundo do Trabalho através da Cultura: o velho mantra do capitalismo revisitado”. Revista Eptic Online, v. 17, n.1, p. 218-235, jan.-abr. 2015.

SILVA, Luiz Antonio Machado da. Mercado de Trabalho, ontem e hoje: informalidade e empregabilidade como categorias de entendimento. In.: SANTANA, M. & RAMALHO, J. Além da Fábrica. Trabalhadores, sindicatos e a nova questão social. São Paulo: Boitempo, 2003. p. 140-178.

LOPES, Ruy Sardinha & SANTOS, Verlane Aragão. Economia, cultura e criatividade: tensões e contradições. Carta Maior, São Paulo, 25 fev. 2012. Disponível em: <http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/Economia-cultura-e-criatividade-tensoes-e-contradicoes-%0D%0A/12/16464>. Acesso em: 03 out. 2015.

ZARIFIAN, Philippe. Objectif Compétence. Paris: Liaisons, 1999.

*Verlane Aragão Santos é professora dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação e em Economia da Universidade Federal de Sergipe e líder do grupo de pesquisa Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento, que compõe com o grupo CEPOS o Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM).

Precisamos falar sobre Comunicação Pública

compPor Cosette Castro*

No Brasil existem várias agências de notícias, tanto amplas como especializadas, para além das agências do mercado privado. Elas colaboram para oferecer outros olhares sobre o mundo, são fonte de informações para comunicadores e cidadãos interessados em ter vários pontos de vista sobre um tema. E também oferecem vagas de emprego.

Entre essas agências, é possível citar a Agência Andi, a Agência Patrícia Galvão, a Alice, Agência Livre e a Pública, Agência de Jornalismo Investigativo, entre centenas de outras espalhadas pelo Brasil, em geral encontráveis apenas pela internet. Mas pouca gente conhece essas agências de notícias, e mais uma vez a sociedade brasileira é diretamente atingida.

Isso ocorre porque o mercado de comunicação tradicional (comercial) é fechado e restrito a poucos concorrentes que divulgam e multiplicam suas próprias mídias. A TV Globo que fala da Globo News, que faz publicidade da Rádio Globo ou da CBN, que cita O Globo, a Agência Globo e o portal de notícia G1, que citam os filmes realizados pela Globo Filmes e os livros da Editora Globo, todos pertencentes ao mesmo grupo de comunicação.

Comunicação pública inclui também as mídias dos governos estaduais, como é o caso da TV Cultura, considerada uma das cinco melhores do mundo, e do Governo Federal. No âmbito federal, existe a TV Brasil, a TV Brasil Internacional, as nove rádios públicas, entre elas a Rádio Nacional e a Rádio Nacional da Amazônia, o portal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a área multimídia, aberta à participação cidadã, e as agências de notícias EBC (agência Brasil e a agência Rádio Nacional).

Trata-se de um amplo espaço de trabalho e informação ainda pouco conhecido, e subaproveitado pelas audiências. E isso atinge diretamente a sociedade, que recebe informações majoritariamente do mercado privado.

A Comunicação Pública estimula ainda o debate sobre conselhos de comunicação, ombudsman, audiências públicas, ouvidorias, transparência pública e políticas de comunicação. Isso amplia a noção de comunicação restrita a ideia de “fazedora e divulgadora” para uma comunicação estratégica, inserida na vida social. E isso diz respeito diretamente a toda sociedade.

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A Rede EPTIC apoia a campanha. Para saber mais sobre ela, acesse: https://eptic.com.br/incluicompublica/

* Cosette Castro é Pós-doutora em Comunicação. Coordenadora do Observatório Latino-Americano das Indústrias de Conteúdos Digitais (OLAICD)/UCB. Docente no Programa de Pós-graduação da Universidade Católica de Brasília. Uma das coordenadoras da campanha #IncluiComunicaçãoPública. E-mail: incluicomunicacaopublica2015@gmail.com

Palestra “Teoria Econômica e Políticas Econômicas” na UERJ

liberalismo-global

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGCOM/UERJ) convida a todos para a palestra do professor Theotonio dos Santos, intitulada “Teoria Econômica e Políticas Econômicas”, que será realizada na próxima segunda-feira, dia 5, das 10h40 às 12h20, no auditório do PPGCOM/UERJ, sala 10.121, 10º andar, campus Maracanã.

Um dos formuladores da Teoria da Dependência, que analisa as condições de desenvolvimento nos países periféricos, Theotonio dos Santos é pesquisador visitante sênior nacional da UERJ, professor emérito da Universidade Federal Fluminense (UFF), presidente da Rede e Cátedra da Unesco sobre Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (Reggen), presidente do Conselho Diretor do Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais (Ceppes) e membro do Conselho Deliberativo do Centro Internacional Celso Furtado. Conquistou, em 2013, o Prêmio Mundial de Economia Marxiana, concedido pela World Association for Political Economy. Tem mais de 100 livros publicados, entre trabalhos individuais e coletâneas, como “Economia Mundial, Integração Regional e Desenvolvimento Sustentável” (FGV-EBAPE, 2002), “La Teoria de la Dependencia: Balance y Perspectivas” (Cidade do México: Plaza y Janés) e os três volumes da coleção “Hegemonia e Contra-Hegemonia: Globalização e Regionalização” (São Paulo: Edições Loyola, PUC).

A palestra, organizada pelo professor Sergio Montero Souto, do Depto. de Jornalismo da FCS/UERJ, será gravada e posteriormente estará disponível no canal do PPGCOM/UERJ no YouTube e também no perfil do AudioLab FCS/UERJ no Radiotube.

Campanha #IncluiComunicaçãoPública é apresentada no Centro Cultural Marques de Melo

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O Centro Cultural José Marques de Melo, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), terá no próximo sábado (3) debate com os interessados sobre a proposta de inclusão da disciplina de Comunicação Pública nas grades curriculares dos cursos antes ligados à Comunicação Social.

O evento está previsto das 10h às 13h e terá a apresentação da proposta do #IncluiComunicaçãoPública por Cosette Castro (coordenadora do Observatório Latino-Americano de Indústrias e Conteúdos Digitais – OLAICD), com coordenação de Carlos Chaparro (Universidade de São Paulo) e tendo Marli dos Santos (Universidade Metodista de São Paulo) como debatedora.

Os cursos de graduação em Jornalismo, Relações Públicas, Cinema e Audiovisual, Publicidade e Propaganda, Rádio, TV e Internet devem encaminhar ao MEC até o final deste mês as grades curriculares dos agora cursos.

A Rede EPTIC apoia a campanha. Para saber mais sobre ela, acesse: https://eptic.com.br/incluicompublica/

 

SERVIÇO

Local: INTERCOM Pinheiros – Centro Cultural José Marques de Melo

Endereço: Rua  Joaquim Antunes, 711 (Metrô Fradique). São Paulo / SP – Fone: 11-257- 48477

03/10 – 10h-13h

Revista EPTIC publica dossiê sobre cinema

revistaepticcinemaEstá no ar a terceira edição de 2015 da Revista Eptic, que, dentre outras contribuições, conta com artigos que compõem o dossiê  temático “CINEMA: SUAS POLÍTICAS E ECONOMIA”, cuja coordenação é de Anita Simis, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). O periódico prorrogou, ainda, o prazo para submissão para o dossiê “Estudos críticos, comunicação e esportes” até o dia 09/10.

APRESENTAÇÃO

Ao propor o dossiê temático “CINEMA: SUA POLÍTICAS E ECONOMIA ” a Revista Eptic pretendeu levar aos seus leitores insumos que permitissem visualizar um cenário mais realista do setor e, dessa forma, fomentar a discussão e o engajamento por políticas públicas e marcos regulatórios afeitos ao momento presente, o que se faz, evidentemente, também a partir da análise das experiências internacionais.

O êxito e pronto atendimento da chamada revela, cremos, não apenas a afirmação de um setor econômico estratégico, mas, igualmente, a consolidação, no âmbito da academia, dos estudos voltados à economia política do audiovisual e às políticas culturais. Nesse sentido, e devido ao grande número de artigos recebidos e qualidade analítica dos mesmos, resolveu-se, de forma inédita, desmembrar a discussão em duas edições: a próxima a ser publicada na segunda edição, maio-agosto, de 2016.

A Revista Eptic termina, assim, o ano de 2015, também brindando os seus leitores, nas seções Artigos e Ensaios e Investigação com um conjunto de reflexões sobre o trabalho intelectual e a gestão do conhecimento e o papel do intelectual, complementados, de alguma forma, com as análises sobre as formas de financiamento e empresariamento deste trabalho a partir das plataformas digitais e do chamado “trabalho colaborativo” . A Comunicação comunitária, a concentração mídiática e a questão da censura, completam esse conjunto.

Confira o sumário abaixo e acesse este número no site da revista: http://www.seer.ufs.br/index.php/eptic/issue/view/389

SUMÁRIO

ARTIGOS E ENSAIOS

Economía política, producción y gestión del conocimiento. El caso de las Universidades en Chile PDF
Carlos del Valle – Universidad de La Frontera- Chile 5-15
A MÍDIA NO BRASIL: COMO SE DÁ A CONCENTRAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES PDF
Eula Dantas Taveira Cabral – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) – Brasil 16-28
POLÍTICA E SUBALTERNIDADE: AS PERSPECTIVAS PARA O CANAL DA CIDADANIA NA TELEVISÃO DIGITAL BRASILEIRA PDF
Carine Felkl Prevedello – Universidade de Santa Maria – UFSM/Brasil 29-43
CENSURA: UMA INCONSTITUCIONALIDADE E UMA DISFUNÇÃO PDF
Eugenio Bucci – Universidade de São Paulo – UUP/Brasil 44-57
COMUNICAÇÃO, IDENTIDADE E CONTRA-HEGEMONIA: O PAPEL DO RÁDIO E A FORMAÇÃO DOS INTELECTUAIS ORGÂNICOS NO DOCUMENTÁRIO BOM DIA, MARIA DE NAZARÉ PDF
Bertrand Lira- Universidade Federal da Paraíba – UFPB/Brasil, Alisson Gutemberg – Universidade Federal da Paraíba UFPB/Brasil 58-69

DOSSIÊ TEMÁTICO CINEMA: SUAS POLÍTICAS E ECONOMIA

APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ PDF
Anita Simis – Universidade Estadual Paulista – UNESP/Brasil 70-72
ENTREVISTA COM SENEL PAZ – CINEMA CUBANO EM TRANSIÇÃO PDF
Anita Simis – Universidade Estadual Paulista – UNESP/Brasil 73-85
ARGENTINA: POLÍTICAS PÚBLICAS, MERCADOS Y POLÍTICAS PÚBLICAS PDF
Roque González – Universidad de Buenos Aires – Argentina 86-104
LA INTEGRACIÓN CINEMATOGRÁFICA EN EL MERCOSUR. UNA PROPUESTA DE PERIODIZACIÓN PDF
Marina Moguillansky – Universidad Nacional de San Martín/Argentina 105-124
LUZ, CÂMERA, (CONCENTR)AÇÃO!: AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS MERCADOS CINEMATOGRÁFICOS NO BRASIL E NA ARGENTINA DOS ANOS 1990 PDF
Ana Julia Cury de Brito Cabral –Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ/Brasil 125-142
PANORAMA DAS COPRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS NO BRASIL (2005-2014): DIÁLOGOS E DESAFIOS PDF
Flávia Pereira da Rocha – Universidade de Brasilia – UnB/Brasil 143-162
AS LEIS DE INCENTIVO E A POLÍTICA CINEMATOGRÁFICA NO BRASIL A PARTIR DA “RETOMADA” PDF
Marcelo Gil Ikeda – Universidade Federal do Ceará – UFC/Brasil 163-177
A PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA BRASILEIRA (1995-2014) E O ATUAL MODELO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O CINEMA NACIONAL PDF
Danielle dos Santos Borges – Universidad Autónoma de Barcelona/Espanha 178-200
VINTE ANOS DA RETOMADA: DINÂMICA DA CONCENTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO FILME BRASILEIRO NO MERCADO NACIONAL PDF
Fernando Antonio Prado Gimenez – Universidade Federal do Paraná – UFPR/BRASIL, Daniela Torres da Rocha – Universidade Federal do Paraná – UFPR/Brasil, Fabiano Luiz Xavier dos Santos Universidade Federal do Paraná – UFPR/Brasil 201-225
A “RETOMADA” DO DOCUMENTÁRIO NO SUL DO BRASIL: APONTAMENTOS SOBRE A PRODUÇÃO DE 1995 A 2010 PDF
Cássio dos Santos Tomaim – Universidade Federal de Santa Maria – UFSM/Brasil 226-245

INVESTIGAÇÃO

ECONOMIA DE REDE NA PRODUÇÃO TEATRAL: A CAMPANHA DE CROWDFUNDING DA CIA. LUIS LOUIS PDF
Taiguara Belo de Oliveira – Universidade de São Paulo – USP/Brasil 246-262
MÍDIA NINJA E FORA DO EIXO: REFLEXÕES SOBRE POLÍTICA E ECONOMIA NAS REDES DIGITAIS PDF
Danielle Edite Ferreira aciel – Universidade de Sâo Paulo – USP/Brasil 263-279

RESENHAS

A PERDULÁRIA E EGOCÊNTRICA VOZ DO PODER PDF
Marcos Emílio Gomes –Jornalista/Brasil 280-285
COMUNICAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE PDF
Uênia Pereira dos Santos – Faculdade São Francisco de Juazeiro- FASJ/Brasil 286-291

Chamada para o XIV Seminário OBSCOM/CEPOS na UFS

obscomcepos

Está aberta até o dia 15 de outubro a chamada para resumos expandidos do XIV Seminário OBSCOM/CEPOS. Organizado pelo Observatório de Economia e Comunicação da Universidade Federal de Sergipe (OBSCOM/UFS), o evento ocorrerá entre os dias 22 e 23 de outubro, no campus São Cristóvão-SE da UFS.

CHAMADA

A comissão organizadora do evento abre chamada até 15 de outubro para envio de resumo expandido dos investigadores que pesquisam com base na Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura e de teorias próximas. É importante pontuar que poderão ser apresentados projetos de pesquisa em andamento ou concluídos (teses, dissertações, monografias, entre outros) no seminário. O modelo do resumo expandido está disponível para download no link: https://goo.gl/vQ1OiQ

Os resumos devem ser enviados para o e-mail obscomufs50@gmail.com.

EVENTO

Com o tema “Comunicação e Marxismo”, o Seminário objetiva reunir estudantes, pesquisadores e professores para discutir o papel no campo da comunicação da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (EPC), e do pensamento crítico em geral, no estágio atual do capitalismo.

As atividades reunirão pesquisadores do Brasil e de outros países da América do Sul, entre eles: Eric Torrico (Bolívia), César Bolaño (UFS), Cesare Galvan (Centro Josué de Castro-PB), Ruy Sardinha Lopes (USP), Alain Herscovici (UFES), Ángel Páez (Venezuela) e Maurício Herrera (Colômbia).

As inscrições para participar do evento, com direito a certificado, estarão abertas brevemente pelo SIGAA.

PROGRAMAÇÃO

– 22/10/2015

18h: Credenciamento

18h30: Homenagem ao professor Luis Ramiro Beltrán – Eric Torrico (Bolívia), César Bolaño (UFS), Fernando Paulino (UNB)

19h: Palestra de abertura “Comunicação e Marxismo” – Cesare Galvan (Centro Josué de Castro)

20h: Lançamento de livros.


– 23/10/2015

9h – 10h30

Mesa 1: Economia Política, Epistemologia da Comunicação e Práxis
Expositores: Ruy Sardinha Lopes (USP), Erik Torrico (Bolívia), Alain Herscovici (UFES)
Debatedor: Júlio Arantes (UFAL)
Mediação: Anderson Santos (UFAL)

10h30-10h45- Cafezinho filosófico

10h45-12h15
Mesa 2:  Cultura, Criatividade, Comunicação e Trabalho
Expositores: Ángel Páez (Venezuela), Maurício Herrera (Colômbia), Verlane Aragão (UFS)
Debatedor: Daniele Canedo (UFRB)
Mediação: Ivonete Lopes (UFV)

Pausa para almoço

14h30: Inauguração da Biblioteca Setorial Prof. Dr. Valério Cruz Brittos no prédio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Coord.: César Bolaño

15h30-18h: II Encontro dos Grupos de Pesquisa em Economia Política da Comunicação – Apresentação de trabalhos a cargo dos grupos de pesquisa em EPC do Brasil e América Latina.

Seminário de Mídia e Cidadania/Cultura 2015

Semic_2015

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) fará nos dias 08 e 09 de dezembro o Seminário de Mídia e Cidadania e Seminário de Mídia e Cultura. A submissão de artigos ocorre até o dia 26 de outubro.

Tema 2015 – Mídia e Desigualdade

O tema Mídia e Desigualdade escolhido para o SEMIC 2015 faz um convite à reflexão. O Brasil é um país de desigualdades e os vários Grupos de Trabalho (GTs) que compõem este evento destacam alguns prismas dessa discussão. Estudar as formas de inclusão e exclusão, os discursos de poderes simbólicos, as minorias, os preconceitos, o acesso a uma sociedade de consumo que agrava as distâncias entre as classes sociais caracteriza-se por uma busca pela cidadania. Além disso, a diversidade cultural, o multiculturalismo, a globalização e a complexidade na comunicação e nos media também são foco de um pensamento crítico sobre as desigualdades que afloram em uma sociedade em constante mutação e da qual a mídia é parte integrante com seus aspectos de contribuições e responsabilidades. Discutir o tema Mídia e Desigualdade é um olhar para o passado para que se conheça a história, mas acima de tudo um olhar para o futuro para que sejam lançadas novas perspectivas de uma sociedade mais igualitária.

GT1 – Jornalismo e Cidadania
GT2 – Cidadania e Leitura Crítica da Mídia
GT3 – Representações Sociais e Comunicação
GT4 – Mídia, Cidadania e Direitos Humanos
GT5 – Comunicação, cultura, sociabilidade e imaginário das organizações
GT6 – Comunicação e Religiosidade
GT7 – Corpo, Subjetividade, Mídia e Consumo
GT8 – Narrativas, Entretenimento e Tecnologia
GT9 – Interfaces Comunicacionais

Ementas: http://ficufg.blog.br/semic/gts/

As inscrições, modelo de formatação, dicas úteis, pré-programação e outras informações estão disponíveis no site: http://ficufg.blog.br/semic/inscricoes-2015/

Chamada para a revista “Cadernos do Desenvolvimento”

cadernos-do-desenvolvimento

A revista Cadernos do Desenvolvimento, um periódico científico do Centro Internacional Celso Furtado para as Políticas de Desenvolvimento, está com chamada aberta para a sua 17ª edição.

A publicação tem como foco ensaios sobre o desenvolvimento em suas várias dimensões (econômica, política, social, institucional, histórica, territorial, ambiental e legal), em linha com o trabalho de pesquisa de Celso Furtado.

São aceitos trabalhos para avaliação de artigos inéditos com resultados de investigação que tragam uma substantiva contribuição para o entendimento de dilemas, limites e desafios do desenvolvimento no mundo contemporâneo.

Artigos em inglês, espanhol e português podem ser submetidos ao e-mail: cadernos@centrocelsofurtado.org

Informações sobre normas de publicação: http://cadernosdodesenvolvimento.org.br/en/submissao/

Chamada sobre “movimentos insurgentes”

esferas

A revista Esferas convida todos os Doutores em Comunicação e áreas afins a enviar o seu artigo, até o dia 21 de outubro, para a sua sétima edição, a ser publicada em Janeiro de 2016, em versões on-line e impressa. 

EMENTA

Para o dossiê ‘Movimentos Insurgentes’ propomos uma discussão acerca das grandes manifestações populares que tomaram as ruas e as redes do mundo a partir de 2010. As Revoluções Árabes, o Occupy Wall Street, o movimento mexicano #YoSoy132, o 15M espanhol, os protesto dos estudantes no Chile, a Jornada de Junho no Brasil, entre tantos outros, constituem um mosaico de revoltas conectadas que marcam globalmente o início dessa década. Mesclando o intensivo uso da internet, das redes sociais e das mídias locativas com a efetiva tomada do espaço urbano e pela população, esses movimentos insurgentes fizeram emergir novas possibilidade de relações políticas e sociais. 

Em contrapartida, se essa primeira leva de manifestações foi motivada por reivindicações em busca de sociedades mais igualitárias, justas e inclusivas (política e economicamente), posteriormente passamos a nos deparar também com a proliferação de protestos setorizados e excludentes (racistas, xenófobos, intolerantes e/ou conversadores), que podemos entender como dissonantes, e sobre os quais também importa tecer articulações em torno do papel da comunicação para a sua efetivação. 

Os movimentos insurgentes atuais tem se caracterizado por possuírem uma polifonia de coletivos, reivindicações e desejos, que interna e externamente costumam estar em disputa política e estética. Nesses casos, em que a construção de interpretações, de denominações e de significados está em um processo aberto, os filmes, vídeos, fotos, texto produzidos sobre e/ou dentro desses movimentos se constituem como dobras das manifestações. São as atualizações dessas dobras comunicacionais dos novos movimentos insurgentes que convidamos a nossos colabores a debaterem em nosso dossiê. Assim como os processo de comunicação análogos dos Movimentos Dissonantes. 

REVISTA

A Revista ESFERAS é um espaço coletivo de trocas e reflexões, sob a égide dos quatros Programas de Pós-graduação em Comunicação do Centro-Oeste, a saber: o Mestrado em Comunicação da Universidade Católica de Brasília – UCB, o PPGCOM da Universidade de Brasília – UnB, o PPGCOM da Universidade da Universidade Federal de Goiás – UFG e o PPGCOm da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. 

Como sempre, a seção ‘Livres’ aceitará artigos sobre os mais diversos temas que abordem os fenômenos comunicacionais e o campo da pesquisa em comunicação. 

Editor-responsável: Fredeiro Feitoza

Coeditora para este número: Kênia de Freitas

Mais informações em: http://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/index

Chamada para Pensacom 2015

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Acontece de 16 a 18 de novembro, no campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), o Pensacom Brasil 2015, evento científico realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM) em parceria com a UMESP.

Trazendo como tema central “Brasil – História da Comunicação: conquistas, impasses e desafios”, o Pensacom busca promover o debate sobre o pensamento comunicacional e, também, celebrar 20 anos do Doutorado em Comunicação da UMESP, fortalecido por iniciativas da Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação.

Durante o primeiro dia (16) da reunião científica, além de painéis sobre temas como o poder do riso e o pensamento comunicacional latino-americano, também será feita a entrega da Medalha de Ouro do CIESPAL ao decano das Ciências da Comunicação no Brasil, professor José Marques de Melo.

O segundo dia (17) contará com duas atividades simultâneas, o X SINACOM (Simpósio Nacional de Ciências da Comunicação) e o Fórum de Humor. Ao final do dia, terá início o ENSICOM 2015 – IV Seminário sobre o Ensino de Graduação em Comunicação Social.

No terceiro dia (18), o evento será finalizado com as reuniões dos grupos de trabalho (GT), oficinas e mesas redondas. Confira abaixo o calendário para o envio de texto aos GTs:

ENVIO DE RESUMOS – 10 de outubro de 2015

ACEITE DOS RESUMOS – 16 de outubro de 2015

ENVIO DOS TEXTOS COMPLETOS – 06 de Novembro de 2015

Os resumos e posteriormente os textos completos devem ser enviados para os e-mails de cada GT.  Confira abaixo a lista dos GTs e os seus respectivos e-mails:

GT 1 – História da Comunicação – pensacom.gt1@intercom.org.br

GT 2 – Folkomunicação – pensacom.gt2@intercom.org.br

GT 3 – Comunicação e Saúde – pensacom.gt3@intercom.org.br

GT 4 – Comunicação Eclesial – pensacom.gt4@intercom.org.br

GT 5 – Comunicação e Economia – pensacom.gt5@intercom.org.br

GT 6 – Comunicação Política – pensacom.gt6@intercom.org.br

GT 7 – Pensamento Comunicacional Latinoamericano – pensacom.gt7@intercom.org.br

GT 8 – Pensacom – pensacom.gt8@intercom.org.br

GT 9 – Intercom.Humor – pensacom.gt9@intercom.org.br