Revista EPTIC publica nova edição sobre territórios e mercado das Comunicações

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Está no ar a terceira edição de 2016 da Revista Eptic, que, dentre outras contribuições, conta com artigos que compõem o do dossiê  temático “Global, Regional, Local: territórios demarcados pelo mercado das Comunicações”, cuja coordenação é de Eula Dantas Taveira Cabral e Adilson Vaz Cabral Filho. A chamada para o Dossiê Temático da segunda edição de 2017 – “Hipótese substancial, valor e produção simbólica: uma “arqueologia” da Economia Política da Comunicação” – se encontra aberta (até o dia 13/02).

APRESENTAÇÃO

Este terceiro número do volume 18 da revista EPTIC aparece em um momento em que os pesquisadores do campo da Comunicação se encontram impactados pelo ataque, promovido pelo governo de fato de Michel Temer, a uma das mínimas conquistas, conseguida a duras penas no auge do governo Lula. Um mínimo avanço, enfatize-se, pois aquele tampouco foi um governo caracterizado por mudanças importantes no sentido da democratização dos meios de comunicação.

A maior vitória nesse sentido ao longo dos treze anos de governos petistas certamente foi a reorganização do sistema público estatal de televisão, incluindo mecanismos democráticos, entre eles, um Conselho Curador com regras de eleição e representatividade que lhe garantiam importante autonomia relativa em relação aos governos de plantão. Avanço mínimo, entenda-se, porque só afetava a forma, sem mudar em nada a concentração de audiência, recursos e poder nas mãos da mídia comercial hegemônica. Nem mesmo a distribuição das verbas estatais de mídia foram alteradas profundamente.

Não obstante, uma das primeiras medidas do período do interinato de Temer foi já um primeiro ataque a esse mínimo avanço, ataque ilegal, que o poder judiciá- rio reverteu, mas assim que o processo de impeachment se consolidou, o governo voltou a atacar, apagando de uma penada, uma conquista que custou anos de luta, não do PT ou do governo do PT, mas do movimento social em defesa da democratização dos meios de comunicação no Brasil.

Não há relação direta evidentemente entre o que ocorria e os textos aqui reunidos, mas se atentarmos apenas para o título de cada um – e não apenas os do dossiê temático – Global, Regional, Local: territórios demarcados pelo mercado das Comunicações, coordenado por Eula Dantas Taveira Cabral e Adilson Vaz Cabral Filho – veremos que as inquietações do campo permanecem profundamente vinculadas aos elementos e movimentos históricos determinantes dos acontecimentos: “O impacto da Lei de Acesso à Informação e as mudanças nas rotinas produtivas do Jornalismo brasileiro”, de Janara Sousa e Elen Geraldes, “Mudança de rumo na radiodifusão educativa: estabelecimento de regras para novas outorgas e implementação de uma política de massificação do serviço (2011-2016)”, de Octavio Pieranti, “Os mapas do consumismo na Imprensa: imaginários do consumo da economia ao sujeito”, de Eliza Bachega Casadei, “Estratégias regionais de produção jornalística: uma proposta ao estudo de casos de mídia impressa no Paraná”, de Rafael Schoenherr e Sérgio Luiz Gadini, “Entre o local e o global: estratégias dos conglomerados de mídia no Brasil”, de Eula Cabral, “A dialógica do Grupo Globo e a territorialidade social”, de Wagner Mantovaneli e José Martinuzzo, “Cenário radiofônico Sul-maranhense – mapeamento e análises preliminares”, de Graziela Soares Bianchi e Nayane Rodrigues de Brito, “Rádio Pioneira de Teresina na era da convergência midiática: uma análise sob o enfoque da Economia Política da Comunicação”, de Janete de Páscoa Rodrigues e Isabela Naira Barbosa Rêgo, “Um olhar sobre os traços históricos do coronelismo eletrônico em Pernambuco”, de Ana Maria Veloso, Fabíola Mendonça Vasconcelos e Laís Ferreira Cardoso, “Relações entre Cultura e Educomunicação para o Enfrentamento da Violência Sexual na Amazônia”, de Danila Gentil Rodriguez Cal e Waldeir Paiva, “Movimento dos Atingidos por Barragens: sujeitos e Formações Discursivas na abordagem sobre a Usina Hidrelétrica Estreito no site do MAB”, de Lígia Regina Guimaraes Clemente e Carla Reis Longhi.

Todos temas ligados à análise da complexa realidade brasileira no campo da comunicação, como é característico dos estudos em economia política que se encontram a cada novo número desta revista. Além desses, dois trabalhos comparam a realidade brasileira com outras: “Políticas do Audiovisual no Brasil e na Índia: aproximações, distanciamentos e possibilidades”, de Paulo Victor Melo e Cesar Bolaño e “Legislação e televisão comunitária: Brasil e Argentina” de Ana Lúcia Nunes de Sousa. Completam a edição, além da entrevista concedida por Fabro Steibel a Adilson Cabral Vaz Filho, na seção investigação, o artigo “Comunicação mercadológica e greenwashing nos rótulos dos sabões para lavar-roupa”, de Lilian Aligleri e Lucas Vieira de Araújo e, na de resenhas, um texto sobre justamente a “TV Brasil e os rumos da TV pública no país”, no caso, “um estudo de caso da Região Sul”, de Pâmela Araújo Pinto. A realidade se impõe mais uma vez e sempre.

Esta é a nossa missão. Estudar, refletir sobre a realidade que nos cerca e fazer a crítica. Da realidade e do pensamento sobre ela. E aqui estamos mais uma vez confrontados com ela, cumprindo nossa obrigação e nossa missão histórica. E com isso retornamos ao início desta apresentação. Uma lei conquistada com muita luta foi desrespeitada, primeiro, logo revogada. De uma penada. Um direito conquistado pelo povo brasileiro foi cassado. Pequena conquista, pequeno golpe. Não havia mesmo muito para desmontar.

Seguiremos acompanhando as ações do governo na área, que mostram seu verdadeiro caráter. E seguiremos lutando pela mudança estrutural das comunica- ções, sem a qual não se poderá dizer que está consolidada a democratização de um país cujo sistema de mídia permanece essencialmente o mesmo desenhado pelos golpistas de 1964, beneficiando, aliás, os mesmos atores. Agora mais. A todos uma boa leitura!

Confira o sumário abaixo e acesse este número no site da revista: http://www.seer.ufs.br/index.php/eptic/issue/current

SUMÁRIO

Editores da Revista
3-4

APRESENTAÇÃO

Cesar Bolaño, ruy Sardinha
5-6

ARTIGOS E ENSAIOS

Janara Sousa, Elen Geraldes
7-18
Octavio Pena Pieranti
19-35
Rafael Schoenherr, Sérgio Luiz Gadini
51-62
Eliza Bachega Casadei
36-50

DOSSIÊ TEMÁTICO

Eula Dantas Taveira Cabral, Adilson Vaz Cabral Filho
63-66
Adilson Vaz Cabral Filho
67-75
Eula Dantas Taveira Cabral
76-94
Wagner Piassaroli Mantovaneli, José Antônio Martinuzzo
95-111
Paulo Victor Melo, Cesar Bolaño
112-126
Ana Lúcia Nunes Sousa
127-142
Graziela Soares Bianchi, Nayane Rodrigues de Brito
143-161
Janete de Páscoa Rodrigues, Isabela Naira Barbosa Rêgo
162-178
Ana Maria da Conceição Veloso, Fabiola Mendonça de Vasconcelos, Lais Cristine Ferreira Cardoso
179-196
Danila Gentil Rodrigues Cal, Waldeir Paiva, Sheila Fernandes
197-213
Ligia Regina Guimarães Clemente, Carla Reis Longhi
214-231

INVESTIGAÇÃO

Lilian Aligleri, Lucas Vieira de Araújo
214-248

RESENHAS

Pâmela Araújo Pinto
249-254

Chamada de trabalhos para dossiê sobre narrativas do Sul

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A Revista Contracampo (Qualis B1 – CSA 1), do PPGCOM/UFF, está com chamada aberta até 1 de maio para sua segunda edição de 2017, que trará dossiê intitulado “Geografia do Tempo: Narrativas e Temporalidades do Sul Global”, cujos editores convidados serão: Fernando Resende (UFF) e Sebastian Thies (Universität Tübingen).

Ementa

Os regimes de temporalidade no chamado “Sul Global” são marcados por encontros conflituosos entre o tempo da globalização econômica e as práticas culturais locais, onde o tempo vivido é incorporado. A atual dinâmica que envolve os processos globalizatórios e seu acelerado fluxo de pessoas, mercadorias, finanças e conteúdo midiático têm profundo impacto no modo como o tempo estrutura a vida no Sul Global, como ele é experimentado e como operam suas construções de sentido. Como a teoria cultural aponta, as temporalidades no Sul Global não podem ser entendidas simplesmente como a implementação do tempo homogêneo do capitalismo nem como uma “alocronia”, o que seria a ideia de um atraso temporal do Sul em relação ao pulso da modernização tecnológica. Em vez disso, podemos descrever esse processo como complexo e independente, de “heterogeneidade multitemporal” (Néstor García Canclini), um “tempo desniveladamente denso” do pós-colonialismo (Partha Chatterjee) ou em termos de uma emaranhada “geografia do tempo” (Achile Mbembe). Assim, regimes de tempo no Sul oscilam entre o tradicionalismo e a era digital, entre o longue durée da colonialidade (Quijano) e o tempo da modernidade líquida (Bauman), entre a precariedade da economia informal e o trabalho (pós-)industrualizado.

Neste dossiê, a Contracampo concentra a atenção na imagem, na mídia, nos processos comunicacionais e na literatura, refletindo criticamente sobre esses complexos regimes de tempo e seus impactos na sociedade. Como eles revelam estruturas de poder de temporalidade no Sul e indicam localizações culturais e políticas de onde surgem as resistências aos regimes do tempo globalizado? Como os sujeitos lidam com as mudanças temporais e transições de heterogeneidade multitemporal na vida diária? Como a memória e a historicidade se articulam nesse contexto e como conceitos autóctones de tempo oferecem resiliência contra essas dinâmicas? Não obstante a centralidade da discussão em torno da ideia de temporalidades, trabalhos  que abordem questões outras relacionadas ao Sul Global, a partir de uma perspectiva comunicacional, também poderão ser submetidos ao dossiê.  E permanecerá aberto o fluxo contínuo para seções de temáticas livres.

Os textos, a serem submetidos via sistema online da revista, devem seguir as diretrizes para autores/as: http://www.contracampo.uff.br/index.php/revista/about/submissions#authorGuidelines.

Chamada para Revista Espaço e Tempo Midiáticos

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A Revista Espaço e Tempo Midiáticos, periódico da Universidade Federal do Tocantins (UFT), está com chamada de trabalhos aberta até dia 20 de dezembro de 2016.

O periódico é publicado pelo Grupo de Pesquisa Mídias e Territorialidades ameaçadas, Interdisciplinar da UFT e destina-se à publicação de trabalhos inéditos e originais de abordagem preferencialmente interdisciplinar, resultantes de pesquisas e estudos refletidos teoricamente. Compreendem-se por trabalhos os artigos decorrentes de pesquisas teóricas ou empíricas, as traduções de artigos ou entrevistas internacionais, ensaios, resenhas, entrevistas com autores ou pesquisadores de significativa relevância.

Os artigos podem ser produzidos por doutores, doutorandos, mestrandos, mestres e especialistas, além de graduados e de iniciação científica (desde que o primeiro autor seja doutor, mestre ou especialista); as resenhas podem ser produzidas por alunos de programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado acadêmico ou profissional e doutorado).

Para mais informações, acesse: http://revista.uft.edu.br/inde x.php/midiaticos

Inscrições e bolsas 2017-218 – Master in Digital Communication Leadership

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Estão abertas, até o dia 01 de dezembro de 2016, as inscrições para a turma 2017-2018 do Master in Digital Communication Leadership (http://dclead.eu). O projeto é financiado pela União Europeia e disponibiliza bolsas para europeus e não-europeus.

Trata-se de um curso de pós-graduação internacional e interinstitucional na área de Comunicação Digital realizado a partir de um consórcio entre as universidades europeias University of Salzburg, na Áustria; Vrije Universiteit Brussel, na Bélgica; e Aalborg University, na Dinamarca; que conta com a parceira de universidades associadas em outros continentes (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no Brasil; University of California, nos Estados Unidos; Ghana Telecom University College, em Gana; Queensland University of Technology, na Austrália; e Fudan University, na China). 

A fluência dos candidatos na língua inglesa deve ser comprovada.

Mais informações sobre o processo seletivo estão disponíveis nos anexos em: http://dclead.eu

 

Chamada para VIII Panam/X ULEPICC 2017

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O Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina (CIESPAL) e a Unión Latina de la Economía Política de la Información, la Comunicación y la Cultura (ULEPICC) convidam à participação no VIII Encuentro Pan-Americano de Ciencias de la Comunicación (PANAM-2017) e no X Congreso Internacional de la Unión Latina de Economía Política de la Información, la Comunicación y la Cultura (ULEPICC – 2017), eventos conjuntos que ocorrerão de 12 a 14 de julho de 2017 na sede da CIESPAL, em Quito. A chamada de artigos está aberta até o dia 1 de junho de 2017.

Com o título “Políticas de Comunicação e Integração Econômica Intercontinental”, ULEPICC e CIESPAL convocam a comunidade acadêmica a refletir e debater sobre os desafios  que afetam o campo acadêmico da comunicação e da cultura na atual conjuntura histórica. Os atuais processos de integração intercontinental não são alheios ao âmbito da comunicação, que de fato resulta um espaço privilegiado para analisar as dinâmicas, tensões e conflitos que caracterizam um espaço global interconectado. É com esse plano de fundo que se convoca profissionais, docentes, investigadores, estudantes e representantes de instituições vinculadas a informação, comunicação e cultura em geral para socializar uma análise econômica, social, política e cultural da conjuntura.

Na última década, constata-se profundas transformações na estrutura e deliberação cidadão sobre o Direito à Comunicação. Estes novos debates têm levado a processos de reformas em diversas esferas, uma delas a que compete aos meios de comunicação de massa, os serviços de telecomunicações e ao acesso à informação.

Um componente transcendental, que tem feito que estes novos processos políticos sejam distintos aos observados na última parte do século XX, tem sido a participação e inclusão da sociedade civil na construção de uma deliberação ampla e de posições encontradas. De tal maneira que estes debates se desenvolveram como espaços de uma discussão em meio de dificuldades, disputas políticas e confrontos para abordar os diversos temas em torno às instituições que regulam e garantem o exercício do direitos à comunicação nas democracias contemporâneas hipermidiatizadas. Porém, tratados como TTIP ameaçam toda vontade democratizadora tanto na Europa como nos Estados Unidos e na América Latina.

O tema central do congresso abordará questões relativas à estrutura, às politicas e aos processos de resistência e defesa da democracia informativa, abordando também novos modelos teórico-metodológicos de análise dos processos intercontinentais de liberalização.

Envio de trabalhos

Dentre os requisitos para envio, o artigo pode ser escrito em espanhol, português, francês e espanhol, com tamanho de 7 a 15 páginas, incluindo tabelas e imagens, mas não a bibliografia. A fonte é Arial 11, duplo espaço entrelinhas e sob as normas APA. Para o envio e ver outras normas, acesse http://ulepicc.org/sumision-de-trabajos/

O tema central que conduzirá os debates sobre POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO ECONÔMICA INTERCONTINENTAL, o qual se organizará em cinco eixos temáticos principais que articularão o trabalho nas diferentes modalidades de participação:

  • Eixo 1: Epistemologia e Teoria da Economia Política da Comunicação e da Cultura;
  • Eixo 2: Políticas de Comunicação e Cultura;
  • Eixo 3: Comunicação, cidadania e democracia;
  • Eixo 4: Estrutura da Comunicação;
  • Eixo 5: Novas Tecnologias da Informação, da Comunicação e do Conhecimento.

Mais informações no site do evento: http://ulepicc.org/congreso-ulepicc-2017/

Chamada para a Revista de Epistemologias da Comunicação

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A Revista Questões Transversais – Revista de Epistemologias da Comunicação convida a todos os pesquisadores interessados em discussão do campo da comunicação, em seus processos de investigação e formação, a participarem do número 9, 2017, com deadline 30 de março de 2017. 

Conforme definido em seu projeto, a REVISTA (Qualis B3-CSA1) busca organicidade no debate sobre questões relacionados aos objetos, métodos e metodologias no campo da comunicação no Brasil e no mundo. A marca desse formato é a busca de uma metodologia de interlocução a partir de uma diversidade de angulações.

A partir dessa experiência, a proposta se dirige ao conjunto dos pesquisadores de Ciências Sociais, especialmente na área da comunicação, que estejam em diálogo com perspectivas e tensionamentos no Brasil e no plano internacional, acompanhando, de maneira sensível, os debates em curso. 

A revista acentua especialmente os seguintes eixos. 

a) Questões, problemas e conceitos do campo da comunicação;
b) Objetos e métodos de investigação;
c) Crítica epistemológica;

Os artigos devem ser depositados diretamente no site da revista: http://revistas.unisinos.br/index.php/questoes/index

Portal EPTIC disponibiliza segundo livro da série “Economia Política do Jornalismo”

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O Portal EPTIC disponibiliza para download o livro “Economia Política do Jornalismo: Tendências, Perspectivas e Desenvolvimento Regional”. Organizado por Jacqueline Lima Dourado, Denise Maria Moura da Silva Lopes e Renan da Silva Marques, este é o segundo livro sobre EPJ lançado pelo grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Diversidade (Comum/UFPI), cuja versão impressa deve sair ainda em 2016.

A primeira edição foi publicada em 2013, organizado por Jacqueline Lima Dourado e com o subtítulo: “campo, objeto, convergências e regionalismo”. Esta nova edição conta 19 artigos de pesquisadores como César Bolaño (UFS/ULEPICC-BR), Vincent Mosco (Queen’s University-EUA), Ainara Larrondo Ureta (Universidade do País Basco), Carlos Eduardo Franciscato (UFS) e Laurindo Leal Filho (Ver TV-TV Brasil).

Segundo os autores, na introdução do livro, a escolha pelo tema desenvolvimento refere-se à necessidade de discuti-lo seus modelos a partir da conjuntura atual, numa perspectiva próxima a Celso Furtado: “Para além das fronteiras regionais e nacionais, o desenvolvimento econômico, social e cultural diz respetio às ações efetivadas no globo e à forma como cada região as percebe e interage com elas, tendo sempre em mente os processos históricos que determinaram os critérios de valor aplicados às diversas regiões”. O jornalismo é visto como agente importante na construção de uma noção de desenvolvimento e na legitimação ou não das ações do Estado.

A obra conta o prefácio de Ruy Sardinha Lopes (USP), que destaca a importância da área de estudos da Economia Política do Jornalismo:

“Juntos [os livro] representam um esforço desbravador na luta epistemológica por um pensamento comunicacional crítico. […] a proximação dos dois campos [EPC e Jornalismo], sob a égide de uma teoria marxista da comunicação poderia, se balizada pela dimensão epistemológica do conflito, permitir a necessária revisão conceitual e metodológica capaz não somente de fornecer instrumentos analíticos mais próximos da realidade empírica e capazes de contribuir para a mudança social, mas também de melhor posicioná-las diante das lutas epistemológicas do campo”.

Segue abaixo o sumário desta edição e o link para baixá-la:

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Baixe o livro acessando: http://migre.me/vva4Y (ou vá a Publicações-Outros Livros, no meu deste Portal)

Chamada para dossiê “Música e instituições”

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A revista Resonancias, pertencente ao Instituto de Música da Faculdade de Artes da Pontifícia Universidade Católica do Chile, convoca pesquisadores em música e em disciplinas afins, a enviar artigos de sua autoria que representem contribuições inéditas e relevantes na área para o dossiê “Músicas e instituições”. Serão aceitos artigos escritos em espanhol, português e em inglês até o dia 18 de janeiro de 2017.

Ementa

O dossiê “Música e instituições”, convida a explorar o vínculo existente historicamente –e que persiste no presente– entre a vida musical e instituições da mais diversa índole, incluindo tanto aquelas cuja finalidade principal tem sido o ensino como promoção da música –conservatórios, revistas musicais, orquestras profissionais ou aficionadas, etc.– como outras que foram concebidas com objetivos diferentes, mas nas quais a música tem se incorporado posteriormente –universidades, centros de investigação científica, fundos privados ou estatais, fundações culturais, etc.

Entre outros aspectos, nos interessa compreender como esse vínculo tem afetado tanto a própria música e seus atores (intérpretes, compositores, ouvintes, produtores, etc.) como a instituição que lhes dá cabida, assim como as distintas e mutantes formas de institucionalidade musical que tem se desenvolvido ao longo da história.

Convocamos, portanto, os estudiosos da musicologia e outras disciplinas das humanidades e ciências sociais a que nos enviem textos que entreguem uma visão crítica, analítica e atualizada das relações e tensões entre música e instituições, aplicada a casos, fenômenos ou panoramas amplos. Alguns dos tópicos sugeridos são:

–        A música e o sistema escolar: colégios públicos, colégios particulares, escolas artísticas.

–        Órgãos institucionais para a difusão da música e seus discursos: festivais, revistas culturais ou acadêmicas, editoriais, etc.

–        Organismos estatais de promoção musical: objetivos, tensões e críticas.

–        O chamado “terceiro setor” e seus vínculos com o desenvolvimento musical na América Latina: modelos e experiências.

–        Discursos institucionais sobre a música.

–        Vínculos da música (sua prática e sua investigação) com instrumentos de financiamento institucional públicos e privados.

–        História das instituições musicais (conservatórios, teatros, orquestras, capelas, etc.).

–        A música e a empresa privada.

–        A música e a institucionalidade política.

–        Profissionalização da música: história, processos, modelos e projeções.

–        Organizações sociais e prática musical.

–        O papel das instituições na visibilidade ou no ocultamento dos diferentes atores que participam na vida musical.

Cada proposta recebida será revisada, em primeira instância, pela Equipe Editorial, que determinará sua idoneidade tanto em relação aos estândares e formatos próprios de um artigo acadêmico especializado, como à linha editorial da revista. Os artigos selecionados nesta etapa serão submetidos à avaliação por pares sob o sistema duplo cego. Posteriormente, o autor receberá um parecer fundamentando sua aceitação ou não, dentro dos prazos estabelecidos pela Revista.

Formato

A extensão dos artigos deverá ter entre 8.000 e 12.000 palavras, incluindo notas de rodapé, bibliografia e anexos. As resenhas terão um máximo de 3.200 palavras.

As margens esquerda e direita devem ser de 3 cm, e as margens superior e inferior de 2,5cm. A fonte utilizada no texto principal será Times New Roman, 12 pontos com espaçamento 1,5. As notas de rodapé deverão ser apresentadas em fonte Times New Roman, 10 pontos com espaçamento simples. As citações literais com mais de 40 palavras deverão ser transcritas em fonte Times New Roman 11 pontos, com espaçamento 1,5, margens esquerda e direita de 1 cm, espaçamento anterior e posterior de 12 pontos, sem aspas.

As figuras devem levar sua correspondente legenda na parte inferior, na qual sejam indicados os dados principais e especialmente a instituição depositária. As licenças legais e administrativas necessárias para a inclusão destas reproduções serão de inteira responsabilidade dos autores do trabalho.

Além disso, cada figura deverá ser enviada em separado, em formato JPEG com a máxima resolução possível, numerando cada uma, a fim de permitir sua localização no texto. A quantidade mínima de pixels será de 300 pontos por polegada (dpi).

Todos os artigos deverão incluir na primeira página um resumo com um máximo de 200 palavras onde serão indicados os objetivos, conteúdo e conclusões do artigo, tanto no idioma original do texto e também em inglês. Também deverá incluir-se entre 4 e 6 palavras- chave no idioma original do texto e em inglês. Em um documento à parte deverá apresentar-se um currículo do autor, com um máximo de 100 palavras, seguindo os mesmos requisitos de idioma do resumo e as palavras-chave. As resenhas não incluirão resumos, nem palavras-chave, tampouco currículo.

Por último, cada autor deverá indicar que tipo de licença deseja aplicar a sua proposta. Se não for indicada, aplicar-se-á a licença estandardizada (ver parágrafo “Propriedade intelectual”).

Os textos deverão ser enviados ao e-mail: resonancias@uc.cl.

Os materiais audiovisuais poderão ser enviados ao e-mail: resonancias@uc.cl ou para o endereço postal: “Instituto de Música da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Avenida Jaime Guzmán 3300- Campus Oriente, Providencia, Santiago, Chile”.

Para as referências bibliográficas utilizar-se-á a norma de citação em fonte Chicago 16 adaptada ao castelhano. No corpo do texto deverá ser utilizado o sistema de Autor-Data. Para informação detalhada sobre este tema, os autores devem consultar as Normas editoriais de Resonancias. Informações sobre o sistema de citação também pode ser consultadas (em inglês) em The Chicago Manual of Style.

Resonancias

Durante seus quinze anos de trajetória, Resonancias (Qualis C – CSA1) tem publicado artigos de especialistas nacionais e internacionais sobre temas voltados à música, sobretudo na América Latina e no Caribe. A Revista segue sendo um órgão de difusão de trabalhos reconhecidos, tais como o Prêmio Latino-americano de Musicologia “Samuel Claro Valdés”, outorgado pelo Instituto de Música da Universidade Católica desde 1998, atualmente representa uma das principais instâncias de reconhecimento acadêmico da disciplina em nosso continente.

Escolhidas nova diretoria e sede do encontro nacional de 2018 da ULEPICC-BR

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Em Assembleia Geral Ordinária, realizada durante o Encontro ULEPICC-Br em Brasília, os sócios do capítulo Brasil da União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (ULEPICC-Br) elegeram a nova presidência, que assumirá o mandato de 2016 a 2018. A presidência fica ao cargo de César Bolaño, professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e é uma das maiores referências da Economia Política da Comunicação na América Latina. A decisão, que ocorreu na quinta-feira (10), foi revelada na mesa de encerramento da sexta-feira, quando Bolaño fez um breve discurso.

A chapa, agora gestão, recebeu o nome de “Retomada”, pois, conforme o projeto apresentado aos sócios da entidade: “é fundamental que o capítulo brasileiro retome a posição de vanguarda que sempre teve no interior do pensamento comunicacional crítico – atuando, não apenas junto à federação, mas a todas as entidades e instituições relacionadas aos campos profissional e acadêmico da comunicação, em nível nacional e internacional – visando reconstruir a unidade de ação, articulada e solidária, para enfrentar a luta epistemológica e a luta de classes que nos atravessa”.

O programa de trabalho da gestão Retomada está alicerçado em: organização interna, com destaque para a articulação em rede com laboratórios e grupos de pesquisa e o diálogo institucional com programas de pós-graduação em Comunicação e afins; relações históricas e institucionais, através do reforço de laços já estabelecidos e da abertura diálogos com entidades novas ou em que se perdeu espaço; internacionalização, através da retomada do diálogo com a ULEPICC-Federação e criar uma rede de correspondentes internacionais de pesquisadores em EPC; eventos, apoio à organização de eventos em nível regional e participação em eventos internacionais; e, por fim, a realização do VII Encontro Nacional, em Maceió, em 2018.

Compõem a diretoria, além de Bolaño: Ivonete Silva (Universidade Federal de Viçosa), vice-presidente; Anderson Santos (Universidade Federal de Alagoas), secretário geral; Verlane Aragão (Universidade Federal de Sergipe), tesoureira; Marco Schneider (IBICT/UFRJ); Pedro Aguiar (diretor de comunicação); Paola Nazário (doutoranda na Universidade do Minho – Portugal), diretora de Relações Institucionais.

ULEPICC-Br 2018

Durante a Assembleia Geral, os sócios e diretores da ULEPICC decidiram também o local da próxima edição do Encontro Nacional da ULEPICC-Capítulo Brasil, que será na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Maceió, Alagoas.