O Periódico Comunicação e Sociedade está recebendo, até o dia 15 de setembro de 2020, contribuições para o dossiê “Quem se importa? Plataformas digitais, partilha e regulação na era de uma economia conectada”.
Os aceites serão enviados aos autores até o dia 15 de novembro de 2020. A revista é editada pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho, Portugal.
Os editores do dossiê, a ser publicado em junho de 2021 no vol. 39 da revista, são Rodrigo Saturnino (CECS, Universidade do Minho, Portugal), Helena Sousa (CECS, Universidade do Minho, Portugal) e Jack Qiu (Escola de Jornalismo e Comunicação, Universidade Chinesa de Hong Kong, China).
De acordo com a Chamada de Trabalhos, disponível aqui, a “Economia da Partilha é uma expressão usada para referir várias formas de trocas facilitadas por plataformas digitais que envolvem uma grande diversidade de atividades com fins lucrativos e outras sem fins lucrativos, geralmente usando a ideia de dar acesso a recursos não utilizados”.
Os editores esperam contribuições que abarquem os seguintes temas:
Economia da Partilha e marcos regulatórios; Novas profissões e novos estilos de vida
Teoria da Economia e Comunicação da Partilha;
Plataformas digitais (com e sem fins lucrativos)
Trabalho digital, precariedade e dependência;
Desemprego através da Economia da Partilha;
Consumo colaborativo e pegada ambiental;
Mercadorização da confiança, reputação e solidariedade;
Formas sustentáveis baseadas na Economia da Partilha;
Big data, vigilância, privacidade e intimidade;
Preconceitos, racismo e comportamentos de risco através da Economia da Partilha;
Economia da Partilha, cultura de acesso e conexão;
Teoria social e economia do compartilhamento;
Efeitos do Covid-19 na Economia da Partilha.
Os artigos podem ser submetidos em Inglês ou Português. Após o término do processo de revisão por pares, os autores dos artigos selecionados para publicação deverão assegurar a tradução do seu artigo para Português ou Inglês, respetivamente, cabendo aos editores a decisão final sobre a publicação do mesmo. O envio da versão completa e traduzida deve ser feita até o dia 5 de fevereiro de 2021.
Os interessados em submeter artigos ao dossiê devem fazê-lo através do sistema OJS da revista Comunicação & Sociedade. Os autores devem seguir as diretrizes para autores determinadas pelo período, disponíveis aqui
No mesmo dia que Tiago Leifert anunciou aos participantes que, pela primeira vez na história, a edição do Big Brother Brasil seria estendida devido ao apelo do público, ouviram-se da janela gritos em celebração quando o brother Babu Santana terminou sua participação na prova do líder como favorito, como numa copa do mundo de um jogador só. Na timeline do Twitter, memes surgiam numa velocidade humanamente impossível de consumir em totalidade.
Horas
antes, o presidente Jair Bolsonaro havia demitido o então ministro
da saúde, em meio à pandemia global do COVID-19. A janela também
anunciou: dessa vez com panelas. Os memes tinham um tom mais
fatalista que aqueles que viriam mais tarde, mas ainda regados de
humor.
Essas duas situações nos levaram a algumas reflexões que tentaremos levantar aqui. Começando pelo artigo “How the world’s collective attention is being paid to a pandemic: COVID-19 related 1-gram time series for 24 languages on Twitter” (3), que analisa os principais termos ou símbolos utilizados nas três primeiras semanas de março de 2020 para cada língua no Twitter. Dos 20 resultados para a língua portuguesa, 13 estavam relacionadas ao reality show da Rede Globo e seus participantes, contra 5 sobre a pandemia. A dessemelhança com os resultados de outras línguas também chama atenção:
Ao
longo dos anos, o debate sobre pautas sociais no Big Brother Brasil
vem crescendo, já desenhado desde a seleção dos participantes pela
produção do programa, tendo dentre eles ativistas e defensores de
causas como gênero, raça e sexualidade (curiosamente, debates
partidários não são comuns entre o elenco
– ou,
se são, não passam pelo corte da edição). Nesta 20ª edição,
essas pautas ganharam destaque central para o desenrolar da
competição, especialmente as duas primeiras problemáticas citadas.
Ademais, essa também é a primeira edição em que participam
pessoas já famosas antes do programa, com uma base de seguidores
fiéis nas redes sociais, o que acalorou as rivalidades dentro e fora
do confinamento.
Os fãs sempre estiveram inseridos na lógica do programa: Bruno
Campanella mostra fandoms
altamente organizados em sua tese, escrita há 10 anos (4). E, como
em todo consumo de fã, o afeto interfere imediatamente na
interpretação do texto, mas, especificamente em realitys
de votação pública, há a certeza de interferência no resultado
final mediante participação. Contar com um público fiel e parcial
já antes da disputa começar proporcionou uma vantagem única.
Como
eficiente programa de entretenimento, o Big Brother dá ao público a
oportunidade de criar narrativas maniqueístas, de fácil
acompanhamento até para aqueles que não assistem assiduamente. O
primeiro grande arco narrativo do BBB 20 aconteceu logo nas primeiras
semanas do programa e foi pautado pela desigualdade de gênero, com
denúncias de assédio e machismo por alguns homens da casa, os
“machos escrotos”; e exaltação do comportamento da maioria das
mulheres, que receberam o carinhoso apelido de “fadas sensatas”,
com base na identidade da campanha virtual da participante Manu
Gavassi, a mais famosa pré-BBB. As fadas sensatas são as que “nunca
erraram”, que percebem as injustiças sociais e não têm medo de
combatê-las, defensoras da verdade e igualdade. Já os machos foram
prontamente eliminados, um a um.
Entretanto, a temática central da edição ainda estava por vir: o preconceito racial. E, num plot twist hollywoodiano, eram as fadas quem assumiriam o papel de vilãs para o mocinho Babu, que tinha uma certa proximidade com o grupo dos machos. Babu é negro e anda pela casa orgulhosamente ostentando seu pente garfo preso no cabelo crespo. Do outro lado figura um autointitulado “grupo hippie”, com membros brancos à exceção de Thelma, amiga e protegida do ator carioca. Dentre alguns posicionamentos infelizes, o grupo associou Babu a monstruosidades e macumbas. As fadas sensatas agora são, jocosamente, chamadas por alguns de “fadas senzalas”. As disputas, claro, são definitivamente resolvidas no paredão (que, por sinal, bateu o recorde mundial do formato com 1,5 bilhões de votos na disputa entre Prior, melhor amigo de Babu, e Manu Gavassi). Isso não impede que o debate ganhe espaço também nas redes sociais, como deixa claro o levantamento citado acima. Não basta votar, é preciso expressar o voto, se posicionar, fazer campanha, cobrar posicionamento de celebridades e figuras públicas (até o eterno Luke Skywalker, Mark Hammil, entrou para a briga). As hahstags tomam lugar de bandeiras, sendo usadas para evidenciar, orgulhosamente, de que lado está. #FicaFulano e #ForaCiclano. Enquanto isso, o discurso social que iniciou a disputa se esvazia, dando lugar a memes, fake news e ameaças. Não há teoria ou embasamento. Surgem duas competições: uma interna, pela vitória nas votações; e uma externa, pelo fandom mais forte.
Olhando
bem, parece até que já vimos esse filme antes.
A
participação do público ao BBB 20, programa de TV frequentemente
visto com maus olhos pela academia, ilustra diversos pontos
discutidos atualmente pelos teóricos da Comunicação Social no
Brasil: desde as próprias causas sociais e a respectiva aderência
dos espectadores, própria dos Estudos Culturais, até discussões
sobre convergência e segunda tela – algo que a Rede Globo demorou
para dominar mas hoje usa com maestria. Dentro do campo da EPC(5),
alguns pontos que merecem aprofundamentos são: o crescente interesse
da emissora nos debates sociais e como ocorre a apropriação desses
temas pela Globo; a função interação e as formas de captar o
engajamento do público; as maneiras usadas para incorporar a
movimentação nos sites de rede social que, inicialmente, não
trariam lucros diretos para a produção; e a incorporação da
lógica dos fandoms
em movimentos políticos.
Sobre esse último, propomos destacar dois conceitos que vem ganhando espaço dentro dos Estudos de Fãs: o fanactivism, ou ativismo de fã, quando a presença no fandom influencia a participação em algum movimento social ou militância; e o fã político, aquele que, mais que um eleitor, possui um comportamento interativo com a figura pública. Até onde vai a causa? Onde o afeto passa a imperar? É possível reconhecer que seu ídolo pode se tornar vilão? Teria meu candidato se tornado uma fada sensata?
Grande
de parte dos movimentos sociais e partidos de esquerda fazem uso
irrefletido das plataformas digitais como ferramentas de comunicação,
e acabam aderindo à lógica mercantilista dessas empresas ou ainda
usando a ferramenta sem qualquer estratégia ou análise de
conjuntura adequada. Gramsci (8),
ao analisar como os partidos progressistas poderiam transformar o
senso comum, usou uma metáfora comparando as estratégias de
convencimento com táticas de guerra. Ele notou que, assim como nos
confrontos bélicos de seu tempo, as lutas ideológicas estavam
passando cada vez mais da guerra de movimento, realizada em campo
aberto onde as forças se confrontavam diretamente, para a guerra de
trincheira em que o exército vencedor derruba as trincheiras dos
adversários uma a uma. Dessa forma, os partidos progressistas, para
transformarem o senso comum e criarem novos consensos, deveriam
quebrar resistências culturais, aproveitando-se de elementos
progressistas presentes na cultura popular.
O
uso da guerra de trincheiras enquanto tática não significaria não
usar a guerra de movimento, mas utilizar um conjunto de táticas em
diferentes contexto. Tanto que ao citar o exemplo de Gandhi, Gramsci
observa que o indiano utilizou três formas de tática: a guerra de
movimento, a guerra de posição e a guerra subterrânea para livra a
Índia do jugo britânico. A Greve, por exemplo, é considerada
guerra de movimento, mas deve vir conjugada com outras táticas para
ser efetiva. Os algoritmos utilizados pelas plataformas digitais, ao
enclausurarem os usuários de acordo com suas preferências
políticas, musicais etc; tornam difícil a guerra de trincheiras e
assemelha a disputa política a guerra de movimento em que dois
exércitos se enfrentam em campo aberto.
Assim,
a esquerda encontra dificuldades para derrubar trincheiras nas redes
sociais. Os fandoms
– sejam
eles seja políticos, midiáticos ou de participantes do BBB
– se
baseiam numa identificação primária, muitas vezes pautada pelo
reconhecimento de valores morais. No caso dos fandoms
políticos,
essa identificação se baseia também, normalmente, em uma suposta
superioridade moral que renega totalmente a experiência do outro,
visto como adversário, e cobra uma aceitação moral total a uma
série de preceitos, o que vai de encontro às táticas preconizadas
por Gramsci para a criação de um novo senso comum. Na verdade, as
bolhas de filtros se apresentam como muros,intransponíveis
às táticas dos progressistas em superá-los.
Por fim, nas redes sociais, a extrema direita utiliza uma sofisticada guerra subterrânea de desinformação com uso de Fake News, Bots, grupos de whatsapp etc., lançando mão de recursos e expertises indisponíveis aos movimentos sociais contra-hegemônicos, enquanto os partidos de esquerda utilizam táticas da década passada como os “blogs progressistas” que apoiavam os governos do Partido dos Trabalhadores (PT). O remédio para vencer a desinformação é político. O grande problema é que a própria esquerda abandonou o trabalho de base. A esquerda, no Brasil, cresceu a partir da construção de redes sociais de solidariedade offline, e isso foi trocado, em grande medida, pela política partidária e seus acordos, principalmente durante os governos Lula e Dilma. Se concordamos com a existência de fandoms políticos, as estratégias neles focadas, através de plataformas digitais e hashtags, são de fato oportunas. Porém, não é usando-as como principal ou único recurso que essas ou novas redes, mais adequadas aos novos desafios, serão reconstruídas – muito menos tentando evangelizar a população a partir da lógica da superioridade moral. Um novo tipo de estratégia deve ser adotada nas redes e fora delas, uma tática politizadora. Acreditamos ter exposto os problemas e desafios, e que as soluções devem ser buscadas a partir desse diagnóstico.
Mestre
em Comunicação Social. Membro do grupo de pesquisa Obscom/Cepos
Jornalista,
Doutor em Sociologia. Membro do grupo de pesquisa Obscom/Cepos
ALSHAABI,
Thayer; ARNOLD, Michael V.; MINOT, Joshua R.; ADAMS, Jane Lydia.
DEWHURST, David Rushing; REAGAN, Andrew J; MUHAMAD, Roby; DANFORTH,
Christopher M.; DODDS, Peter Sheridan. How
the world’s collective attention is being paid to a
pandemic:COVID-19 related 1-gram time series for 24 languages on
Twitter.
Março de 2020. Disponível em:
http://pdodds.w3.uvm.edu/permanent-share/covid19-ngrams-revtex4.pd
CAMPANELLA,
Bruno Roberto.
Perspectivas do Cotidiano: um estudo sobre os fãs do programa Big
Brother Brasil.
2010. 207 p. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura) –
Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
Disponível em:
http://www.compos.org.br/data/teses_e_dissertacoes/6b56215cf6a29e8080ec8e6e8a733491.pdf
Raphael
(6)
e Campanella (7)
defendem a inserção da EPC nos estudos sobre o reality show,
alegando que “without
understanding the political-economic forces that drove the spread of
these genre, textual and audience studies may risk reifying it as an
expression of audience demand, or of their creators, or of a
cultural, discursive, or ontological shift unrelated to the needs of
those who run the television industry.”
(RAPHAEL 2004, p.119)
RAPHAEL,
Chad. The political-economic origins of Reali-TV. In: MURRAY, Susan
& OUELLETTE,
Laurie (eds.).
Reality TV: Remaking Television Culture. 2.
ed. New York: NYU
Press, 2009, p. 123-140. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/295869264_The_political-economic_origins_of_Reali-TV
CAMPANELLA,
Bruno Roberto. Investindo no Big Brother Brasil: uma análise da
economia política de um marco da indústria midiática brasileira.
E-Compós,v.
8, 11, 2007. Disponível em:
https://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/133
GRAMSCI,
Antonio. Cadernos do Cárcere. Vol 3. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2012.
A
revista Mediapolis, editada pela Imprensa da Universidade de Coimbra,
está com Chamada pra Trabalhos para o dossiê “Media, Populismo e
Espaço Publico: desafios contemporâneos” até o dia 31 de maio de
2020. Os artigos aceitos serão publicados no primeiro semestre de
2021. O dossiê está sendo editado pelos professores Bruno Araújo
(UFMT / CEIS20 / UC) e Helder Prior (UFMS/UAL)
De acordo com o Call for Papers (CFP) do periódico, “de um lado a outro do espectro partidário, o populismo assume-se como um tipo de ideologia ou estilo de política que aposta no antagonismo entre partes da sociedade e na exploração de sentimentos de medo e de desencanto social. […] a lógica populista tem interferido em diversos setores da vida democrática, influenciando o resultado de processos eleitorais e ameaçando o funcionamento de instituições políticas, judiciárias e mediáticas”. A íntegra do Call for Papers está disponível aqui.
Os
editores esperam artigos que abordem os seguintes tópicos:
Contextualização
histórica do populismo: populismo agrário; populismo
latino-americano; nacional-populismo na Europa;
Visibilidade
de atores populistas nos media
tradicionais;
Enquadramentos
de movimentos e de atores populistas na imprensa;
Movimentos
antidemocráticos e autoritários nos media
digitais;
Desintermediação,
comunicação direta e redes sociais;
A
afinidade eletiva entre o populismo e a comunicação da
pós-verdade: desinformação e propaganda nos media
digitais;
Algoritmos,
filter
bubbles,
social
media targeting e
discurso de ódio;
Estilo
de comunicação populista em contexto de campanhas eleitorais;
Populismo
de esquerda versus populismo de direita;
Os
impactes do populismo e as reconfigurações do espaço público.
Os artigos devem ser submetidos através do sistema OJS do periódico e seguirem as diretrizes para autores, disponíveis aqui, estabelecidas pela revista.
A revista Observatório está recebendo até o dia 30 de maio de 2020 trabalhos pra o dossiê “Histórias de Vida na comunicação: dos estereótipos à (possibilidade de) humanização”.
Os trabalhos aprovados têm publicação prevista para o segundo semestre de 2020. O dossiê será editado pelos professores Duílio Fabbri Júnior (UFSCar/Unisal) e Fabiano Ormaneze (Unicamp/UniMetrocamp)
De acordo com a chamada do periódico, “a proposta do dossiê é reunir artigos, resultantes de pesquisas finalizadas ou em curso, que abordem a presença das histórias de vida nos diversos gêneros discursivos do campo da Comunicação, com destaque para o jornalismo, o documentário, a comunicação corporativa, a publicidade e a propaganda”. O Call for Papers completo pode ser acessado aqui
O dossiê será publicado em português e inglês, e recebe contribuições até o dia 30 de maio, quando o texto em uma das línguas deve ser cadastrado na plataforma da revista. Após a avaliação por pares e seleção das contribuições que vão compor o dossiê, o autor deverá providenciar a versão em língua estrangeira. Os textos devem ser inéditos e assinados por pelo menos um doutor.
Os interessados em submeter trabalhos devem seguir as diretrizes para autores estabelecidas pela revista, e disponíveis aqui.
O Congresso da Associação Latino-Americana de Pesquisadores de Comunicação (ALAIC) marcado inicialmente para o início do próximo mês de junho foi adiado. A previsão da organização é que o congresso seja realizado no último trimestre de 2020. O comunicado oficial da Alaic pode ser lido aqui.
O prazo para entrega dos trabalhos já aprovados completos é dia 10 de maio de 2020 enquanto as inscrições para o congresso podem ser feitas até o dia 30 de junho de 2020.
“Perspectivas e Desafios Informacionais em Tempos da Pandemia da Covid-19” é o tema do dossiê para o qual o periódico Liinc em Revista está recebendo contribuições até o dia 5 de agosto de 2020.
O dossiê será publicado no número 2 do volume 16 do periódico. Além de artigos, o dossiê incluirá também uma seção com relatos de experiências inovadoras nos temas propostos.
De
acordo com o dossiê, “a situação de emergência e crise ante os
riscos e repercussões de várias ordens associados à eclosão da
pandemia da Covid-19 tem motivado ações e questões relativamente a
produção, análise, compartilhamento, abertura, divulgação e
disseminação de diferentes tipos de informação: científica,
sanitária, comunitária, cívica, entre outras. Suas implicações
fazem-se sentir em vários níveis e dimensões: social, política,
cultural, ética, tecnológica, econômica e científica.”
Espera-se
que as contribuições abordem os seguintes temas (mas não se
limitando estritamente a eles):
–
suas possibilidades como ferramenta de fortalecimento de redes de
solidariedade e colaboração;
seu papel como forma de registro e circulação de pontos de vista e debate público;
os riscos advindos de movimentos de desinformação e manipulação da opinião;
seus usos como dispositivo de controle, vigilância e fortalecimento de modelos e práticas autoritários de governo;
sua relevância e potencial para promover a adoção da ciência aberta e cidadã, tais como fast track nas publicações científicas e seu acesso aberto, incentivo ao compartilhamento e abertura de dados e protagonismo cidadão na pesquisa;
seus usos atuais e potenciais como embasamento para decisões sanitárias, políticas, culturais e econômicas;
seus desafios ante desiguais condições e posições sociais, geopolíticas e geoeconômicos.
Os interessados em enviar seus trabalhos para o dossiê devem seguir as diretrizes para autores disponíveis aqui. As submissões devem ser realizadas através da plataforma OJS do periódico. As pesquisadoras Sarita Albagli (IBICT) e Vanessa de Arruda Jorge (Fiocruz) são as organizadoras do dossiê.
O
periódico Ambivalências, mantido pelo Grupo de Pesquisa “Processos
Identitários e Poder” (GEPPIP) vinculado ao Programa de
Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Sergipe
(PPGS/UFS), está recebendo contribuições para o dossiê “Arte e
Gênero” até o dia 15 de maio de 2020.
De
acordo com a chamada de artigos da revista o objetivo do dossiê é
“aproximar pesquisadoras e pesquisadores que se dediquem ao estudo
de diferentes manifestações artísticas desde a perspectiva de
gênero”. Desta forma, o dossiê “pretende reunir artigos que
reflitam sobre a potência da arte como um espaço de produção,
reprodução e consumo de (auto)representações, questionamentos,
tensionamentos, subjetividades, memórias e lugares de fala outros,
que promovam a construção de narrativas, discursos, sentidos e
significados mais plurais e diversos”.
As
editoras esperam artigos “que dialoguem com as ciências sociais e
discutam metodologias, teorias e práticas realizadas nas artes
plásticas, no cinema e audiovisual, nas novas mídias, no graffiti,
no teatro, na dança, entre outras formas de produção artística”.
Os interessados em submeter seus trabalhos têm a oportunidade de
abordarem “diferentes temas, tais como processos identitários,
protagonismo, corpo, violência, hegemonia, centro/periferia,
decolonialidade, etc”.
Os autores devem seguir as diretrizes para autores do periódico disponíveis aqui. As submissões devem ser feitas através do sistema OJS da revista. As editoras do dossiê são Danielle Parfentieff de Noronha (DCOS/UFS), Erna Barros (PPGS/UFS) e Maíra Ezequiel (PPGCINE/IACS/UFF)