Nota da Socicom sobre PL 3453/PLC 079 (telecomunicações)

PL 3.453/PLC 079 tem que ser discutido pela Sociedade

Em novembro deste ano, a SOCICOM publicou nota posicionando-se sobre o PL 3.453/PLC 079 que se propõe a extinguir a modalidade de concessão em vigor no STFC (telefonia fixa), cujos contratos se extinguem em 2025. Na nota, apontávamos que o motivo alegado do projeto de lei, modernizar o sistema de infraestrutura e expandir o sistema de telecomunicações, precisa efetivamente ser revisado, dada a obsolescência tecnológica e social da velha telefonia fixa. No entanto, sinalizávamos, e ainda apontamos, que é possível e necessário evoluir para um serviço ainda em regime público que atenda à necessidade de universalização da infraestrutura de banda larga e que o projeto, ao simplesmente extinguir o STFC em regime público, apenas liquida com o que ainda restava de serviço público na LGT, como transforma todo o sistema de telecomunicações brasileiro num serviço exclusivamente em regime privado, logo orientado a sabor das forças de mercado.

A SOCICOM posiciona-se frontalmente contra esta perspectiva, por entender que este serviço, essencial à sociedade, deve ser obrigatoriamente prestado em regime público, o único capaz e interessado em sanar, por exemplo, as assimetrias do acesso tecnológico. Além disso, tal como está o projeto de lei desonera as concessionárias da contrapartida minimamente necessária a exploração de um bem tão fundamental das sociedades contemporâneas. A urgência na tramitação do projeto, portanto, é inadmissível.

O Senado Federal não deve ser curvar à pressão das operadoras de telefonia, mas sim aprofundar o debate e legislar tendo em vista o para o futuro da sociedade brasileira, e não apenas os interesses desses agentes.

São Paulo, 20 de dezembro de 2016

SOCICOM – FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES CIENTÍFICAS E ACADÊMICAS DE COMUNICAÇÃO

Chamada Pública de Dossiês Temáticos para publicação na Revista Observatório

observatorio

A Revista Observatório, atualmente classificada como B2 no Qualis Capes  (CSA 1)e indexada em mais de 120 bases internacionais, convida a comunidade acadêmica para apresentar propostas de publicação de Dossiês Temáticos sobre temas relevantes e/ou emergentes no campo das pesquisas em comunicação, jornalismo e educação para os números de 2018 e 2019. O prazo final para o envio de propostas é 01/05/2017.

Condições da proposta

O dossiê se constitui em um conjunto de artigos inéditos articulados em torno de um tema que expresse uma contribuição relevante no campo das pesquisas em comunicação, jornalismo e educação, em língua portuguesa, inglesa, francesa ou espanhola. Não serão aceitas propostas que já tenham sido temáticas publicadas em outros dossiês da revista nos últimos dois anos.

A proposta deve conter de 6 a 10 artigos de pesquisadores nacionais e/ou internacionais sobre o tema proposto. A proposta também poderá incluir contribuições para as seções Entrevista e Resenha. A vinculação dos autores deve demonstrar abrangência institucional e regional diversificada.

No mínimo, um artigo deve ser de autoria de pesquisador vinculado a instituição estrangeira. Os artigos devem se adequar à linha editorial de Revista Observatório, privilegiando a publicação de textos inéditos que trazem uma efetiva contribuição para o avanço da pesquisa comunicação em suas interfaces, sendo aceitos manuscritos que apresentem: 1) resultados de pesquisas empíricas ou teóricas ou 2) revisões críticas sistemáticas e integrativas da produção científica e acadêmica na área. Mais informações sobre a revista estão disponíveis em https://sistemas2.uft.edu.br:8004/index.php/observatorio/about.

Os proponentes serão os organizadores do dossiê e devem ser pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior e/ou pesquisa nacionais ou estrangeiras que possuam reconhecida competência acadêmica na área temática do dossiê. Cada proponente poderá enviar somente uma proposta de dossiê e deve ter seu currículo disponível e atualizado por ocasião da inscrição.

Uma vez aprovada a sua proposta, os organizadores deverão acompanhar a produção editorial do dossiê durante todas as etapas, atuando como intermediários entre os editores e os autores dos artigos para resolver questões relacionadas à revisão sugerida pelos pareceres externos, à revisão de linguagem e normalização bibliográfica, à sua edição e outras demandas que porventura surgirem relacionadas à produção do periódico.

Os organizadores são responsáveis por manter o sigilo durante todo o processo de avaliação pelos pares, conforme regras de avaliação duplo cega da revista, bem como assegurar o cumprimento dos prazos durante o processo de avaliação e de editoração.

Os organizadores ficarão encarregados de preparar um texto de apresentação do dossiê que comporá o editorial do número. Os organizadores poderão participar do número como autores ou coautores de no máximo um artigo que comporá o dossiê. Os organizadores não serão remunerados pela revista.

As propostas devem ser enviadas à Revista Observatório, por meio do e-mail gilsonportouft@gmail.com  e devem conter as seguintes informações:

  1. Título do dossiê proposto.
  2. Nome e currículo resumido do(s) organizador(es) do dossiê.
  3. Ementa e breve justificativa sobre a escolha do tema.
  4. Estrutura do dossiê, contendo:

(a) Lista dos artigos que comporão o dossiê, contendo: títulos e resumos de cada artigo (máximo de 150 palavras cada um).

(b) Nome e currículo resumido dos colaboradores do dossiê.

O prazo para análise de uma proposta de dossiê é de aproximadamente um mês, ao final do qual os organizadores receberão um e-mail informando sobre o resultado e um breve parecer sobre a proposta apresentada.

Serão considerados como critérios para avaliação das propostas:

– adequação à política editorial de Revista Observatório, especialmente em relação à sua contribuição para o avanço do conhecimento no campo comunicacional e suas interfaces;

– relevância e originalidade dos artigos em relação aos temas abordados em outros periódicos comunicacionais no Brasil;

– clareza, coerência e organicidade dos artigos em relação à proposta como unidade temática,

– abrangência institucional e regional dos autores;

– inserção dos autores em relação às temáticas de seus artigos, bem como em relação à temática geral do dossiê.

Será automaticamente eliminada a proposta que descumprir algum dos itens desta Chamada.

Caso a proposta seja aprovada, os organizadores deverão providenciar a submissão dos artigos através do sistema de submissão da revista pelos seus respectivos autores  (https://sistemas2.uft.edu.br:8004/index.php/observatorio/login).

Os artigos devem seguir as normas editoriais da revista disponíveis em https://sistemas2.uft.edu.br:8004/index.php/observatorio/about/submissions  e serão submetidos a uma avaliação prévia pela Comissão Editorial, para verificar o cumprimento das normas editoriais e a adequação dos mesmos à linha editorial de Revista Observatório.

Após essa etapa, os artigos serão também avaliados por pareceristas externos, indicados pelos organizadores.

Caso necessário, a Comissão Editorial poderá solicitar alterações ou exclusão de artigos do dossiê dentro do prazo acordado com os organizadores. Neste processo serão selecionadas até 10 (dez) propostas para publicação nos números de 2018 e 2019 da Revista Observatório

Revista

A Revista Observatório é um periódico quadrimestral mantido pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão Observatório de Pesquisas Aplicadas ao Jornalismo e ao Ensino (OPAJE) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) em parceria com o Grupo de Pesquisa Democracia e Gestão Social (GEDS) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-Tupã).

Chamada de trabalhos para Revista Paradoxos

paradoxos

A revista Paradoxosdo Programa de Pós-Graduação em Tecnologias, Comunicação e Educação da Universidade Federal de Uberlândia, está com chamada aberta até o dia 10 de abril para envio de artigos para a sua próxima edição, com previsão de publicação para início de junho de 2017.

A revista é destinada a todos  docentes pesquisadores de diferentes áreas do saber – comunicações, educação, engenharias, história, letras, psicologia, sociologia, direito, meio ambiente, etc. – que se ocupam da investigação de questões pertinentes às tecnologias e suas interfaces com a comunicação e a educação. As regras de publicação podem ser consultadas no site http://www.ppgce.faced.ufu.br/revista-paradoxos/normas-para-publicacao

A revista Paradoxos é uma publicação semestral destinada a professores, pesquisadores, estudantes e profissionais da área. A publicação aceita colaborações de trabalhos originais e inéditos, de autoria individual ou coletiva (máximo de 5 autores), sob a forma de artigo, ensaio ou resenha, em português, inglês e espanhol. As submissões devem ser encaminhadas ao e-mail da revista (paradoxos@faced.ufu.br) contendo dois arquivos:

1) Artigo/Ensaio/Resenha/Entrevista sem identificação dos autores, com  resumo e palavras-chave em português e em língua estrangeira (fracês, espanhol e inglês);
2) Documento com Informações dos autores (nome completo e breve resumo contendo formação acadêmica, instituição em que atua e e-mail para contato).

Chamada sobre dossiê “Comunicação e democracia”

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A Revista Paulus, em seu número 02, dedica-se ao tema “Comunicação e Democracia” e recebe textos até o dia 30 de janeiro de 2017.

A revista destina-se a publicar a produção docente de pesquisadores, professores doutores, nacionais e internacionais, com periodicidade semestral e aceita colaborações de trabalhos originais e inéditos, de autoria individual ou coletiva, sob a forma de artigo.

A Revista Paulus é especializada na pesquisa em comunicação, filosofia e tecnologia, e constitui um espaço privilegiado para a reflexão de temas e problemas do homem e da sociedade contemporânea.

Informações podem ser obtidas pelo e-mail: paulus.academica@fapcom.edu.br

Eleita nova diretoria da Socicom: biênio 2016-2018

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Fonte: com Socicom

No dia 09 de dezembro de 2016, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), ocorreu a Assembleia Geral Ordinária de Eleição da Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (SOCICOM), para o mandato do biênio 2016-2018, cujo presidente eleito é Ruy Sardinha Lopes, representante da ULEPICC-Brasil na entidade.

Além de Ruy Sardinha Lopes, professor da USP-São Carlos, foram eleitos: Cláudia Lago (SBPJor), vice-presidenta; Maria José da Costa Oliveira (Abrapcorp), diretora-administrativa; Nélia Rodrigues Del Bianco(Intercom), diretora de Relações Nacionais; Ana Regina Rego (Alcar), diretora de Relações Internacionais. Margarida Maria Krohling Kunsch (Abrapcorp) é a presidenta do Conselho Deliberativo e conformam o Conselho Fiscal: Eneus Trindade (ABP2), Luciana Rodrigues (Forcine) e Maria Cristina Gobbi (Folkcom).

A chapa COOPER(AÇÃO), eleita para a gestão, apresentou o seguinte plano de trabalho para o biênio:

1. Consolidar a estruturação da Socicom no plano nacional e internacional;

2. Promover uma maior articulação e colaboração entre as entidades afiliadas, ampliando sua visibilidade, atuação junto ao campo e relacionamento com a sociedade civil;

3. Desenvolver ações destinadas à busca da excelência do ensino superior de comunicação e a implementação da grande área da comunicação junto ao MEC e ao MCTIC;

4. Contribuir para a consolidação e regulamentação do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia com a inclusão da grande área da comunicação;

5. Contribuir, por meio de ações conjuntas com o Fórum de Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas e demais entidades do meio acadêmico e científico, para a consolidação de uma Política de Ciência Tecnologia e Inovação para as áreas Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas;

6. Fomentar o diálogo com o Estado e a sociedade civil organizada, no sentido de contribuir para a democratização da comunicação e formulação de políticas públicas de comunicação, informação e cultura;

7. Manter e fomentar o diálogo e parcerias com agências e entidades nacionais e internacionais do campo;

8. Incrementar a difusão do pensamento comunicacional brasileiro no exterior;

9. Consolidar o desenvolvimento do espaço ibero-americano de comunicação, intensificando o diálogo soberano com a comunidade internacional;

10. Estimular a pesquisa em comunicação e sua repercussão, focalizando problemas comuns e fomentando o intercâmbio e a formação de redes de pesquisadores;

11. Produção de um novo Anuário Socicom 2017 com informações sobre as entidades da área de Comunicação e suas frentes de atuação.

Chamada de trabalhos para a seção de Economia Política da AIERI/IAMCR 2017

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A AIERI/IAMCR (Associação Internacional de Estudos e Investigações sobre a Informação) está com chamada de resumos aberta até 09 de fevereiro para sua conferência anual, que em 2017 acontecerá em Cartagena – Colômbia, de 16 a 20 de julho, com o tema “Transformação da cultura, da política e da comunicação: Novos meios, territórios e discursos”.

Diretrizes para resumos

Os resumos devem ser entre 300 e 500 palavras de comprimento. Todas as submissões de resumos devem ser feitas via OCS da IAMCR até 09 de fevereiro de 2017.

Espera-se que apenas um (1) resumo será apresentado por pessoa para a consideração da Conferência. No entanto, sob nenhuma circunstância deve haver mais de 2 (dois) resumos com o nome do mesmo requerente individualmente ou como parte de qualquer grupo de autores. O mesmo resumo ou uma outra versão com pequenas variações de título ou conteúdo não deve ser submetido a outras seções ou grupos de trabalho da Associação para consideração, depois de uma apresentação inicial.

Mediante a apresentação de um resumo, você será solicitado a confirmar que sua submissão é original e que não foi publicado anteriormente na forma apresentada.

Seção EP

O congresso será uma oportunidade para na seção de Economia Política se gerarem e desenvolverem aproximações e enfoques teóricos de onde se possam pensar e abordar novos marcos teóricos que permitam pensar, discutir e criar conceitos e métodos para o estudo e práxis da economia política.

Além disso, e / ou em articulação com os sub-temas da conferência, a Seção de Economia Política também chama trabalhos sobre:

– A economia política da Internet, mídia social, telecomunicações e comunicações móveis,
– Economia política de audiências,
– A economia política do jornalismo,
– Economia política de gênero e feminismo,
– Economia política de dados massivos e de vigilância,
– Economia política da comunicação e mudança climática,
– Economia moral, economia compartilhada e economia cultura livre,
– Capital e meios e financeirização da mídia corporativa,
– Sociedade civil, bens comuns e meios ativistas/radicais,
– Comunicação/mediação dos mercados financeiros

– Poder, políticas de comunicação e regulação,
– Mídia, cidadania, direito à comunicação e democracia,
– Desmercantilização, descomercialização e desconvergência da comunicação,
– Indústrias culturais, economia cultural e diversidade cultural,
– Trabalho cultural e criativo no contexto da digitalização e do capitalismo global,
– Crise econômica/políticas contínuas e agudização das contradições (financeira, moral, outras),
– Experiências comunicativas ativistas através de plataformas e meios sociais em torno do mundo (Brasil, Hong Kong, Colômbia, Malásia, Grécia, Tailândia, México, Taiwan, Turquia etc.) como agentes sociais contra-hegemônicos,
– Capital global e a especialização do poder midiático,

– Tratados de livre comércio, direitos de cópia e políticas de comunicação e cultural

Diretrizes para propostas de painéis

O sistema online da conferência (OCS) permite o envio de propostas de painéis. Como no passado o congresso recebe várias propostas de painéis que suas temáticas se duplicam, pelo qual temos tido que rechaçar ou aceitar todo o painel. Com a ideia de poder ter uma flexibilidade e um ótimo balanço na composição dos painéis, siga o procedimento para a apresentação:

a) Identifique o tópico e o título do painel. Não pode ter mais de quatro apresentadores;

b) Enviar os quatro resumos de forma individual;

c) O coordenador do painel deve enviar a proposta do painel incluindo os nomes dos apresentadores e os títulos de suas apresentações.

IAMCR 2017

Hoje, em todo o mundo, a comunicação e os meios se veem transformados por múltiplas dinâmicas, tendências e correntes que resultam complexas e imprescindíveis.

Cada dia em mais regiões do mundo os atores sociais e políticos tradicionais são postos em questão e surgem novos movimentos, definidos por preferências sexuais, estilos de vida, identidades étnicas, costumes, práticas ou interesses. Estes novos atores tendem a ver “o político” como cenário que permite múltiplas formas de participação, mais que como espaços onde se encontrariam representados. A política contemporânea (em particular os partidos políticos) está se transformando, e surgem novos e crescentes movimentos sociais de diferentes tipos, formas e tamanhos.

Ante este panorama, o congresso propõe explorar e debater a relação entre, por uma lado, as dinâmicas e as mudanças sociais, políticas e culturais em sentido amplo, e por outro lado, os processos de mudança e seu impacto na comunicação e nos meios. Será uma oportunidade para gerar e desenvolver aproximações e enfoques teóricos de onde pensar e abordar novos marcos teóricos que permitam pensar, discutir e criar conceitos e métodos – novos e quiçá adequados – para o campo e as práticas dos estudos sobre comunicação e meios.

Será dada especial atenção aos novos territórios – sociais e espaciais – do político, seus efeitos sociais e culturais, e as espetaculares transformações que estes têm produzido nos processos de comunicação.

Antes estas mudanças históricas que têm lugar em todo o mundo, não será a hora de repensar a comunicação e recolocá-la, com todas suas matizes, numa nova concepção da política e da cultura, mais pertinente para os tempos atuais?

Ao mesmo tempo, a concepção geopolítica de um mundo dividido em norte-sul e leste-oeste, que dominou o pensamento do século XX, também deve ser revisada e atualizada. As condições sociais e culturais que deram lugar a estes conceitos já estão ligadas a territórios. Hoje em dia os “suis” e “nortes” – no sentido convencional – encontram-se em todo o mundo, mesclados e em interação com centros e periferias, “lestes” e “oestes”.

Para mais informações, acesse o site do evento: http://cartagena2017.iamcr.org/

Mesa em Maceió apresenta objetos de estudos da EPC

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O Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia de Alagoas (CAIITE 2016) terá na tarde de sexta-feira (09) uma mesa dedicada aos estudos da Economia Política da Comunicação: “Objetos de pesquisa em Comunicação: a perspectiva da Economia Política”. A mesa ocorrerá na Sala 09 do ICBS (Campus AC Simões), das 14h às 16h.

O espaço terá como debatedores Júlio Arantes, jornalista, mestre em Linguística e doutor em Comunicação, professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL); e Douglas Medeiros, relações públicas. A mesa será mediada por Anderson Santos, professor da unidade Santana do Ipanema/Campus Sertão da UFAL.

Ementa

A proposta da mesa é apresentar alguns dos objetos pesquisados no âmbito do núcleo de pesquisa Crítica da Economia Política da Comunicação (associado ao grupo OBSCOM/CEPOSs – CNPq). O intuito é apresentar e debater, do ponto de vista do subcampo da Economia Política da Comunicação, os referenciais teóricos e possibilidades de investigação desde uma perspectiva crítica, abordando desde temáticas amplas (políticas de comunicação, indústria cultural, economia política, materialismo histórico, comunicação e trabalho) a temáticas aplicadas (mercado brasileiro e alagoano de televisão, panorama das rádios comunitárias em Alagoas, indústria de games).

CAIITE 2016

O Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite) é o maior encontro de divulgação científica do Estado de Alagoas, começa na próxima quarta (07) e segue até o dia 10, no campus da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em Maceió e segue na semana que vem nos campi e unidades do interior, tendo o tema “Ciências, saberes e sociedade em rede”.

A edição 2016 do Caiite é uma realização da Ufal, Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Universidade de Ciências da Saúde, (Uncisal), Instituto Federal (Ifal), Universidade Aberta do Brasil (UAB), Governo Federal, Governo de Alagoas e Ministério da Educação. Como patrocinadores estão Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (Sebrae) e Algás. No apoio estão Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), Imprensa Oficial, IMG Relações Públicas, Doity e Banco do Nordeste.

Chamada para dossiê sobre inovação no jornalismo

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A Contemporanea – Revista de Comunicação e Cultura do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA – está com chamada aberta até o dia 15 de fevereiro para o dossiê temático “Inovação no Jornalismo: escopo e percursos”. 

Ementa

Inovação tem sido uma temática recorrente em trabalhos sobre Comunicação e especialmente Jornalismo, em tempos recentes. Trata-se de conceito altamente polissêmico, liberalmente utilizado, porém com frequência sem os devidos cuidados de um prévio enquadramento histórico e de produção de discussões quanto à sua aplicabilidade a situações específicas de análise de processos e produtos jornalísticos.

Nesse sentido, a Revista Contemporânea (Qualis B1), do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da FACOM/UFBA, propõe um dossiê temático sobre Inovação no Jornalismo, tanto no contexto brasileiro quanto internacional. São bem-vindos artigos sobre ações e mudanças inovadoras em todos os âmbitos e etapas dos processos, das práticas e dos produtos jornalísticos: rotinas, modelos de negócios, suportes e dispositivos, estruturas narrativas, audiências, modos de circulação, consumo e recepção, dentre outros. Estabelece-se, como condicionante essencial, que as análises sejam precedidas de discussões conceituais e considerações atualizadas sobre o estado da arte da aplicação do conceito às áreas específicas do foco temático do artigo. 

CALENDÁRIO:

Recebimento de artigos: até 06 de fevereiro

Resultado da seleção: até 30 de março

Publicação da edição: 30 de abril

Editores responsáveis:

Marcos Palacios

Suzana Barbosa

Mais informações: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/

Entrevista com César Bolaño, novo presidente da ULEPICC-br

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Por Carlos Figueiredo

Uma nova chapa foi eleita para comandar o capítulo brasileiro da União Latina de Economia Política da Informação, Comunicação e da Cultura (ULEPICC-Brasil). A eleição aconteceu durante o sexto encontro nacional do capítulo brasileiro, em 10 de novembro, em Brasília.

O novo presidente da ULEPICC-Brasil é o professor César Bolaño. Um dos pioneiro dos estudos de Economia Política da Comunicação no Brasil, Bolaño é professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do Núcleo de Pós-Graduação em Economia e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da mesma universidade.

Nessa entrevista, Bolaño discorre sobre temas como o papel da Economia Política da Comunicação (EPC) e da ULEPICC diante da crise política em que o Brasil está mergulhado, a inserção da EPC dentro do campo da comunicação e sobre o futuro da entidade e deste eixo teórico-metodológico.

Diante da crise em que o país se encontra qual o papel que uma escola teórica como a EPC e uma entidade como a ULEPICC devem desempenhar?

Eu acho que na situação em que vivemos hoje, o campo da comunicação, tanto acadêmico como profissional, está no primeiro plano das discussões políticas. Seja pelo fato de a grande mídia ter um poder muito grande de influência sobre a opinião pública seja pelo fato de que se tratam de empresas oligopolistas. Nesse quadro, qualquer perspectiva de democratização do país passa pela democratização da comunicação. A Economia Política da Comunicação é representante do pensamento crítico no campo. O grande significado da EPC, mas evidentemente não apenas da EPC, como também do conjunto do pensamento crítico no campo da comunicação; é que nós temos o conhecimento dessa realidade de falta de democratização, que talvez em outras disciplinas não se tenha, porque esse é nosso objeto de pesquisa.

Com relação à ULEPICC, trata-se efetivamente de uma organização desse subcampo que tem atuado fortemente no campo acadêmico da comunicação, e inclusive construindo pontes com os movimentos pela democratização da comunicação, de comunicação popular e alternativa, representantes do Comitê Gestor da Internet etc. É um setor dos estudos em comunicação com legitimidade para intervir na ordem política e questionar a hegemonia tal como ela se construiu no país.

Qual a importância de uma associação como a ULEPICC dentro do campo da comunicação?

Eu acho que o campo da comunicação é um campo muito diverso, e dentro dessa diversidade existe amplos setores do pensamento positivista ou pós-modernista etc. O campo da EPC se desenvolveu no interior do campo da comunicação recuperando criticamente importantes tradições teóricas e históricas do Brasil e da América Latina. Significa o avanço de um paradigma crítico no interior do pensamento comunicacional. Acho que esse que é o elemento central da nossa eventual contribuição para a comunicação.

Como você encara a situação dos estudos de Economia Política da Comunicação no país e qual o papel que a ULEPICC-Br deve desempenhar para fortalecê-los?

O campo cresceu muito. E eu, como acabei sendo um dos pesquisadores que acabaram ajudando a formar os grupos e as discussões que definiram o que é o campo Economia Política da Comunicação no Brasil, posso dizer que houve um crescimento significativo. Esse crescimento ele se deve também ao fato de que nós encaramos a EPC de maneira bastante aberta como um tipo de perspectiva teórica no interior do campo crítico que inclui outras perspectivas. Nós chegamos a um ponto em que há grupos de pesquisadores no país todo que reivindicam essa denominação.

Eu penso que a função da ULEPICC-Br é, preservando essa abertura que é uma característica da escola brasileira, tentar fortalecer as articulações entre esses grupos e mostrar o sentido do desenvolvimento dessa disciplina, e qual seriam, evidentemente, os paradigmas, as perspectivas epistemológicas que vão dar maior organicidade ao campo.

A ULEPICC-Br pretende estabelecer diálogo ou pontos de contato com outros ramos teóricos dentro do campo da comunicação? Como fazê-lo?

A gente vem desenvolvendo esse movimento no Brasil há muito tempo. Na verdade, o próprio fato de a gente ter desenvolvido a nossa organização dentro do campo da comunicação já mostra que a gente tem uma certa abertura pra isso. Mas a gente tem feito esse diálogo não apenas dentro da ULEPICC Brasil, mas dos grupos de economia política da Intercom que é vinculado e da Alaic.

Temos estabelecido diálogos com importantes setores e grupos do pensamento comunicacional. Há contato com os estudos de rádio, passando pelo de jornalismo, estudos culturais etc. A gente tem buscado muito esse diálogo interno, e procurado também o diálogo para fora da comunicação. Já estivemos na Alas (Associação Latino-Americana de Sociologia) e na SEP (Sociedade de Economia Política), por exemplo. Temos procurado apresentar a Economia Política como um paradigma mais geral, e a Economia Política da Comunicação como um elemento capaz de fomentar esse tipo de diálogo. Embora se trate de um entre outros paradigmas do campo da comunicação, como está muito vinculado a um paradigma mais geral do materialismo histórico, essa interdisciplinaridade é um favorecida.

Já do ponto de vista institucional, nosso diálogo é aberto com todo mundo. Nós somos parte da Socicom, e temos contatos com outras entidades do gênero nos âmbitos nacional e internacional. O que nós pretendemos fazer nesse momento é dinamizar esse processo. A nossa chapa tem por objetivo dinamizar esses processos, procurar relações institucionais mais constantes e trabalhar no sentido da internacionalização da ULEPICC Brasil.

A ULEPICC é uma entidade internacional que conta com três capítulos: o brasileiro, o moçambicano e o espanhol. Como anda a relação entre os capítulos? O que a sua chapa propõe para fortalecer esses laços entre grupos distintos?

A ULEPICC nasceu como uma entidade internacional. Eu fui seu primeiro presidente, e acompanhei desde início a sua criação com dois seminários que nós realizamos, um em Buenos Aires e outro em Brasília, onde foi combinada a organização do o terceiro, em Sevilla. Nesse terceiro seminário, a ULEPICC foi constituída como associação internacional. Depois disso, pensou-se na necessidade de serem criados capítulos nacionais. Hoje, nós temos três: Brasil, Espanha e Moçambique, que é muito pouco ativo e do qual quase não temos notícias.

Na verdade, existem os capítulos brasileiro e espanhol ativos, e há uma instância chamada federação que deveria ser a articulação de um conjunto maior. Entretanto, acaba sendo um terceiro elemento que está sediado na Espanha faz muitos anos com presidentes espanhóis ou sediados na Espanha. Então, eu diria que hoje há uma espécie de desbalanceamento. De um lado, um capítulo espanhol e uma federação muito próxima desse capítulo e, por outro lado, um capítulo brasileiro que pode se considerar legitimamente, como tem sido historicamente um elemento dinâmico dentro da América Latina.

Nós tivemos um papel importante na América Latina, desde a fundação da ULEPICC. Em uma época em que existiam apenas os grupos de Economia Política da Comunicação da Intercom e da Alaic. Desempenhamos um papel chave na organização do campo latino-americano e a nossa pretensão hoje é resgatar esse vanguardismo que do campo brasileiro, considerando-se como parte do campo latino-americano.

Já na África, nós estamos fazendo esse movimento de reaproximação. A criação do capítulo moçambicano foi obra de um seminário organizado por mim e pelo Professor Valério Brittos, coordenado pelo próprio Valério na época, em Moçambique. Assim, foi criado o capítulo. Inclusive, o presidente do capítulo, João Miguel, foi orientando de Valério, e hoje faz parte do nosso grupo de pesquisa.

Eu tenho a preocupação de retomar esse diálogo com a África. Isso ainda não está posto como projeto específico porque nós acabamos de nos eleger, mas nós estamos organizando o seminário do Observatório de Economia e Comunicação da UFS (Obscom) de 2017 com o tema africanidades, e teremos a presença de representantes africanos. Vamos aproveitar para retomar essa discussão que, em um certo momento, ficou parada.

A EPC é um ramo crítico, menor, em termos quantitativos, que outros ramos de estudos dentro da comunicação. Existem grupos menores, em quantidade de pesquisadores, espalhados pelo país. Como acolher esses grupos?

O problema da Economia Política da Comunicação é que ela praticamente não é considerada como uma disciplina dentro do campo. Você quase não tem, dentro dos cursos de graduação e pós-graduação do Brasil e de outros países também, a disciplina Economia Política da Comunicação. Inclusive, grupos que não são Economia Política, mas que estão na origem do nosso pensamento crítico como a Teoria da Dependência, são muito pouco vistos no campo da comunicação. O campo da comunicação se volta para uma outra coisa.

Logo, é natural que os grupos de Economia Política da Comunicação sejam relativamente pequenos em relação a outros quando você compara com, por exemplo, o campo de Estudos do Jornalismo. O Jornalismo é uma carreira, e conta com número de grande de pesquisadores. Assim como Publicidade, Cinema etc. O nosso caso é um enfoque que está legitimado dentro campo comunicacional com raízes antigas. Inclusive, dentro do campo internacional da comunicação. Entretanto, é uma perspectiva que está limitada em relação ao número de alunos e de pesquisadores. Ainda assim, é um campo que tem crescido muito.

Eu poderia dizer que nós enfrentamos uma situação parecida com os Estudos Culturais. Apesar de que os Estudos Culturais têm muito maior penetração porque no campo da comunicação as metodologias ligadas à antropologia e aos Estudos Culturais tiveram maior consolidação. Também porque na América Latina, os estudos de recepção, de telenovelas etc. acabaram ganhando relevância muito grande. No entanto, a Economia Política tem crescido em função do impasse que os Estudos Culturais e de Recepção acabaram chegando. Eu acredito que a questão da crise global e internacional favorece a procura de um grupo bem situado teoricamente como é o nosso.

Em relação aos grupos espelhados pelo país, podemos dizer que esses grupos novos que vão surgindo já são consequência do nosso trabalho. O grupo do Piauí, por exemplo, é um grupo já bastante conhecido. Quem iniciou os estudos de EPC naquele estado foi a Jacqueline Dourado, que foi orientanda do Valério Brittos e que criou um foco de estudos de Economia Política. Em Alagoas, aconteceu algo parecido, um grupo de estudantes que procurou a mim e ao professor Valério, e a partir daí começou a se organizar. Você tem no Brasil todo grupos desse tipo. E são esse grupos que nós articulamos e pretendemos articular de forma mais intensa.

Essas pessoas participam frequentemente, em eventos nacionais e internacionais, dos grupos de Economia Política da Comunicação. Nós temos gente hoje em São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí, Alagoas, Pernambuco. No Brasil todo há grupos interessados em discutir a questão da Economia Política. Se você somar com os pesquisadores que são da área de Políticas da Comunicação, vai ver que existe uma interlocução muito grande. Muitos pesquisadores dessa área que acabam se inserindo na área de Economia Política da Comunicação. Eu concordo que são pequenos grupos, mas, ainda assim, são grupos de pesquisa extremamente produtivos.

Chamada de trabalhos para o XV Seminário OBSCOM/CEPOS

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Nos dias 19 e 20 de abril de 2017, o Observatório de Economia e Comunicação da Universidade Federal de Sergipe (OBSCOM/UFS) realiza o XV Seminário OBSCOM/CEPOS. A chamada para resumos expandidos está aberta até 03 de fevereiro.

Com o tema “Economia Política, Comunicação e Africanidades”, o Seminário objetiva reunir estudantes, pesquisadores e professores para discutir o papel no campo da comunicação da Economia Política da Comunicação e da Cultura (EPC), e do pensamento crítico em geral, no estágio atual do capitalismo.

Chamada de trabalhos

O modelo do resumo expandido está disponível para download no link: https://goo.gl/OOWiOY. Os resumos devem ser enviados para o e-mail obscomufs50@gmail.com até 30 de janeiro de 2017.

A comissão organizadora do evento abre chamada para envio de resumo expandido dos investigadores que pesquisam com base em temas gerais que vêm sendo abordados nos Seminários OBSCOM/CEPOS nos últimos anos: Indústrias Culturais (Cinema, Televisão, etc.); Economia Política do Jornalismo; Políticas culturais e Economia Política da Cultura; Trabalho, representação popular e política; Políticas de comunicação; Comunicação pública, popular ou alternativa; e Temas emergentes e afins à Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura. É importante pontuar que poderão ser apresentados projetos de pesquisa em andamento ou concluídos (teses, dissertações, monografias, entre outros).

As inscrições gratuitas para participar das atividades, com direito a certificado, serão realizadas somente no local do evento.

Lançamento da chamada: 30/11/2016
Prazo para envio do resumo expandido: 30/01/2017
Data de divulgação dos aceites: 10/02/2017

Confirme sua presença no evento do facebook: https://www.facebook.com/events/1149915808377510/