Revista Comunicação & Educação recebe artigos em fluxo contínuo

educomunicação

A Revista Comunicação & Educação está aberta, em fluxo contínuo, para o envio de artigos, ensaios, experiências e resenhas para as próximas edições. A revista, editada pelo Departamento de Comunicações e Artes (CCA/ECA) da Universidade de São Paulo, é uma publicação semestral, Qualis B2, voltada para as inter-relações Comunicação/Cultura/Educação. Além disso, é um dos principais veículos de estudo e pesquisa no campo da Educomunicação.

A Revista não é temática, a pauta é feita de acordo com o tema das colaborações recebidas e pertinentes à área de atuação da revista.

São aceitos artigos originais e inéditos de doutores. Também são aceitos artigos de doutorandos, mestrandos e mestres desde que em coautoria com um doutor.

Os textos apresentados em Congressos, Simpósios e Seminários são aceitos, com a condição de estarem estruturados em forma de artigos, serem inéditos e estarem de acordo com as normas de publicação.

A avaliação e aceitação são feitas com base na originalidade, significância e contribuição científica. Os trabalhos são examinados através do sistema blind review, em que os autores não são identificados pelos pareceristas em nenhuma fase da apreciação.

A submissão deve ser feita exclusivamente por meio do endereço eletrônico http://revistas.usp.br/comueduc/index

As diretrizes para autores e condições para submissão encontram-se em: http://revistas.usp.br/comueduc/about/submissions#onlineSubmissions

I Congresso Internacional de Cultura: Culturas em Movimento

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Está com chamada de artigos aberta até 30 de junho, o 1º Congresso Internacional de Cultura, fruto de uma colaboração entre a Universidade da Beira Interior (UBI), através da Faculdade de Letras e do seu Curso de Ciências da Cultura, e a Universidade Federal da Bahia. A primeira edição do Congresso será realizada entre os dias 27 a 29 de outubro de 2015, na UBI, em Covilhã-Portugal.

SUBMISSÃO DE PROPOSTAS

Resumo: Até 1500 caracteres; 4 a 6 palavras-chave; enviado até o dia 30 de junho. A notificação de aprovação será informada até o dia 15 de julho.

Texto Completo: Até 20 mil caracteres, espaços incluídos, com margem de três centímetros e em Arial tamanho 12, a ser enviado até o dia 30 de setembro.

Tanto os resumos como os textos completos deverão ser submetidos através do e-mail culturasemmovimento@labcom.ubi.pt

Os trabalhos devem estar incluídos em alguma das seguintes áreas temáticas: Cultura e Desenvolvimento; Cultura, Tecnologia e Sociedade; Cultura, Diversidade e Identidades; Gestão e Políticas Culturais; Cultura e Discursos Mediáticos; Cultura e Expressões Artísticas; Cultura e Indústrias Criativas; e Cultura, Gênero e Sexualidade.

EVENTO

Como o indica, desde logo, o nome escolhido para este I Congresso Internacional de Cultura: Culturas em Movimento, ele pretende tratar a cultura como um fenômeno simultaneamente singular – a Cultura – e plural – as Culturas.

No entanto, mesmo que a globalização nos apareça, hoje, como uma espécie de fatalidade histórica, não é fatalidade histórica a hegemonia de uma cultura sobre outras. A cultura foi sempre um espaço aberto a lutas, a trocas, a negociações – e não antevemos razões para que não continue a sê-lo.

Não admira, assim, que a cultura se tenha tornado um tema e um problema central do nosso tempo. Essa centralidade revela-se, também, nas áreas temáticas deste Congresso, que incluem o desenvolvimento, a tecnologia, as políticas culturais, os media, a arte, as indústrias criativas ou o gênero e a sexualidade. Cada uma dessas áreas propiciará, certamente, um bom espaço para discutir tendências como a hegemonia e a contra hegemonia, a mudança e a conservação, o intercâmbio e o isolamento, o conflito e o diálogo.

Mais informações: http://www.culturasemmovimento.ubi.pt/

Bolsas para doutorado em Comunicação em Portugal

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No ano letivo de 2015/16, a Faculdade de Artes e Letras (FAL) da Universidade da Beira Interior (UBI), de Covilhã-Portugal, irá financiar três bolsas de investigação e doutoramento, no âmbito da candidatura ao 3º ciclo de estudos em Ciências da Comunicação apresentada por estudantes que venham a enquadrar os seus trabalhos de investigação doutoral nas atividades da Unidade de Investigação LABCOM.IFP (Laboratory of Online Communication).

As bolsas de investigação pretendem proporcionar, a alunos de Doutoramento de reconhecido mérito, um apoio ao desenvolvimento dos seus trabalhos de investigação em Ciências da Comunicação no LABCOM.IFP, unidade de I&D integrada na Faculdade de Artes e Letras e reconhecida pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), bem como incentivar a preparação de candidaturas a Bolsas de Doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

As bolsas terão o valor anual de 3000 (três mil) euros cada e destinam-se a alunos de Doutoramento matriculados no 1º ano do Curso de 3º ciclo em Ciências da Comunicação da Universidade da Beira Interior. Os candidatos aos quais forem concedidas as bolsas serão financiados por um período de dez meses, com início em 1 de outubro de 2015 e término em 31 de Julho de 2016, podendo a bolsa ser em prestações mensais ou, excecionalmente, noutra modalidade a definir conforme os casos.

Poderão candidatar-se às Bolsas de Investigação FAL-LABCOM 2015/16 os titulares de um mestrado na área científica das Ciências da Comunicação que se candidataram ao Curso de 3º Ciclo de Ciências da Comunicação da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior e tenham sido colocados pela Comissão do Curso. É ainda condição de elegibilidade a disposição dos candidatos para desenvolver a sua investigação doutoral no âmbito das linhas de investigação do LABCOM.IFP: Ética e Política; Informação, Media e Sociedade; e Cultura e Novas Humanidades, tendo sempre como orientadora a matriz disciplinar das Ciências da Comunicação.

Critérios de seleção

Aplicar-se-ão os critérios de seleção e seriação dos candidatos ao Curso de Doutoramento em Ciências da Comunicação da UBI, que constam do respetivo Regulamento, acrescidos dos dois critérios seguintes:

• Média de curso obtida no 1º ciclo de estudos não inferior a 14. (Em caso de diplomas não portugueses proceder-se-á a um cálculo de equivalência);

• Motivação e capacidades de trabalho em equipa de investigação, a averiguar através de carta de intenções e de entrevista. (No caso de candidatos com residência fora de Portugal a entrevista poderá ser feita por teleconferência).

Propostas de candidatura

As propostas de candidatura deverão incluir:

• Carta a formalizar a candidatura às bolsas de investigação/doutoramento FAL-LABCOM.IFP 2015/16. Nesta carta o candidato deve declarar estar disposto a integrar-se numa das linhas de investigação do LABCOM.IFP. (Nota: não é necessário indicar já um tema ou projeto específico de Tese).

• Comprovativo de candidatura ao 1º ano do Curso de Doutoramento em Ciências da Comunicação da UBI.

Prazo e recepção de candidaturas

Todas as candidaturas deverão ser enviadas até ao dia 30 de Setembro de 2014 (data do último dia da 3ª fase de candidatura), para o seguinte endereço de correio eletrônico: pserra@ubi.pt.  Os candidatos serão notificados da decisão até ao dia 9 de outubro de 2015.

Seleção dos candidatos

Os candidatos à bolsa serão selecionados por um Júri constituído pelos membros da Comissão do Curso de Doutoramento em Ciências da Comunicação da UBI. Da decisão do júri não cabe recurso. A seleção dos candidatos só produz efeitos a partir da efetivação da matrícula no curso e com a assinatura presencial do Termo de Compromisso, dentro dos prazos legais.

Para mais informações, contactar Dr.ª Mércia Pires, Secretária da Faculdade de Artes e Letras, pelo e-mail: mercia@ubi.pt.

O estado da arte das Políticas Públicas para o Audiovisual no Nordeste e no Brasil – Entrevista com André Araújo

andréPor Paulo Victor Melo*

Durante quatro dias, a cidade de Salvador, capital da Bahia, se tornou o palco de encontro entre produtores, realizadores, estudantes, pesquisadores e outros agentes culturais do Nordeste interessados no universo das políticas do audiovisual. Com o objetivo de fomentar o mercado de produção audiovisual nordestino e estimular o debate sobre estratégias de fortalecimento e inserção da produção regional em escala nacional, o Nordeste.LAB, que aconteceu entre os dias 20 e 23 de maio, discutiu questões como interfaces entre audiovisual, novas tecnologias e inovação e modelos de negócio; promoveu espaços de troca de experiências e networking; e possibilitou o diálogo entre produtoras e programadoras, por meio de rodadas de negócios, dentre outras atividades.

Para entender o que foi discutido durante o evento e para compreender a realidade das políticas para o audiovisual na região Nordeste e no país, a Rede EPTIC entrevistou André Araújo, produtor cultural, mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia, com pesquisa na área de economia do cinema, e um dos coordenadores gerais do Nordeste.LAB.

Na entrevista, André refletiu sobre o cenário da produção audiovisual no Nordeste, analisou as políticas públicas contemporâneas para o audiovisual no Brasil, como a Lei 12.485, e discutiu as possibilidades e limites do diálogo entre produtoras e programadoras.

André falou ainda sobre a presença do cinema brasileiro na televisão, com destaque para a concentração dos processos de produção e distribuição pelas Organizações Globo, sobre o papel das TVs Públicas para o escoamento da produção audiovisual e apontou desafios e perspectivas para a produção acadêmico-científica voltada à área das políticas públicas do audiovisual.

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Portal EPTIC – O NordesteLAB reuniu produtores e realizadores audiovisuais de toda a região Nordeste para troca de experiências e projetos. De um modo geral, quais desafios foram apontados para a produção audiovisual na região?

André Araújo – Nos últimos anos, a produção nordestina ganhou visibilidade por conta do incremento da produção e pela participação e premiação de filmes daqui em festivais. Entretanto, se verificarmos o montante de recursos federais que foram direcionados para produtoras com sede na região Nordeste em detrimento de produtoras sediadas no eixo Rio-São Paulo, veremos que a disparidade no fomento à produção dessas diferentes regiões ainda continua bastante elevada.  Segundo dados da própria Ancine, entre 1995 e 2013, Rio e São Paulo concentraram cerca de 90% de recursos, um nível de concentração que precisa ser discutido e enfrentado tomando-se a regionalização e a descentralização da produção enquanto prioridades efetivas para o setor.

Entretanto, sabemos que essa ampliação quantitativa e qualitativa da produção nordestina passa pela priorização de ações de outras naturezas, como a ampliação de ações de formação (técnica e na formação de agentes de mercado, como produtores executivos e distribuidoras); o estímulo ao trabalho em rede entre os agentes da região; e a necessidade de conseguirmos acompanhar o desenvolvimento do nosso mercado através de indicadores e mecanismos de  acompanhamento processual, apenas para citar alguns desafios que temos de enfrentar.

Representantes de players e programadoras também participaram do NordesteLAB. A partir da experiência das rodadas de negócio durante o encontro, mas também do ponto de vista da discussão mais permanente, qual o estado da arte do diálogo entre produtores nordestinos e programadoras, que, em geral, estão situadas nesse eixo Rio-São Paulo?

Percebemos que ainda existe um distanciamento entre as produtoras nordestinas e as programadoras localizadas em outras regiões do país. E o distanciamento geográfico é uma justificava importante para entendermos essa dificuldade da produção local ser escoada. Com a proximidade entre produtoras do eixo Rio-SP com os escritórios das principais programadoras e agentes de financiamento do país, sabemos que existe lá um ambiente muito mais propício para diálogo e fechamento de negócios. Por isso, pretendemos reduzir essa distância justamente a partir do fortalecimento de eventos de mercado locais, e também tentando incentivar a participação de produtoras locais em eventos de mercado de amplitude nacional e internacional.

Dados da ANCINE mostram que apenas no mês de abril mais de mil produtoras se registraram na Agência, sendo 10% do Nordeste, e que, em termos de salas de exibição, a região cresceu 50% nos últimos cinco anos. Você acredita que a política pública nacional tem apontado para uma descentralização efetiva no segmento ou ainda é necessária uma política mais incisiva que dê conta de valorizar e democratizar o que é produzido tanto no Nordeste quanto nas demais regiões do país?

Nos últimos anos a descentralização da produção tem sido colocada como um ponto importante nas políticas de fomento ao setor, com a criação, por exemplo, de editais e cotas específicas para determinados estados/regiões, mas acredito que ainda não temos a regionalização/descentralização como prioridade estratégica.

Além disso, acredito, também, que políticas locais e regionais, implementadas pelos próprios estados do Nordeste, são primordiais para que a produção dessa região seja fortalecida. O papel da ANCINE e da SAV [Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura] nesse processo é importante, mas sem ações locais que complementem e fortaleçam políticas dessa natureza – por exemplo, com o fortalecimento de mecanismos locais de financiamento, políticas de fortalecimento de produtoras e de outros segmentos da economia do audiovisual, políticas de formação continuada de técnicos/profissionais, dentre outras – essa descentralização não irá ocorrer de fato.

A meu ver, defenderia a adoção de duas políticas para estimular a produção local: o estabelecimento de cotas efetivas de participação de produtoras de outras regiões (para além do Sudeste) dentro do tempo de veiculação obrigatória de produção independente pelos canais fechados, trazida pela Lei 12.485/2011. E o estímulo à regionalização da produção através da obrigatoriedade de veiculação de produção local independente nas TV’s abertas em todo o Brasil, tendo em vista que a maior parte das TV’s locais ficam presas à programação das chamadas “cabeças de rede”.

E no que diz respeito à ampliação da diversidade de produtores dentro da própria região Nordeste? Também há uma tendência à concentração dentro da região?

Mesmo na região Nordeste, percebemos que alguns estados se sobressaem em detrimento de outros. Estados como Bahia, Pernambuco e Ceará têm adotado ações mais fortes de fomento ao setor, apesar de ainda serem insuficientes (cada estado tendo pontos fortes e pontos frágeis). Se tomarmos a Bahia como exemplo, percebemos que realizadores do interior do estado tem criticado um “soteropolicentrismo” da produção, fazendo referência à concentração de recursos na capital, Salvador. Ou seja, quando falamos em descentralização e diversidade, estamos abordando um universo muito mais complexo que a divisão regional brasileira, e apenas políticas nacionais e locais interligadas podem proporcionar uma produção mais diversa, tanto do ponto de vista cultural quanto do ponto de vista econômico.

Ainda no que diz respeito à política pública nacional, mais precisamente na questão do financiamento e das questões legais e normativas, como está o audiovisual brasileiro em comparação com outros mercados?

Em relação ao financiamento, estamos num momento interessante, pois nunca houve tanto recurso voltado para o setor na história do país. Acredito que essa política de estímulo e fomento possibilite a ampliação dos agentes de mercado e, naturalmente, a demanda por recursos também acabará crescendo no mesmo ritmo. O desafio para o setor, então, do ponto de vista do fomento à produção, é que o volume de recursos não fique estagnado nos próximos anos.

Mas, para além do volume de recursos, vejo dois principais problemas a serem atentados: em primeiro lugar, o aprimoramento nos mecanismos de tramitação e avaliação dos projetos pela ANCINE, pois há uma crítica recorrente em relação à demora na avaliação dos projetos e na liberação dos recursos para projetos. E outra questão é o estímulo a outros segmentos do setor, como a distribuição e a exibição, que também são atendidas por mecanismos específicos, mas ainda não na mesma proporção que o setor da produção/ realização.

Outros dados, também da ANCINE, mostram que 21% dos filmes exibidos na televisão aberta brasileira são nacionais. No que diz respeito ao escoamento da produção via TV, a concentração também se verifica ou há uma política de descentralização?

Esses números não podem ser enxergados e analisados sem uma analise qualitativa, especialmente de três aspectos: quais filmes são esses? Quem produz esses filmes? E onde esses filmes são veiculados? Três questões que são intimamente relacionadas entre si, pois uma análise mais detalhada dessa questão talvez confirme uma impressão minha que a maior parte desses filmes são veiculadas na Rede Globo, coproduzidas pela Globo Filmes, e produzidas por produtoras que possuem relação direta com a Rede Globo. Além dela, apenas a EBC (através da TV Brasil), dentre as TV’s abertas de alcance nacional, possui hábito de exibir cinema brasileiro. Em outras TV’s como a Record, o SBT, ou a Bandeirantes, o cinema brasileiro praticamente não existe. Então, falar de concentração parece até redundante. A ocupação do cinema brasileiro na TV aberta ainda é uma bandeira importante, especialmente se for aliada com o estímulo à inserção da produção independente nacional nessas janelas de exibição.

A Lei 12.485, em vigor desde o final de 2011, estabelece cotas de produção nacional e independente na televisão por assinatura. Qual a sua avaliação até aqui sobre a implementação da Lei? Em que medida ela tem contribuído para potencializar, de fato, a produção audiovisual independente em nosso país?

De forma geral, a avaliação é positiva. Todos os agentes do campo audiovisual – sejam produtoras, sejam programadoras, seja a própria ANCINE – ainda estão apreendendo a lidar com essa nova conjuntura. Mas percebemos que a aprovação e regulamentação dessa lei tem sido um fator importante para fortalecer o setor e estimular a entrada de novos agentes, pois existe uma demanda concreta para ocupação desse espaço. O esforço dos agentes locais – pensando enquanto Nordeste – deve ser, então, o de disputar sua entrada nesse espaço, avaliando inclusive, a meu ver, a criação de cotas de produtos regionais dentro do tempo obrigatório. Ainda estamos no começo da implementação da lei e precisamos acompanhar de perto os seus impactos, inclusive através desses pontos de vista: o do fomento à produção independente e o do incremento de outros centros de produção.

Sobre a Televisão Pública, um dos seus papéis é, justamente, o de dar vazão ao que é produzido de forma independente pelos quatro cantos do país. Esse papel vem sendo desempenhado de forma satisfatória pela TV Brasil e pelas emissoras públicas estaduais?

No Nordeste.LAB, por exemplo, a TV Brasil foi um dos principais players presentes, dispostos a licenciar produtos prontos. Isso é algo importante, pois sabemos que existe uma grande quantidade de longas e curtas metragens finalizados, e que pouco foram exibidos em janelas de grande visibilidade, como a TV. Do ponto de vista local, o Irdeb [TV pública da Bahia] lançou um edital de licenciamento há pouco menos de dois anos, uma iniciativa interessante para ocupação da sua grade de programação por produções locais. Não sei até que ponto essa ação se converteu no efetivo licenciamento de produtos, mas as TV’s públicas estaduais, certamente, poderiam cumprir um importante papel para desenvolver produções locais, saindo de uma lógica de produtora de conteúdo, e passando para um papel de transmissora de conteúdo produzido por produtoras independentes.

E no que diz respeito à pesquisa científica, qual o espaço que o tema das Políticas Públicas para o Audiovisual tem ocupado nas universidades brasileiras? Quais são os principais desafios nesse aspecto?

Ao mesmo tempo em que é necessária uma analise interdisciplinar entre os campos do cinema, da economia, da administração e das ciências sociais – apenas pra citar alguns exemplos – para se entender a dinâmica de políticas de fomento ao setor, essa é uma área de estudos que acaba sendo negligenciada por todos esses campos. Se verificarmos os anais do principal congresso de estudos em cinema do país – o encontro da Socine [Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual] – perceberemos que os estudos voltados para a dinâmica produtiva e a análise de políticas públicas ocupam a minoria do espaço da programação. Isso não quer dizer que não existam pesquisas e grupos dedicados a esse universo, que se localizam especialmente no campo da economia política da comunicação e da cultura – especialmente atentos aos processos de regulamentação do campo da radiodifusão e da internet no país – e em algumas iniciativas de grupos de estudos em economia da cultura. Mas são ainda insuficientes para termos um panorama analítico mais complexo.

O Observatório do Cinema e Audiovisual (OCA) da ANCINE tem grande importância para a divulgação de analises e pesquisas de acompanhamento de mercado, mas percebemos que sua capacidade de produção de dados mais regionalizados ainda é pequena. Recentemente, a iniciativa de implementação de Observatórios da Economia Criativa, numa parceria entre Ministério da Cultura e diferentes instituições de ensino superior do país, aparece como um sopro interessante no estímulo à produção de pesquisas locais, mas poucos foram implementados até o momento. Ou seja, o campo da economia e das políticas públicas para o setor ainda são um grande universo a ser explorado.

Por fim, nos fale como o Nordeste.LAB terá continuidade e quais as suas perspectivas.

Durante o processo de produção do Nordeste.LAB, sempre apontamos que essa seria uma plataforma de encontros, seja entre produtoras e outros agentes de mercado; seja em espaços de formação; seja no estímulo ao trabalho em rede. Assim, acreditamos que a continuidade do Nordeste.LAB perpassa pela ampliação desse objetivo, com o aumento no número de participantes tanto da Bahia quanto de outros estados do Nordeste, quanto pela ampliação de espaços de formação e comercialização. Felizmente, nessa primeira edição já conseguimos ter participantes de 8 dos 9 estados da região, e ela serviu para testarmos formatos e termos uma melhor dimensão das demandas do segmento audiovisual. Estamos em processo de avaliação dos resultados, mas nossa intenção é que ele se torne uma ação anual, tendo atividades preparatórias de formação e um evento de culminância. Aliado a isso, também estamos discutindo a realização de uma ação específica voltada para o campo de pesquisa, articulando academia e agentes do setor a partir de um mapeamento mais sólido do mercado regional, a construção de indicadores e mecanismos de acompanhamento do mercado.

 

* Paulo Victor Melo é jornalista, mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), doutorando em Comunicação e Cultura Contemporâneas na Universidade Federal da Bahia (UFBA)  e integrante do grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS), vinculado à Rede Eptic.

Prazo para ULEPICC/ICOM estendido até o dia 30 de junho

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O Comitê Acadêmico do VIII Encuentro Internacional de Investigadores y Estudiosos de la Información y la Comunicación (ICOM 2015) decidiu estender até o dia 30 de junho o prazo de envio de resumos para os trabalhos do evento, que se encerraria no dia 15. O encontro ocorrerá em Havana, Cuba, de 7 a 11 de dezembro, junto ao Congresso da Unión Latina de Economía Política de la Información, la Comunicación y la Cultura (ULEPICC).

PROCEDIMENTOS PARA ENVIO

  1. Para realizar um envio é necessário registrar-se previamente no sistema acadêmico do evento, acessando: http://www.icomcuba.com/user/register
  2. Uma vez registrado, deve marcar as opções envio ou agregar conteúdo;
  3. O documento do resumo (e logo o trabalho completo) se denominará da forma seguinte: Comissão (Eixo Temático)_primeiro sobrenome do autor principal_dia_ mês_ano.

Exemplo, um trabalho que se envie à Comissão 2.5 Comunicación, información, inclusión y cambio social, no dia 15 de junho de 2015, se deverá nomear como segue: 2.5_Rodríguez_Juan_15_06_2015.

O Comitê Acadêmico notificará a recepção de cada resumo de trabalho por e-mail, num prazo não maior que 72 horas, e informará sobre seu aceite ou não nos prazos previstos (até o dia 15 de julho), sem que isso exclua a possibilidade de participação.

Qualquer situação a respeito, pode enviar seus comentários ao e-mail: icomcuba2015@fcom.uh.cu

 

Mais informações no site do evento: http://www.icomcuba.com/

Audiência e mediação: tudo junto e misturado no programa Esquenta!

Esquenta_2011Por Bruna Távora*

O ano de 1995 definiu uma nova configuração para o mercado brasileiro de televisão aberta, pois é quando se expande o mercado de TV segmentada, popularizando o acesso à multiplicidade de canais da TV por assinatura. Isto provocou a migração do público com maior capacidade econômica para essa última, alterando o perfil da programação da TV aberta, que se volta para uma perspectiva de caráter popular.

Assim, a constituição da programação das emissoras em geral, e da TV Globo em específico, percebe-se um aumento na visibilidade dos setores populares, o que vem gerando diversas perspectivas de abordagem, e cujo programa dominical Esquenta! foi/é um exemplo. Gerador de opiniões controversas, o Esquenta! ora é ovacionado pelas pesquisas em cultura, que afirmam seu lugar de portador de diferenças em meio a uma programação encharcada do sangue dos programas policialescos e das migalhas do assistencialismo social de programas tipo Caldeirão do Huck, ora é rechaçado pelos setores mais conservadores que não lidam bem com a presença de trabalhadores culturais negros e de origem pobre que protagonizam a atração do domingo.

Nossa perspectiva aqui em questão não se associa às tendências acima citadas, e buscou uma interpretação para explicar esse perfil de programação sob a perspectiva da Economia Política da Comunicação e da Cultura (EPC).

As mudanças

Além da diversificação tecnológica dos meios de distribuição do conteúdo, deve-se destacar que a chegada dos anos 2000 e do governo Lula também cumpriram um papel importante no interesse dos anunciantes por esse setor da população, o que possibilitou o investimento no programa aqui mencionado. A ampliação das políticas de transferência de renda permitiam a implementação limitada do consumo dos setores populares aumentando o poder de compra desta audiência, principalmente no que toca aos bens domésticos, eletrônicos e de varejo. A partir de então, se observa que “a visibilidade dos pobres se fez notar com muita força no cinema, na TV e na música, tanto na produção sustentada pelo mercado quanto nas políticas culturais do governo federal” (ROCHA, 2013, p. 572).

Já em 2009, o diretor-geral da emissora à época, Octavio Floribal, concedeu entrevista ao jornalista Maurício Stycer confirmando o cenário apresentando e justificando que as modificações na programação partiram da necessidade da TV em se direcionar para a emergente “classe C”, destacando que a grade ficaria “um pouco mais popular, sim, mas sem perder qualidade”.

As classes C, D e E têm mais presença, mais opinião. Eles ascenderam. Têm um jeito próprio de ser. Você tem que atendê-los melhor. Eles têm que estar mais bem representados e identificados na dramaturgia, no jornalismo. Antes, você fazia uma coisa mais geral. Hoje, não. Esta discussão está presente na Rede Globo. E todos nós estamos, de uma maneira geral, aprendendo.¹

Para preservar a capacidade de inserção e legitimação entre o público que compõe esta audiência, a empresa vem implementando novas estratégias de mercado na TV de massa, cujo objetivo é reacomodar a programação para atender a esse perfil do público. Ou seja, a programação passará a voltar-se, crescentemente, para a faixa de audiência popular, setor que até esse momento contava como número, mas importava menos da perspectiva dos anunciantes, visto sua baixa capacidade de compra.

Do ponto de vista econômico, desde o Plano Real, os segmentos do mercado situados mais abaixo na pirâmide passaram a contar decisivamente para as empresas, provocando uma corrida por este tipo de audiência na TV e no setor publicitário, processo intensificado no começo do século XXI pelo aumento dos níveis de emprego, do valor do salário mínimo e pelas políticas sociais (ROCHA, 2013, p. 572).

A inclusão pelo consumo levou a um aumento do interesse pelo segmento de mercado constituído por esse setor populacional ampliando, graças ao incremento limitado de sua capacidade de compra, sua importância na dinamização das vendas. Assim, com novas estratégias de marketing, os anunciantes passam a investir no “fenômeno da nova classe C”. Com as modificações, uma fatia do mercado passa a se interessar por esse público, o que exige modificações na programação das mídias massivas que veiculam a publicidade financiadora das emissoras. Assim, a TV Globo na fase da multiplicidade da oferta (BRITTOS, 2001) se voltará para a constituição de uma programação orientada para essa “nova classe média”, visando preservar sua posição no mercado.

Para implementar essa estratégia de mudança da programação, será necessária uma renovação e diferenciação do padrão tecnoestético consolidado. Deste modo, uma série de experimentos encabeçados principalmente pelo setor experimental da emissora, o Núcleo Guel Arraes (Central da Periferia, Palace II, Muvuca, dentre outros), apresentam como síntese o Esquenta!. Também tanto o jornalismo, quanto as telenovelas ganham ares diferenciados, buscando o diálogo com este setor populacional. Na “faixa nobre” (19h – 22h), a estratégia diante dessa nova “classe média” teve início no ano de 2012, com o lançamento das novelas Cheias de Charme e Avenida Brasil. Embora os experimentos voltados para atingir esse setor da população já vinham sendo implementados desde, pelo menos, o lançamento do filme Cidade de Deus (2002), que tem em seu elenco trabalhadores culturais das periferias, é na programação das telenovelas que a estratégia se faz notar.

De um modo geral, no mercado televisivo, a programação que se volta para os setores de menor faixa de renda apresenta um mau gosto estético concentrado em reality shows, programas de auditório ou jornalismo policialesco, com exacerbação de imagens que exploram a violência social, as mazelas da vida privada e a precariedade dos sistemas públicos de assistência, privilegiando a “tragédia e a pobreza dos mais desassistidos que são abordadas como show, sob o manto da prestação de serviços” (BRITTOS, 2001, p. 288).

Justificado ainda pela desculpa “de que o povo gosta”, a real explicação é aquela já sabida e óbvia: esse tipo de programação é implementada não pelo gosto da população (visto sua grande heterogeneidade) mas pela necessidade de baixar custos e produzir conteúdo sem contratos de trabalho, com não-atores e em esquemas flexíveis. Embora esse tipo de programação garanta o corte dos gastos com a produção televisiva, sua implementação generalizada interferiria diretamente no padrão tecnoestético da TV Globo, desafiando suas barreiras à entrada “erguidas tendo em vista públicos massivos, mas sem privilegiar o popularesco” (idem, p.288).

Além disso, mostram-se pouco funcionais às estratégias do capital que, em seu conjunto, devem dinamizar discursos sobre o trabalho que se voltam para “valorização do trabalhador” (FRIGOTTO, 2010, p. 160), buscando sua integração a um mercado de trabalho demandante de habilidades como empreendedorismo e criatividade. Algo inversamente operado pelo conjunto do padrão popularesco, que tende à humilhação e à apresentação das mazelas sociais e dos dramas pessoais, mas muito bem realizado por programas tipo Esquenta!, cujo roteiro sempre enfatiza as habilidades criativas e os casos particulares de membros da periferia que ascenderam socialmente, numa espécie de pedagogia para o “novo” mundo do trabalho. Este, que por não poder mais garantir condições mínimas de inserção profissional, passa a demandar novas habilidades profissionais, cuja criatividade e cultura são motes largamente apropriados, seja pelos discursos do empreendedorismo cultural, seja pelas políticas estatais da economia criativa.

É nesse sentido, que na perspectiva da EPC, os produtos culturais tipo Esquenta! cumprem duas funções principais: dialogar com os setores populares e fidelizar a audiência para garantir o financiamento da programação da TV aberta e também atuar na mediação dos discursos do capital para o trabalho (BOLAÑO, 2012; BRAGA, 2015), criando as condições para uma integração desse setor populacional à dinâmica do sistema econômico. Para que a mediação entre a empresa e a sua audiência se efetive, evidentemente, sua programação não pode orbitar em elementos vexatórios e humilhantes, mas terá sim que projetar seus referenciais culturais e seus valores.

É nesse contexto que o funk, o samba, o hip-hop e diversos outros referenciais culturais das periferias que já se viabilizavam economicamente, e já movimentavam economias em seus locais de origem, são incorporados, contratados e apropriados pela emissora servindo de matéria-prima para suas produções. Além disso, a estratégia crescente é a contratação de trabalhadores culturais desse extrato populacional, o que possibilita a incorporação de suas aprendizagens e suas temáticas, e garante o desenvolvimento, em menor tempo e a um menor custo, de uma programação voltada para esta audiência.

Assim, revestida de um senso ideológico, que, ao final, busca associar o papel da emissora como uma espécie de merchandising social e serviço público, a programação se reorganiza para atender a uma nova fisionomia mercadológica que, por fim, atende a essas duas demandas do capital: dinamizar o mercado consumidor e o investimento dos anunciantes da emissora e contribuir para a preparação de uma mão de obra profissional para o setor de serviços e empreendedorismo. Mesmo sem abrir mão das formas populares como no caso dos reality shows e de programas do tipo Zorra Total, a reorganização da programação da Globo evitará a exploração dessas formas, procurando assim desenvolver programas inovadores, voltados para “a classe C”, sem, contudo, afastar-se muito do auto-denominado “Padrão Globo de Qualidade”.

Essa mudança será amparada por temáticas relacionadas à diversidade cultural que marca a lógica cultural do capitalismo em sua fase atual explorando temas como a diferença, o multiculturalismo e, especificamente a “mistura”, no caso aqui estudado. É essa a explicação aqui sugerida para entender porque a emissora passa a implementar programas voltados paras as faixas populares que apresentam como matéria-prima a diversidade cultural da população em uma perspectiva de visibilidade afirmativa (ROCHA, 2008) e cujo Esquenta! é apenas um dos exemplos.

Referenciais citados

BOLAÑO, César. Campo Aberto. Mimeo. 2012

BRAGA, William Dias. Novas identidades para o novo mundo do trabalho através da Cultura: o velho mantra do capitalismo revisitado. Eptic Online – Revista Electrónica Internacional de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación. ISSN 1518-2487. Vol. XVII, n.1. Jan.–Abr. 2015.

BRITTOS, Valério. Capitalismo contemporâneo, mercado brasileiro de televisão por assinatura e expansão transnacional. Tese de doutorado, UFBA, 2001

ROCHA, Maria Eduarda. O Núcleo Guel Arraes e a reconstrução da Imagem da TV Globo; Guel Arraes: leitura social de uma biografia. In: FECHINE, Yvana. FIGUEROA, Alexandre (Orgs). Guel Arraes. Um inventor no audiovisual brasileiro. Recife: Ed. CEPE, 2008

_______. Em busca de um ponto cego: notas sobre a sociologia da cultura no Brasil e a diluição da mídia como objeto sociológico. Revista Sociedade e Estado. Vol. 26, n. 3, Set.-Dez. 2013.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. São. Paulo: Ed. Cortez, 2010

1 Entrevista concedida ao jornalista Maurício Stycer, disponível em http://televisao.uol.com.br/ultimas-noticias/2011/05/09/globo-muda-programacao-para-atender-a-nova-classe-c.jhtm. Acesso em 20/11/2014.

* Bruna Távora é professora substitua do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e mestre em Comunicação e Sociedade pela UFS e membro do grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS).

Mesa em Maceió apresenta a aplicação da EPC aos estudos sobre rádio

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O Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (CAIITE 2015) terá na manhã da quarta-feira (17) uma mesa dedicada aos estudos da Economia Política da Comunicação. Como está no subtema, “Introdução teórica e propostas de estudos sobre o rádio em Alagoas”, o espaço propõe apresentar os estudos deste subcampo comunicacional, mostrando possíveis aplicações ao se analisar o mercado de rádio alagoano. A mesa ocorrerá na Sala Pandeiro, no Centro de Convenções, a partir das 9h.

O espaço terá como debatedores Anderson Santos, jornalista, mestre em Ciências da Comunicação e professor da Unidade Santana do Ipanema da Universidade Federal de Alagoas (UFAL); e Bruno Silva dos Santos, jornalista e mestre em Serviço Social. Ambos fazem parte do núcleo de Estudos em Crítica à Economia Política da Comunicação (CEPCOM) e são pesquisadores vinculados ao grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS/CNPQ/UFS).

Com origem em tempo semelhante aos Estudos Culturais na América Latina, a Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (EPC) seguiu com a base marxista para suas análises, que compreendem o estudo das relações de poder que envolvem a produção, a distribuição e o consumo de bens simbólicos. Eixo teórico-metodológico interdisciplinar, a EPC propõe estudar os mercados midiáticos sob uma perspectiva de transformação social radical, atuando também nas instâncias envolvidas com a necessidade de políticas de comunicação que gerem uma aproximação maior à efetividade do direito à comunicação.

Ainda no dia 17, Bruno estará a partir das 19h apresentando o banner “Rádios, portais de notícias e blogs de opinião: cartografia da comunicação no vale do São Francisco alagoano”. O pesquisador parte de uma investigação inicial realizada na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), onde trabalha na assessoria de comunicação, em que traz como hipótese a mudança da principal fonte de informação nas cidades do interior.

Anderson, junto aos professores da UFAL Victor Pires e Ronaldo Bispo, estará na mesa “Entre o ‘ao vivo’ e o midiático: repensando mediações e práticas socioculturais contemporâneas”, onde dialogará com os demais participantes da mesa sobre as diferenças entre o futebol do campo e o futebol midiatizado. A mesa também será na Sala Pandeiro e na quarta-feira, mas a partir das 19h.

CAIITE 2015

O CAIITE é um Congresso Acadêmico que, desde 2013, congrega cinco instituições de ensino de nível superior de Alagoas (UFAL, IFAL, UNEAL, CESMAC e FITS). Em 2015, o evento ocorrerá de 15 a 20 de junho no Centro de Convenções, em Maceió, tendo como tema central “Desafios para Alagoas”, dividido em seis eixos: Educação e Tecnologias; Desenvolvimento e Mobilidade Urbana; Segurança e Direitos Humanos; Atenção Integral à Saúde; Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade; e Cultura e Comunicação.

 

Chamada para dossiê “Comunicación, sociedad civil y cambio social”

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A Revista Científica de Comunicación y Educación – Comunicar está com chamada aberta até o dia 30 de setembro para artigos em inglês e espanhol  para a segunda edição de 2016, cujo dossiê será dedicado ao tema “Comunicación, sociedad civil y cambio social”.

«Comunicar» (Qualis A1 CSA 1) é uma revista científica de âmbito ibero-americano que pretende fomentar a troca de ideias, a reflexão e a investigação entre dois âmbitos que se consideram prioritários para o desenvolvimento dos povos: a educação e a comunicação. Investigadores e profissionais do jornalismo e da docência, em todos os seus níveis, têm neste meio uma plataforma para fomentar a comunicação e a educação como eixos neurálgicos da democracia, da consolidação da cidade e do progresso intelectual e cultural.

Ementa

As injustiças e as desigualdades presentes no sistema-mundo têm provocado que milhares de cidadãos e cidadãs reivindiquem seus direitos através dos movimentos sociais. Especialmente desde 2011 foram reativadas as manifestações cidadãs a nível internacional como a Primavera Árabe, o 15M na Espanha, Occupy nos Estados Unidos e em outros países como Grécia, Turquia, México, Chile ou Brasil, que também tem visto a organização de diversos movimentos de indignação. Neste contexto, este dossiê abarca questões que tocam a educação, a comunicação, a sociedade civil e a mudança social. A edição deste número foi concebida desde uma perspectiva de empoderamento e agenciamento com o objetivo de explorar propostas e alternativas comunicativas pacíficas que desde a sociedade civil contribuam à transformação das injustiças e desigualdades sociais. Referimos-nos a boas práticas e inovações comunicativas que favoreçam a implicação política das pessoas.

Descritores

· Eficácia cultural da comunicação dos movimentos sociais y das ONGs de justiça social;
· Indicadores de eficácia cultural da comunicação nos movimentos sociais e nas ONGs de justiça social;
· De vitimas a indignados: discursos, representações e empoderamento;
· A comunicação dos movimentos sociais, as emoções e a não violência;
· Representação do protesto e não violência;
· O impacto das redes e das lógicas digitais na comunicação da sociedade civil;
· Narrativas transmídia, ativismo e câmbio social;
· O ativismo e os protesto;
· ONG, comunicação e câmbio social;
· Jornalismo cidadão e mudança social;
· Práticas comunicativas do 15M e de outros movimentos comunicativos recentes.

Editores Temáticos

· Dra. Eloísa Nos Aldás, Universitat Jaume I de Castellón, España.
· Dr. Matt Baillie Smith, Northumbria University Newcastle, Inglaterra.

Instruções e envio das propostas

– Normas editoriais: www.revistacomunicar.com/index.php?contenido=normas& idioma=es
– Propostas devem ser enviadas através da Plataforma OJS RECYT: http://recyt.fecyt.es/index. php/comunicar/login

Colóquio “Ciências de Comunicação: Brasil, Desafios da Cooperação Internacional”

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A Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM) convida para a discussão sobre “Ciências de Comunicação: Brasil, Desafios da Cooperação Internacional”, no dia 13 de junho, a partir das 9h, numa atividades promovida pelo Centro Cultural José Marques de Melo, no bairro de Pinheiros, cidade de São Paulo.

O evento ocorrerá nos dois horários. Das 9h às 12h, pesquisadores e pesquisadoras da área debaterão as “Demandas Históricas e o Panorama Atual” da cooperação internacional. Das 14h às 18h, o tema de debate será as “Perspectivas e possibilidades” das pesquisas em Ciências da Comunicação tendo em vista a colaboração internacional.

Colóquio INTERCOM: Ciências da Comunicação: Brasil, Desafios da Cooperação Internacional

Abertura: Giovandro Ferreira

I   Demandas Históricas e Panorama Atual

José Marques de Melo: Anamaria Fadul, Margarida Kunsch, Maria Immacolata Lopes, Sonia Virginia Moreira, Edgard Rebouças, Cesar Bolaño.

II  Perspectivas e possibilidades

Ana Silvia Médola, Antonio Hohlfeldt, Cicilia Peruzzo, Carlos Chaparro, Monica Martinez, Claudia Lago,

Fernando Paulino, Esmeralda Villlegas

V17, n.2 (2015)

Revista Eletrônica Internacional de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura

DOSSIÊ TEMÁTICO: Perspectivas e desafios para as políticas de regulação da mídia

CAPA (17.2)