IAMCR Abre Chamada de Trabalhos para seu Congresso em Madrid

A Internacional Association of Mass Communication Research está com chamada aberta para seu congresso até 8 de fevereiro de 2019. O evento acontecerá em Madrid de 7 a 11 de julho na Universidad Complutense de Madrid.

O congresso terá como tema “Comunicação, Tecnologia e Dignidade Humana: Direitos Controvertidos e Verdades Contestadas” com o objetivo de gerar um debate transversal sobre o tema ao longo do congresso, permitindo explorar um mesmo tema a partir de diferentes perspectivas que interajam entre si.

O envio de propostas para as diversas sessões temáticas e grupos de trabalho será realizada exclusivamente através do sistema online do congresso disponível aqui.

Normas para envios de resumos

Os resumos devem ter entre 300 e 500 palavras de extensão, a menos que alguma sessão ou grupo de trabalho tenham alguma diretriz particular a respeito. Todos os resumos devem ser apresentados através do sistema Open Conference System (OCS) da IAMCR/AIES. Não será admitido que nenhum resumo seja enviado através de correio eletrônico a nenhuma Seção ou Grupo de Trabalho

Mais Informações

Em espanhol: aqui
Em Inglês: aqui

Revista Espanhola abre Chamada para Dossiê sobre a Influência de Algoritmos e Sites de Redes Sociais em Democracias

Com o sugestivo título “Hackeo de la Democracia” (Hackeamento da Democracia), a Revista Teknokultura ligada à Universidad Complutense de Madrid abre chamada até o dia 31 de janeiro de 2019 para dossiê sobre o impacto e influência de tecnologias digitais nos processos eleitorais e em outros âmbitos do desenvolvimento da ação política estatal.

O Dossiê busca contribuições que deem conta de análises e estudos sobre o uso de algoritmos para segmento e publicidade seletiva nas eleições como nos casos Brexit, Trump e Bolsonaro. Os trabalhos devem ser submetidos através do sistema de submissão online da revista, que pode ser acessado aqui, e seguirem as normas para autores do periódico que podem ser acessados aqui.

Chamada

Hackeamento da Democracia

Versão original em espanhol, disponível aqui

Análise sobre o impacto e influência das novas tecnologias digitais nos processos eleitorais e em outros âmbitos do desenvolvimento da ação política estatal

Gostaríamos de dedicar o próximo número de Teknokultura ao estudos e análises que abordem o uso massivo de algoritmos de segmentação e publicidade seletiva nas eleições. Como foi visto nos casos recentes de Brexit, Trump e Bolsonaro e abora Vox, o uso destas táticas põe em perigo a democracia ao facilitar a difusão de informações falsas e não checadas.

O escândalo Cambridge Analytica nas eleições norte-americanas e inglesas, e do Whatsappgate no pleito presidencial brasileiro ajudaram a compreender este fenômeno, que põe nas mãos da propaganda partidária todo o poder das tecnologias digitais para modificar o estado de opinião.

A estratégia consiste, no final das contas, em aproveitar a erosão do limite entre a comunicação privada e a social que as tecnologias digitais propiciam. Assim, aproveitando a acumulação massiva de dados, junto com os canais privados de difusão da informação, é possível promover os discursos mais reacionários sem necessidade de responder à crítica pública.

Da mesma forma, no próximo número aceitaremos também artigos de outros temas que estejam relacionados com a relação entre democracia, ativismo e direitos sociais.

Retratação: o título mais correto seria “crackeamento da democracia”, pois estas operações não respondem à ética hacker, mas ao interesse privado.

Revista Contracampo abre chamada para o dossiê “Mídia, Reconhecimento e Constituição de Subjetividades”

A Revista Contracampo: Brazilian Journal of Communication, vinculada ao PPGCOM da UFF, está com chamada aberta, até o dia 5 de abril de 2019, para submissão de artigos ao dossiê “Mídia, reconhecimento e constituição de subjetividades”.

Os trabalhos devem ser submetidos através do sistema online de submissão do periódico que pode ser acessado aqui. Os textos devem seguir as diretrizes para autores da revista disponíveis aqui.

Este número contará com os pesquisadores Bruno Campanella (UFF) e João Carlos Magalhães (London School of Economics) como editores convidados. A Contracampo continua aceitando também trabalhos em fluxo contínuo para a seção de “temáticas livres”.

Chamada

Mídia, reconhecimento e constituição de subjetividades

Debates sobre como identidades de atores sociais são constituídas por meio de processos de reconhecimento intersubjetivo são parte central da teoria crítica atual. De origem hegeliana, o tema ressurgiu a partir dos anos 1990, como tentativa de teorizar a demanda por políticas identitárias em sociedades multiculturais (Taylor, 1992) e como uma filosofia socioética que aprofunda as dimensões práticas de reconhecimento a partir da análise dos conflitos sociais, vistos como motor de transformação da sociedade (Honneth, 1992).

Se processos de reconhecimento dependem da possibilidade da comunicação (Honneth, 2001), é curioso que seus proponentes ignorem o papel da mídia – e que estudiosos de mídia raramente estudem processos de reconhecimento.

Chama também atenção que os poucos trabalhos que propõe este tipo de análise (tais como Maia, 2014; Couldry, 2010) pensam os processos de ‘reconhecimento mediado’ como eminentemente positivos, ou seja, eles tratam os meios de comunicação como artefatos importantes na formação de subjetividades capazes de se autorrealizar. Esse contexto torna-se ainda mais complexo, contudo, quando percebemos que tais análises não levam em conta algumas práticas midiáticas contemporâneas, especialmente ligadas às mídias sociais, atravessadas por lógicas econômicas que valorizam uma busca individualizada e despolitizada de reconhecimento.

Essa lacuna epistemológica parece estar em descompasso com a maneira com que as mídias estruturam visibilidades e invisibilidades, o que afeta a própria possibilidade de que os atores sociais se reconheçam uns aos outros. Considerando a importância dos processos de mediatização e dataficação da sociedade (Couldry e Hepp, 2017), esse tema mostra-se ainda mais relevante.

Diante dessas questões, a revista Contracampo, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (http://periodicos.uff.br/contracampo), convida autores a submeterem trabalhos originais que discutam as relações entre mídia e reconhecimento. Temas de interesse incluem (mas não se limitam a):

– Representação de minorias na imprensa e na TV

– Movimentos sociais, mídia e luta por reconhecimento

– Polarização política nas redes sociais

– Autorrepresentação nas mídias sociais e a busca por reconhecimento

– A formação de disposições psicológicas e comportamentais ligadas ao reconhecimento nas mídias

– Monitoramento de dados digitais (“dataveillance”) e reconhecimento