Até outubro, a Anatel pretende lançar o leilão para as sobras de frequências de 2,5 GHz, faixa que foi utilizada para a implantação do 4G no país, adotando uma modelagem de lotes por cidade que permita a participação também de empresas de menor porte, como os provedores regionais de acesso à internet e serviços de telecom — as licenças de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) já somam 2138. Este mesmo leilão vai colocar à venda a faixa de 1,8 GHz na cidade de São Paulo, faixa que foi retomada pela Anatel da Unicel que não cumpriu as obrigações de cobertura estabelecidas no leilão.
Para dirigentes da agência, este leilão vai abrir mais um espaço para o avanço da banda larga no país. Entre as capitais, três — São Paulo, Rio de Janeiro e Recife — têm 35 MHz livres em TDD (Time-division duplexing) na faixa de 2,5 MHz. Elas serão as mais disputadas e estão no alvo das operadoras de banda larga via rádio em TDD, segmento onde operam Sky e On Telecom. Ambas aproveitam as frequências licenciadas e usam o LTE para entregar conexão fixa. A Sky tem cobertura do tipo em todas as regiões do Brasil, enquanto a On Telecom atua apenas no interior paulista.
Mas o entendimento da Anatel é que o interior do país poderá surpreender, se a modelagem do leilão for atrativa o suficiente para os provedores regionais que ainda operam por rádio em frequências não licenciadas e precisam de espectro licenciado para oferecer um serviço de melhor qualidade e de maior segurança.
A modelagem ainda está em estudos, tanto no que diz respeito ao tamanho dos lotes como ao preço das licenças, mas dirigente da Anatel antecipa que a abrangência geográfica será mesmo a cidade. Esta é uma velha reivindicação dos provedores regionais, que, como segmento, se fortaleceram nos últimos anos e já respondem por 2 milhões dos 24,4 milhões de acessos de banda larga fixa no país.
Fonte: Tele.síntese