Dossiê Especial Cultura e Pensamento, Vol. I – Dinâmicas Culturais

dossie_eptic_2006Os números especiais da Revista Eptic Online, intitulados “Economia da Cultura, Cinema e Sociedade”, tratarão de analisar o papel fundamental que a indústria cinematográfica está desempenhando nos nossos dias, no âmbito da cultura, tanto pelo moDesse modo, não podemos separar a indústria cultural das novas tecnologias e do lazer que, no seu conjunto, constituem atualmente a primeira fonte de riqueza nos países
desenvolvidos.

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Essa influência social do cinema, assim como sua repercussão econômica e cultural, alcança, em nossos dias, tanto âmbitos locais e regionais como nacionais e internacionais. Por isso, para discutir esse tema, é preciso encontrar ocasiões de diálogo sobre as necessidades e características diferenciadas desses espaços e pôr em contato os profissionais e acadêmicos que conhecem concretamente as dinâmicas particulares que os interesses dos diferentes agentes envolvidos determinam em cada um deles.

Por esse motivo, queremos aproveitar a oportunidade oferecida pelo programa Cultura e Pensamento do Minc, para reunir, em dois números especiais da Revista Eptic Online, uma quantidade expressiva de acadêmicos e profissionais, visando criar um espaço de debate inédito em nosso país, que oferecerá diferentes pontos de vista e elementos de análise e crítica que nos sirvam para entender o novo papel do cinema nas nossas sociedades. Contrastar as visões de indústrias cinematográficas altamente desenvolvidas, como as dos Estados Unidos, Índia, Coréia ou a União Européia, com a realidade brasileira e latino-americana, bem como apresentar uma discussão sobre as políticas nacionais e o desenvolvimento de pólos regionais de cinema, nos dará uma ampla perspectiva que, esperamos, possa favorecer a implantação de novas medidas de apoio e proteção para nossa cinematografia.

Este primeiro número do dossiê, intitulado “Espaço e Identidades”, conta com artigos de Alexandre Barbalho, Carlos Leal, Celina Alvetti, César Bolaño, David Montero Sánchez, Enrique Sánchez Ruíz, Graciela Presas Areu, Guillermo Mastrini, Jose Manuel Moreno, Martín Becerra, Sergio Caparelli, Sunny Yoon e Suzy Santos. A edição traz ainda uma entrevista especial com o cineasta Sergio Muniz, feita por Anita Simis.

Dossiê Especial Cultura e Pensamento, Vol. II – Dinâmicas Culturais

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Os números especiais da Revista Eptic Online, intitulados “Economia da Cultura, Cinema e Sociedade”, têm por objetivo reunir uma quantidade expressiva de acadêmicos e profissionais, num espaço de debate inédito em nosso país, oferecendo diferentes pontos de vista e elementos de análise e crítica que nos sirvam para entender o novo papel do cinema nas nossas sociedades.

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A discussão sobe a importância da indústria cinematográfica, tanto econômica como social e cultural, em realidades tão diferenciadas como as dos Estados Unidos, Índia, Coréia, União Européia, Brasil e América Latina, o desenvolvimento de pólos regionais de cinema, ou as políticas nacionais de comunicação, é importante para fundamentar e favorecer a implantação de novas medidas de apoio e proteção para nossa cinematografia.

Este segundo número do dossiê, intitulado “Dinâmicas Culturais”, inclui uma entrevista com o cineasta e intelectual argentino Octavio Getino, feita por José Manuel Moreno, e artigos de Enrique Sánchez Ruiz, Selda Vale da Costa, Regina Motta, Aurélio Michiles, Renato Martins, Flávia Seligman e Araci Koepp dos Santos.

No artigo El Cine Latinoamericano: ¿Mercado de Consumo Hollywoodense, o Producción de Pluralidad Cultural?, Enrique Sánchez Ruiz faz uma análise do predomínio internacional do cinema estadunidense através de hipóteses baseadas no que o autor denomina de “corte histórico-estrutural”. Em seguida, descreve a situação do cinema latino-americano e defende a necessidade de políticas públicas para a produção audiovisual nestes países.

Cinema e Pensamento Brasileiro, artigo de autoria de Regina Motta, reflete sobre alguns aspectos do registro do pensamento brasileiro impresso nos filmes, artigos e manifestos do movimento Cinema Novo, da década de 60. A autora defende que através da elaboração estética voltada para manifestações artísticas populares, esse pensamento retrata e documenta as questões nacionais, sobretudo na sua dimensão cultural e social.

No texto de Selda Vale da Costa, intitulado O Cinema na Amazônia e a Amazônia no Cinema, pode-se conhecer e viajar na história do cinema amazonense e na imagem que ele criou daquela região em suas diversas fases, desde a sua chegada em 1897 – com os pioneiros Silvino Santos, Thomaz Reis, Roquette-Pinto, Levis-Strauss, Noel Nutels e Heinz Fothmasn – até os dias atuais, com os cineastas do vídeo nas aldeias – como Vicent Carelli, Dominique Gallois, Vírginia  Valadão e Kasiripiña Waiãpi –, passando pelas corajosas e denunciadoras filmagens de Jorge Bodansky, Murilo Santos, Hermano Penna e Aurélio  Michiles.

O próprio Michiles, em Aventura no Mar Dulce, um artigo que também pode ser considerado um diário, fala sobre sua experiência de filmar na região amazônica entre junho de 2004 e novembro de 2005. Sem dúvida, um maravilhoso investigar labiríntico entre rios e igarapés do lugar que o autor diz trazer como uma pele.

Flávia Seligman e Araci Koepp dos Santos, no artigo A produção audiovisual brasileira contemporânea e a intertextualidade das mídias: o caso ônibus 174, debatem a recente retomada do cinema brasileiro e a sua ligação com a indústria da televisão. As autoras fazem um levantamento da produção cinematográfica da Globo Filmes e analisam a intertextualidade de suportes e estilos através de uma leitura do filme Ônibus 174.

Já no artigo Carlota Joaquina, Referencial de Mercado para a Retomada do Cinema Brasileiro – Estratégias de Produção, distribuição e exibição, Renato Martins disserta sobre as estratégias de mercado utilizadas para a retomada da produção cinematográfica brasileira, utilizando como parâmetro aquele que foi o marco deste processo, o filme Carlota Joaquina, de Carla Camurati, que em 1995 alcançou um público de 1.286.000 pessoas.

Na sessão de crítica, Laura Loguercio Cánepa analisa o filme Crime Delicado, de Beto Brant, e Júlia Rebouças estuda os dois filmes da diretora argentina, Lucrécia Martel: La Ciénaga (2001) e La Niña Santa (2004). O volume conta ainda com uma resenha de Rosita Loyola sobre o livro de Zygmunt. Bauman, Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos.

Agradecemos a colaboração dos autores e das instituições que nos apoiaram. Além do próprio Ministério da Cultura, devemos citar a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão, Ministério da Educação, Petrobrás, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e SESC-SP.

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