Revista EPTIC publica edição sobre os 50 anos da TV pública

Está no ar a terceira edição de 2017 da Revista Eptic, que, dentre outras contribuições, conta com artigos que compõem o do dossiê  temático “50 anos da TV pública no Brasil”, coordenado pelas pesquisadoras Ivonete da Silva Lopes (UFV) e Patrícia Maurício (PUC-RJ), que entrevistaram Laurindo Leal Filho. Segue aberta até o dia 30 de setembro a chamada para o Dossiê Temático “Estudos Marxistas da Comunicação e da Cultura”.

A revista aceita, em fluxo contínuo, artigos para as seções Artigos e Ensaios, Investigação, bem como resenhas de obras, teses  e dissertações recentes. Mais informações podem ser obtidas no site da Revista: revistaeptic.ufs.br

Apresentação (por César Bolaño e Ruy Sardinha Lopes)

Prezados leitores.

Com este número encerramos o décimo nono volume da Revista EPTIC . Em 2018 serão publicadas as três edições do vigésimo volume, que preparam a comemoração, em abril de 2019, dos 20 anos de existência, dessa que é a primeira revista totalmente online do campo da comunicação no Brasil e a primeira do mundo especializada na área de economia política da comunicação e da cultura.

Em todos esses anos, a Revista, surgida junto com o portal EPTIC, no Observatório de Economia e Comunicação da Universidade Federal de Sergipe (OBSCOM/UFS), participou ativamente da organização da referida área de estudos, mantendo um importante diálogo internacional, tendo sido a responsável pela convocatória dos eventos que culminariam com a constituição da União Latina de Economia Política da Comunicação e da Cultura (ULEPICC).

Hoje, o OBSCOM sedia, além da revista, a presidência da ULEPICC-Brasil, que cumpre também aniversário (de 15 anos) em 2019, fundada que foi – aliás na UFS – em 2004, tendo como primeiro presidente, Valério Brittos, editor também desta revista até o seu prematuro falecimento. Com o empenho não só do novo editor e do diretor, que assinam esta apresentação, mas de vários outros incansáveis companheiros, como Verlane Aragão Santos, Anita Simis ou Carlos Figueiredo, pudemos superar a perda e chegar aqui, com novos planos e projetos que serão divulgados ao longo do próximo ano.

O dossiê temático deste número, coordenado por Ivonete da Silva Lopes e Patrícia Maurício, é dedicado aos 50 TV pública brasileira. Se a história do sistema público de radiodifusão no Brasil foi marcada por avanços e retrocessos e certo acanhamento diante do setor privado, os anos recentes, do governo Temer, têm sido marcados pelo ataque frontal à radiodifusão pública, como pudemos notar, por exemplo, na ingerência na Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A efeméride requisita, portanto, reflexão e alerta. O conjunto de artigos reunidos nesse dossiê – de autoria de Octavio Penna Pieranti, Elza Maria Del Negro B. Fernandes; Luiz Felipe Ferreira Stevanim; Carine Felkl Prevedello;
Robson Dias, Jacqueline Santana, Victor Márcio Gomes, Eliane Muniz Lacerda; Carlo José Napolitano; Daniela Inés Monje, Juan Martín Zanotti, Ezequiel Alexander Rivero; Marcos Vinicius Meigre e Silva, Simone Maria Rocha; Rodrigo Severo Rodembusch, Daniela Bonamigo; João Vicente Ribas, Cristiane Finge; assim como a entrevista concedida por Laurindo Leal Filho – ao analisar variados aspectos do sistema público – como as TVs educativas e universitárias e as experiências estaduais – e trazer algumas experiências internacionais oferece ao leitor um importante instrumento para a análise crítica desse sistema e sua importância na construção de uma sociedade
mais democrática e inclusiva.

Além das análises sobre a TV pública na Argentina, objeto do artigo de Daniela Monhe, Juan Zanotti e Ezequiel Rivero, a revista traz, na seção Artigos e Ensaios, dois trabalhos – de autoria de Luis Ricardo Sandoval e Claudio
Nazareno, sobre o sistema de telefonia e cinema argentinos. Encabeça essa seção o artigo de Francisco Rüdiger que dá continuidade ao debate epistemológico no campo da Comunicação que a Revista tem procurado incentivar ao longo de suas várias edições.

Na sessão de investigação, Dérika Correia Virgulino apresenta um interessante estudo sobre a atuação das fundações Roberto Marinho e Victor Civita na área de comunicação e educação.

A todos boa leitura!

Sumário

ARTIGOS E ENSAIOS

Francisco Rüdiger
7-22
Luis Ricardo Sandoval
23-40
Cláudio Nazareno
41-58

DOSSIÊ TEMÁTICO: 50 ANOS DA TV PÚBLICA NO BRASIL

Ivonete da Silva Lopes, Patricia Mauricio
59-61
Ivonete da Silva Lopes, Patrícia Mauricio
62-68
Octávio Penna Pieranti, Elza Maria Del negro B. Fernandes
69-84
Luiz Felipe Ferreira Stevanim
85-101
Carine Felkl Prevedello
102-114
Jacqueline de Lima Santana, Robson Dias, Eliane Lacerda Muniz, Victor Márcio Laus Reis Gomes
115-136
Carlo José Napolitano
137-154
Daniela Inês Monje, Juan Martín Zanotti, Ezequiel Alexander Rivero
155-170
Marcos Vinicius Meigre e Silva, Simone Maria Rocha
171-188
Rodrigo Severo Rodembusch, Daniela Bonamigo
189-205
Cristiane Finger, João Vicente Ribas
206-222

INVESTIGAÇÃO

Dérika Correia Virgulino de Medeiros
223-239

Artigo de Economia Política vence Prêmio Francisco Morel da Intercom

Fonte: com Cíntia Lucas (Cidade Verde)

O jornalista e mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Piauí (UFPÌ) Renan da Silva Marques foi o primeiro colocado no Prêmio Francisco Morel, durante o 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2017) que aconteceu de 4 a 9 de setembro, em Curitiba (PR).

O Prêmio Francisco Morel é concedido a estudantes de mestrado que apresentam trabalhos nos Grupos de Pesquisa em Comunicação (GPs) que são realizados durante o congresso. O trabalho “A regionalização no telejornalismo piauiense: estratégias adotadas pela Rede Clube” apresentado por Renan no Grupo de Pesquisa de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (GP EPICC) no ano passado.

A coordenadora de Programa de Pós-Graduação da UFPI, Ana Regina Rêgo, disse que o programa se orgulha por esta conquista. “Parabenizamos ao Renan pelo maravilhoso trabalho e a professora Jaqueline Dourado pela orientação. O prêmio é concedido aos melhores artigos apresentados no Congresso da Intercom que tenham como base a dissertação de mestrado. Nosso programa está no caminho certo”.

A seleção dos vencedores ocorre em etapas. Primeiro, os coordenadores do evento escolhem os dois melhores trabalhos em cada divisão temática. Em seguida, a diretoria da Intercom os submete à apreciação de um júri formado por professores especializados em cada área e oriundos de todas as regiões do país. A avaliação considera a contribuição ao ramo de estudo, o embasamento bibliográfico, o formato de apresentação e o conteúdo do trabalho.

O Intercom acontece desde 1977 e reúne, tradicionalmente, cerca de 3,5 mil pessoas, entre alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais da área.