A profecia da indústria fonográfica

Por Edson Ramos de Oliveira Costa*

Os últimos dados divulgados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em Inglês) confirmam que o setor oficialmente voltou a ser lucrativo. Em todo o mundo, foi registrado um aumento de 10%. Nada super empolgante: enquanto os anos 1990 foram do maior crescimento na história do setor, os anos 2000 foram de queda ininterrupta (DIAS, 2010).

Os anos 2010 vinham registrando uma recuperação tímida e, embora não se compare às margens de lucro da última década do século XX, os dados de 2016 mostram que a recuperação está consolidada. Mas, além dos lucros, um fator muito importante é: a consolidação de uma forma específica de distribuição e consumo.

Ninguém ainda tinha dúvidas de que o mercado digital, em detrimento dos discos físicos, era o caminho de recuperação do mercado de música gravada – a proporção hoje é de 70% digital e 30% físico. Porém, pela primeira vez o mercado de downloads de música registrou queda, e já de 34%. Programas como o iTunes, baseado em download, mostram assim sinais de enfraquecimento. A consolidação do digital se deve ao streaming – que cresceu 121%.

A profecia está neste fato: há muito já se sabia que o modelo on demand era o mais viável, não apenas para o mercado de música, mas para outros setores da indústria cultural. E isso mostra que a arena digital não necessariamente caminha para democratizar a produção e o consumo da cultura.

Lopes (2008) já demonstrava que a grande indústria, cada vez mais, passa a depender da lógica rentista – investidores criam celeiros com talentos que desenvolvem inovação tecnológica, com o objetivo que o lucro de pelo menos um traga o retorno de toda a empreitada. Assim, o trabalhador que desenvolve os produtos e as inovações ganha a aparência de sócio mas, por não deter celeiros e perspectiva panorâmica do mercado, esse trabalhador assume proporcionalmente muito mais riscos.

Pinto (2011) observa que esse mesmo comportamento do mercado financeiro passa nortear a indústria fonográfica – há artistas, com aparência de sócio, que chega a dever dinheiro às gravadoras quando os lucros de um projeto não atendem às expectativas.

Outro fator: um produto intelectual tem alto custo de produção e, podendo ser digitalizado, seu custo de armazenamento e reprodução é praticamente nulo. Pinto (2011) compara com uma concessionária de ferrovia: custo alto de produção, e custo de reprodução impraticável. Logo, seja numa ferrovia ou numa música, o lucro depende de alugar o uso, sem que o usuário se torne realmente o dono.

Essa é exatamente a proposta do streaming, o novo modelo hegemônico da indústria fonográfica. A profecia se cumpriu. Algumas notícias do mercado só confirmam isso. O Google¹ anunciou que vai unificar suas duas plataformas de streaming (Play Música e YouTube Red) com o objetivo de atrair mais assinantes. Já a Apple² descontinuou os aparelhos iPod Nano e iPod Shuffle, restando no mercado apenas o iPod Touch.

Lançado em 2001, o primeiro iPod marcou a transição da indústria fonográfica para o mercado digital, mas, assim como as versões nano e shuffle, era baseado nos downloads pelo iTunes. Com a criação dos smartphones, o iPod foi perdendo sua razão de existir, e os dados da IFPI confirmam que os celulares inteligentes são a plataforma principal para consumir música. Assim, essas decisões da Apple materializam os números do mercado e as tendências já apontadas pelas teorias – o iPod Touch até continua, mas ele é quase um smartphone e permite o consumo de streaming pelo Apple Music.

É perceptível que a grande indústria do entretenimento não apenas sobreviveu, como encontra formas de recuperar os lucros, relativizando a noção de que a digitalização sempre democratiza a cultura. Porém, Lopes (2008) aponta um limite para esse processo: a informação , para virar mercadoria e dar lucro, precisa ser restringida e apropriada; porém a informação, para gerar valor, precisa circular livremente pela comunidade de desenvolvedores. Uma vez que o capitalismo depende da geração de valor, e da concretização desse em forma de lucro, há aí um impasse. Ele será superado e a lógica da grande indústria será mantida? Aguarda-se nova profecia.

Referências Bibliográficas:

DIAS, Márcia Tosta. Indústria Fonográfica: a reinvenção de um negócio. In BOLAÑO, César. GOLIN, Cida. BRITTOS, Valério. Economia da arte e da cultura. São Paulo: Itaú Cultural; São Leopoldo: Cepos/Unisinos; Porto Alegre: PPGCOM/UFRGS; São Cristóvão: Obscom/UFS, 2010.

IFPI. Music consumer Insight Report 2016. Disponível em: <http://www.ifpi.org/downloads/Music-Consumer-Insight-Report-2016.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2017.

LOPES, Ruy Sardinha. Informação, Conhecimento e Valor. São Paulo: Radical Livros, 2008.

PINTO, José Paulo Guedes. No ritmo do capital: indústria fonográfica e subsunção do trabalho criativo antes e depois do MP3. São Paulo, 2011. Tese (doutorado em Economia). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2011.

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Notas

¹ Fonte: <https://tecnoblog.net/219902/youtube-red-google-play-music/>. Acessado em 30/07/2017.
² Fonte: <https://tecnoblog.net/219934/fim-ipod-shuffle-nano/>. Acessado em 30/07/2017.

* Edson Ramos Oliveira da Costa é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) e integrante do Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM), da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Entrevista com Fernando Checa Montúfar

O Portal Eptic entrevistou em Quito o pesquisador equatoriano Fernando Checa Montúfar, professor da Universidad Andina Simon Bolívar e ex-presidente da Ciespal, que faz um relato do desenvolvimento da pesquisa em Comunicação no país, assim como apresenta o que melhorou e o que ainda precisa evoluir no que tange às políticas de comunicação equatorianas.

Fernando Checa é investigador y docente universitário em cursos de graduação e pós-graduação em jornalismo e comunicação, sendo professor da Universidad Andina Simon Bolivar e professor convidado e coordenador do Grupo de Investigación en Comunicación (GIC 1) da graduação em Comunicação na Universidad Politécnica Salesiana,
sede Quito (UPS-Q). Checa foi diretor do CIESPAL (Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina) de 2009 a 2014, uma das principais instituições de desenvolvimento de pesquisa em comunicação deste sub-continente, com função importantíssima para os estudos críticos no Equador.

Chamada para 3º Simpósio Internacional Jornalismo em Ambientes Multiplataforma

Está aberta até 25 de agosto a chamada de resumos expandidos para o 3º Simpósio Internacional Jornalismo em Ambientes Multiplataforma, a ser realizado nos dias 23 e 24 de novembro, em São Paulo, pelo Mestrado Profissional em Jornalismo do FIAM-FAAM–Centro Universitário.

O evento terá conferência de abertura proferida pelo prof. Dr. Denis Ruellan, da Universidade de Paris-Sorbonne, que tratará do tema “Contratos e relações de trabalho no jornalismo em tempos de convergência”. A programação das demais atividades será divulgada em breve.

Os resumos, entre 5.000 (cinco mil) e 8.000 (oito mil) caracteres, podem ser redigidos em português, espanhol ou inglês, priorizando a relação do jornalismo em ambientes multiplataforma com as seguintes vertentes:

– interfaces profissionais

– mídias sociais

– contextos de trabalho

– produção audiovisual

– linguagens e narrativas

– dispositivos móveis

– estatutos e identidades profissionais

– consumo e recepção

– midiatização

– modelos de negócios

– Big Data

– interfaces sociais

– práticas alternativas

– processos históricos

– experimentações

Os resumos devem ser enviados para o e-mail: simposiomultiplataforma@gmail.com

Outras informações em: https://trabalhoelinguagens.wordpress.com/iii-simposio-internacional-jornalismo-em-ambientes-multiplataforma/

Chamada para resenhas e relatos de pesquisa para a Revista EPTIC

Além do dossiê temático e de artigos livres, a Revista Eptic recebe, em fluxo contínuo, resenhas de livros, coletâneas, teses e dissertações recentes e artigos que apresentem e discutam resultados parciais e finais de pesquisas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, para a sua seção INVESTIGAÇÃO. Trata-se, em ambos os casos, de um importante espaço de divulgação e discussão  da produção científica nacional e internacional.

Relatos de pesquisa

A seção INVESTIGAÇÃO aceita artigos, fruto de pesquisa em desenvolvimento ou concluída, também de mestrandos e doutorandos. São aceitos artigos oriundos de pesquisas relacionadas à Economia Política da Comunicação, da Informação e da Cultura  e suas interfaces.

Os RELATOS DE PESQUISA devem ter a extensão de até 30.000 caracteres, incluindo título e resumo (com no máximo 100 palavras), palavras-chave (no máximo 5), em português, espanhol e inglês, e bibliografia. Devem conter a descrição da investigação, metodologia empregada, análise dos resultados e conclusões.

Resenhas

As RESENHAS deverão ter até 15.000 caracteres com espaços, incluindo título, em português, espanhol e inglês e bibliografia. Serão aceitas resenhas de livros, dissertações e teses publicados no Brasil, há no máximo dois anos e, no exterior, no máximo há cinco anos.

Mais informações podem ser obtidas no endereço: https://seer.ufs.br/index.php/eptic/about/submissions#authorGuidelines

Revista EPTIC

A REVISTA EPTIC é produzida pelo Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), está qualificado como B1 em Comunicação & Informação do Qualis Sucupira. O periódico está com chamada aberta até 30 de setembro para o dossiê temático: “Estudos marxistas sobre comunicação e cultura”. Veja mais em: https://eptic.com.br/chamada-de-trabalhos-revista-eptic/

Chamada de trabalhos para VII Musicom

Está aberto até o dia 31 de julho o período de submissão de RESUMOS das propostas de MESAS e GTs para o VII Musicom – Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Música, a ser realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) de 09 a 11 de outubro.

GRUPOS TEMÁTICOS

GT 01 – Memória e história midiática da música

GT 02 – Metodologias de análise em mídia e música

GT 03 – Mídia, música e processos identitários

GT 04 – Mídia, música e mercado

GT 05 – Música, convergência e performances em rede

GT 06 – Mídia, música e audiovisual

Podem submeter artigos graduandos subscritos por um orientador vinculado à mesma instituição do aluno (qualquer titulação), graduados/especialistas, mestrandos, mestres, doutorandos, doutores. Cada artigo pode ter até 3 autores e no caso de artigos com mais de um autor, todos devem realizar a inscrição.

Cada proponente pode submeter até dois trabalhos como autor e dois como co-autoria, inclusive orientadores.

MESAS-COORDENADAS:

– Quem pode coordenar?

Doutores, doutorandos e mestres

– Quem pode integrar?

Graduados / especialistas, mestrandos / mestres, doutorandos / doutores.

– Procedimentos para propor mesas:

O coordenador deve preencher o template para resumos das mesas e submetê-lo até 31 de JULHO pelo sistema de submissões com o link no site www.musicom.mus.br.

As propostas serão avaliadas por uma comissão específica, que poderá emitir parecer favorável ou não. As respostas da submissão serão enviadas para os coordenadores ou disponibilizadas no site.

Os interessados em propor mesa coordenada devem enviar os dados da mesa dentro do prazo de inscrição dos eventos. A responsabilidade da inscrição é do coordenador/a da mesa.

Cada mesa dever ter no mínimo dois e no máximo 4 participantes, incluindo o coordenador. O coordenador dever ter como titulação mínima o mestrado completo.

As mesas podem ser formadas por integrantes de instituições de ensino diferentes e devem ser apresentadas no dia e hora marcados, sem possibilidade de agendamento de nova data, a menos que o motivo de impedimento da apresentação seja ocasionado por problemas da coordenação do evento. Na ausência do coordenador da mesa à hora da apresentação, ocorrerá o imediato cancelamento da sessão.

Atenção: não é necessário enviar trabalho sem identificação, embora o sistema solicite. Neste caso, anexe a mesma versão nos espaços solicitados.

No caso de recusa, o proponente pode enviar novamente, desde que dentro do período de submissão, novo texto ou o anterior reformulado. O processo será retomado da mesma forma.

Primeira etapa

Os resumos expandidos de mesas e GTs devem ser enviados a partir do modelo disponível na plataforma de inscrição, com acesso pelo endereço www.musicom.mus.br. Somente serão analisados os resumos elaborados dentro do modelo disponível no site do Musicom.

Todos os resumos devem ser escritos em português e enviados em documento do Word, sendo facultado aos/às autores/as o envio de texto completo, definitivo, para submissão nesta etapa.

Segunda etapa: envio dos textos completos, após aceites, até 31 de agosto.

Os textos completos de mesas e GTs devem seguir o modelo disponível no endereço www.musicom.mus.br

Todos os textos completos devem ser escritos em português e enviados como documento em PDF.

Somente serão incluídos nos anais do evento os textos completos e no formato definido

Os resumos expandidos selecionados serão divulgados dia 09 de agosto, tanto mesas como GTs.

Mais informações: redemusicom@gmail.com ou www.musicom.mus.br

 

CFP for the dossier “Marxist studies on communication and culture”

The EPTIC MAGAZINE, an initiative of the Observatory of Economics and Communication (OBSCOM) of the Federal University of Sergipe (UFS), announces that the call for papers for the January-April edition, vol. 20, n. 1, which will be the dossier: “Marxist studies on communication and culture”. Interested researchers can submit complete papers by September 30th.

The dossier is part of the commemorations of the 150th anniversary of Karl Marx’s first volume of The Capital. The tribute is based on the view that the elements of Marxist criticism have contributed greatly to the development of communications academic debates throughout the twentieth and twenty-first centuries by highlighting the role of media in the accumulation of capital; the commodification of culture and its specific features; the process of subsumption of intellectual labor; resistance in the production and reception of cultural products; the ideology in the media contents; inequality in communication flows between countries, among other issues.

The dossier will include studies on the theoretical perspectives that dialogue with the Marxist repertoire, such as the Political Economy of Communication (EPC) and Cultural Studies. In order to do so, we are interested in themes related to the history of Marxist reading on communication and culture, allowing thoughts about the contributions, especially in Latin America, of the approximations and differences between distinct academic approaches and schools, as well as on the necessary critical revisions of this legacy.

In addition, it aims to foster reflection and action in the present time, bringing to light studies that work with Marxist contributions in an attempt to understand the restructuring of capitalism; information and communication technologies as the technical basis of the system and its relationship with financialization; cultural production in the context of the crisis of capital; the Internet and the challenges associated with spreading of surveillance practices and the commercial use of personal data; in addition, of course, the role of communication systems in the architecture of power, a central problem at a time when media companies are participating in the overthrow or weakening of democratic regimes in several countries.

Deadline for submission of articles: September 30, 2017

Journal’s publication date: January 2018

Coordinators of the thematic Dossier: Prof. Dr. Verlane Aragão Santos (Federal University of Sergipe – UFS) and Ms. Helena Martins (OBSCOM / CEPOS Researcher).

More information and norms for submission at: http://www.seer.ufs.br/ index.php/eptic/about/ submissions#onlineSubmissions

CHAMADA DE TRABALHOS Revista Eptic

A REVISTA EPTIC, produzida pelo Observatório de Economia e Comunicação (OBSCOM) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), informa que está aberta a chamada de artigos para a edição de janeiro-abril, vol. 20, n. 1, que terá como tema de seu dossiê temático: “Estudos marxistas sobre comunicação e cultura”. Os/as investigadores/as interessados podem submeter artigos completos até o dia 15 de outubro.

O dossiê integra as comemorações do 150º aniversário dapublicação do primeiro volume d’O Capital, de Karl Marx. A homenagem decorre da compreensão de que os elementos da crítica marxista têm contribuído sobremaneira para o desenvolvimento do pensamento comunicacional, ao longo dos séculos XX e XXI, ao evidenciar o papel dos meios na acumulação de capital; a mercantilização da cultura e suas especificidades; o processo de subsunção do trabalho intelectual; as resistências no âmbito da produção e da recepção dos produtos culturais; a ideologia presente nos conteúdos midiáticos; a desigualdade nos fluxos comunicacionais entre países, entre outras questões.

A revista contemplará estudos sobre as perspectivas teóricas que dialogam com o repertório marxista, como a Economia Política da Comunicação (EPC) e os Estudos Culturais. Para tanto, interessam trabalhos que discutam temas relacionados à história da leitura marxista sobre comunicação e cultura, possibilitando apreciações acerca dos contributos, especialmente na América Latina, das aproximações e diferenças entre escolas de pensamento, bem como sobre as necessárias revisões críticas desse legado.

Além disso, objetiva fomentar a reflexão e a ação no tempo presente, trazendo à tona estudos que trabalhem com os aportes marxistas na tentativa de compreender a reestruturação do capitalismo; as tecnologias da informação e da comunicação como base técnica do sistema e sua relação com a financeirização; a produção cultural no contexto da crise do capital; a Internet e os desafios associados à ampliação da vigilância e ao uso comercial de dados pessoais; além, evidentemente, do papel dos sistemas de comunicação na arquitetura do poder, problemática central neste momento em que as empresas midiáticas participam da derrubada ou da fragilização de regimes democráticos em diversos países.

Prazo para submissão dos artigos: 30 de setembro de 2017

Data de publicação da revista: janeiro de 2018

Coordenadoras do Dossiê temático: Profª Dra. Verlane Aragão Santos (Universidade Federal de Sergipe – UFS) e Ms. Helena Martins (Pesquisadora do OBSCOM/CEPOS).

Mais informações e normas para submissão em: http://www.seer.ufs.br/index.php/eptic/about/submissions#onlineSubmissions

Atividades com pesquisadores da EPC no Congresso da IAMCR 2017

Iniciado neste domingo (16), o congresso anual da AIERI/IAMCR (Associação Internacional de Estudos e Investigações sobre a Informação) terá duas atividades com pesquisadores brasileiros da Economia Política da Comunicação. As atividades do evento, que ocorre em Cartagena – Colômbia, serão nos dias 18 e 19 – com sessão temática de 16 a 20.

1) Apresentação do ebook “Nuevos Conceptos y Territorios de América Latina” programada para terça-feira, 18/7, das 10 às 10h30, no “Terrace Cloister of the Animas” do Centro de Convenções de Cartagena. A publicação foi organizada por Adilson Cabral, César Bolaño, Denize Araujo, Fernando Andacht e Fernando Paulino e já está disponível em: https://eptic.com.br/wp-content/uploads/2017/07/New_concepts_and_territories_in_Latin_America.pdf

2) Sessão Especial “Tradições de Pesquisa em Diálogo: Estudos de Comunicação na América Latina e Europa” programada para quarta, 19/7, das 8h30 às 10h, no Auditório Getsemaní do Centro de Convenções.

Mediador: Fernando Oliveira Paulino, Professor na Universidade de Brasília e Diretor de Relações Internacionais da ALAIC.

Panelistas: Gabriel Kaplún, Professor na Universidad de la República, e diretor científico da ALAIC, Uruguay; César Bolaño, Professor na Universidade Federal de Sergipe e presidente da ULEPICC-Brasil, Brasil; Nico Carpentier, Uppsala University/Free University of Brussels, Sweden/ Belgium; Miguel Vicente-Mariño, Universidad de Valladolid, Espanha; e Leonardo Custodio, pesquisador, Finlândia.

Esta sessão debaterá as perspectivas estabelecidas no livro “Tradiciones investigativas en diálogo: estudios de comunicación de América Latina y Europa” (Media XXI), editado por ALAIC e ECREA. Esta publicação agrupa textos e reflexões do coração da investigación em comunicação e mídia destas duas regiões. Organiza o diálogo entre os autores latino-americanos e europeus nos seguintes temas: a) correntes funcionalistas, b) correntes críticas, c) correntes culturalistas, d) correntes alternativas, e) pós-colonialismo e de-colonialismo, f) correntes feministas. Os textos incluem uma perspectiva histórica, análises detalhadas dos debates de cada corrente, e propostas para o futuro. Quando é pertinente, incluem-se propostas teóricas e metodológicas. Os editores do livro convidaram os autores dos diferentes eixos e regiões a ter um diálogo online, que levou a análises posteriores. Este processo inovativo, que também será analisado, na sessão, busca enriquecer um intercâmbio de idéias entre autores, e dar uma dimensão comparativa ao livro. Esta metodologia pode aplicar-se em outros projetos, incluindo as regiões como América do Norte, América, Ásia, África e Oceania.

Além destas atividades, haverá  apresentações na sessão de Economia Política da Comunicação, que vão de segunda (16) a quinta (20), marcada em lilás na programação a seguir: http://cartagena2017.iamcr.org/programme/

E-book “Novos conceitos e territórios na América Latina” será lançado na IAMCR

O livro eletrônico “Novos conceitos e territórios na América Latina” será lançado no dia 18 de julho durante  a conferência da Associação Internacional de Estudos em Comunicação Social (IAMCR). O evento será realizado em Cartagena na Colômbia entre os dias 16 e 20 de julho.

Escrito em inglês e espanhol, a obra editada por Adilson Cabral, César Bolaño, Denize Araujo, Fernando Andacht e Fernando Paulino  contém um total de 33 textos divididos em cinco subtemas relacionados com nove países latino-americanos incluindo o Brasil:

Comunicação Audiovisual, Literatura e Artes;                                                                                                          Comunicação Política & Políticas Culturais;
Imagens e Imaginários Latino-americanos;
Cidadania, Democracia & Migração;
Convergências Tecnológicas, Youtube & Internet;

O livro já está disponível no portal pelo link

Chamada de trabalhos para a SBGames 2017

Está aberto até o dia 23 de julho o prazo para submissão de resumos para o XVI Simpósio de Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital (SBGames 2017). O evento ocorrerá de 2 a 4 de novembro na na PUCPR, em Curitiba-PR.

Submissões

A submissão de abstracts deve ser feita pelo JEMS, da Sociedade Brasileira de Computação, até o dia 23 de julho, com os trabalhos completos sendo enviados até o dia 7 de agosto. Com o aceite notificado, no dia 04 de setembro, tem-se até o dia 18 para os autores enviarem camera-ready e copyright.

São quatro trilhas do evento: Artes e Design, Computação, Cultura e Indústria. Cada trilha pode ter regras mais específicas sobre os idiomas aceitos para os textos, limites de tamanho e outros detalhes. Os modelos para formatação dos artigos das trilhas podem ser obtidos em: Modelo Word e Modelo LaTeX

Trilha cultura

A Trilha de Cultura do SBGames é um espaço para a exploração dos aspectos sociais e culturais dos jogos digitais, promovendo debates interdisciplinares sobre suas relações com diversas áreas, como, por exemplo, a educação. As pesquisas apresentadas nesta trilha abordam os games a partir de uma perspectiva cultural, envolvendo tanto, de um lado, a maneira como diversas dimensões socioculturais afetam os jogos digitais e os jogadores, quanto, de outro lado, como estes afetam diversas dimensões da cultura.

Lista de temas de interesse da trilha de cultura: Games e educação; Games e mídia; Games e linguagem; Games e arte; Games e motivação; Games e sociabilidade; Games e violência; Games e gênero; Games e juventude; Games e psicologia/psicanálise; Games e emoção; Games e trabalho; Games e saúde; Games e corpo; Games e política; Games e filosofia; Games e religião; Games e publicidade; Games e história.

Os trabalhos voltados ao design de jogos digitais (incluindo seus aspectos narrativos, estéticos, artísticos, visuais e sonoros) devem ser submetidos à trilha de Artes e Design. Da mesma forma que os trabalhos voltados à computação aplicada a jogos digitais devem ser submetidos à trilha de Computação; e os trabalhos voltados aos aspectos de administração, negócios, finanças, economia, marketing e vendas, operações e logística, direito e políticas públicas dos jogos digitais devem ser submetidos à trilha de Indústria.

Formatos dos trabalhos

Os trabalhos podem ser enviados em dois formatos: Short Papers e Full Papers, tanto em português quanto em inglês.

Full Papers são trabalhos que apresentam pesquisas já finalizadas ou em estado avançado de finalização. Devem ter um mínimo de sete (7) páginas e um máximo de dez (10) páginas, incluindo a Bibliografia.

Short Papers são pequenos artigos que mostram pesquisas em estado inicial de desenvolvimento, ou mesmo uma pesquisa finalizada, em nível de graduação ou pós-graduação. Dever ter um máximo de quatro (4) páginas, incluindo a Bibliografia.

Todas as submissões devem ser originais, isto é, trabalhos inéditos, não publicados ou apresentados em quaisquer tipos de eventos ou veículos de divulgação científica. Qualquer obra que tenha sido previamente publicada, ou esteja sendo apresentada simultaneamente em eventos ou periódicos, será rejeitada. No processo de avaliação, serão consideradas a contribuição científica do trabalho, sua originalidade, utilização adequada de metodologia e bibliografia.

SBGames

O SBGames é o maior evento acadêmico da América Latina na área de Jogos e Entretenimento Digital. Realizado pela Sociedade Brasileira de Computação, o evento reúne pesquisadores, estudantes e empresários que tem os jogos eletrônicos como objeto de investigação e produto de desenvolvimento. Anualmente são recebidos cerca de mil participantes de diferentes regiões do Brasil e de países como Peru, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, dentre outros. Nos últimos 3 anos o SBGames foi realizado em São Paulo (2016), Teresina (2015) e Porto Alegre (2014).

No seu formato atual, o SBGames é composto de quatro trilhas (Computação, Artes e Design, Indústria, Cultura), além do Festival de Jogos, Mostra de Arte e Tutoriais. As trilhas apresentam artigos e pôsteres, sendo que a trilha da Indústria também inclui painéis e palestras. O Festival de Jogos apresenta protótipos e jogos completos em uma sessão informal dedicada a inovação, técnica, imaginação e emergência de novos talentos. A Mostra de Arte apresenta produções criadas para jogos ou relacionadas a eles. Os tutoriais são apresentações de especialistas da área sobre temas variados.

Mais informações em: http://www.sbgames.org/sbgames2017/home