Seminário comemora 5 anos da Lei de Acesso à Informação

Fonte: FNDC

Na próxima segunda-feira (15) organizações da sociedade civil discutem as fragilidades da Lei de Acesso à Informação (LAI) em seus cinco anos de existência e quais os avanços esperados para o próximo quinquênio.

O seminário “Uma Lei de Acesso à Informação para o Brasil de amanhã”, organizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), ARTIGO 19, Conectas e Transparência Brasil, que desde a criação da LAI promovem eventos anuais para debater sua efetividade, acontece às 19h, no auditório da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, que fica na rua Rocha, 233, em  São Paulo. Haverá um coquetel de boas-vindas a partir das 18h30. A participação é aberta ao público.

Na ocasião, a ARTIGO 19 fará o lançamento do relatório inédito “Os 5 anos de Lei de Acesso à Informação: uma análise de casos de transparência”. A publicação teve como base o acúmulo de análises feitas pela ONG sobre a lei durante esse período para apresentar pela primeira vez um panorama sobre sua aplicação no dia a dia do país. Para isso, cinco casos representativos são apresentados e analisados: “LAI ajuda a abrir informações sobre impacto socioambiental de Belo Monte”; “Transparência Passiva garante publicação da “lista suja” do trabalho escravo por dois anos” ; “Sociedade civil utiliza a LAI para obter dados sobre uso de agrotóxicos”; “O sigilo é a regra: segurança pública e acesso à informação”; e “Ausência de acesso à informação viola direito ao aborto legal”.

A Abraji e a Transparência Brasil, por sua vez, apresentarão o site “Achados e Pedidos”, o maior banco de dados on-line de pedidos de acesso a informações e respostas de órgãos públicos do país. Lançado em março deste ano, o portal permite que o usuário busque dados obtidos por meio da LAI e, assim, encontrar uma informação em um conjunto de dados públicos.

Haverá ainda um painel destinado à apresentação de projetos elaborados a partir do uso de dados e informações obtidos através da LAI.

Confira as iniciativas que foram selecionadas para o debate:

Lista Suja do Trabalho Escravo
Leonardo Sakamoto | Repórter Brasil

Consolidação de dados sobre municípios brasileiros
Marcos Silveira | Datapedia

Avaliação de remessas financeiras feitas por migrantes haitianos residentes no Brasil
Letícia Mamed | Unicamp

Análise da exportação de armas e materiais militares
Bruno Langeani | Sou da Paz

Mapeamento de indígenas presos no Brasil
Michael Mary Nolan, Viviane Balbuglio e Caroline Dias Hilgert | ITTC e IISC

PROGRAMAÇÃO
18h30 | Coquetel de Boas-Vindas
19h | Abertura
Juana Kweitel | Conectas
19h10 | Apresentação do site “Achados e Pedidos”
Juliana Sakai | Transparência Brasil
19h30 | Lançamento do relatório “Os 5 anos de Lei de Acesso à Informação: uma análise de casos de transparência”
Joara Marchezini | Artigo 19
19h50 | Espaço para perguntas
20h10 |Apresentação de projetos selecionados
Moderação: Guilherme Alpendre | Abraji
21h | Espaço para perguntas

SERVIÇO
Evento: “Uma Lei de Acesso à Informação para o Brasil de Amanhã”
Data: 15/05 (segunda-feira)
Horário: a partir das 19h
Local: Auditório da Escola de Direito da FGV
Endereço: R. Rocha, 233, Bela Vista, São Paulo

Seminário TV aberta na era digital na PUC-Rio

A Departamento de Comunicação da PUC-Rio realiza nesta terça-feira (09) o Seminário TV aberta na Era Digital, com palestras às 13h, 15h e 17h, na sala 102-K. Haverá debate sobre a televisão aberta no momento de transição para a digital, o processo político de decisão deste modelo moderno e as questões das TVs regionais e da propriedade das emissoras de TV aberta no Brasil.

Estarão presentes a professora Pâmela Pinto, da Escola de Comunicação da UFRJ; o coordenador do curso de Comunicação Social da UFF, Adilson Cabral; a professora Eula Cabral, do Programa de Pós-Graduação em Memória e Acervos da Fundação Casa de Rui Barbosa, e a coordenadora do curso de Jornalismo da PUC-Rio, professora Patrícia Maurício.

Chamada de Trabalhos CoMusica 2017

O V CoMusica – V Congresso de Comunicação e Música UNISINOS – está com chamada aberta até o dia 2 de junho para resumos expandidos. O evento ocorrerá de 01 a 03 de agosto na UNISINOS, em São Leopoldo-RS.

Chamada

O conceito de indústrias criativas articula dimensões como música, moda e publicidade, entre outras, e implica uma visão holística sobre a vida na cidade. Pensar formas de ser e estar na urbe é um dos principais motivadores dos processos criativos, e os processos de globalização estruturados ao longo das últimas décadas implicam na percepção da relevância que os âmbitos socioculturais possuem na constituição das estruturas econômicas de um país, região ou cidade. As indústrias criativas/culturais são compostas pela produção midiática em diferentes formas – audiovisual (televisão, cinema, internet), rádio, indústria musical, publicações (impressas e online), publicidade e propaganda – e em segmentos como artes, design e arquitetura, entre outros. As cenas musicais e as transformações na indústria da música em sua relação com as cidades, identidades, performances e a criatividade têm sido tensionadas e discutidas criticamente nos últimos anos na pesquisa em comunicação e música. As relações de interface entre comunicação e música (publicidade, jornalismo, audiovisual, comunicação digital, design, moda, cinema, entre outras também são importantes nesse debate).

O V Congresso de Comunicação & Música convida pesquisadores, graduandos/graduados, especialistas, mestrandos/mestres e doutorandos a participar desse debate através da submissão de resumos ampliados para os Grupos de Trabalho do Congresso, a realizar-se entre os dias 01 e 03 de agosto, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), campus São Leopoldo. Trabalhos que discutam outras questões relacionadas à produção, circulação e consumo de música também poderão ser submetidos.

As submissões de propostas devem ser feitas exclusivamente para o e-mail dos GTs através de um resumo ampliado (cerca de 500 palavras), contendo também título, nome completo, filiação institucional, e-mail de contato e palavras-chave (3 a 4).

Ementas dos GTs:

GT 1: Comunicação, Música, Estética e Formações Identitárias

Coordenadores: Jeder Janotti (UFPE) e Thiago Soares (UFPE)

A proposta deste GT é absorver trabalhos que discutam as múltiplas articulações estéticas da música na sociedade atual, levando em conta as poéticas e alteridades da música popular massiva. Reflexões sobre as alteridades, julgamentos de valor, discursos de crítica e relações entre corporeidades e experiência musicais são alguns dos temas que são abarcados por este grupo de trabalho.

E-mail:  gt1vcomusica@gmail.com

GT 2: Música, Afeto e Materialidades

Coordenadoras: Simone Pereira de Sá (UFF) e José Cláudio Castanheira (UFSC)

Este GT tem por foco trabalhos centrados na análise dos aspectos materiais  da produção, circulação e consumo da música, compreendendo as tecnologias e artefatos técnicos como mediadores fundamentais da experiência afetiva de produção e fruição musical. Reflexões sobre a história das tecnologias musicais, as apropriações tecnológicas por cenas musicais, as diversas dimensões da materialidade da escuta; e ainda sobre a ecologia da música no ambiente das redes sociais e plataformas musicais, tanto quanto seus desdobramentos em temas tais como os afetos envolvidos na performance de gosto das cenas virtuais e disputas entre fandoms são alguns dos temas que atravessam o GT.

E-mail:  gt2vcomusica@gmail.com

GT 3: Comunicação, Música e Territorialidades

Coordenadores: Cíntia Fernandes (UERJ) e Micael Herschmann (UFRJ)

O GT se propõe uma reflexão sobre a música no tecido urbano, indagando sobre a experiência musical no espaço e no território, vivenciada em situações diversas que alteram os sentidos conferidos ao ambiente. Mais do que pensar em “paisagens sonoras”, buscamos sublinhar territorialidades que produzem e reconfiguram o espaço e as relações sociais (transitórias, efêmeras e ao mesmo tempo profundas e impactantes) que neles operam.

E-mail:  gt3vcomusica@gmail.com

GT 4: Transformações no Mercado da Música

Coordenadoras: Beatriz Polivanov (UFF) e Rosana Vieira de Sousa (Unisinos/Feevale)

O mercado atual de música tem passado por inúmeras mudanças, muitas vinculadas à circulação de músicas pela internet e pelos sites de redes sociais. Novas estratégias de intervenções musicais e divulgação, além de ocupação de espaços e canais de distribuição de música têm dado um novo perfil para a o mercado musical e na constituição das indústras criativas. De estratégias de crowdfunding por artistas tidos como “independentes” a megafestivais de música que vendem o “consumo da experiência”, passando por cenas que se consolidam virtualmente (como as da game music), atenta-se aqui para uma série de eventos e atividades que têm produzido alterações nas maneiras de produzir, acessar e experimentar a música. E-mail:  gt4vcomusica@gmail.com

Calendário:

Submissão dos resumos expandidos: até 02/06/17

Divulgação dos resultados das submissões: 02/07/17

Inscrições: de 02/06/2017 a 28/07/17

Informações gerais sobre o congresso pelo e-mail: vcomusica@gmail.com

INSCRIÇÕES

As inscrições e pagamentos serão feitas online e o link será divulgado a partir das próximas semanas.

ESTUDANTES ou PARTICIPANTES COM CERTIFICADO:

R$ 100,00 (de 02/06 a 02/07/2017)

R$ 120,00 (de 03/07 a 15/07)

R$ 140,00 (a partir de 15/07, durante o congresso)

DOCENTES:

R$ 120,00 (de 02/06 a 02/07/2017)

R$ 140,00 (de 03/07 a 15/07)

R$ 160,00 (a partir de 15/07, durante o congresso)

Evento

O V CoMusica é organizado pelo Grupo de Pesquisa CULTPOP – Cultura Pop, Comunicação e Tecnologias do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UNISINOS e conta com a parceria da Rede de Pesquisa em Comunicação e Música envolvendo UNISINOS, UFF, UFRJ, UERJ e UFPE, além do PROCAD/CAPES UFF/UNISINOS/UFPE.

Comissão Organizadora Local: Dra. Adriana Amaral (PPGCC UNISINOS/ CULTPOP), Dra. Rosana Vieira de Souza (PPG Indústria Criativa FEEVALE/ UNISINOS), Dr. Ronaldo Henn (PPG UNISINOS/LIC – Laboratório de Investigação do Ciberacontecimento), Dr. Marcelo Bergamin Conter (IFRS), Me. Carol Govari Nunes (CULTPOP) e Paola Sartori (IC/CNPq).

Informações gerais sobre o congresso pelo e-mail: vcomusica@gmail.com. Acesse ainda a página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/VComusica/

Colóquio de Culturas Digitais acontecerá no Rio

No dia 15 de maio de 2017, às 18h, será realizado no Rio de Janeiro o I Colóquio de Culturas Digitais. O evento acontecerá na Sala de Cursos da Fundação Casa de Rui Barbosa. Com o objetivo de reunir alunos de Pós-graduação e pesquisadores das áreas de Metodologias e de Culturas Digitais para analisar e debater o campo, criando espaços de interlocução e troca entre pesquisadores e alunos.

No I Colóquio, a professora da Escola de Comunicação e do Programa de Pós-graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social da UFRJ, pesquisadora Mônica Machado, falará sobre “Etnografias em culturas digitais”. Já a professora do Programa de Pós-graduação em Memória e Acervos da FCRB, pesquisadora Eula Cabral, sobre “Pesquisas na Internet”.

Para participar do I Colóquio de Culturas Digitais é preciso se inscrever, por email, no endereço coloquio.epcc@gmail.com. O evento é gratuito e garante Certificado aos que tiverem confirmadas suas inscrições via email e presença no evento.

O Colóquio é uma realização da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB); Programa de Pós-Graduação em Memória e Acervos – Mestrado Profissional em Memória e Acervos; disciplina Metodologias de Pesquisa; Centro de Pesquisa e Produção em Comunicação e Emergência (Emerge); Colóquio de Economia Política da Comunicação e da Cultura (CEPCC); Centro de Pesquisa e Produção em Comunicação e Emergência (Emerge); Coordenação Interdisciplinar de Estudos Contemporâneos (CIEC); e Grupo de Pesquisa de Tecnologias e Comunicação em Instituições de Memória (GPTICIM).

A Sala de Cursos da Fundação Casa de Rui Barbosa fica localizada na Rua São Clemente 134 – térreo – prédio principal, no bairro de Botafogo (Rio de Janeiro – RJ), perto do metrô de Botafogo.

Análises críticas da história da mídia serão tema de atividades na Alcar 2017

A décima primeira edição do Encontro Nacional de História da Mídia (Alcar 2017) terá em sua vasta programação dois espaços relevantes para uma análise crítica da mídia. O evento que ocorrerá entre os dias 08 e 10 de junho na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo é um dos mais importantes na área de comunicação no país.

A palestra de abertura com o historiador inglês Peter Burke é o primeiro espaço crítico. Peter fará a palestra de abertura do evento, agendada para o dia 08 de junho às 20h e falará sobre as manipulações midiáticas em perspectiva histórica.

No mesmo dia às 16 horas haverá a mesa com o tema “Periodização da História: revisão crítica” mediada por Aline Strelow e composta pelos professores Verlane Aragão e César Bolaño (coordenadora e vice-coordenador do Observatório de Economia e Comunicação da Universidade Federal de Sergipe – OBSCOM/CEPOS) e Anita Simis, coordenadora do Grupo de Pesquisa de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura da Intercom.

As inscrições para o evento vão até o dia 20 de maio. Para mais informações acesse http://www.alcar2017.com.br/

Chamada de trabalhos para o 13º Encontro de Música e Mídia

O Centro de Estudos em Música e Mídia, vinculado ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação da Universidade Paulista (PPGCOM – UNIP), está com chamada aberta para textos, pôsteres e audiovisual até o dia 05 de maio para o 13º Encontro Internacional de Música e Mídia: Os sons que vemos, as imagens que ouvimos. O evento ocorrerá de 13 a 15 de setembro.

Ementa

Passados mais de 100 anos do advento das tecnologias do som, ainda há muito a se conhecer e reconhecer sobre todo o potencial das linguagens sonoras e, especialmente, a música, na composição semântica, sobretudo de uma obra audiovisual. A música informa, em forma; é parte constitutiva de diversas linguagens da mídia.

A música exerce um papel fundamental, mesmo quando não composta ou selecionada para ser percebida em primeiro plano. Ainda que o que ela tem a dizer esteja no próprio som – frequências, ritmos, timbres…- essa mesma autorreferencialidade a permite estabelecer vínculos semânticos: códigos específicos apoiando em signos cristalizados pela cultura e apropriados pela dramaturgia audiovisual: O som atua como (p)arte da narrativa, como já disse o maestro Julio Medaglia, nas peças publicitárias, longas-metragens, temas de abertura de programas (televisivos, radiofônicos e outros), spots, jingles (publicitários, políticos).

No mundo contemporâneo em que a visualidade impera, as imagens técnicas levam a música a um papel coadjuvante: basta atentar para o apelo dos espetáculos, de um modo geral e a profusão de aparelhos reprodutores e fixadores de imagens visuais. Em algumas situações as linguagens sonoras e, particularmente, a música, atuam para serem percebidas, mas não escutadas de maneira consciente.

Em síntese, para além de uma oscilação entre a prevalência de uma linguagem sobre a outra, o que se poder verificar é a natureza em comum: o visível e o audível. No domínio destas linguagens – sonoras e visuais – vão surgindo novas derivações híbridas que exigem, por conseguinte, novas formas de sensibilidade e aptidão cognitiva, tal é o caso de composições para games. E estas formas de perceber e assimilar códigos novos demanda novas formas de consumo, o que supõe a distribuição de conteúdos, formas de circulação etc.

Este 13º Encontro propõe, assim, uma ampla discussão sobre as linguagens audiovisuais e suas formas de consumo e convida os interessados a participarem das discussões, como ouvintes ou propondo comunicações, dentro dos eixos três temáticos, a seguir:

1. Do som que vemos à imagem que ouvimos: Inúmeras cosmogonias relatam a inauguração do universo a partir de um som poderoso, relacionado a manifestações da natureza. Essa forma de associação simbólica foi transferida para a decodificação de outros eventos sonoros, transferidos para a música: A sinestesia a associação semântica passou a ser uma das habilidades do compositor, da “teoria dos afetos” à contemporaneidade. Quanto à imagem, as pinturas rupestres já registram o mundo circundante, mas mudo. As preocupações entre correspondências entre a música- assim como as demais linguagens sonoras – e as visuais ganham força com o surgimento das mídias. Este eixo pretende abordar situações em que a música “quer dizer algo”, mas relacionada formalmente com as linguagens visuais.

2. Música, audiovisualidades e mediações:  Questões que envolvem mercados e economia política tanto do mainsntream como dos novos arranjos e novos atores nos processos de produção audiovisuais como videoclipes, peças publicitárias, telenovelas, cinema, videogames, entre outros produtos da cultura midiática. Este eixo contempla também estudos de recepção, fãs e práticas de consumo (material e simbólico) de produtos audiovisuais, bem como as tecnicidades envolvidas nestes processos.

3. Abordagens metodológicas e criação: Este eixo pretende dar voz e vez aos estudos relativos às linguagens audiovisuais, através de apresentação de propostas criativas e novas perspectivas teóricas sobre o tema, além das poéticas da linguagem. Serão aceitas as propostas descritas em formato texto de sua realização audiovisual, ou mesmo propostas de texto descrevendo tais formas metodológicas de aproximação às linguagens audiovisuais.

Submissão de propostas

Serão aceitos trabalhos em três modalidades: textos escritos, pôster e audiovisual (formato DVD). Para todos eles, será necessário o envio de resumo, como indicado, a seguir:

O resumo, contendo entre 200 e 250 palavras, deverá ser enviado, impreterivelmente até, para o. Nele, deve incluir: entre 5 a 10 referências bibliográficas, utilizando o sistema Chicago (autor/data), 3 a 5 palavras-chave, além do título. O corpo do texto deverá mencionar a) justificativa; b) objetivos; c) marco teórico; d) metodologia; e) resultados. Formatação: arquivo em word (.doc) 2003; Times New Roman; Tamanho: 11; Espaçamento: simples. Anexar uma nota biográfica resumida (máximo 4 linhas).

A divulgação dos resultados será anunciada até o dia 15 de maio, na página do MusiMid e na página do MusiMid no Facebook.

Instruções para a apresentação dos trabalhos completos:

Textos escritos:

A versão completa dos textos (entre 10 e 20 páginas) deverá ser entregue ado dia 1º ao dia 12 de agosto, já em sua versão final, com o formato de edição e revisão de texto. Todos os trabalhos enviados dentro das normas de publicação e do prazo regulamentar serão publicados em atas. Note-se que o autor é responsável pela revisão do texto e solicitação de autorização de reprodução de imagens aos detentores dos direitos autorais.

Textos audiovisuais:

Os trabalhos em audiovisual deverão ter uma duração entre três e dez minutos, e deverá ser apresentada no formato DVD. Constará de uma sessão temática destinada a modalidades dessa natureza. O resultado final deve conter toda a ficha técnica.

Confecções de Pôsteres:

Os pôsteres deverão conter: título do trabalho, instituição, autores, objetivos, metodologia, resultados, conclusões e as referências bibliográficas mais importantes. O número mínimo de palavras no pôster é 180, e o máximo 250.
Deverá ter as seguintes dimensões: altura 130 cm – Largura: 80 cm. (Por ocasião da divulgação dos resultados, apresentaremos sugestões para sua montagem).

Datas importantes:

Chamada para trabalhos: 10 de abril a 5 de maio

Resultado da seleção: 29 de maio

Envio dos trabalhos completos: de 1º a 12 de agosto.

Maiores informações (em breve), na página do MusiMid no Facebook: https://www.facebook.com/musimid/

Ponderações sobre a transmissão de futebol na Internet

Por Anderson David Gomes dos Santos*

Atlético-PR e Coritiba estão fazendo a final do Campeonato Paranaense, mas sem transmissão em TV aberta, apenas pelos canais dos clubes no Facebook e no Youtube. Houve, para os jogos da primeira fase (veja o que escrevi sobre na Caros Amigos), muito texto que deu ode ao processo como indicativo de fim do “monopólio da Globo” sobre os eventos de futebol. Mas que “novo” modelo é esse?

Constituídos há 30 anos sob uma base que se estreitou para a dependência financeira, os direitos de transmissão dos clubes em torneios de futebol deveriam ser vendidos de acordo com a maior valorização de seu produto, podendo ser para um ou mais agentes, desde que com a garantia de visibilidade à marca do time e às que ele expõe. Nesses termos, diferentes decisões em favor da concorrência vêm se dando desde os anos 1990, quando se acirra a disputa pelo produto futebol televisionado no mundo, que partem da perspectiva de que ainda que o produto seja o campeonato como um todo, quanto mais e melhor receberem todos os clubes, melhor a competitividade nas partidas e mais emoção a ser “vendida” ao torcedor, que também é o telespectador, mercadoria audiência a ser negociada aos anunciantes pelos grupos midiáticos ou que adquire o produto diretamente se considerado o pay-per-view.

Assim, antes de qualquer discussão sobre o “fim do monopólio” global ou de endeusamento das ferramentas (privadas) de Internet, entender que as ferramentas digitais podem ser mais um nicho a ser explorado, e não apenas vender num pacote global é a principal mudança que a decisão da dupla Atletiba representa. Vale citar que do Termo de Cessação de Conduta sobre a venda de direitos de transmissão de eventos de futebol no Brasil, de 2010, o Conselho Administrativo de Direito Econômico (CADE) deixou claro que os clubes têm autonomia de vender seus direitos de imagem de forma isolada e não em associação/federação, se assim o quiserem, desde que os contratos sejam separados por meio de comunicação. Então nada impede que deixem a internet para acordos mais promissores – inclusive, os acordos de alguns clubes na TV fechada com o Esporte Interativo, a partir de 2019, não devem impedir que a Rede Globo fique com os direitos na transmissão gratuita. Trata-se, portanto, de algo que beneficia os clubes enquanto agentes de mercado em competição, não necessariamente no que se refere ao processo de democratização da comunicação. Perceba-se que em nenhum momento os presidentes dos clubes usam a palavra “acesso” ao conteúdo como motivo.

No caso paranaense, se o Grupo Globo oferecesse o valor pretendido só aos dois times – e não ao Paraná, que se beneficiou por ter sido o único grande paranaense com acordo com a RPCTV, tendo mais jogos transmitidos em TV aberta –, não haveria qualquer preocupação em enfrentá-lo. Isso ocorreu por ter sido um dos poucos estaduais desvalorizado por afiliada da Globo e pelas mudanças, graças ao SporTV, da divisão de cotas para a Primeira Liga, que fez os times paranaenses saírem do torneio no início do ano ao reproduzirem o modelo do Campeonato Brasileiro, beneficiando especialmente o Flamengo.  Ainda que neste caso ambos tenham assinado acordo em TV fechada para o Campeonato Brasileiro a partir de 2019 com os canais Esporte Interativo/Turner – que emprestaram uma equipe de narração para as finais do Paranaense -, o objetivo é financeiro e de maior número de jogos transmitidos.

Há ainda outra ponderação necessária. Os clubes podem usar esse filão para vender seus jogos a partir de outras temporadas, modelo que já existe na internet, tanto por serviços próprios quanto pelos canais no Youtube – que lançou este ano sua “versão Netflix” nos Estados Unidos, em parceria com importantes grupos de radiodifusão para retransmiti-los em tempo real. Podemos citar a Copa do Rei (Espanha) e a Copa América de 2015, que o Youtube exibia desde que se comprasse os jogos e/ou torneios completos para se ver por streaming – no caso da segunda, a opção era bloqueada para o Brasil, dado que o Grupo Globo compra o pacote todo de direitos, incluindo a internet. Vale lembrar ainda que o modelo de transmissão no Facebook, primeira transmissão de futebol nesta mídia no mundo, foi um dos pilares de base para o Esporte Interativo criar seu serviço de streaming, o EI Plus.

Como o supracitado caso do Esporte Interativo aponta, transmitir na internet não é inédito no Brasil. O próprio E+I vem disponibilizando no Youtube só o áudio de jogos de quem assinou contrato com ele como uma forma de propaganda – vide Santos 1X2 Palmeiras no Paulistão deste ano e do clássico Bavi do Nordestão, que ocorreu no último domingo. Algumas TVs de federações reproduzem os jogos não exibidos na TV aberta dos Estaduais nestes canais, casos da Federação Alagoana de Futebol, desde o ano passado – que também exibiu no final de semana o primeiro jogo da final do Alagoano, mesmo com transmissão da afiliada da Globo, com quase 20 mil visualizações –, e da Federação Paulista de Futebol, na Copinha e das divisões inferiores. Além de ocorrerem transmissões de partidas de base e de jogos-treino nos canais de Youtube de clubes como Palmeiras e São Paulo. Nestes casos, trata-se de mais um elemento de divulgação, para além de placas publicitárias e camisas (incluindo a da arbitragem para os Estaduais), para se arranjar patrocinadores ao torneio e para expor a marca nos clubes.

O último Atletiba teve ainda mais audiência que o primeiro. Os canais de Facebook de Atlético e Coritiba tiveram, respectivamente, 612 mil e 444 mil visualizações; enquanto no Facebook o número foi de 310 mil e 239,5 mil, o que representa um total de mais de 1,5 milhão de visualizações, com amplitude de divulgação para além do Paraná. Além disso, representa politicamente uma tentativa de ser protagonista também frente à Federação Paranaense, um dos grandes problemas persistentes dos clubes de futebol no Brasil. Ambos tentam lucrar (incluindo aí as placas em torno do gramado) mais do que os supostos R$ 2 milhões que seriam pagos pelos direitos de transmissão do torneio por inteiro apenas com os dois jogos das finais.

De toda forma, sempre é importante ressaltar que são os direitos de transmissão de eventos esportivos que vêm propiciando ampla discussão sobre a estrutura do mercado comunicacional brasileiro, especialmente nos últimos 10 anos. Cada caso que aparece expõe para um público ainda maior as deficiências de devida regulação neste setor econômico e o quanto isto pode prejudicar um conjunto maior de pessoas, incluindo aí a própria expansão da mercantilização sobre o futebol. Cabe aos clubes entenderem seu protagonismo neste processo. Atlético e Coritiba estão dando passos quanto a isso.

* Anderson David Gomes dos Santos é professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), jornalista graduado em Comunicação Social pela UFAL e mestre em Ciências da Comunicação pela UNISINOS, membro do grupo de pesquisa OBSCOM/CEPOS.