Ex-presidente da ULEPICC-Brasil é reeleito para o CGI.br

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou o resultado final do quinto processo eleitoral, que elegeu representantes da Sociedade Civil, para exercer mandato de três anos (2017-2019), como titulares e suplentes do Comitê. Dentre os titulares está Marcos Dantas, professor da UFRJ e ex-presidente do capítulo Brasil da União Latina de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura (ULEPICC-Brasil).

Marcos Dantas é professor titular da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ) e presidiu a ULEPICC-Brasil em 2016. Doutor em Engenharia da Produção (COPPE-UFRJ), integra o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) desde o triênio anterior e coordena o Grupo de Trabalho da SOCICOM sobre regulamentação dos meios de comunicações.  Já exerceu os cargos de Secretário de Educação a Distância do MEC (2004-2005), Secretário de Planejamento e Orçamento do Ministério das Comunicações (2003), entre outras funções públicas.

O processo eleitoral do CGI.br ocorre a partir dos votos de um colégio composto por entidades representativas do Setor Empresarial, Terceiro Setor e Comunidade Científica Tecnológica. Ao total, 590 entidades de todas as regiões do País participaram das eleições. Cada uma delas escolheu, por meio de voto eletrônico, um candidato para representá-la no CGI.br.

Desde 2003, o CGI.br é composto por 21 integrantes, sendo 11 representantes eleitos pela Sociedade Civil, nove representantes de órgãos de governo e um representante de notório saber em assuntos de Internet. Veja a lista completa de titulares e suplentes por categoria em: http://cgi.br/pagina/resultado-final-das-eleicoes-cgi-br-2016/328.

História e atividades do CGI.br

Criado em 31 de maio de 1995, o CGI.br foi reformulado e ampliado em setembro de 2003 e tem entre seus objetivos, promover a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços de Internet no Brasil; coordenar a atribuição de endereços internet (IPs) e realizar o registro de nomes de domínios sob o ccTLD “.br”; estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e o desenvolvimento da Internet no Brasil; coletar, organizar e disseminar informações sobre os serviços Internet; operar os Pontos de Troca de Tráfego – IX.br; e viabilizar a participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web.

Os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet, que serviu de base para a lei do Marco Civil da Internet, destaca-se dentre as diversas atividades do CGI.br, que em 2015 comemorou seu 20º aniversário com um Ciclo de Conferências que reuniu cientistas, pensadores, inventores, ativistas e personalidades da Internet.

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet 

Fonte: com CGI.br

Chamada de artigos sobre comunicação e sociedade civil

A revista Esferas está com chamada aberta até o dia 18 de junho para o dossiê “Comunicação e sociedade civil”, a ser editorada pelo prof. Dr. Rafael Cardoso Sampaio (UFPR).

EMENTA

Com o avanço do uso de tecnologias digitais por toda a esfera civil, notadamente das redes sociais e dos dispositivos móveis, as relações entre a sociedade civil e os media parecem cada vez mais imbricadas. De um lado, os movimentos sociais passaram a utilizar os meios digitais em suas ações cotidianas, o que gerou diversos ganhos em termos de organização e visibilidade. Por outro prisma, tais movimentos e ações continuam a ter relações tensas com os meios tradicionais de comunicação e com o jornalismo profissional. Simultaneamente, surgem cada vez mais mídias e formas de comunicação e de jornalismo alternativo, assim como ações coletivas mais horizontais e efêmeras. Todo este cenário aponta para um enfraquecimento, mas não o fim da importância do jornalismo profissional como mediador da esfera de visibilidade pública.

Esta chamada busca trabalhos que façam uma interface entre comunicação e sociedade civil. Ao propô-la, a Esferas almeja receber estudos e reflexões sobre relações e imbricamentos entre sociedade civil e comunicação, dois conceitos amplos e constantemente em disputa. Os artigos devem tentar compreender como indivíduos e organizações da esfera civil interagem e transacionam com os agentes e instituições midiáticas ou como se dá a possível resistência a tais atores, como a criação e/ou utilização de meios alternativos de comunicação (de blogs e perfis em redes sociais a jornais e rádios comunitárias). Finalmente, são aceitas análises que procurem compreender como se dá a cobertura jornalística sobre tais movimentos, organizações e ações.

Nomeadamente, os trabalhos poderão refletir sobre: 1) ações coletivas, movimentos sociais ou organizações cívicas e suas relações com os media e/ou opinião pública; 2) midiativismo; 3) comunicação das organizações cívicas junto aos diversos públicos de interesse; 4) comunicação comunitária; 5) ciberativismo; 6) participação política, engajamento e mobilização social; 7) esfera pública e deliberação; 8) representação política não-eleitoral; 9) lutas por reconhecimento; 10) agendamento e/ou enquadramento da sociedade civil e/ou de suas ações.

REVISTA

A publicação (Qualis B2 – Comunicação e Informação) é um espaço coletivo de trocas e reflexões, sob a égide dos Programas de Pós-graduação em Comunicação da Universidade de Brasília, da Universidade Federal de Goiás e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, além do mestrado em Comunicação da Universidade Católica de Brasília.

Mais informações: http://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/