Análises críticas da história da mídia serão tema de atividades na Alcar 2017

A décima primeira edição do Encontro Nacional de História da Mídia (Alcar 2017) terá em sua vasta programação dois espaços relevantes para uma análise crítica da mídia. O evento que ocorrerá entre os dias 08 e 10 de junho na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo é um dos mais importantes na área de comunicação no país.

A palestra de abertura com o historiador inglês Peter Burke é o primeiro espaço crítico. Peter fará a palestra de abertura do evento, agendada para o dia 08 de junho às 20h e falará sobre as manipulações midiáticas em perspectiva histórica.

No mesmo dia às 16 horas haverá a mesa com o tema “Periodização da História: revisão crítica” mediada por Aline Strelow e composta pelos professores Verlane Aragão e César Bolaño (coordenadora e vice-coordenador do Observatório de Economia e Comunicação da Universidade Federal de Sergipe – OBSCOM/CEPOS) e Anita Simis, coordenadora do Grupo de Pesquisa de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura da Intercom.

As inscrições para o evento vão até o dia 20 de maio. Para mais informações acesse http://www.alcar2017.com.br/

Chamada de trabalhos para o 13º Encontro de Música e Mídia

O Centro de Estudos em Música e Mídia, vinculado ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação da Universidade Paulista (PPGCOM – UNIP), está com chamada aberta para textos, pôsteres e audiovisual até o dia 05 de maio para o 13º Encontro Internacional de Música e Mídia: Os sons que vemos, as imagens que ouvimos. O evento ocorrerá de 13 a 15 de setembro.

Ementa

Passados mais de 100 anos do advento das tecnologias do som, ainda há muito a se conhecer e reconhecer sobre todo o potencial das linguagens sonoras e, especialmente, a música, na composição semântica, sobretudo de uma obra audiovisual. A música informa, em forma; é parte constitutiva de diversas linguagens da mídia.

A música exerce um papel fundamental, mesmo quando não composta ou selecionada para ser percebida em primeiro plano. Ainda que o que ela tem a dizer esteja no próprio som – frequências, ritmos, timbres…- essa mesma autorreferencialidade a permite estabelecer vínculos semânticos: códigos específicos apoiando em signos cristalizados pela cultura e apropriados pela dramaturgia audiovisual: O som atua como (p)arte da narrativa, como já disse o maestro Julio Medaglia, nas peças publicitárias, longas-metragens, temas de abertura de programas (televisivos, radiofônicos e outros), spots, jingles (publicitários, políticos).

No mundo contemporâneo em que a visualidade impera, as imagens técnicas levam a música a um papel coadjuvante: basta atentar para o apelo dos espetáculos, de um modo geral e a profusão de aparelhos reprodutores e fixadores de imagens visuais. Em algumas situações as linguagens sonoras e, particularmente, a música, atuam para serem percebidas, mas não escutadas de maneira consciente.

Em síntese, para além de uma oscilação entre a prevalência de uma linguagem sobre a outra, o que se poder verificar é a natureza em comum: o visível e o audível. No domínio destas linguagens – sonoras e visuais – vão surgindo novas derivações híbridas que exigem, por conseguinte, novas formas de sensibilidade e aptidão cognitiva, tal é o caso de composições para games. E estas formas de perceber e assimilar códigos novos demanda novas formas de consumo, o que supõe a distribuição de conteúdos, formas de circulação etc.

Este 13º Encontro propõe, assim, uma ampla discussão sobre as linguagens audiovisuais e suas formas de consumo e convida os interessados a participarem das discussões, como ouvintes ou propondo comunicações, dentro dos eixos três temáticos, a seguir:

1. Do som que vemos à imagem que ouvimos: Inúmeras cosmogonias relatam a inauguração do universo a partir de um som poderoso, relacionado a manifestações da natureza. Essa forma de associação simbólica foi transferida para a decodificação de outros eventos sonoros, transferidos para a música: A sinestesia a associação semântica passou a ser uma das habilidades do compositor, da “teoria dos afetos” à contemporaneidade. Quanto à imagem, as pinturas rupestres já registram o mundo circundante, mas mudo. As preocupações entre correspondências entre a música- assim como as demais linguagens sonoras – e as visuais ganham força com o surgimento das mídias. Este eixo pretende abordar situações em que a música “quer dizer algo”, mas relacionada formalmente com as linguagens visuais.

2. Música, audiovisualidades e mediações:  Questões que envolvem mercados e economia política tanto do mainsntream como dos novos arranjos e novos atores nos processos de produção audiovisuais como videoclipes, peças publicitárias, telenovelas, cinema, videogames, entre outros produtos da cultura midiática. Este eixo contempla também estudos de recepção, fãs e práticas de consumo (material e simbólico) de produtos audiovisuais, bem como as tecnicidades envolvidas nestes processos.

3. Abordagens metodológicas e criação: Este eixo pretende dar voz e vez aos estudos relativos às linguagens audiovisuais, através de apresentação de propostas criativas e novas perspectivas teóricas sobre o tema, além das poéticas da linguagem. Serão aceitas as propostas descritas em formato texto de sua realização audiovisual, ou mesmo propostas de texto descrevendo tais formas metodológicas de aproximação às linguagens audiovisuais.

Submissão de propostas

Serão aceitos trabalhos em três modalidades: textos escritos, pôster e audiovisual (formato DVD). Para todos eles, será necessário o envio de resumo, como indicado, a seguir:

O resumo, contendo entre 200 e 250 palavras, deverá ser enviado, impreterivelmente até, para o. Nele, deve incluir: entre 5 a 10 referências bibliográficas, utilizando o sistema Chicago (autor/data), 3 a 5 palavras-chave, além do título. O corpo do texto deverá mencionar a) justificativa; b) objetivos; c) marco teórico; d) metodologia; e) resultados. Formatação: arquivo em word (.doc) 2003; Times New Roman; Tamanho: 11; Espaçamento: simples. Anexar uma nota biográfica resumida (máximo 4 linhas).

A divulgação dos resultados será anunciada até o dia 15 de maio, na página do MusiMid e na página do MusiMid no Facebook.

Instruções para a apresentação dos trabalhos completos:

Textos escritos:

A versão completa dos textos (entre 10 e 20 páginas) deverá ser entregue ado dia 1º ao dia 12 de agosto, já em sua versão final, com o formato de edição e revisão de texto. Todos os trabalhos enviados dentro das normas de publicação e do prazo regulamentar serão publicados em atas. Note-se que o autor é responsável pela revisão do texto e solicitação de autorização de reprodução de imagens aos detentores dos direitos autorais.

Textos audiovisuais:

Os trabalhos em audiovisual deverão ter uma duração entre três e dez minutos, e deverá ser apresentada no formato DVD. Constará de uma sessão temática destinada a modalidades dessa natureza. O resultado final deve conter toda a ficha técnica.

Confecções de Pôsteres:

Os pôsteres deverão conter: título do trabalho, instituição, autores, objetivos, metodologia, resultados, conclusões e as referências bibliográficas mais importantes. O número mínimo de palavras no pôster é 180, e o máximo 250.
Deverá ter as seguintes dimensões: altura 130 cm – Largura: 80 cm. (Por ocasião da divulgação dos resultados, apresentaremos sugestões para sua montagem).

Datas importantes:

Chamada para trabalhos: 10 de abril a 5 de maio

Resultado da seleção: 29 de maio

Envio dos trabalhos completos: de 1º a 12 de agosto.

Maiores informações (em breve), na página do MusiMid no Facebook: https://www.facebook.com/musimid/