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Joanne Mota: Rede Globo, 50 anos de ataques à democracia

Posted by Joanne Mota on maio 14, 2015 in Coluna Cepos | 77 Views

    “Hoje, a Globo que determina o que as pessoas vão conversar, de forma quase monopolista, sem que haja qualquer tipo de alternativa a esse debate. Com uma política editorial de manipulação contra os interesses populares, sempre a favor das elites.”, disparou Laurindo Lalo Leal Filho, professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e apresentador do programa VerTv, exibido pela TV Brasil, ao comentar os 50 anos da Rede Globo no Brasil.

    O pesquisador lembra que “as Organizações Globo ocuparam um espaço que foi aberto na sociedade brasileira a partir da ideia de que não deve existir regulação para os meios de comunicação. A TV Globo é herdeira do jornal e da rádio Globo, que ocuparam, desde o início, sem nenhum tipo de controle, o espaço eletromagnético, as ondas de rádio e TV. Com isso, criaram uma estrutura que acabou se tornando praticamente monopolista. As concorrentes que surgiram acabaram por adotar o seu modelo, mas nunca conseguiram atingir os mesmos graus e índices de cobertura”.

    E completou: “A Rede Globo quer o monopólio total, o controle absoluto das ideias, informações e valores que circulam no país e, por isso, utilizam todos os recursos para que a liberdade de expressão seja uma liberdade controlada por eles”.

    50 anos de poder e hegenomia

    Laurindo Leal ainda destaca que o poder e hegemonia da chamada vênus platinada se deu graças, primeiro, à total falta de regulação e, segundo, às relações que ela sempre buscou ter com os membros do poder, particularmente, aqueles mais conservadores. Hoje, é a Globo que determina o que as pessoas vão conversar: é sobre novela, futebol ou escândalo político. São esses três eixos de conteúdo que ela oferece, de forma quase monopolista, sem que haja qualquer tipo de alternativa a esse debate”.

    O pesquisador salienta que a maior empresa de comunicação do Brasil se tornou um poder que impede uma maior circulação de ideias e a ampliação da liberdade de expressão. Hoje, o debate público é controlado pela Globo.

     Globo e sua relação com a ditadura

    Durante a entrevista, Laurindo Leal Filho lembrou da relação golpista que a Globo manteve com o regime militar.

    “O início da história golpista da Globo, ainda com a rádio e o jornal, pode ser localizada na tentativa de golpe contra o governo Vargas. Ali se tentou um golpe que foi adiado por dez anos: de 1954, com a morte de Vargas, para 1964, com a deposição do Jango [como era conhecido o ex-presidente João Goulart]. Houve uma campanha sistemática contra ele – como a que fazem hoje contra a presidente Dilma –, dando todo o apoio ao golpe militar e, depois, fazendo a sustentação política da ditadura, em troca de favores e vantagens”.

    Luta de ideias

    Ao apontar a influência da rede no debate político nacional e seu objetivo com essa atuação. ele indicou que a Rede Globo é a responsável pelo não aprofundamento da democracia no Brasil.

    “Ela [a Globo] faz isso através de dois mecanismos. O primeiro é a questão cultural, mantendo a população alienada, afastada do processo político através de uma programação que faz com que as pessoas deixem de prestar atenção a aquilo que é essencial à vida delas enquanto cidadãs, distraindo com a superficialidade da programação. A Globo é responsável pela despolitização do brasileiro”.

    Partido de oposição

    Para o pesquisador, a Rede Globo se consolidou como um grande partido de oposição. “Não sou eu quem digo. A própria ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais disse isso há alguns anos. “Como a oposição está muito frágil, a imprensa tem que assumir seu papel”. Então, nos governos Lula e Dilma a oposição está centrada nos grandes meios de comunicação que, inclusive, pautam os partidos de oposição”

    E lembrou que são inúmeros os casos. “Hoje, a mídia é o grande partido de oposição e a Rede Globo é o principal agente desse partido”.

    Democratização da comunicação

    Ao final da entrevista, Laurindo Leal Filho falou sobre a luta central pela democratização do setor e criticou os que acham que regular é censurar.

    “Na verdade, eles são os censores. Eles é que fazem a censura de inúmeros assuntos, temas e angústias da sociedade brasileira, que não têm espaço na sua programação. Apesar de estarmos há mais de 30 anos sem censura oficial, eles usam um conceito de fácil assimilação pela população, e que ainda tem reverberação por aquilo que ocorreu durante o regime militar, para taxar aqueles que querem justamente o contrário, aqueles que querem o fim da censura estabelecida por esses meios e a ampliação da liberdade de expressão”.

    Para o pesquisador, “a batalha pela liberdade de expressão é uma batalha difícil, porque nós temos que contrapor um conceito de fácil assimilação, um conceito que tem de ser explicado em seus detalhes, que é o da liberdade de expressão. Quando se quer a regulação dos meios de comunicação, se quer que mais vozes possam se expressar na sociedade brasileira”.

    Domingão do Povão

    A Pós-TV, projeto do coletivo Fora do Eixo, produziu um vídeo, que circula pelas redes sociais, sobre as contradições do jornalismo da Rede Globo.

    *Joanne Mota é pesquisadora do OBSCOM/CEPOS; Editora do Portal Eptic Online e jornalista do Portal Vermelho.

    Posted in Coluna Cepos | Tagged Democratização da Comunicação, Economia Política da Comunicação, Rede Globo

    About the Author

    Joanne Mota

    Joanne Mota

    Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Sergipe (PPGCOM-UFS); Pós-Graduada em Globalização e Cultura, pela Faculdade de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp). Bacharel em Comunicação, pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Vinculada ao Observatório de Economia e Comunicação (Obscom/UFS), que é coordenado pela Professora Doutora Verlane Aragão Santos e pelo Professor Doutor César Ricardo Siqueira Bolaño. Integrante da Rede de Economia Política das Tecnologias da Informação, da Comunicação e da Cultura (Eptic), editora do Portal Eptic.

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