ANCINE publica estudo sobre televisão aberta no Brasil

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A ANCINE publicou, no site do OCA – Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual, o estudo “TV Aberta no Brasil: aspectos econômicos e estruturais”. Considerando a grande relevância do segmento para o setor audiovisual brasileiro, o trabalho apresenta as características econômicas e jurídicas do segmento e realiza um levantamento de três das principais redes que atuam em TV Aberta no país.

O estudo, em sua primeira parte, apresenta brevemente o marco legal que disciplina o funcionamento do setor, expõe a cadeia de valor da TV aberta e os agentes envolvidos em cada elo, além de tratar dos aspectos econômicos desta atividade, relativos ao tipo de produto ofertado, estrutura do mercado, estratégias de expansão e o modelo de negócios adotado.

Na segunda parte, o trabalho propõe uma metodologia de análise para o segmento de televisão aberta no país a partir das redes de afiliação estabelecidas entre emissoras comerciais. Para tanto, baseou-se em informações públicas a respeito de três grandes redes comerciais nacionais – Band, Globo e Record – e suas afiliadas, com dados obtidos em seus respectivos sites .

O trabalho mostra que as redes de televisão no país se estruturam através de um “Sistema Federativo” composto por cabeças de rede em nível nacional, estadual e regional , além das emissoras locais, em que cada uma é responsável pela inserção de programação e publicidade com diferentes graus de alcance.

Ao aplicar esses conceitos no mapeamento realizado, foi possível identificar diferenças na forma de estruturação das redes, em função do número de emissoras afiliadas e de sua capilaridade. Elaborado pela Superintendência de Análise de Mercado, o estudo apresenta ainda uma metodologia de construção de rankings das emissoras de TV aberta no país segundo determinados critérios, a saber: população atendida pela cobertura do sinal, PIB e IDH-Renda. Com isso é possível mensurar, em alguma medida, o potencial de geração de receitas publicitárias de cada emissora, além de compreender os posicionamentos relativos de emissoras, redes estaduais e/ou regionais entre si.

Leia o estudo completo aqui

Fonte: Ancine

Conselho Curador da EBC realiza audiência pública sobre renovação de vagas

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Por Priscila Crispi (jornalista da Secretaria Executiva do Conselho Curador).

O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) vai realizar no próximo dia 27 uma Audiência Pública na cidade de São Paulo para discussão do tema “Modelo de escolha dos novos e novas integrantes do Conselho”. A atividade pretende debater com a sociedade parâmetros para a próxima Consulta Pública, que escolherá novos membros para substituir cinco conselheiros cujos mandatos se encerram em fevereiro: Claudio Lembo, Heloisa Starling, Ima Vieira, Paulo Derengoski e Wagner Tiso. A audiência acontecerá às 14h, no auditório principal do Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP, Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo/SP.

Os interessados em participar do evento devem se inscrever pelo endereço conselho.curador@ebc.com.br ou pelos telefones (61) 3799-5554 / 5636, informando nome completo, RG e entidade ao qual são associados (caso houver). A pessoa deve informar, ainda, se pretende manifestar-se durante a Audiência. Também serão aceitas inscrições no local.

Leia o edital de convocação da Audiência, aqui.

As contribuições do público deverão ser feitas preferencialmente de forma antecipada, pelo e-mail conselho.curador@ebc.com.br. Durante a audiência, serão garantidas as falas das pessoas inscritas por e-mail e, em não preenchidas todas as inscrições, estas serão reabertas para os demais presentes.

A audiência poderá ser acompanhada também pela internet, pelo endereço conselhocurador.ebc.com.br/transmissaoaovivo ou pelos perfis do Conselho no Twitter e Facebook.

Entenda a Audiência Pública

A primeira Audiência Pública do Conselho em 2016 segue os moldes de um processo já realizado na última renovação do colegiado. Segundo a Lei de criação da EBC, cabe ao próprio órgão decidir como se dá o processo de seleção dos conselheiros representantes da sociedade civil. Inicialmente, todos os membros do colegiado foram indicados pelo então presidente Lula. Com o fim dos primeiros mandatos, duas consultas públicas foram realizadas para recolher candidaturas para o preenchimento de vagas da sociedade civil, a partir de critérios estabelecidos pelo próprio pleno. Porém, em 2013, após debates, o Conselho adotou medidas para tornar o processo ainda mais participativo, realizando uma audiência e uma consulta públicas para ouvir dos cidadãos como deveria se formatar o próximo processo de seleção de conselheiros, antes que ele fosse iniciado.

A partir das contribuições recolhidas, formatou-se um edital que buscou garantir a representação de jovens, indígenas e pessoas com deficiência, a equidade de gênero e a reserva de 40% de vagas para negros (as), do total das 15 cadeiras da sociedade civil no órgão. Além disso, o documento assinalava a necessidade de admissão de profissionais das áreas de educação, artes e produção audiovisual, entre outras (saiba mais aqui). O processo se encerrou na posse de Enderson Araújo de Jesus Santos, Isaías Dias, Joel Zito Almeida de Araújo, Letícia Luiza Yawanawá e Venício Artur de Lima como conselheiros.

Serviço

Audiência Pública para debater “Modelo de escolha dos novos e novas integrantes do Conselho”

Dia 27/01/16, às 14h

Local: Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP, Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo/SP

Inscrições: conselho.curador@ebc.com.br

Para acompanhar ao vivo: conselhocurador.ebc.com.br/transmissaoaovivo

César Bolaño lança livro sobre crítica da Epistemologia da Comunicação

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Na próxima sexta-feira (22), a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) e a Editora do Diário oficial de Sergipe – Edise, orgão suplementar da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe – Segrase, lançam cinco livros no Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda, às 17h30, em Aracaju. Dentre eles está “Campo Aberto: para a crítica da Epistemologia da Comunicação”, de César Bolaño.

A obra ‘Campo Aberto – Para a crítica da epistemologia da comunicação’, de César Ricardo Siqueira Bolãno, retoma e desenvolve a Teoria da Comunicação de corte marxista proposta pelo autor em seus trabalhos anteriores, com foco no debate epistemológico sobre o campo da Comunicação, recuperando ainda, de forma consciente e explícita, a influência de Celso Furtado. Com isso, reafirma a sua inserção no pensamento brasileiro e latino-americano, tendo como ponto de partida o subcampo da Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura.

A programação do lançamento começa com apresentação do saxofonista Meko do Sax, segue com a abertura do evento e às 18h30 tem o discurso dos cinco autores, encerrando com coquetel e sessão de autógrafos.

Livros

Os cinco livros que serão lançados são: Homicídios no Brasil e em Sergipe: uma análise sob a Ótica da Economia do Crime, de Mário Antônio Jorge; Campo Aberto: para a crítica da Epistemologia da Comunicação, de César Ricardo Siqueira Bolaño; Telenovela Brasileiras e Portuguesas: Padrões de audiência, de Raquel Marques Carriço Ferreira; Entre Papéis e Lembranças: o Centro de  Educação e Memória do Atheneu Sergipense e as contribuições para a história da educação, de Eva Maria Siqueira Alves; Estudo Teórico e Computacional do Mecanismo da Ferroeletricidade ManganitaExagonalMultiferroica LuMn03, de Adilmo Francisco de Lima e Afrânio Manoel de Sousa.

As obras estão sendo publicadas por meio do edital de Apoio à Publicação de Livros, que tem por objetivo estimular a divulgação científica com apoio à publicação e circulação de livros científicos.

A SEGRASE conta com uma livraria virtual, onde provavelmente os livros lançados estarão à disposição: https://segrase.se.gov.br/livraria_grade.htm

FNDC lança sistema de filiação e recadastramento on line

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Desde o dia 11/1, entidades da sociedade civil que apoiam a luta pela democratização da comunicação, mas ainda não são filiadas ao FNDC, podem se filiar diretamente ao Fórum pela internet, sem burocracia, por meio do novo sistema de filiação on-line. Criado para facilitar a aproximação com novas entidades nacionais e regionais, o novo sistema também será usado para o recadastramento de todas as organizações que já integram o FNDC e assim facilitará a gestão financeira do Fórum, entidade civil sem fins lucrativos mantida por doações e contribuições das organizações filiadas.

Por meio do novo sistema é possível alterar dados cadastrais e emitir boleto bancário para pagamento a contribuição mensal em poucos segundos. Para filiar ou recadastrar sua entidade, o responsável deve preencher o formulário disponibilizado no site fndc.org.br. Rosane Bertotti, coordenadora-geral do FNDC, afirma que o novo sistema é uma conquista e foi fruto de debates nas duas últimas reuniões ampliadas do Conselho Deliberativo da entidade, realizadas nos dias 17 e 18 de julho e 28 de novembro, em São Paulo. Para ela, mais do que uma simples ferramenta de gerenciamento, o sistema pode ser considerado um marco para o fortalecimento do Fórum, que completa 25 anos agora em 2016.

“A luta pelo direito à comunicação enfrenta monopólios e oligopólios midiáticos que se concentram em defender interesses privados, distorcendo qualquer tentativa de debate público sobre a regulação democrática e socialmente referenciada do setor de comunicação social no país. Mesmo assim, nossa luta tem crescido e se fortalecido graças à persistência de ativistas, militantes e dirigentes de movimentos e organizações sociais, que compreendem o direito à comunicação como intrínseco ao próprio conceito de democracia. Fortalecer o FNDC é fortalecer essa luta, e o novo sistema nos ajudará muito nisso”, afirma Rosane.

Atualmente, cerca de 320 entidades nacionais e regionais compõem o FNDC, mas menos de 50 contribuem com regularidade para a sustentabilidade do FNDC. “O apoio político dá legitimidade a qualquer organização, mas o apoio financeiro garante não somente sua continuidade, como também o seu fortalecimento e sua independência”, observa Rosane.

Filiação para participação na Plenária Nacional

Entidades interessadas em participar da XIX Plenária Nacional do FNDC, que acontece de 21 a 23 de abril deste ano, devem se recadastrar ou se filiar ao Fórum até o dia 21 de fevereiro para poder participar com delegados/as do evento, tendo direito a voz e voto na plenária. O encontro elegerá a próxima gestão da Executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal do FNDC.

>> Clique aqui para recadastrar sua entidade ou se filiar ao FNDC: http://sistema.fndc.org.br/cadastro/

Fonte: FNDC.

Chamada de trabalhos para a revista Rádio-Leituras

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A Revista Rádio-Leituras está com chamadas abertas para as duas edições de 2016 da revista, ambas com temas livres, com os seguintes prazos de submissão: 05 de abril e 01 de setembro.

As diretrizes para autores, assim como as edições anteriores estão disponíveis no endereço http://www.periodicos.ufop.br/pp/index.php/radio-leituras. Podem ser submetidos originais em português, inglês ou espanhol. As submissões podem ser realizadas pelo sistema e informações podem ser obtidas pelo e-mail radioleituras@gmail.com.

Rádio-Leituras é publicada pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto e pelo Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo e conta com apoio do GP de Rádio e Mídia Sonora da Intercom.

Jornalista acredita que futuro da TV em 2016 é um campo aberto

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O Ver TV, da TV Brasil, exibiu no dia 10/01 (com reedição às 2h30 do dia 14) um debate sobre as perspectivas da televisão para 2016. Dentre os entrevistados, Paulo Victor Melo. Jornalista, membro do grupo OBSCOM/CEPOS e doutorando em comunicação na Universidade Federal da Bahia, Paulo Victor não comenta apenas as perspectivas para 2016, mas lembra o que de melhor e de pior ocorreu na TV no ano que passou.

A televisão em 2016 é um campo aberto, segundo o jornalista e mestre em Comunicação Paulo Victor Melo. “Se do ponto de vista tecnológico a televisão todo dia tem uma novidade, do ponto de vista regulatório, legal, pouca coisa mudou desde os anos 60”, comenta Paulo.

Para o jornalista, caberá ao Estado em 2016 decidir se encampará uma reforma regulatória dos meios de comunicação ou se a TV continuará sendo “um espaço de lucro para poucos”. Sobre as mudanças no conteúdo, Paulo destaca as alterações que já estão ocorrendo nos programas de TV graças aos avanços tecnológicos como a participação de espectadores com mensagens publicadas em redes sociais. Porém, faz a ressalva de que a participação popular deveria ser muito maior e mais relevante.

O jornalista encerra criticando a falta de investimento nas TVs públicas, tanto por parte dos governos estaduais quanto do governo federal, e não vê um futuro promissor para elas em 2016. “Esse pouco investimento é reflexo de algo maior que é uma compreensão da comunicação pública como algo secundário”, analisa Paulo.

Veja a entrevista completa em: http://tvbrasil.ebc.com.br/vertv/post/jornalista-acredita-que-futuro-da-tv-em-2016-e-um-campo-aberto

Inscrições abertas para curso sobre “Rádio de contemporaneidade” da Escola de Verão da Intercom

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A Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) realiza no dia 27 de janeiro, das 8h15 às 19h, em São Paulo, curso sobre “Rádio e Contemporaneidade”, promovido pela Escola de Verão da Intercom e organizado pelo Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da entidade. São 25 vagas e as inscrições podem ser feitas até o dia 15 de janeiro, pelo e-mail escoladeverao.cursoderadio@gmail.com.

A promoção se destina especialmente aos professores de cursos superiores de Comunicação e pós-graduandos nos programas da área (mestrandos e doutorandos). A inscrição é gratuita.

Na mensagem de inscrição, professores de cursos superiores de Comunicação e pós-graduandos nos programas da área (mestrandos e doutorandos) devem escrever no título “Inscrição para o curso Rádio e Contemporaneidade” e, no corpo da mensagem, nome completo, IES, titulação, data de nascimento, endereço residencial e link do Currículo Lattes. Além disso, é necessário que o candidato informe se é associado da Intercom; justifique, em até 500 caracteres, o interesse em participar do curso; e escreva, ao final, a seguinte frase: “Em caso de aceitação da minha inscrição, comprometo-me a participar de todo o curso, das 8h15 às 19h”.

Haverá transmissão on-line do curso, com participação aberta ao público em geral, por meio das redes sociais. Posteriormente, todo o conteúdo será postado no Portal da Intercom.

Veja os temas que serão tratados na Escola de Verão:

Horário Tema Palestrante
8h15 Abertura Coordenadora GP Rádio e Mídia Sonora da Intercom – Valci Zuculoto (UFSC)

Vice-coordenadores – Débora Lopez (UFOP) e Marcelo Kischinhevsky (UERJ)

8h30 O rádio e a cultura do ouvir José Eugênio de Oliveira Menezes (Cásper Líbero)
9h30 O rádio e as novas práticas de negócios Álvaro Bufarah (Faap)
10h30 Intervalo para café
10h45 Consolidação do rádio na internet: como criar e manter uma webradio Ricardo Fadul (UNI-FACEF e SHASTA Custom Branded Music)
12h Intervalo para Almoço
14h00 Rádio expandido e reconfiguração dos mercados de mídia sonora Marcelo Kischinhevsky (UERJ)
15h00 Futebol midiático: reflexões sobre o jornalismo esportivo no rádio Patrícia Rangel (ESPM/SP e Faculdades Rio Branco)
16h00 Intervalo para café
16h15 Conteúdo no rádio contemporâneo Débora Lopez (UFOP)
17h00 Radiodramatização e linguagem radiofônica Eduardo Vicente (USP)
18h00 O rádio público no Brasil Valci Zuculoto (UFSC)
18h45 Encerramento Coordenadora do GP Rádio e Mídia Sonora da Intercom – Valci Zuculoto (UFSC)

Vice-coordenadores – Débora Lopez (UFOP) e Marcelo Kischinhevsky (UERJ)

Fonte: com Intercom

Brazilian Journalism Research está com chamada aberta sobre Jornalismo e Democracia

BJR

A Brazilian Journalism Research convida os pesquisadores a participar do Dossiê “Jornalismo e Democracia”, que receberá artigos que contemplem diversidade de abordagens teóricas, epistemológicas, metodológicas e empíricas da investigação sobre as relações entre o Jornalismo e a Democracia. Os artigos devem ser submetidos até 05 de março de 2016, para serem selecionados para a edição 2016.2, Volume 13, a ser publicada em agosto de 2016. Estão à frente deste dossiê os editores convidados Liziane Soares Guazina (UnB) e Danilo Rothberg (Unesp).

Os artigos devem ser enviados exclusivamente por meio do sistema eletrônico SEER/OJS, disponível no site do periódico:http://bjr.sbpjor.org.br. Em caso de dúvidas, enviar e-mail para bjr@gmail.com.

Como a Brazilian Journalism Research (Qualis B1 CSA1) publica duas versões de cada número (português/espanhol e inglês), os autores dos artigos aceitos enviados em português ou espanhol deverão providenciar a tradução para o inglês. Do mesmo modo, os artigos submetidos e aceitos em inglês deverão providenciar a tradução para português ou espanhol.

Diretrizes para os autores encontram-se no link:http://bjr.sbpjor.org.br/bjr/about/submissions#authorGuidelines

EMENTA

Aceleradas transformações no ambiente político têm ocorrido em países da América Latina, com a emergência na cena pública de novas forças políticas conservadoras na Argentina, Uruguai, Venezuela e Peru, que têm tensionado as disputas eleitorais. Além disso, na Europa, a democracia tem sido testada em seus limites após a crise dos refugiados sírios, os ataques em Paris e a crise econômica grega.

No Brasil, as manifestações de junho de 2013, as eleições presidenciais de 2014, os protestos feministas nas mídias sociais e nas ruas em 2015, a ofensiva conservadora no Congresso Nacional e o atual cenário discursivo de crise político-econômica são alguns dos fatores que têm contribuído para a reconfiguração das dinâmicas políticas, as relações entre oposição e governo e a própria agenda social brasileira. Sucessivas denúncias de corrupção e o aumento da polarização das opiniões públicas também têm contribuído para acirrar ainda mais os ânimos no debate público nacional.

Em meio a essas múltiplas interfaces, o sistema democrático, independentemente das características singulares de cada país, vive um momento crítico, ao ser posto em xeque enquanto modelo garantidor de direitos a todos os cidadãos. Diante deste quadro, como o Jornalismo responde (ou deveria responder) aos desafios impostos por novas agendas e atores sociais, crises de representatividade, midiatização da política, rearticulação de elites cada vez mais globalizadas e fragmentação de forças políticas ligadas aos movimentos sociais?

Em que medida o Jornalismo tem contribuído para a manutenção e/ou renovação da democracia nos diferentes países? Os princípios da pluralidade de pontos de vista e da diversidade de vozes têm sido observados nas coberturas políticas? Os novos atores sociais têm espaço nas notícias políticas ou repetem-se a agenda tradicional de temas e as abordagens negativas sobre a política? Novos enfoques – problematizadores, contextualizadores, menos fundamentados em preconceitos, opiniões ou alinhamentos ideológicos mais ou menos explícitos – têm sido buscados nas coberturas? Ou ainda se enfatizam as supostas manobras de bastidores das elites, as negociações entre grupos partidários, o folclore político e as denúncias de todo tipo? A democracia tem sido valorizada no discurso e na práxis jornalística?

Com este Dossiê, espera-se publicar textos que enfoquem as múltiplas dimensões das relações entre Jornalismo e Democracia, especialmente as interações entre fontes e jornalistas em ambientes democráticos e autoritários, os limites da liberdade de expressão, jornalismo, mídias sociais e mobilização política, coberturas jornalísticas sobre escândalos políticos e denúncias, coberturas eleitorais, jornalismo político e os novos atores sociais, pluralidade e diversidade no jornalismo, novas temáticas no jornalismo político.

Chamadas de trabalhos para a Revista Mídia e Cotidiano

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A Revista Mídia e Cotidiano, vinculada ao Programa de Pós-Graduação Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense (UFF), está recebendo artigos para suas três edições de 2016 que terão as seguintes Seções Temáticas e prazos:

– Seção Temática: Memórias e Esquecimentos na tessitura do cotidiano – de 20/12/2015 a 31/01/2016

O dossiê objetiva reunir artigos que contemplem pesquisas sobre a produção de memórias e de esquecimentos nas narrativas do cotidiano. Interessa reflexões teóricas e estudos aplicados que busquem compreender os processos de construção/reconstrução e significação/ressignificação midiática na produção da experiência cotidiana; a lembrança, o esquecimento e a construção da memória social pela mídia; memória, relações de poder e produção de verdades; as memórias em disputa; o papel da mídia como produtora da memória transformadora das relações sociais; a produção de memória política; entre outros. A chamada para este dossiê está aberta até o dia 31 de janeiro de 2016 e a revista está com publicação prevista para 31 de março.

– Seção Temática: Comunicação, Poder e Ciberespaço  – de 01/03/2016 a 20/04/2016
Com a consolidação da Internet em larga escala, passamos a compreender, cada vez mais, e nos mais diversos campos do conhecimento, que estamos lidando não só com um lugar para nossas realizações diversas, mas também com um espaço para múltiplos encontros. Essa chamada tem como objetivo convocar artigos que investiguem questões como a governança da Internet; relações da regulamentação com o cotidiano das pessoas; os processos de empoderamento das minorias ou grupos marginalizados por meio das mídias sociais; as contradições da dualidade democrática no ciberespaço; os movimentos sociais nos quais o uso das mídias digitais teve um papel proeminente e o ativismo digital em suas diferentes matizes.

Seção Temática: Jogos Digitais, Comunicação e as práticas do cotidiano – de 01/06/2016 a 15/08/2016

A décima edição da Revista Mídia e Cotidiano privilegia as discussões em torno dos jogos digitais (jogos eletrônicos, videogames), relacionando-as com os campos da Comunicação e das mídias, assim como das práticas do cotidiano. Após quase quatro décadas de seu início comercial, ao final da década de 1970, os games amadureceram em diversos sentidos, desde seus aspectos tecnológicos – qualidades gráfica e sonora, possibilidades de construção de complexas narrativas interativas, etc. – até seu aspecto expressivo e comunicacional, o que pode ser apreendido sobretudo no contexto dos jogos independentes, os indie games, em seus diversos vieses: newsgamesadvergamesart games, jogos políticos, jogos educacionais, serius games, dentre outros. Para além dos jogos mainstream (ou AAA, Triple-A), cujo foco, no mais das vezes, é o entretenimento per se, atualmente, uma miríade de títulos extrapola este foco, operando, através de suas mecânicas e dinâmicas próprias de funcionamento, processos expressivos e comunicativos entre objeto midiático (jogo) e interagente (jogador). Assim, convidamos pesquisadores a submeterem artigos dentro do escopo desta edição, o que inclui os seguintes tópicos (não se limitando a eles): Jogos digitais e práticas do cotidiano; Jogos digitais e Comunicação; Jogos digitais e expressão; Narrativas Interativas nos jogos digitais; Newsgames e jornalismo digital; Advergames e publicidade digital; Jogos digitais e Educação; Ideologia e política nos jogos independentes; Jogos digitais e processos cognitivos; Arte e expressão nos jogos digitais.

A Revista Mídia e Cotidiano (Qualis B4 CSA 1) é uma publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense. São bem vindos artigos teóricos e frutos de resultados de pesquisa, assim como resenhas de livros publicados no Brasil e no exterior. Além dos temas das seções temáticas, o periódico aceita em caráter permanente artigos de temas gerais que tratem ou dialoguem com a temática da Revista.

Mais informações em http://www.ppgmidiaecotidiano.uff.br/

CIESPAL será sede del X Congreso Internacional ULEPICC 2017

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A assembleia dos sócios da Unión Latina de la Economía Política de la Información, la Comunicación y la Cultura (ULEPICC) se reuniu durante o nono congresso da entidade, realizado de 7 a 11 de dezembro, em Cuba, e escolheu por aclamação a CIESPAL, em Quito, no Equador, como a sede do décimo congresso da entidade, em 2017.

A proposta do Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina (CIESPAL) é realizar o congresso em julho de 2017, aproveitando o período de realização da conferência anual da AIERI/IAMCR (Associação Internacional de Estudos e Investigações sobre a Informação) em Cartagena de Índias (Colômbia).

Segundo o site da CIESPAL, a entidade “durante mais de 50 anos como organismo internacional tem trabalhado em forma articulada com distintas instituições governamentais, acadêmicas, científicas da América Latina e do Caribe. Seu objetivo é posicionar a comunicação como um fato social imprescindível no desenvolvimento integral da região. A instituição realiza constantemente investigações sobre temáticas de alta relevância no âmbito na comunicologia”.

DIRETORIA ELEITA

A realização do evento na sede da CIESPAL está entre as atividades propostas pela nova diretoria da entidade, eleita também na assembleia, e que conta como presidente Francisco Sierra Caballera, diretor-geral do centro de estudos com sede no Equador.

A nova diretoria é formada por: Francisco SIERRA CABALLERO, presidente (Universidad de Sevilla, España); Florence TOUSSAINT, vice-presidenta (Universidad Nacional de México-UNAM, México); Hilda SALADRIGAS, secretária-geral (Universidad de La Habana, Cuba); Marta FUERTES, tesoureira (Universidad de Salamanca, España); Isabel RAMOS, vocal de relações internacionais (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales-FLACSO, sede Ecuador); Carlos DEL VALLE ROJAS, vocal de política científica (Universidad de la Frontera, Chile); e Daniela FAVARO GARROSSINI, vocal de comunicação (Universidad de Brasilia/CIESPAL, Brasil).